Festival premia vídeos sobre ciclofaixas de lazer

Festival latino-americano premiará vídeos sobre ciclofaixas de lazer. Os filmes podem ter sido feitos até com o celular. Saiba mais.

Imagem: Reprodução
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Você tem uma boa história pra contar sobre a ciclofaixa de lazer da sua cidade? Filmou cenas que mostram a importância que a ciclofaixa teve na sua vida ou na vida de alguém, ainda que tenha sido com seu celular? Então você pode participar do Festival Vicra – o Festival de Videos de Ciclovias Recreativas das Américas – e concorrer a prêmios de até 1500 dólares (cerca de 3500 reais). E, se você não tem um vídeo pronto, ainda dá tempo de preparar!

O Festival, que está em sua primeira edição, tem o objetivo de destacar as transformações culturais e sociais causadas pelas ciclofaixas de lazer, que se espalham por cada vez mais centros urbanos, mudando o estilo de vida das pessoas.

Os vídeos, que podem ter de 45 segundos a 5 minutos de duração, devem mostrar o uso, a diversidade, a importância ou qualquer outro aspecto que se considere relevante das ciclofaixas de lazer.

Os critérios avaliados para premiação serão: a importância da existência das ciclofaixas, a habilidade de contar uma história de maneira original, a capacidade de incentivar seu uso por novas pessoas e a criatividade audiovisual – fotografia, música, montagem, etc.

Serão aceitos vídeos em espanhol e português. As inscrições vão de 01 a 15 de fevereiro de 2014. Veja aqui o regulamento e saiba como participar.

VOCÊ SABIA? A Ciclofaixa de Lazer é, na verdade, uma "ciclovia operacional". Entenda aqui.
VOCÊ SABIA? A Ciclofaixa de Lazer é, na verdade, uma “ciclovia operacional”. Entenda aqui.

As ciclofaixas de lazer

As ciclofaixas de lazer – ou ciclovias recreativas – começaram em Bogotá em 1974, com o fechamento de ruas para que os cidadãos pudessem pedalar, correr e caminhar. Hoje, mais de 100 kms de vias são fechadas na capital colombiana aos domingos, sendo utilizadas por cerca de um milhão de pessoas.

Com o passar do tempo, as ciclofaixas de lazer se espalharam por outras cidades da América Latina. A de São Paulo foi inaugurada em 2009, com a estimativa de receber 5 mil ciclistas por domingo, mas logo na inauguração havia 9 mil pessoas presentes. Hoje estima-se que cerca de 100.000 pessoas pedalem por ela a cada domingo.

10 comentários em “Festival premia vídeos sobre ciclofaixas de lazer

  1. Ênfase então: CONTRAMÃO NÃO! rs.

    E é interessante mesmo esse modelo Bogotá, espaço de sobra pro compartilhamento seguro dis demais modais de propulsão humana…rs. Agora, se é modelo de assustar demais, que tal adicionar mais um faixa, hein? Seria massa.

    Ah, outra coisa, Carlos: eu até tolero o pessoal do skate, do patins, do jogging, etc. Desde que: 1) ziguezague e contramão não! 2) Respeito à regra de ultrapassagem: que é do lado oposto da guia, pô!, onde quer que ela se situe, à direita ou à esquerda.

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    1. Desisto. É trabalho her-cú-leo. Certamente mais de 50% dos usuários consideram que consideram que o lado da gu ia é que é o de ultrapassagem. Até um senhorzinho em lazer lá me disse que é coisa da minha cabeça, que eu que inventei a coisa, e que então eu é que estava errado. E afirmou com toda propriedade, pois ele era da CET, ou tinha um parente na CET, ou um amigo na CET… sei lá.

      Mas o trabalho de desinformação é tanto, que algumas quadras adiante um pai de primeira viagem transportando o filhinho na cadeirinha foi induzido a erro (ou a acerto, vai saber). De tanto o povo mal informado (ou bem informado, vai saber) forçá-lo, ele tomou à direita e ficou lá, todo inseguro, e aí tive que bem (ou mal, vai saber) informá-lo, né? “Ó, olha lá, acata o que diz a plaquinha.”

      Putz, e hoje até conversei com dois monitores, e eles: “Sim, segundo nosso treinamento, orientamos pais e mães com cadeirinhas ou que acompanham os pequeninos em suas pequeninas bicicletas a ficarem na porção da faixa ao lado da guia, mas…” Mas no treinamento eles não são orientados a orientarem os adultos em ritmo, hum, slow.

