Foto: Dave King (cc)

Estudo britânico mostra que pedalar e caminhar até o trabalho melhora o bem-estar

Estudo mostra que quem realiza trajetos ativos para o trabalho, como pedalar e caminhar, apresenta níveis de bem-estar acima de quem opta pelo carro.

Pesquisa foi realizada com 18 mil pessoas ao longo de 18 anos. Foto: Dave King (cc)
Pesquisa foi realizada com 18 mil pessoas ao longo de 18 anos. Foto: Dave King (cc)

Um estudo das universidades East Anglia (UEA) e York mostra que as pessoas que deixam de usar o carro para realizar trajetos ativos para o trabalho, como pedalar e caminhar, apresentam maiores níveis de bem-estar. Quem utiliza transporte público também se mostrou mais contente em relação aos motoristas.

Além da melhora na saúde, deixar o carro de lado também traz efeitos psicológicos positivos, diz o estudo. A conclusão foi obtida após os cientistas do grupo de pesquisa da Escola Médica da UEA e do Centro para Economia Sanitária da Universidade de York monitorarem os níveis das sensações de inutilidade e infelicidade, noites mal dormidas e a incapacidade de resolver problemas dos participantes. Para obter um resultado mais completo foram considerados ainda outros fatores que afetam o bem-estar, como renda, filhos, mudanças de casa e trabalho ou relacionamentos.

Segundo o coordenador da pesquisa, Adam Martin, da Universidade East Anglia, “mesmo considerando os problemas do transporte público ou de multidões, ônibus e trens também proporcionam oportunidades de conversa, leitura e normalmente as pessoas caminham para o ponto de ônibus ou estação de trem”.

O estudo mostra também que o tempo de viagem é importante. “Nosso estudo mostra que quanto mais tempo as pessoas gastam se deslocando em carros, pior o bem-estar psicológico. E, de forma correspondente, as pessoas se sentem melhor quando têm uma caminhada mais longa para o trabalho”, completa Martin.

A pesquisa foi realizada com 18 mil pessoas com idade entre 18 e 65 anos no Reino Unido, ao longo de 18 anos. Segundo o Censo de Inglaterra e País de Gales, em 2011 73% da população usava carro para ir ao trabalho, 13% caminhava, 11% adotava o transporte público e 3% pedalava.

7 comentários em “Estudo britânico mostra que pedalar e caminhar até o trabalho melhora o bem-estar

  1. Eu comecei a pedalar para o trabalho essa semana (faz cinco dias). Nos dois primeiros dias, fiz intermodal entre ônibus e minha bike dobrável. Nos outros dias, decidi fazer o percurso todo com minha bike grande mesmo.

    São 22Km de distância de casa para o trabalho, totalizando 44Km de pedal, com trechos meio difíceis em que acabo caminhando empurrando a bike.

    Essa minha experiência faz parte de uma terapia que faço, e posso dizer que, no fim da semana, estou me sentindo muito melhor, mesmo estando cansado por ter ficado 5 anos sem pedalar e estar voltando agora.

    Se mexer é uma grande ajuda para muitos males, e nossas cidades estão ficando seriamente doentes.

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  2. Vou de bike para o trabalho, pouco mais de 6km cada viagem e comprovo a interferência positiva no meu humor no trabalho e na qualidade do sono. Além disso acho o transporte coletivo caro e ruim. Como tenho estacionamento gratuito no trabalho, a passagem de ônibus custa R$ 3,40 e gasto mais ou menos um litro de álcool por trajeto se for de carro, absurdamente economizo aproximadamente 25% se for de carro ao invés de ir de ônibus. De bike levo aproximadamente o mesmo tempo que o ônibus leva se o trânsito estiver bom para ele, 30 minutos. E olha que vou com calma para suar o mínimo possível e ao chegar lá só ter que trocar a camisa. O tempo fica ainda mais vantajoso se contar o tempo que perco esperando o ônibus, que não é incomum chegar a 20 minutos.

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  3. Ando a pé 8 km por dia no bairro de Perdizes e Pompéia. Sou testemunha de que se movimentar faz mágica, tenho 48 anos e a última vez que precisei ir ao médico fazem 23 anos.

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  4. O corpo humano pede movimento. Andar, pedalar, praticar atividade física é saudável. Se você não pode pagar ou não tem tempo para uma academia, vá à pé para o trabalho ou escola. O carro, só por necessidade. O transporte público, pelo menos para mim aqui, não está deixando a desejar não. É barato, confortável e seguro. É profissional. Pra que ficar dentro de um carro no trânsito? Porque essa pressa? Aprendamos a dividir melhor nosso tempo. Não existe na verdade um problema de mobilidade urbana. O que precisa ser feito é um melhor uso do bom senso, da razão, da comunicação.

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