Milhares de ciclistas aguardando a primeira balsa, na região do Grajaú, na descida oficial da Rota Márcia Prado em 2012. Na edição 2014, foi criada uma rota alternativa. Foto: Willian Cruz

Rota Márcia Prado – sucessos e desafios

Cerca de dez mil ciclistas participaram em 2012, o que fez surgir as inevitáveis críticas. O que deu certo? O que deu errado? Como melhorar?

Até a estrada de terra sofreu críticas de quem não estava habituado ao cicloturismo. Foto: Willian Cruz
Até a estrada de terra sofreu críticas de quem não está habituado ao cicloturismo. Foto: Willian Cruz
Milhares de ciclistas aguardando a primeira balsa, na região do Grajaú, na descida oficial da Rota Márcia Prado em 2012. Na edição 2014, foi criada uma rota alternativa. Foto: Willian Cruz
Milhares de ciclistas aguardando a primeira balsa, na região do Grajaú, na descida oficial da Rota Márcia Prado em 2012. Na edição 2014, foi criada uma rota alternativa. Foto: Willian Cruz

No dia 9 de dezembro de 2012, um domingo, cerca de nove mil ciclistas saíram da cidade de São Paulo em direção a Santos, colorindo as ciclovias, ruas e estradas por onde passavam.

O número oficial do Instituto CicloBR é de 8978 ciclistas. Mas segundo o site As Bicicletas, a contagem foi interrompida na parte da tarde e uma estimativa de doze mil ciclistas seria até conservadora. Atualizado: O Instituto CicloBR informou que todos foram contados; foram encerradas apenas as inscrições e a conferência, mas a contagem prosseguiu até o último ciclista.

Mas muita gente desistiu na primeira das balsas, devido à enorme que fila que acabou se formando – ou seja, gente que não entrou nessa contagem. Creio que podemos falar em cerca de 10 mil ciclistas.

Evento cicloturístico nacional

Além de milhares de paulistanos, ciclistas de outras cidades e até de outros estados integravam o gigantesco pelotão.

Só da região de Campinas, interior de São Paulo, vieram pelo menos 5 ônibus, que deixaram os ciclistas em São Paulo para buscá-los mais tarde no litoral. O Pedal Noturno de Santos subiu de ônibus ao planalto paulista, para que seus integrantes pudessem pedalar de volta até sua cidade (alguns subiram pedalando!). As meninas do Dedo de Moça, de Itapetininga-SP, também estavam entre os milhares de ciclistas.

Havia gente de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e outros estados – como os Trilheiros do Cerrado, que vieram de Goiás. E muitos outros grupos locais participaram, além dos que se formaram justamente para realizar a viagem: grupos de amigos, a turma da academia, os colegas da empresa. A todos que participaram desse desafio, o Vá de Bike dá os parabéns.

A descida coletiva anual da Rota Cicloturística Márcia Prado está mesmo se consolidando como evento nacional. E a quantidade inédita de participantes demonstra o quanto a bicicleta cresceu no ano de 2012, seja como meio de transporte, instrumento de lazer, equipamento esportivo e até – por que não? – hype mesmo.

Organizar um evento desse porte, com pouquíssimos voluntários, nenhum dinheiro e quase nenhum apoio do poder público, é uma realização digna de elogios. Parabéns ao Instituto CicloBR.

Também fez a Rota? O que achou? Conte pra gente ali nos comentários da página!


ROTA MÁRCIA PRADO
Use nossa lista do que levar e não esqueça nada em casa!
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Mapa da Rota Márcia Prado no Google Maps
(com pontos de água, alimentação e de relatos de assaltos)
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Imprensa

Apesar da quantidade gigantesca de ciclistas, a imprensa tradicional ignorou solenemente o evento. Apenas veículos online, principalmente blogs e sites pessoais, publicaram notícias sobre o passeio. Houve duas notas no online da Folha (uma com fotos e legendas do ano anterior e a outra sugerindo relação com a lentidão na rodovia), mais uma ótima matéria no Ciclovivo. Houve também uma publicação no online da Carta Capital. Mas, até onde apuramos, nada foi dito na mídia impressa, radiofônica ou televisiva.

