O que fazer com a Marginal?


Foto: luddista

Para os cidadãos

Saiba como a “revolta das freeways” barrou, ao longo de décadas, a insanidade do rodoviarismo em San Francisco, na Califórnia (EUA). As propostas de estimular o transporte individual motorizado, aumentar as distâncias urbanas, espalhar a cidade e agravar as condições ambientais e de mobilidade foram contestadas e impedidas pela participação e pressão popular.

Um belo exemplo para os paulistanos, que começam a se mobilizar mas ainda podem demonstrar muito mais força. Reclamar na internet, comentar com o vizinho, tudo isso ajuda, mas não resolve. Nesse domingo mostre, com sua simples presença, que você não compactua com esse absurdo que é a ampliação da Marginal Tietê. Omitir-se é ser conivente ao crime.


Para o governo e o município de São Paulo

Vejam o exemplo do rio Cheonggyecheon, em Seul, na Coréia do Sul:

  • os viadutos e pistas que margeavam e cobriam o rio foram derrubados
  • o concreto resultante da demolição foi reciclado
  • o rio foi despoluído
  • parques lineares foram construídos ao longo do rio, dentro da cidade
  • a população ganhou 400 hectares de áreas verdes, distribuídas por oito quilômetros
  • o sistema de transporte coletivo foi ampliado, o que significou uma redução no número de veículos nos arredores
  • a temperatura na área do rio passou a ser em média 3,6°C menor que a do resto da cidade
O prefeito Lee Myung-bak enfrentou resistências, sobretudo de comerciantes, que foram relocados para dar lugar ao parque. Mas seguiu em frente e colheu os resultados de sua coragem e pioneirismo. Ele ficou na prefeitura de Seul até 2006 e, no ano seguinte, venceu as eleições presidenciais com mais de 50% dos votos, contra cerca de 26% do seu maior opositor.

2 comentários em “O que fazer com a Marginal?

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