Foto: Willian Cruz

O que dizer para um ciclista na calçada, na contramão ou fora da ciclovia?

O que fazer quando estamos pedalando e passamos por outro ciclista que está pedalando na contramão, sobre a calçada ou fora da ciclovia/ciclofaixa?

Pedalar na contramão proporciona uma falsa sensação de segurança, trazendo mais risco ao ciclista. Foto: Willian Cruz
O que dizer num encontro rápido como esse? Foto: Willian Cruz

Em uma postagem de nossa fan page onde falávamos da abordagem positiva com os motoristas, o leitor Marcos Luis Mori nos fez essa pergunta. Respondemos por lá e replicamos a resposta aqui.

Eu queria saber como fazer com outro ciclista que vem na contramão ou na calçada ou fora da ciclofaixa. – Marcos Luis Mori

Abordagem rápida

Na maioria dos casos não haverá o que você possa dizer em um encontro muito rápido, assim de passagem, para convencer a pessoa a mudar seu comportamento.

Se ele está vindo na contramão, o melhor a fazer é protegê-lo, já que ele está correndo risco por circular assim. Contorne por fora dele, protegendo-o dos carros.

Ele tem a certeza de que o que faz é mais seguro e, com o único segundo possível para dizer algo quando ele passa por você, não será possível convencê-lo do contrário. Ele pode ter sido ensinado a trafegar dessa forma e não confia nos motoristas se aproximando por trás, o que é uma questão cultural e difícil de resolver. Pode ser que ele saiba que esse é um comportamento inadequado, mas não está disposto a fazer uma volta enorme e desgastante  (quem nunca), que pune com esforço físico quem está pedalando para disciplinar a conturbada circulação de automóveis no espaço viário saturado da cidade. Pode ser ainda que ele não acredite que deve “seguir as regras dos carros”, que em sua visão não foram feitas para protegê-lo e portanto não precisam ser seguidas, outro nó cultural difícil de desatar (e que rende uma longa discussão – talvez outro dia, em outro artigo).

O trabalho educativo para resolver isso não é simples e é impossível de ser realizado com uma única frase, gritada por um desconhecido num encontro fugaz. Você só vai irritar alguém que você não conhece e não sabe a índole que tem.

Se ele está na calçada, é porque não se sente seguro para pedalar na rua, ao menos naquele local específico (novamente, quem nunca). Nada do que você disser irá convencê-lo a fazer isso, porque ele sente sua vida ameaçada e não se arriscará a usar a via. Ele só vai deixar de usar a calçada se 1) ganhar mais confiança ou 2) a rua se tornar segura o suficiente para ele (com ou sem ciclovia/ciclofaixa).

Portanto, também não há nada a fazer. Esse comportamento é sintoma de um problema maior (insegurança viária, agressividade dos motoristas), que precisa ser resolvido para que o sintoma desapareça. Seja compreensivo, principalmente se essa pessoa estiver transportando ou acompanhando uma criança.

Se ele está fora da ciclofaixa/ciclovia, se deslocando na mesma direção que você, é possível uma abordagem simpática, do tipo “ô colega, vem aqui pro tapete vermelho, é mais divertido!” Talvez você descubra que ele está fora da ciclovia porque vai virar à direita na próxima rua ou porque vai entrar em algum prédio/loja/casa naquela quadra, por exemplo… 😉

Conversando com calma

Em qualquer dos casos, se você tiver oportunidade de conversar com mais calma com o cidadão (por exemplo, se encontraram no mesmo destino ou numa parada de semáforo), comece puxando algum assunto com o qual ambos se identifiquem, para quebrar o gelo (comente sobre a subida, sobre o calor, sobre aquele motorista parado sobre a calçada, algo nessa linha).

Quando conquistar um sorriso, entre com sua recomendação, de forma sutil e mostrando o lado positivo do comportamento correto, sempre suavizando a crítica para não criar resistência ao seu argumento. O importante é ser sempre simpático na abordagem e tratar o outro como amigo. Isso já quebra boa parte da resistência, em qualquer abordagem.