Para ser justo, houve duas únicas exceções. A ESPN veiculou, no dia 13 de dezembro, uma reportagem de Renata Falzoni sobre a Rota Márcia Prado. Falzoni, como não poderia deixar de ser, esteve lá. A outra foi a coluna do Cleber Anderson no jornal Metro. Cleber também esteve presente na Rota, dando apoio junto com sua equipe da Anderson Bicicletas.

Críticas

Embora a quase totalidade dos participantes tenha gostado bastante da cicloviagem, algumas críticas à organização surgiram na página do evento no Facebook. Muita gente que nunca havia experimentado o cicloturismo, alguns acostumados com o colo protetor da Ciclofaixa de Lazer ou com o ambiente fechado da academia (as “rodinhas” psicológicas), sentiu falta do que classificaram como “estrutura” ou “apoio”.

Fila no acesso Vila Olímpia da Ciclovia Rio Pinheiros, para passar a escadaria. Recomenda-se buscar outras entradas para a ciclovia, como a estação Santo Amaro, que possui acesso por rampa. Foto: Willian Cruz

Estranharam a pedalada na rua junto aos carros, sem isolamento por cones; a falta de um carro de apoio, que carregaria água, frutas, isotônico e band-aid; a estrada de terra esburacada e escorregadia, que demandava algum controle sobre a bicicleta que não é exigido na academia ou na ciclovia; a falta de monitores ao longo de todo o trajeto, já que estavam posicionados apenas em pontos mais críticos ou circulando entre os participantes. Até o uso do acostamento na rodovia, garantido por lei e praticado diariamente por muitos ciclistas em seus deslocamentos em todo o país, foi criticado como pouco seguro – afinal havia caminhões na faixa ao lado, que absurdo…

A espera na balsa era previsível, ainda que não se imaginasse que tanta gente compareceria. Ela é dimensionada para atender aos moradores e frequentadores habituais da região, mas naquele dia teve de transportar cerca de nove mil pessoas a mais, que chegaram ali quase ao mesmo tempo. Foram necessárias cerca de seis horas para levar todos os ciclistas para a outra margem. Enquanto esperavam, muitos ciclistas contavam piadas, tiravam fotos, faziam novos amigos, aproveitavam para fazer uma boquinha no comércio local. Tudo sem perder o bom humor.

Conheça a capacidade das balsas
e saiba sobre o caminho alternativo

Esperar por algumas idas e vindas da balsa para atravessar é fato comum para quem está acostumado a cruzá-la de carro. Em outras edições da Rota Márcia Prado, também houve espera de até meia hora para os ciclistas – que têm prioridade de travessia sobre os automóveis. O Instituto CicloBR não pode ser responsabilizado pela fila na balsa, já que se trata de um transporte público estadual, com suas limitações, e recomenda que a reclamação seja direcionada à Artesp.

Ciclistas compartilhando espaço com os carros na região do Grajaú. Foto: Willian Cruz

A estrada de terra é parte do desafio de completar a Rota Márcia Prado em sua totalidade, bem como a passagem de balsas. Há caminhos alternativos, mas esse é o trajeto oficial. Além disso, apesar do direito garantido em lei de se utilizar o acostamento da rodovia dos Imigrantes (evitando, assim, as balsas e o trecho de terra), a concessionária Ecovias costuma instruir a Polícia Rodoviária a impedir os ciclistas de trafegarem por ele, o que acaba condicionando a realização da viagem à transposição da estrada de terra. As reclamações também devem ser direcionadas à Artesp, que é a agência reguladora que deveria defender os direitos do cidadão (embora prefira defender o posicionamento antipático, irredutível e ilegal da Ecovias). A concessionária, aliás, tentou cobrar R$ 95 mil para que fosse dado apoio ao evento.

Houve queixas sobre a insegurança em alguns trechos, onde lamentavelmente ocorreram alguns roubos de bicicletas. Cabe salientar que a Polícia Militar foi avisada, o policiamento foi intensificado no dia (há até relatos de comboios de ciclistas sendo escoltados em alguns momentos) e a PM conseguiu recuperar parte das bicicletas roubadas. O evento é realizado em espaço público e a segurança cabe à Secretaria de Segurança Pública, que pode ser contatada pelo e-mail seguranca@sp.gov.br.

