As vantagens do freio a disco

A Shimano explica as diferenças entre os freios a disco e os tradicionais V-Brakes, cantilever e ‘ferradura’. Descubra se vale a pena fazer esse upgrade.

Freios a disco se tornam cada vez mais populares, principalmente entre os mountain bikers. Foto: Shimano/Divulgação
Freios a disco se tornam cada vez mais populares, principalmente entre os mountain bikers. Foto:Shimano/Divulgação

Não tem jeito: você já deve ter visto por aí cada vez mais bicicletas equipadas com freios a disco. E muita gente considera este tipo de freio, bem diferente do freio a cabo tradicional e que chama atenção pelos “discos” no centro da roda, apenas uma moda. A verdade é que freios a disco, principalmente os hidráulicos, são muito eficientes e possuem um tipo de frenagem macia bem distinta. Vamos entender um pouco mais?

Freios tradicionais a cabo

Você sabia?
O famoso freio V-Brake, muito popular nas mountain bikes, é um desenvolvimento e uma marca registrada da Shimano. O V-Brake foi lançado no grupo XTR do ano 1996, modelo M-950, e se consolidou como uma revolução nos sistemas de freios.

Freios a cabo tradicionais, que equipam a grande maioria das bicicletas, são muito eficientes, proporcionam ótima resposta ao ciclista, segurança e conforto. Exemplos destes freios são o V-Brake, o cantilever e o ferradura. Todos possuem o mesmo princípio de funcionamento:

Durante o pedal, o ciclista aciona o manete de freio, que automaticamente puxa o cabo de aço a ele conectado. O cabo de aço faz os braços do freio (dianteiro: fixado no garfo ou suspensão; traseiro na parte posterior do quadro, atrás do selim) se moverem e comprimirem as sapatas contra o aro da roda. Nesse tipo de freio, portanto, a frenagem na roda (o ponto de atrito e contato da sapata) é no aro, ou seja, a parte externa da circunferência da roda, o que exige determinado esforço do ciclista para fazer a bicicleta parar.

Freios a disco

No sistema de freio a disco hidráulico (vamos utilizar o hidráulico como exemplo), quando o ciclista aciona o manete de freio, é exercida pressão no fluido (óleo mineral Shimano) que está dentro do reservatório do manete, mangueiras do sistema e pinça do freio. O óleo então faz pressão nos pistões localizados na pinça, que por sua vez empurram as pastilhas contra o rotor (disco) do freio produzindo atrito.

Temos duas ações similares: o ciclista pressiona o manete para realizar a frenagem tanto no sistema de freio a cabo quanto no sistema de freio a disco. Entretanto, no caso do freio a disco, a frenagem da roda acontece no centro dela, ou melhor, no cubo. Além disso, a ação do fluido pressionando os pistões possui uma mecânica, resposta e feeling diferente do manete puxando um cabo de aço. O resultado é que a frenagem em um sistema de freio a disco hidráulico é mais “gradual” e suave, porém com enorme potência de frenagem.

Resumindo: o contato das pastilhas do freio hidráulico contra os rotores, por pressão do fluido e a redução de velocidade no centro da roda, resultam em uma frenagem modular, consistente e muito potente, garantindo ótima performance – você controla bem a sua bicicleta e a redução da velocidade em condições difíceis e agressivas de pilotagem com apenas 1 dedo – e sem travar a roda (modulação). Não é preciso fazer tanta força no manete como, por exemplo, em um sistema de freio a cabo.

Freios a disco hidráulicos estão ganhando mais adeptos a cada dia. Os ciclistas, principalmente os mountain bikers, percebem as vantagens para utilização desse sistema em trilhas e condições extremas e a lama não afeta tanto sua eficiência.

Disco ou cabo?

Os freios a cabo, como os citados no início do artigo, são muito eficientes e seguros: muito bons para bicicletas de passeio, deslocamento diário urbano e para lazer. Mas fique certo de que os freios a disco hidráulicos não são apenas um modismo: eles já provaram sua eficiência e perfeita interação com o mundo off road do mountain bike.