Tente atribuir para si o comportamento em vez de criticar o do outro. “Cara, eu não consigo pedalar na contramão, fico sempre com medo de um carro virar a esquina na minha frente ou sair de uma garagem sem olhar pro meu lado.” Ou: “a última vez que pedalei na calçada, quase atropelei uma criança que saiu correndo de uma casa, nunca mais faço isso”. Afirmações como essa serão sementes, que podem florescer com o tempo e mudar esse comportamento. 😉

64 comentários em “O que dizer para um ciclista na calçada, na contramão ou fora da ciclovia?

  1. Na verdade eu fico mais preocupado quando vejo alguém pedalando no cantinho da faixa, perto do meio fio. Isso sim me dá medo. Fico tentado a falar pra pessoa: “vem pro meio da faixa, você esta se arriscando assim”. Mas a maioria dos ciclistas inexperientes e alguns até experientes não compreendem isso e preferem “não atrapalhar os carros” e deixar que eles tirem finas perigosas.

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    1. Deveria ser mais difundido essa recomendação da CET de usar a faixa inteira e os motoristas desviarem de nós, todas as vezes que eu tento usar o meio da faixa sempre aparece um buzinando atrás. As vezes tenho medo de me impor, mesmo estando certo.
      A lei está a nosso favor, alguns motoristas até sabem delas, mas a falta de exposição das regras de transito pela Prefeitura e pelos meios de comunicação deixa de cria a conscientização dos motoristas.

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      1. Aleksandro,

        as buzinadas me intimidavam no início. Mas compreendi que o efeito era só psicológico, algo que fui trabalhando pra aprender a interpretar apenas como um sinal de alerta do tipo “Cuidado! Possível motorista agressiv@!”, e me preparar pra uma possível fina ou outro comportamento agressivo, mas sem sair da minha posição, mantendo a área de fuga para uma possível emergência.

        POr outro lado, pedalar dentro da vala, é um risco bem maior que uma buzinada. Pior ainda porque deixa sem área de fuga nas situações em que se tem que lidar com motoristas agresiv@s, e porque passa a impressão psicológica errada de que é mais seguro.

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        1. Com o tempo, inclusive, a gente começa a perceber que várias das buzinadas nem são mal-intencionadas, são apenas a forma desajeitada do motorista “avisar” que está ali. às vezes ele está tão preocupado quanto o ciclista. Mas claro que nem sempre a intenção é boa, e é preciso ficar atento… Seja como for, ocupar a faixa aumenta a segurança, marca melhor nossa presença e nos torna mais visíveis – no fundo, a maioria dos motoristas também só está querendo ir do ponto A ao ponto B sem problemas. Mas a auto-confiança de ocupar a faixa vem com a prática e com o tempo.

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          1. Vou contar pra vcs….
            Ando na Av. Luiz Ignácio de Anhaia Mello, lá tem uma faixa de onibus que é ativada as 6:00hs da manhã para ser exclusiva;eu andava no meio dela e os motoristas de ônibus até respeitam, da pra perceber no jeito deles; eles vem, aproximam, buzinam pra avisar, ai eu fico mais próximo da lateral e eles dão os 1.5mts e passam; acho ótimo essa abordagem; o problema são exatamente os motoristas agressivos, que entram nessa faixa no horário que é proibido para eles e já fui ameaçado duas vezes com acelerações bruscas e buzinaços atrás de mim…
            Por isso acredito que deveria ser melhor difundido a conscientização dos motoristas, pq dá medo desses “cidadães” …
            Por outro lado de 4 meses que estou indo trabalhar de bike, vejo que a grande maioria dos motoristas são muitos respeitosos, graças a deus…

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            1. Aleksandro, a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, por intermédio da CET e da SPTrans, já vem preparando uma proposta de programa específico de formação para motoristas de ônibus com foco na relação com os ciclistas. Veja aqui.