Outro ponto de crítica foi a demora no posto de controle da Estrada de Manutenção. Ao contrário do que possa parecer pela baixa fiscalização, o Parque Estadual da Serra do Mar não é um parque aberto ao público, sendo necessário pedir autorização para transitar dentro dele. Para conseguir essa autorização, era necessário que todos os participantes preenchessem o termo de responsabilidade – que ajudaria, inclusive, em caso de emergência, pois continha os dados do ciclista. Muita gente se inscreveu antes e levou o número, o que agilizou o processo. Se houve fila e demora, ela se deve aos participantes que não se inscreveram previamente ou que não levaram a numeração, precisando preencher e assinar o termo antes de prosseguir.

Voluntários do Instituto CicloBR dando instruções para uma descida segura. Permaneceram ali até quase as 20h, garantindo que ninguém havia ficado para trás. Foto: Willian Cruz

Apoio aos participantes

Os voluntários realmente não eram vistos em todo o trajeto. Ainda que houvesse dezenas de voluntários do Instituto CicloBR, do Bike Anjo e da Oficina Mão na Roda, seu número não era suficiente para preencher todos os 100km do percurso completo. Apesar disso, foram realizados muitos atendimentos a quem tinha problemas mecânicos, pneu furado, corrente quebrada, precisava de informações ou até mesmo de um gole de água ou de um simples incentivo para continuar a pedalada. E esses atendimentos não foram feitos apenas pelos voluntários, mas também por muitos outros ciclistas experientes que percorriam a rota ao lado dos iniciantes e paravam para ajudar quem estivesse com dificuldades.

Uma ambulância estava a postos na Estrada de Manutenção, chegando a realizar alguns atendimentos. Claro que não deslocariam a ambulância para passar antisséptico num joelho ralado, mas casos mais graves recebiam atendimento, sim. Viaturas da PM foram vistas circulando ao longo do caminho de terra e também na baixada. A Polícia Rodoviária e a Ecovias ajudavam a aumentar a segurança viária na rodovia e até o acostamento estava sinalizado, alertando os motoristas sobre a presença de uma massa grande de bicicletas por ali. Os letreiros luminosos da Imigrantes pediam atenção à presença de ciclistas, ainda que circulassem apenas pelo acostamento.

Ambulância a postos na Estrada de Manutenção.

Em Cubatão, a Prefeitura recebia os ciclistas que passavam por ali com água e bananas. Quem pedala longas distâncias sabe bem a ajuda que esse alimento aparentemente frugal dá ao organismo que quem está na bicicleta há horas. A Secretaria de Turismo de Cubatão percebeu o potencial do evento e, além de receber bem os participantes, sinalizou o trecho da rota ao longo da cidade. Muita gente parou para fazer uma refeição no centro de Cubatão, movimentando o comércio local.

Tudo isso criava condições especiais, dando muito mais segurança e apoio do que os ciclistas habituais enfrentam nas ruas diariamente. Ao contrário do que algumas pessoas afirmaram, as autoridades foram avisadas. Alguns órgãos deram seu apoio, em maior ou menos extensão. Outros, não. Se o apoio do poder público não foi suficiente, a responsabilidade não pode ser atribuída ao Instituto.

Cicloturismo não é passeio com kit

A Rota Márcia Prado é um roteiro de cicloturismo, uma indicação de caminho para se transpor de bicicleta. E, cabe ressaltar, poucos roteiros de cicloturismo no Brasil são tão bem documentados em fotos, relatos e mapas de inúmeras fontes como essa rota.

Cicloturismo implica em viajar por seus próprios meios, com a maior autonomia possível. Vencer a distância com seus próprios recursos, vencendo também seus limites. Quem confundiu cicloviagem com passeio comercial, com direito a camiseta, barrinha de cereal, squeeze, folhetinho de propaganda, trio elétrico, medalhinha e monitores com camiseta do patrocinador a cada esquina, lamento: faltou se informar. Em toda a divulgação, chamou-se atenção para o fato de haver subidas, estrada de terra, pista escorregadia e das necessidades de levar água e comida, de ter a bicicleta em perfeito estado, de levar ferramentas, de ter preparo e disposição para enfrentar os 100km de pedalada. O evento é em área aberta, sujeito às intempéries e às condições usuais de segurança pública e viária.