Dica: se você está interessado em dar um upgrade na sua mountain bike mas tem receio de gastar muito, temos boas notícias! O freio a disco hidráulico modelo BR-M445 da Shimano é um modelo de entrada da marca, altamente eficiente, com ótimo custo benefício e que está com preço promocional nas principais bike shops. Uma excelente opção para quem está considerando migrar para o freio a disco hidráulico.

34 comentários em “As vantagens do freio a disco

  1. Há muitos sistemas de freios disponíveis novos e usados (varão, contra-pedal, v-brake, ferradura, à disco, à tambor, roller…) todos com pontos fortes e fracos…

    Perguntas-Chave 01: Quanto custa um freio v-brake e um freio à disco? Quanto custa instalação do kit v-brake e do kit freio à disco? Quanto tempo/quilômetros dura uma pastilha de freio v-brake e do freio à disco? Quanto custa uma pastilha de freio v-brake e “pastilha e disco” quando gasta o freio à disco?

    ***desculpa a quantidade de perguntas!***
    Cicloabraços
    joaozinho

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    1. BOm meu amigo ando de bike no transito só uns 5 anos, durante esses anos meu freio é e sempre foi o v´brake e um excelente freio nunca me deixo na mão, só não recomendo está em alta velocidade e querer parar de uma vez, e provável que venha cair, o uso do freio para melhor resposta e fazer o uso de ambos os freios juntos, fica igual de moto, a respeito da duração da peça o freio V-brake pode colocar tempo indeterminado, pois dura mais de anos fácil para estragar só se houver um terrível acidente, as burrachinhas que é o secredo, se você comprar a mais barata se você rodar todos os dias no máximo um mês ela dura, agora se optar pela csc normalmente em bicicletarias são uma das mais caras custando atualmente uns 15R$, essa burrachinha dura comigo 3 meses e uns quebrados eu rodo cerca de 14 km por dia vou para o trabalho e todo canto de bike, eu faço 14 km por dia mais isso é sem fazer maratona, quando faço mesmo assim a durabilidade e cerca de 3 meses e ainda nem chega na parte de ferro. Bom então e isso espero ter ajudado.

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  2. Boa tarde, sou novo por aqui gostaria de saber se há acesso na estação Morumbi ou ponte Morumbi ou estação Granja Julieta?
    Obrigado.

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  3. VALEU AS INFORMAÇÕES, ESTAVA EM DÚVIDAS COM RELAÇÃO À UM BOM FREIO,JÁ VI QUE O BOM É UM HIDRÁULICO, ENTÃO VAMOS ESTALAR !
    MUITO OBRIGADO PELAS DICAS E ESCLARECIMENTO .
    ATT.LAPA

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  4. Boa matéria… Eu tenho V-Brake e pesquisei muito sobre freios a disco.
    Como já foi dito, o V-brake perde um pouco a função na chuva (experiência própria).

    O hidráulico é ótimo mas de manutenção complicada e cara. Então o mecânico deveria ser bom (intermediário entre o v-brake e o hidráulico) com manutenção mais fácil…

    Mas o grande problema do mecânico não modular igual ao hidráulico (pelas minhas pesquisas) é porque só uma pinça se move, forçando do disco (e entortando o mesmo) contra a outra pastilha que é imóvel e não se mexe. Isto é péssimo.
    Por isto ele é pior que o v-brake (em que as duas sapatas se movem). Mas ninguém fala isto.

    Com isto é preciso fazer mais força num freio a disco mecânico.
    Até a pastilha na pinça que se move entortar o disco contra a pastilha fixa, você tem que fazer muita força para parar.

    E parece que ninguém sabe disso. Todos a quem perguntei (bicicletaria) só sabe dizer que o mecânico não presta e que tem que colocar somente hidráulico…

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  5. no cicloturismo, pra quem leva peso sobre a roda dianteira em bagageiros, o freio a dico acarreta uma fragilidade maior da roda, em razão da assimetria da raiação, fenômeno que já acontece na roda traseira em razão da presença do cassete.