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          2. Bem apontado ! É uma questão de respeito.

            Por exemplo, sempre procuro avisar o ciclista ou pedestre que está à minha frente, com sineta, e, se estiver de fone de ouvido, uso a buzina que é bem alta, para que ela se mantenha à direita, e, que não faça movimentos bruscos como ir para esquerda. Várias vezes sou mal interpretado.

            Claro a buzina pode ser usado de forma agressiva: “Saia da frente ! Vou passar ! Se se acidentar, eu avisei”.
            Curiosamente, é meio parecido com outras atitudes no dia-a-dia em qualquer ocasião, como é explicado neste artigo “Se vira, o problema é seu. Será ?” http://www.medplan.com.br/artigos/se-vira-o-problema-e-seu-sera-,23733

            Acho que a mudança de atitude que é a melhor maneira de se mudar comportamentos, por isto que a abordagem mais civilizada é melhor que explodir e culpar a outra pessoa.

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    2. O correto seria todos os ciclistas trafegarem na faixa da direita, destinado aos veiculos mais lentos, a exemplo de ônibus qdo não tem corredor a esquerda e caminhões. Está inclusive no CTB. Vejo cada louco trafegando no meio ou a esquerda, qdo deveria estar a direita, dai é claro que o risco de se envolver em um acidente com um carro ou moto é bem maior.

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  2. Digamos que seja razoável a argumentação de que determinados ciclistas tenham receio de andar junto aos veículos na pista de rolamento, preferindo as calçadas, ou andarem na contramão. Mas o que dizer para aqueles que têm a obrigação de fiscalizarem para que as leis sejam cumpridas? Explico: aqui em Porto Alegre (RS) já presenciei policiais da Brigada Militar, que fazem o policiamento de bicicleta, bem como os chamados “Azuizinhos” da EPTC (quase equivalente à CET em SP), que fiscalizam o trânsito também de bicicleta, andando na contramão e na calçada (ao mesmo tempo). Haja vista que foram várias as circunstâncias em que presenciei cenas iguais a essa. Um “belo exemplo” que até confunde o cidadão comum.

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  3. Ando, agora, de bike todos os dias, praticamente (Guarulhos-Tucuruvi / Tucuruvi-Guarulhos). E em todos os dias cogito não andar mais, pois geralmente me deparo com algum motoristas que não me respeita de um modo geral (excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, não dá a preferência etc) e isso me causa grande desânimo. Andar em corredor de ônibus eu não me arrisco mais, pq infelizmente não disseram aos motoristas de ônibus q eles DEVEM compartilhar a pista com bicicletas, então ali é território deles. Vou pela calçada num dos trechos e bem devagar para evitar acidentes e ser acidentado, porque quem acha q calçada é um lugar seguro para ciclistas, está enganado. Os carros entram e saem com tudo das calçadas e pouco importa se tem um ciclista, um idoso, crianças, mulheres grávidas (às vezes o motorista iracundo é uma mulher grávida, um idoso etc) passando. Saem com tudo e é melhor não reclamar, pq desconfio q parte desses motoristas andem armados, já q há muitas empresas no meu trajeto e, portanto, muita escolta sendo feita. Tb evito ao máximo andar na contramão, pois já percebi q isso é encarado como uma provocação pelos motoristas. E como me deparo com gente nitidamente alcoolizada ao volante pelo caminho (alguns ostentando grandes latinhas de cerveja) prefiro evitar e só ando na contra-mão quando é estritamente necessário, ou seja, qdo a via correta é perigosa para seres humanos não motorizados. Acho q depende muito da região em q se pedala. No centro de SP e em outros bairros está havendo uma educação para o convívio com o ciclista e pedestre. No meu trajeto, só vejo barbárie com alguns breves intervalos de civilidade, pois há muito motorista gentil e educado andando pelas ruas, mas infelizmente não trombo com esses.

