Ciclovia Rio Pinheiros. Foto: Willian Cruz

Indefinições sobre acessos prejudicam usuários da Ciclovia Rio Pinheiros

Desde 29 de março, a Ciclovia Rio Pinheiros tem mais 2,4km de pista pavimentada. Entretanto, essa ponta permanece sem saída, não atendendo quem precisa usar a ciclovia para se deslocar pela cidade. Veja o que a WTorre, responsável pelo trecho, diz sobre o acesso.

Trecho final da Ciclovia Rio Pinheiros foi aberto na última semana de março, mas continuará sem saída por um longo tempo.

Desde 29 de março, os frequentadores da Ciclovia às margens do Rio Pinheiros usufruem de mais 2,4km de pista pavimentada, aberta das 6h às 18h15 pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).  Mas o novo trecho – que liga as estações Cidade Universitária e Villa-Lobos/Jaguaré – ainda está sem acesso de entrada/saída para os usuários.

>> Saiba onde estão os acessos atuais e futuros da Ciclovia Rio Pinheiros <<

Com esse trecho adicional, a ciclovia Rio Pinheiros totaliza 21,2 km de extensão, com cinco acessos: na Av. Miguel Yunes e nas estações Jurubatuba, Santo Amaro, Vila Olímpia e Cidade Universitária. Além da pavimentação e sinalização da pista, foi implantado mais um ponto de apoio para os ciclistas, na altura da estação Villa-Lobos/Jaguaré. Agora são seis pontos de apoio, com banheiro, bebedouro e atendimento ao longo do percurso: Av. Miguel Yunes, Santo Amaro, Vila Olímpia, Cidade Jardim, Cidade Universitária e Villa-Lobos/Jaguaré.

Contrapartida Viária

Esta última etapa da Ciclovia – que totaliza 4,8 km de extensão entre as estações Hebraica-Rebouças e Villa Lobos/Jaguaré – é de responsabilidade da empreiteira WTorre, que assumiu parte da obra como uma das contrapartidas viárias de um complexo de empreendimentos na Av. Juscelino Kubitschek. Além da pista, a empresa deverá construir uma passarela de acesso, ligando a ciclovia ao Parque do Povo, próximo à ponte Cidade Jardim.

Segundo a WTorre, essa contrapartida é referente ao complexo de empreendimentos na Vila Olímpia, que contempla o prédio da Daslu, um shopping e mais 3 torres de escritórios. A passarela de acesso ao Parque do Povo teria o prazo máximo de conclusão junto com a entrega de todo o complexo, no final de 2013, “podendo acontecer antes”.

A equipe do Vá de Bike esteve em contato com a assessoria da WTorre, por telefone e e-mail, durante as últimas 3 semanas, para obter mais detalhes sobre a entrega dos acessos. Mesmo com toda essa espera, algumas informações não foram passadas, como por exemplo o status atual de cada obra e o quão prejudicada a ciclovia pode ficar diante dos entraves jurídicos do empreendimento, que só poderá ser inaugurado quando as obras estiverem prontas.

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Indefinição

Em janeiro deste ano, a empresa havia informado ao Vá de Bike que a passarela do Parque do Povo estava “em etapa de desenvolvimento do projeto”. A última atualização dá conta de que agora os projetos estão em fase de aprovação junto à prefeitura de SP.

Já a CPTM informou que a rampa na estação Morumbi, de responsabilidade da Companhia, está prevista para o final do segundo semestre de 2012. Posteriormente, passou a fornecer a data de 2013. O acesso junto ao Parque Villa-Lobos não tem previsão. Continuaremos acompanhando.

Enquanto isso, os únicos usuários que fazem um bom uso dessa nova parte da ciclovia são os ciclistas de uso esportivo e os que utilizam a Ciclovia a passeio, já que ela continua sem saída depois da estação Cidade Universitária, inviabilizando-a totalmente quem precisaria utilizá-la para tornar seu deslocamento mais rápido e seguro.

Precisamos agora cobrar a CPTM para que os próximos acessos não demorem tanto para serem concluídos e entregues à população, pois são essenciais para quem pretende utilizar a bicicleta em deslocamentos. E cobrar da WTorre o acesso que a empresa se comprometeu a entregar.

15 comentários em “Indefinições sobre acessos prejudicam usuários da Ciclovia Rio Pinheiros

  1. E como anda a novela da entrega do acesso da ciclovia ao Parque Vila Lobos?? Será que a Wtorre está usando do mesmo recurso que os politicos usam (o povo brasileiro esquece logo)? Eu nunca fui ao Shopping Iguatemi JK e só irei depois que eles cumprirem o que foi prometido.

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  2. Moro próxima da Estação Jurubatuba e trabalho do lado da Estação Pinheiros. Deixo de utilizar a ciclovia devido à falta de acesso à Estação Pinheiros.
    Detalhe: Existe o antigo acesso à Estação Pinheiros da CPTM que está inutilizado. Poderiam utilizar essa estrutura para acesso as bicicletas, sem gastar muito para isso, já saindo perto do prédio da Editora Abril, sem perigo de tumulto entre bicicletas e pedestres.