Apesar de todas as autorizações, às 13h a Polícia Militar surgiu na fila da primeira balsa, com escudos, armamento pesado e ordens para dispersar os ciclistas que aguardavam pacificamente na fila. A justificativa é que estariam “impedindo a circulação”, quando na verdade estavam tentando trafegar. Depois de muita conversa com o pessoal do CicloBR e a confirmação de que o evento estava autorizado, os policiais se retiraram. Foto: Willian Cruz

A vida não tem cones, monitores com bandeirinhas ou viaturas fazendo escolta. Nesse dia, ninguém foi premium, ninguém teve pulserinha para a área vip, ninguém foi carregado no colo. Todos eram iguais, seguindo juntos em uma mesma aventura e ajudando-se mutuamente. Aquela bicicleta popular que chegou na areia da praia pedalada por um tênis surrado, num pedal de plástico trincado, teve o mesmo valor da bicicleta de ponta, pedalada por uma sapatilha importada num pedalzinho egg beater. Éramos todos um.

Cobrar pelo passeio ajudaria?

Cobrar pelo passeio, como sugeriram alguns, não garantiria estrutura melhor. Principalmente porque boa parte da estrutura precisa ser provida por órgãos públicos (e não apenas nessa data). Cobrar só faria diminuir a quantidade de participantes, selecionando aqueles que podem pagar pelo passeio. E isso também não seria possível, por se tratar de uma enorme extensão de área pública: ela seria isolada, permitindo a passagem apenas de quem tiver a camiseta do evento? Não tem cabimento.

Os voluntários prestam apoio, mas não levarão ninguém pela mão, não isolarão a avenida com cones, não colocarão lanchas no lugar das balsas. Itens como segurança viária, falta de estrutura para cruzar a represa, segurança contra assaltos e até mesmo sinalização da Rota, que está oficializada por lei, são de responsabilidade do poder público. E é dele que devemos cobrar as mudanças e melhorias que beneficiarão a todos, inclusive os que usam partes desse caminho diariamente em seus deslocamentos de bicicleta, a trabalho ou passeio.

Além disso, a intenção do evento não é obter lucro, mas popularizar a Rota e mostrar que é possível, sim, ir ao litoral em bicicleta, embora esse direito continue sendo direta e indiretamente negado. Vivenciar a Rota é entender parte dessas dificuldades, da falta de estrutura pública e da falta de apoio das autoridades que deveriam promover e incentivar a mobilidade sustentável.

Placa sinalizando a Rota. Os voluntários sinalizaram todo o trajeto antes do evento, mas parte da sinalização foi retirada, principalmente nos trechos urbanos.

Então como melhorar?

Se você tiver ideias de ações que os voluntários possam implementar para melhorar o percurso, entre em contato com o Instituto CicloBR e ajude a organizar a próxima descida. Doe um pouco do seu tempo, contribua com suas ideias, participe das reuniões, ajude o Instituto a conversar com órgãos públicos para conseguir as autorizações e o apoio. Temos certeza de que seu trabalho voluntário será bastante valioso e ajudará muito a tornar a descida de 2013 um sucesso ainda maior.

E, por favor, entre em contato com a CET e informe sobre a segurança viária na Av. Belmira Marin, que é muito utilizada diariamente por trabalhadores que vão de bicicleta até a estação Grajaú, para de lá seguirem de trem até seus trabalhos. Entre em contato com a Artesp, pedindo respeito ao direito previsto em lei de trafegar pelo acostamento da Rodovia dos Imigrantes até antes da área de túneis, negado pela concessionária que, pela lei, deveria garantir nossa segurança. E se você sabe quais os pontos com risco de assalto, entre em contato com a Secretaria de Segurança Pública pedindo maior atenção à realidade desses locais.