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  4. A regra p/ o ciclista é simples; proteja o seu corpo. Se estiver na contramão o risco é muito alto e se atropelar um pedestre na calçada pior ainda. Portanto proteja a so mesmo.

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  5. Acho que é tudo uma questão de bom senso. Em algumas vias é mais seguro seguir na contramão, usar a calçada também. Também pedalo na calçada quando necessário, mas bem devagar e atento.

    Sobre alguns argumentos:

    Onde há casas e crianças geralmente dá pra pedalar no meio da rua tranquilo.

    Se um cara faz uma curva fechando na sua frente imagina o que faria atrás de você? Na contramão pelo menos dá tempo de eu ver e pular da bike.

    Polêmico. O que acha? Thumb up 6 Thumb down 5

    1. As leis de trânsito foram feitas para torná-lo previsível e seguro. Se todo mundo começar a usar do “bom senso” essa previsibilidade acaba e acaba junto a segurança.
      Exemplo claro disso é “passar no vermelho” na madrugada. Graças a esse consenso (realidade em muitos lugares) de que parando em semáforo nessas horas corre-se o risco de ser assaltado. Para termos segurança, hoje precisamos reduzir a velocidade e olhar para os lados antes de cruzar todos os cruzamentos, inclusive no sinal verde, sob risco de colisão com alguém que está passando no vermelho. Como os assaltos não cessarão tão cedo, não seria mais prudente deixar os semáforos em amarelo piscante nesses horários?
      E pedalar na contramão é um caso ainda mais grave, pois se você e o carro não tiverem como desviar/pular, e isso é plenamente factível numa realidade onde nem todos são ágeis como você, e mesmo que fossem, lixeiras, árvores, postes, mesinhas de bar, pessoas aglomeradas no ponto de ônibus ou por qualquer outro motivo e etc ficam próximos ao meio-fio, ambos terão que parar para evitar a colisão, o que, convenhamos, é extremamente difícil, visto que ambos terão que tomar essa decisão e ter capacidade de parar em um intervalo exíguo de tempo e espaço (e.g. uma bicicleta a 15km/h e um carro a 50km/h aproximam-se a 65km/h, ~18m/s. Se ambos perceberem que não há como desviar a 50m, uma distância bem razoável, restarão apenas ~3s para pararem totalmente seus veículos). Enquanto que se ambos estiverem na mesma mão, basta o carro diminuir a velocidade para evitar a colisão (no mesmo exemplo, a aproximação se dá a 35km/h, ~10m/s. Se nos mesmos 50m de distância o ciclista mantém sua velocidade, pois não vê o motorista atrás, e apenas o motorista vê que não terá como desviar, ainda assim ele tem mais que 5s para diminuir sua velocidade em 35km/h, que é muito mais fácil que parar completamente.

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  6. O fato é que, em geral, as ruas realmente não foram pensadas para proteger quem pedala por elas. Conheço um bom punhado de trechos aqui em Curitiba em que o cidadão que tentar dar uma de Mister CTB vai, no mínimo, passar apuro.

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  7. Aqui em Copenhague é bem comum pedalar pequenos trechos na contra-mão. Ninguém reclama até porque todo mundo faz isso quando é preciso, sempre com muita cautela. Já mostrei isso no meu canal do youtube, no quadro D-Bike. Quem quiser dar uma olhada está convidado. abs!

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  8. Nem sempre é possível seguir as leis como não andar na calçada ou fazer conversões proibidas, mas a bicicleta tem a vantagem de poder fazer isso algumas vezes, é um dos pontos que a torna mais prática que o carro.

    Há locais em que realmente é impossível andar com os carros, por uma questão de segurança, de vida. Por isso uso a calçada.
    Há locais em que a melhor opção é a contramão, “só aquela quadra porque meu destino é nela” ou porque o retorno adequado (para carros) é gigante e uma ou duas quadras não vão ‘matar ninguém’.