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  3. Deixei de usar a ciclovia por falta de acesso. Moro próximo ao Morumbi, consigo sair às 6h para chegar ao acesso da Vila Olímpia,mas na volta, a partir das 17:30h, o trecho de rua da Vila Olímpia à estação Morumbi é muito perigoso, até mesmo já caí por lá, e levei duas horas para chegar em casa. Até agora não vejo nenhuma obra sendo feita na estação Morumbi, que estava prevista para o 1º semestre. Que má vontade !!!

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  4. Meu Deus, que desespero morar perto da estação Jaguaré, trabalhar do lado da estação Pinheiros e simplesmente NÃO IR PELA CICLOVIA por falta de acessos…..

    Que coisa mais mal elborada. é pra “inglês ver” mesmo, quem não anda de bike ou não conhece bem SP, acha LINDO, INCRÍVEL E SUSTENTÁVEL. Mas é um troço travado que jogaram lá…. e investem um dinherinho de vez enqdo.

    E eu nem sei pra quem reclamar ou em quem votar… não acredito e nem confio mais em ninguém!

    (desabafo)

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  5. Eles não poderiam ter criados acessos simples pela plataforma de cada estação? Sem grandes gastos, sem ciclopassarelas que proìbem que se pedale de bicicleta(!?). Pensem na passarela da cid. Universitària. Os caras gastaram aquele dinheirão pra vc sair numa ponte estreita que não tem caminho para as bikes. No fim, vc fica dividindo espaços com as pessoas e acaba incomodando. Meu Deus! Vamos falar com alguèm, pedir mudanças, nos manifestar. Tem muita coisa errada!

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    1. Não entendo como fazer o acesso pelas próprias plataformas das estações. Existe a linha do trem entre a plataforma e a ciclovia, além disso, ou teríamos que pagar para entrar ou deveriam fazer um acesso somente para as bicicletas, separado fisicamente nas estações, ou um túnel ou passarela para acessar a ciclovia, o que dá praticamente na mesma situação atual. No Brasil, ao contrário dos países europeus, o controle de acesso às estações é feito no acesso aos trens, e não dentro dos próprios trens, ou melhor dizendo, pelo bom senso do cidadão em pagar por sua passagem independente de haver barreiras físicas impedindo o seu acesso. Aqui, dada a miséria e o jeito brasileiro de levar vantagem em tudo, este tipo de sistema não tem como ser implantado, o que força a criação de muros e grades em todos os lugares, dificultando decisões simples como esta que estamos debatendo aqui. Seria muito mais simples um acesso feito de outra maneira, usando as mesmas estruturas das estações, mas eu não vejo como fazer pela própria plataforma de cada estação.

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  6. é longe o acesso e olha que moro no morumbi e devo ir até a vila olimpia. tenho de sair pelo menos umnas 5:30h da manhã pra nao correr risco de atropelamento, volto lá pelas 6:30h pois é onde o transito começa a ficar selvagem, apos as 7h impossivel, voce só anda a pé pela calçada de tanto onibus fretado pela berrini!

    a falta de acessos é ainda o que mais dificulta a usar a ciclovia, uma pena pois é um excelente empreendimento.

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  7. Eu sou um exemplo de ciclista que deixa de usar a ciclovia pela falta de acesso. Não tem o menor sentido para mim, pois moro no Jaguaré e não consigo entrar e nem sair de lá a menos que vá para a estação cidade universitária. Outro ponto no qual deveriam considerar seriamente a criação de um acesso é a estação pinheiros, pois é um ponto de muito movimento e com acesso muito mais fácil a outros bairros da ZO do que a estação cidade universitária, alem do próprio transporte público. Fica muito claro pra mim que essa ciclovia só é pensada para lazer, o que não é novidade, dado que a prefeitura só tem se preocupado com esse tipo de implantação. Acessos na cidade universitária, no parque villa-lobos, no parque do povo, isso só indica como foi pensado, empurrando pra dentro do rio e para que as pessoas acessem apenas locais fechados para andar de bicicleta, ou seja, para passear.
    Seria muito legal ver uma ciclovia pelo menos ao longo da Av. Jaguaré ligando-se à ciclovia do rio para me provar errado. Enquanto tratarem a questão como lazer, serão obras apenas de fachada pra falar que tem alguma estrutura, que no fim não serve para nada além de passeios de final de semana. Temos que questionar mais as decisões feitas sobre construções relativas ao deslocamento de bicicleta, para que sirvam realmente ao transporte de pessoas e deixem de ser apenas opções de lazer.

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    1. Outra coisa que me irrita muito é esse horário bizarro de funcionamento. E ainda culpam a falta de iluminação. Pq não providenciam? Principalmente se considerarmos que a maior parte das pessoas trabalham em horario comercial e saem, pelo menos, às 18h. Fica inviável a ciclovia fechar as 18:15!

      Comentário bem votado! Thumb up 5 Thumb down 0

      1. Tenho que sair 10 minutos antes do trabalho para conseguir entrar sem correria na ciclovia antes das 18:15. Isso eh horrível. Engraçado culparem a falta de iluminação, nesta época do ano, depois das 18:20 já está tudo escuro.

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  8. Seria ótimo se o Vá De Bike fizesse um acompanhamento da obra da ciclovia da Faria Lima, que pelo visto vai devagar, quase parando…

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