A Rota Márcia Prado, já oficializada por lei no município de São Paulo, já reconhecida como evento com potencial turístico pela Prefeitura de Cubatão, precisa de maior atenção dos órgãos públicos envolvidos para que se torne viável a todos durante todo o ano. Nossa participação é muito importante para conseguirmos esse objetivo, portanto colabore. Obrigado!

É preciso autorização para utilizar a Estrada de Manutenção, mas ela constuma ser concedida sem dificuldade. Foto: João Paulo Labeda/Instituto CicloBR

 

Rota Márcia Prado o ano todo

O caminho está lá. O mapa, aqui. Também temos algumas dicas. Você pode realizar a rota a qualquer momento, entretanto há a chance de ser barrado pela Polícia Rodoviária na Rodovia dos Imigrantes, a pedido da Ecovias.

Para passar pela Estrada de Manutenção (que está inserida no Parque Estadual da Serra do Mar) é preciso autorização, que pode ser obtida sem burocracia pelo telefone 13 3377-9154 ou e-mail pesm.itutingapiloes@fflorestal.sp.gov.br (dê preferência ao telefone). Não recomendamos fazer o roteiro sozinho, monte seu grupo.

O Vá de Bike te ajuda no planejamento


mapa rota marcia pradoVá de Bike disponibiliza um mapa do trajeto, com a indicação de locais de parada para abastecimento de água e comida, além dos pontos com relatos de assaltos - veja nosso mapa aqui.

E temos ainda outras informações que vão te ajudar no planejamento da viagem:

Veja também

Comunicado oficial do Instituto CicloBR, rebatendo algumas das críticas.

Relato do site As Bicicletas, com muitas informações relevantes que não couberam aqui.

Declaração do Instituto CicloBR no Facebook, sobre as autorizações que foram conseguidas para realizar a descida.

Coluna do Cleber Anderson sobre o evento, no jornal Metro.

Matéria do site Ciclovivo

52 comentários em “Rota Márcia Prado – sucessos e desafios

  1. O INSTITUTO CICLO BR NAO VAI ORGANIZAR O PASSEIO ESTE ANO. TEMOS QUE NOS ORGANIZAR E IR POR CONTA PRÓPRIA. É SO LIGAR NO PARQUE E PEDIR AUTORIZAÇÃO. NAO VAMOS DEIXAR ACABAR UM DOS MELHORES PASSEIOS DO BRASIL SOB DUAS RODAS. NA MINHA CIDADE SAO DOIS ONIBUS. VAMOS NO DIA 7 OU 8 DE DEZEMBRO.VAMOS LÁ GALERA…..

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  2. Acho que o grande gargalo foram as balsas. Pelas minhas contas cabiam umas 300-400 pessoas/bike por barca e estava levando 20-30 min por travessia. Ou seja, estavam atravessando umas 1000 pessoas/bike por hora, para dar vazão aos 9000 ciclistas levaria das 8:00 às 17:00.

    Para comportar este número de participantes (ou mais), vejo duas opções:
    1) tentar otimizar a logística das barcas: (i) delimitar os 100-200 metros a fila de entrada na barca, deixando o lado esquerdo livre para agilizar a saída dos carros (estávamos levando mais tempo para nos acomodar do que para fazer a travessia); (ii) alternar o modo de funcionamento das barcas – uma vez funciona normal (trazendo os carros e levando carros e bikes) e na próxima vez vem vazia e só leva bike; (iii) orientar e propor rotas alternativas para quem está de carro

    2) não sei se tem, mas organizar uma rota alternativa que não passe pelas balsas

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  3. Oi William, passando aqui hoje vi a reportagem, a Rota foi bem bacana, mas creio que não seria ideal colocar como um passeio, mas como uma rota de aventura, a gente encontra muitas adversidades no caminho, vi muitas pessoas que foram com idéia de um passeio guiado e acabaram tendo muita dificuldade, dai a reclamação.

    Outra coisa seria bacana colocar nas dicas para esvaziar um pouco o pneu antes do inicio da descida, as ladeiras são muito íngremes, com chuva fica muito difícil segurar a bike, principalmente com o pneu bem cheio como eu costumo andar, fui de slick e com a pressão alta não tive problemas com furos nem na terra, porem na descida com chuva acabei caindo, ai lembrei de murchar um pouco o pneu.