    Mas devemos evitar quebrar as regras, se queremos tantos direitos que os carros tem, temos que nos preparar para seguir as leis que os carros seguem (exceto quando houverem leis específicas pras bicicletas)…

    Como já disseram, é uma questão de bom senso e educação
    😉

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  9. Sendo sincero…
    Eu sei que a lei manda descer da bike na calçada, mas eu ando todo o viaduto do chá e o calçadão da Igreja de São Bento montado, uso o bom senso de andar devagar perto das pessoas e parar quando estiver próximo, até hoje nunca atropelei alguém lá e as pessoas tb não ficam olhando bravo para mim, por não ter desmontado da bike. Em algumas situações enche de pessoas e não dá pra atravessar, ai não tem jeito, tem que desmontar mesmo…. Acho que cautela, cuidado, bom senso e respeito são os pais do compartilhamento …..

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    1. Rafael, não dá pra cobrir todas as possibilidades, mas deixamos claro no texto que o ciclista pode estar usando a contramão porque “não está disposto a fazer uma volta enorme e desgastante” – e ainda completamos com um “quem nunca”, ou seja, quem nunca passou por uma situação dessas?

      O tópico para abordar os motoristas está linkado no primeiro parágrafo do texto, dê uma olhada.

      Grande abraço e feliz 2015! 🙂

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    2. Rafael, há uma enorme diferença entre prevenir e remediar. Prevenir é você falar para a pessoa que há formas melhores e mais seguras de fazer alguma coisa. Remediar é tentar consertar o estrago já feito.

      Prevenir é parar o ciclista e explicar porque não andar na contramão ou na calçada. Remediar é levar para o hospital o idoso que se desequilibrou ao levar “uma fina” na calçada e caiu.

      Numa vida em sociedade o direito de um termina quando começa o do outro. 😉

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  11. Oi Willian, muito legal seus esclarecimentos. Sou um fã seu porque foi a partir de um artigo seu sobre “ir de bike para o trabalho” que me motivou a tomar esse tipo de atitude. Inclusive me deu a dica de usar a Luis Goés para subir para o Domingos de Moraes. Hoje, utilizo a bike quase todos os dias para vir para o trabalho e nos finais de semana para lazer. O objetivo, penso eu, é compartilhar o espaço publico de forma amigável e civilizada, por essa razão é importante também termos a ação de tentar conscientizar tantos os ciclistas, como os motoristas e os pedestres. O cidadão de forma geral. Valeu!! Abraços, Marcos

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  12. Eu pedalo na calçada, mas mantenho a velocidade muito baixa e desço da bike assim que avisto um pedestre e não julgo quem pedala na contramão. É aquela, o maior protege o menor, sempre.

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  13. Faltou “o que dizer para ciclistas que pedalam (na calçada e na ciclovia) se sentindo corredores em pista de ciclismo?”

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    1. Não entendi essa, na ciclovia eu não posso andar rápido? Levando em consideração que um bom ciclista não ultrapassa os 30 km/h no plano.

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      1. Pode sim, Anderson, desde que reduza quando houver alguém lento à sua frente e ultrapasse de forma segura e educada. O ponto levantado é quanto a ciclistas que passam pelos colegas com imprudência comparável à dos motoristas que nos ameaçam. 😉

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      2. Anderson, ciclovia normalmente requer mesmo velocidade mais baixa do que rua.
        Não se pode ultrapassar em qualquer lugar, não se pode desviar facilmente de problemas como folhas, cacos de vidro ou problemas de pavimentação. Então o estilo precisa ser mais, digamos, contemplativo, porque a velocidade dos mais lentos é que vai determinar o ritmo de todos. Essa situação só se acentua mais e mais, conforme pessoas de diversos tipos físicos e disposições começam a fazer uso delas.
        Avalio que esse é o preço a se pagar. O ganho é mais segurança, trajetos mais tranquilos e principalmente acesso para todo tipo de gente. Quero uma cidade onde crianças e velhos também possam pedalar, afinal eu já fui uma criança e possivelmente em breve serei velho também.
        Quero uma ciclovia onde as pessoas possam andar com a cadeira de rodas – a calçada é uma porcaria em tantos lugares, e tenho visto essas pessoas usando a ciclovia, geralmente devagar e cautelosamente.
        Eu consigo manter 38km/h numa estrada ou rua plana sem muito esforço, mas hoje em dia não vejo possibilidade de fazer isso muitas vezes na cidade.
        Para manter a forma, deixei de lado a velocidade: só me exercito em subida.