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  6. Sinval, só tive a oportunidade de usar freios hidráulicos algumas vezes, porem o funcionamento tanto do hidráulico quanto do mecânico são bons e não oferecem risco a segurança.

    Porem em condições mais pesadas, como uma descida íngreme em dia de chuva, o freio hidráulico requer menos esforço e é mais preciso na intensidade da frenagem. Em situações como essa até um v-brake também daria conta, mas o ciclista precisaria tomar mais cuidado e teria que aplicar mais força.

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  7. Para trocar os freios v-brake ou cantilever pelo disco será necessário trocar também os cubos, onde são fixados os rotores (ou discos), e o quadro deverá ter pontos específicos para fixação das pinças. A regulagem dos hidráulicos é simples, porém a manutenção não, requer ferramental e conhecimento específico e por isso é mais cara. Freios a disco mecânicos (a cabo) são ótimos, funcionam muito bem e tem manutenção simples, porém tem modulação semelhante ao v-brake.

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  8. bom o freio a disco é um otimo freio mas a óleo ,referente ao freio vbk é muito mais melhor do q o freio a cabo ,porem o freio vbk tem q esta regulado corretamente trabalhando os dois lados iguais, melhor ainda quando é o de mola por fora

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  9. Concordo plenamente com as observações da matéria. Mas novamente esse é um daqueles assuntos que temos que avaliar as seguintes questões: Pra quem; Pra quê e onde. Como já citado na matéria acima a respeito dos freios mais comuns (V-brake, cantilever e ferradura: “muito bons para bicicletas de passeio, deslocamento diário urbano e para lazer”. Gostaria de resaltar mais um ponto além desses. Pratico cicloturismo e não colocaria um freio a disco, nem a cabo e muito menos hidráulico. Por que? Porque aqueles que praticam essa modalidade já devem ter enfrentado o velho problema de estar em alguma cidade pequena ou mesmo no interior, fora da cidade, e se deparar com algum problema na bicicleta e não ter disponibilidade de peças para uma manutenção de ultima hora. Quanto mais tecnológica for sua bike, menor é a probabilidade de se encontrar peças em alguma cidade pequena, ainda mais em vilas e distritos do interior. Por isso ainda uso o bom e velho V-brake, bem regulado, pelo menos 2 cabos reserva e um jogo de pastilha nas viagens, o que me possibilita fazer reparos emergenciais em qualquer lugar onde eu estiver.
    Mas àqueles que praticam as modalidades off road mais radicais realmente não devem hesitar em usarem freios a disco.

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  10. Quanto ao freio a disco mecânico? (A cabo?), é eficiente? no caso de não funcionar direito que é sua funcionalidade, deve haver normas para sua troca pois acho eu que é seu dever funcionar e as garantias dizem não haver defeito (depoimentos de terceiros), Alguns de algumas marcas não funcionam principalmente ao aquecer muito isso é ou não um defeito de funcionamento? VAMOS ESCLARECER ESSA DÚVIDAS! (Claro que é recomendado um hidráulico ma só mecânico deve funcionar pois essa é sua função não?).

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  11. Vale ressaltar que o v-brake é um bom freio e pode atender bem a necessidade de um ciclista, porem perde muito da sua eficiência na água, as sapatas derretem quando chove e ficam pegando se os aros não estiverem 100% alinhados.

    O freio a disco é ótimo e não sofre na chuva como um v-brake, se você é um ciclista que enfrenta todo tipo de condição, é um ótimo investimento. Dizem que o freio a cabo não é tão eficiente quanto o hidráulico, dependendo do uso vale a pena investir um pouco mais para ter um freio de qualidade.

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  12. Realmente são muito bons em relação aos v-brakes… Quando comprei minha bike fiz questão pois já sofri muito com falhas do freio em situação de chuva, foi um risco pois não sabia se seria tão eficiente, mas valeu a pena ! 🙂

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