      Então, toca lá eu escrever novamente pra http://www.ciclofaixa.com.br/contato/ E se novamente eu não obter resposta, toca lá encontrar o canal apropriado e escrever pra Prefeitura.

      (Mas chega, chega dessa operacional de lazer, mais uns bons meses longe, longe dela. Porque… pasmen: fiquei mais estressado aí do que fico no dia a dia entre os motorizados.)

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  2. Cícero, creio que você falou um aspecto importante das ciclofaixas, e de qualquer projeto de mobilidade: sua adequação e uso. O quanto envolveu a população na discussão, das partes interessadas e sua receptividade. Temos um público diversificado na ciclofaixa de lazer: ciclistas a passeio, ciclistas a trabalho, ciclistas esportistas, além de skatistas, pedestres ( acompanhando um ciclista ), etc. Creio que isto é um aspecto comportamental, e, também de certa forma cultural. Você pode observar este tipo de problema até mesmo na calçada, para não dizer sobre as vias. Em parte porque as outras pessoas não tem uma faixa exclusiva para praticar o lazer ou esporte.

    Creio que também vale como argumento para os vídeos, e demonstrar assim a maturidade de uma sociedade.

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    1. Putz, que ideia, Carlos, um vídeo demonstrando que ciclofaixas recreativas, apesar do sucesso delas, têm sérias limitações, chegando num ponto em que se tornam incapazes de transformar hábitos egoístas da sociedade, a partir do qual, engolidas por esses hábitos, elas simplesmente passam a reproduzi-las.

      Mas na verdade não queria (e nem se deve) chegar a tanto, né? Porque de disciplina 100% é sempre bom desconfiar, se você vê 100% disciplina, acredite, tem “mão pesada” por trás. Também porque acredito na indisciplina “do bem”, a que é potencialmente transformadora.

      De qualquer forma, a solução pontual pra coisa acho que é super simples: informação institucional, continuada e passada de maneira direta.

      E aí pelo menos os “de bem” que costumam se calar, aqueles usuários cheio de dedos de iniciar uma boa confusão (em vista do “bem comum”), sabe?, pelo menos estes se sentiriam com autoridade moral para valer o que é prescrito como certo praquele tal bem comum, né?

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      1. Disse tudo nesta frase: “De qualquer forma, a solução pontual pra coisa acho que é super simples: informação institucional, continuada e passada de maneira direta.” com ênfase no continuada. E acrescento que a ciclofaixa deva ser muito bem sinalizada, a ponto de ser difícil ignorar.
        Tem esse editorial da revista Bicicleta que acho oportuno para refletir e talvez usar como argumento nos vídeos: http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta.php?ciclofarsas_e_ciclorriscos_do_brasil&id=3181 . Esse pessoal de SC tem um bom entendimento disto.
        Além disto este artigo da mesma revista mostra algo diferente: http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta.php?ruas_e_ciclofaixas_de_lazer&id=3831
        “O modelo de Bogotá, “ciclovias” dominicais abertas a pessoas em bicicleta, skate e patins, é uma alternativa mais viável de popularizar o lazer no espaço público das ruas e avenidas e ao mesmo tempo promover o uso da bicicleta, mas não só ele.”

        Interessante não ?

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  3. Ah, deixa eu aproveitar o babado aqui: você, Rachel, ou o William ou outros já tiveram oportunidade de dialogar/reclamar/sugerir com os idealizadores do projeto aqui em Sampa (a saber, com os parceiros Prefeitura-Bradesco) aperfeiçoamentos em relação à, hum, disciplina no uso da ciclofaixa de lazer?

    Meu, meses sem a utilizar e, no domingão… Pois é, a indisciplina continua como dantes. Creio que ela, ao lado do tantinho tradicional de abuso mesmo, é mais fruto da falta de (in)formação, que é gritante, especificamente nestes dois casos:

    1) de um bando de gente que faz jogging (hum, é assim que chama, é?) na contramão, imaginando que a ciclofaixa é acostamento ou USP;

    2) e de um bando de ciclistas que não percebem a “lógica invertida” da ultrapassagem, determinada pelo fato de a ciclofaixa estar colada ao canteiro central.

    Meu, o chato aqui tirou o domingão pra bater boca.

    Então, os canais comunicativos do projeto, se eles existem, funcionam?

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  4. Q pena q na minha cidede chamade de limoeiro,no interior de pernambuco ñ temos ciclofaixa mais mesmo assim a turma ñ para de pefalar…

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