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      3. A ciclovia é justamente mais segura porque não tem ninguém te pressionando pra correr. Então como já disseram, bom senso é o que vale. Se quiser andar num ritmo mais forte, tudo bem, só nao pressione quem está na frente tome cuidado nas ultrapassagens.

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      4. Há diferenças entre ciclovia e ciclofaixa. A ciclovia, como a de Pinheiros, Eliseu de Almeida, Faria Lima, Sumaré entre outros em que há uma separação física de fato, não existe a opressão dos veículos, então não há necessidade de usar de velocidade alta para se defender ou escapar de alguma abalroada, mesmo que haja um obtáculo, o que é ocasional, basta diminuir a velocidade e desviar. Já na ciclofaixa, onde há apenas a separação com os tachos, nem sempre é possível ter essa calma, principalmente quando a ciclofaixa apresenta irregularidades e buracos que o obrigam a desviar, neste momento você pode sair da faixa, e se ver obrigado a desenvolver maior velocidade por defesa ou para escapar de algum carro vindo ou indo, ou então desviar de carro estacionado na ciclovia, o que não é raro, e ao ultrapassar terá que sair da faixa, ou, invadir a calçada ( geralmente a calçada está em pior estado que a via ). Então não confundam ciclovia ( aquela bem segregada da avenida ou por espaço ou por grades ), e as ciclofaixas ( as pintadas e com tachão separando a via da faixa, mas que não impede que veículos invadam ou estacionem ). A ultrapassagem de ciclistas, pedestres, cadeirantes, skatistas ( como agora podem usar as ciclovias e ciclofaixas ) na ciclovia é simples, diminua velocidade, indique a sua intenção ( com sineta ou buzina ), e passe calmaamente; na ciclofaixa, pode ser complicado, então atenção redobrado.

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  14. A questão de andar na calçada é mesmo complicada. Eu sou a favor da ideia que pessoas a pé e pessoas de bicicleta podem conviver perfeitamente, seja na calçada, seja na ciclovia. Não reclamo quando pedestres andam na ciclovia.
    E eu entendo quando ciclistas andam na calçada por medo de andar na rua, porém muitos andam na calçada na mesma velocidade que andariam na rua, e isso simplesmente não é aceitável. Se você vai pedalar na calçada, pedale DEVAGAR. Não seja um irresponsável que sai pedalando rápido, cortando entre os pedestres, assustando as pessoas, etc. Se tiver muita gente na calçada DESÇA DA BICICLETA e empurre. Já vi muitos ciclistas queimando o filme de todos nós por pedalar desembestado na calçada, assustando as pessoas.

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    1. Alexandre, já vi uma pessoa numa bike elétrica, sem pedalar, só no acelerador, a pelo menos uns 30 km/h, na calçada da avenida Paulista, no horário do almoço, com toda aquela muvuca de gente circulando. Indefensável.

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  15. Ao ler o título imediatamente me lembrei do dia em que saindo da garagem por pouco não derrubei um ciclista que estava pedalando na calçada, na contramão, rente ao muro do prédio, e ainda reclamou. E não, eu não subi a rampa rápido (tanto que parei o carro sem problemas). O que mais falta nas pessoas é bom senso.

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    1. Ciclista também tem que ver o sinal de saída de carro que existe em muitos estacionamentos e saídas de prédios, se estiver piscando ou sinalizando de alguma forma, é bom respeitar e diminuir velocidade e até mesmo parar se não há carro saindo. É bom senso, mas muitos não tem respeito pelos sinais.

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