    Quanto criticar a geração methiolate e academia, vale lembra que tem muitas pessoas que andam de bike por SP, mas nunca enfrentaram uma trilha, já fui de SP a campinas de bike com amigos e não enfrentei condições como as da rota, creio que tudo seja uma questão de quão experiente a pessoa é. Pra mim mesmo foi muito complicado, mas senti que se estivesse com uma bike mais adequada trajeto da rota teria ido e voltado feliz da vida.

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  4. William, saí de casa sozinho e, entrei na ciclovia pelo acesso da Ponte da Cidade Universitária, sem tumultos. Como o horário programado para saída era às 07:00 horas, cheguei ao acesso da estação Vila Olímpia às 06:30 e acabei iniciando o percurso sozinho. Ao entrar na Avenida Miguel Yunes, avistei a primeira (e última)placa de sinalização, tornando a vê-las apenas na Avenida Belmira Marim. Como todo ciclista é (ou deveria ser)solidário, acabamos formando um grupo de “perdidos” que, após muitos pedidos de informações e ruas erradas (incluindo um escadão), chegamos à Av. Belmira Marim. Acho que a maior dificuldade encontrada foi a falta de sinalização neste trecho. Como iniciei cedo, não tive problemas para a travessia das balsas. Outro ponto carente de indicações foi trecho urbano, em Cubatão, onde após o posto de hidratação, foi meio que cada um por si. O resto do percurso também foi tranquilo, com exceção daquela maldita ponte com trilhos, na chegada em Cubatão, pois fui um dos “felizardos” que foram agraciados com uma queda que me deixou marcas que ainda resistem…….
    Entendo que, um evento deste porte, sem apoio dos Órgãos Oficiais, por mais que seja feito com empenho e dedicação, haverá sempre falhas. Cabe aos participantes indicar onde ocorreram para melhorar os próximos eventos.
    No mais, agradeço a oportunidade de conhecer a Rota Márcia Prado e pelas amizades que foram feitas no caminho.
    Que venha 2013!!!!

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  5. Olha, fui sozinho e pela primeira vez pra Rota Márcia Prado, ando regularmente de bike por SP, mas o passeio foi longe de ser “mil maravilhas”. A espera para a primeira balsa não se deu unicamente por conta do excesso de ciclistas. Quando cheguei lá, por volta das 10h, 10h30, fui informado de que demoraria duas horas para que a balsa começasse a transportar os ciclistas que chegaram por ali. Acompanhei alguns ciclistas que disseram que, andando 10 km a mais, daria para dar a volta na primeira balsa. Nesse trajeto, eu poderia ter me ferrado. Não conhecia o trajeto e fui seguindo os ciclistas mais experientes, que sumiram na minha frente. Durante vários quilômetros andei sozinho, perguntando aos moradores do lugar: passaram alguns ciclistas por aqui? Eles foram para a direita ou esquerda? Enfim, sugiro que, no próximo evento, essa rota alternativa à primeira balsa também seja sinalizada. Ou haja algumas indicações para esse caminho alternativo.

    Acho que as sinalizações no trajeto poderiam ser feitas com mais antecedência, com mais placas. Me deparei com poucas placas durante o caminho. Mas no geral, o passeio foi muito legal! Esse ano irei de novo! Sei que o evento é feito na raça, então, poderíamos montar um fundo de ajuda para confeccionar placas que fiquem no trajeto permanentemente. Acho que já ajudaria bastante. Abs!

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  6. William, sai de Santa Catarina para participar da Rota Márcia Prado 2012. Muito já foi dito, mas aproveito o espaço para destacar a calorosa recepção em Cubatão da Secretaria Municipal de Turismo e do CETESB, um pessoal educado, atencioso, simpático e divertido. Uma simples estrutura que para mim fez a diferença, obrigado e parabéns.
    Acredito que pela participação de cerca de 10.000 ciclista em 2012 todos os municípios envolvidos deveriam seguir o exemplo de Cubatão e colaborar com o Instituto Ciclo BR para tornar a cada ano melhor e atrativo o evento, pois o sucesso da Rota Márcia Prado será a vitória de todos ciclistas do Brasil.
    Particularmente, fui participar para prestar uma singela homenagem a Ciclo-ativista Márcia Prado.
    Quando cheguei em Santos, no fim da Rota fiquei pedalando pela orla e observei um grande numero de ciclistas por lá, portando minha sugestão seria a montagem de uma área de confraternização entre os participantes e a organização no fim da Rota em Santos, com divulgação de material de Ciclo-ativismo, um memorial da Márcia Prado, etc…
    Um forte abraço a todos e obrigado ao Instituto Ciclo BR, voluntários e a todos participantes.

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  7. alguém sabe me informar onde consigo informações sobre bikes roubadas durante a RMP?
    a minha foi roubada…. uma kona kikapu branca e prata fox, selle italia, egg bater, pneus michelan, rodas mavic etc….

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    1. OLA AMIGAO!!ONTEM DIA 18/01 EU ESTAVA EM CUBATAO Á NOITE QUANDO VI UMA KONA DESSA!!IGUALZINHO A SUA!!!EU CHAMEI A POLICIA E RELATEI !!ELES AVERIGUARAM MAS LIBERARAM O CARA!!QUALQUER COISA ME LIGUE!!!(13)88100208 !! MEU NOME É FERNANDO FABRICIO,SOU CICLISTA E PARTICIPO DE COMPETIÇOES!!LOGO QUANDO VI A BIKE ,VI QUE ERA ROUBADA!!SE VC TIVER NOTA DELA E TIVER COMO PROVAR QUE É SUA A GENTE RECUPERA ELA!!!MAS PRECISA TRAZER UM COMPROVANTE!!NEM QUE SEJA UMA FOTO!!!ABRAÇOS!!!

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  8. Parti com o Bonde do ABC em Santo André. Haviam ciclistas das 7 cidades da região lá reunidos. Na ida passamos por SBC e trechos da Anchieta e Imigrantes.
    Pergunto, se não há intensão em se cumprir as leis brasileiras (direito a descer totalmente pela Imigrantes de bicicleta) não seria o caso de chegar à denúncia aos Grupos Italianos donos dessa Concessionária na Europa? Uma notícia dessa circulando em países onde seus cidadãos são bem mais politizados e cientes de seus direitos, poderia afetar negativamente os rendimentos dos referidos grupos na bolsa de valores…
    …Como está a articulação entre os ciclistas brasileiros e italianos hum?

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  9. Engraçado que as autoridades dão todo apoio para a “Volta ciclistica São Paulo” que não reuni nem a metade dos 9 mil ciclistas. VAMOS ACORDAR GORVENANTES. Menos burocracia e mais ATITUDE…

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  10. Parabens mais uma vez pela iniciativa… Rota Márcia Prado não é para os fracos…quer moleza, vai pedalar no parque, pq criticar é muito mais fácil que que organizar um evento desse porte…mais de 9 mil bikes reunidas…que maravilha..PARABÉNS MAIS UMA VEZ…

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  11. Para mim o evento foi otimo e detalhe fui e voltei pedalando ,mora no cocaia grajau,e voltei pela imigrantes ,pesada a subideira,kkkkk tem q treinar se nao arria,kkkk ! Treino ate na chuva!

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  12. Também fui pela primeira vez e adorei. Tive receio de me perder pois estávamos somente em duas amigas, mas realmente você tem companhia e apoio generoso o tempo todo, por parte da maioria dos participantes. Acho que ano a ano o número aumentará sempre, pois mesmo os que reclamaram se planejarão melhor e levarão outros… outros que tenham o gosto por estar ao ar livre e por sentir a liberdade de simplesmente ir e chegar. Sugestão: dois dias, sábado e domingo! E torcer para que as pessoas se dividam e só compareçam em um deles…! 🙂

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  13. Fui pela 1a. vez e adorei. Esperava por isso havia mais de um ano. Saí sozinho de casa às 6:40 da matina com muito espírito de aventura. Enfrentei longas filas na passarela de Vila Olímpia, nas balsas, no posto de inscrição na Serra, tomei muita chuva, levei um belo tombo e cheguei bem cansado e dolorido em Santos, às 17 hs. Mas fiz amigos, conversei muito, visitei locais lindos e inusitados, revigorei meu espírito e posso dizer que se houvesse uma por mês, eu lá estaria…Vale dizer que tenho 48 anos de idade…
    Parabenizo o Vadebike pela excelente matéria, absolutamente completa e pertinente. A todo o pessoal do CicloBR e os demais voluntários, meus sinceros agradecimentos. Foi comovente ver tudo o que esse pessoal deu de si desde o amanhecer, sem receber um único centavo, somente pelo prazer em fomentar o cicloativismo e ajudar o próximo.
    Dentre as diversas melhorias que poderiam ser consideradas para os eventos futuros, eu ressaltaria apenas 2: a) a destinação de uma faixa da Marginal Pinheiros somente para os ciclistas nesse dia; b) a operação de balsas com horário marcado no dia do evento. Isso permitiria o escalonamento de horários na travessia, segundo inscrições prévias.

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  14. Já acompanho o Blog a algum tempo e gosto muito do conteúdo que você posta por aqui.

    Fiquei sabendo da Rota pelo seu blog e decidi fazê-la junto com o meu marido, seguindo inclusive todas as dicas que você passou, até o checklist eu imprimi p/ não esquecer nada. Muitíssimo obrigada de verdade pelos posts esclarecedores, se não fossem eles eu não teria chegado lá em baixo! Sério, de verdade mesmo, de coração.

    Posso dizer que o meu relato é bem similar ao do Danilo e sua dobrável acima. Só adiciono que eu já sonhava em fazer esse percurso a mais de 1 ano e me preparei muito p/ ele.

    Agora lendo o seu post (e de outros blogs ciclísticos que acompanho) a única coisa que me incomoda é a forma como as críticas ao evento tem sido recebidas, claro que muitas são descabidas e exageradas (distribuição de isotônico, WTF?! ¬¬’), mas no geral sempre são colocadas porque as pessoas estão “mal-acostumadas”, são iniciantes, só pedalam na ciclofaixa no domingo e na academia, por são preguiçosas, etc. Me incomoda porque foi assim que eu comecei e foi assim que eu consegui ganhar experiência, condicionamento e coragem p/ ir cada vez mais longe e enfrentar a rua sem os cones, e esse trajeto, por exemplo, e ainda estou aprendendo, todo dia um pouquinho, (hj tomei coragem vim p/ trabalho de bicicleta pela primeira vez! \o/)

    Eu pessoalmente achei que um dos objetivos do evento era divulgar justamente para os iniciantes (e eu me inclui nessa), como é legal fazer esse percurso, que o cicloturismo é uma coisa legal, mostrar que dá p/ ir p/ praia de bicicleta. Então acho que é importante entender que com essa quantidade de pessoas o número de críticas também será proporcionalmente maior, acho válido que todos os envolvidos observem as críticas e filtrem as críticas construtivas para as próximas vezes e não rebatê-las com esse tipo de argumento, porque em vez de reforçar o amor a bicicleta dos iniciantes vocês vão fazer com que eles desistam de vez, fica uma sensação “se não agüenta o tranco volta p/ sua ciclofaixa, newbie”, quando deveria ser “eu sei q é difícil e assustador, mas se nós conseguimos vocês também conseguem”, que era o apoio que estava rolando lá com a galera pedalando lá no trajeto.

    Não fiz nenhuma crítica, mas vi algumas e acho que para evitar as críticas é importante só melhorar a comunicação, dando mais detalhes do trajeto, o que tem e o que não tem o que é mais ou menos perigoso. Eu sei que é um saco explicar “explicadinho” o que parece óbvio p/ gente, mas acho que evitaria muitas reclamações. Eu tive mais informação porque fui atrás, a grande maioria das dicas realmente válidas eu peguei aqui no seu blog e não site do CicloBr, por exemplo.

    Desculpe a resposta longa…

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    1. Sama, obrigado pelos elogios ao trabalho desenvolvido aqui e também por expressar sua opinião com sinceridade. Já está nos planos do Vá de Bike reforçar as informações sobre subidas, esforço, autossuficiência e espírito de coletividade na divulgação do próximo ano. Abraço!

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