Atopelamento ocorreu na ciclovia que segue sob o Elevado Costa e Silva, o popular Minhocão. Foto: Fábio Arantes/Secom

Morte de pedestre atropelado por ciclista reacende discussão sobre ciclovias em São Paulo

As ciclovias paulistanas são um risco aos pedestres? São perigosas também aos ciclistas? Do modo que foram feitas, melhor que não existissem? Veja aqui.

Atopelamento ocorreu na ciclovia que segue sob o Elevado Costa e Silva, o popular Minhocão. Foto: Fábio Arantes/Secom
Atopelamento ocorreu na ciclovia que segue sob o Elevado Costa e Silva, o popular Minhocão. Foto: Fábio Arantes/Secom

A lamentável morte de um idoso atropelado por um ciclista na tarde dessa terça-feira (18) em São Paulo trouxe à tona uma forte discussão nas redes sociais: as ciclovias seriam mesmo uma medida de proteção à vida ou, pelo contrário, colocam em risco as vidas dos pedestres?

Segundo depoimento do filho da vítima ao G1, o ciclista estaria em alta velocidade. Informações prévias que apuramos indicam que a vítima não faleceu no local, mas um ou dois dias depois, o que indica que pode haver uma relação indireta. Ainda não há mais informações sobre o ocorrido, mas é razoável supormos que:

  • O ciclista deveria estar rápido sim, embora “alta velocidade” para uma bicicleta, ainda mais num trecho com curvas, deva ser no máximo uns 25 km/h, o que por si não é suficiente para matar alguém.
  • O atropelamento ocorreu próximo a um pilar, ocultando o pedestre da visão do ciclista (e vice-versa).
  • O idoso se feriu de forma grave, provavelmente mais pelo impacto com o solo ou com uma grade durante a queda do que pela força colisão em si, vindo a falecer depois (não que a queda deixe de ser uma consequência do atropelamento).

Não há informação para concluir se o ciclista estava fora da ciclovia ou se o pedestre estava sobre ela, mas isso sinceramente não importa muito e não muda o que aconteceu. E por favor, ainda que se verifique posteriormente que o senhor de idade estivesse sobre a ciclovia, não caiam no discurso de que a culpa foi dele ou que o atropelamento só aconteceu por ele “estar onde não devia”. Não há como afirmar isso e, sobretudo, lembremos que uma família perdeu um ente querido, uma pessoa de idade que deixará um vazio em suas vidas. O idoso que faleceu e sua família merecem nosso respeito e solidariedade.

A reportagem do SP TV informou que o ciclista permaneceu no local, seguiu até a delegacia e prestou esclarecimentos.

Atualizado, 19/08 18h15: O ciclista Gilmar Raimundo de Alencar, de 45 anos, afirmou que o atropelamento não aconteceu na ciclovia, mas na faixa de ônibus. “Eu estava prestando atenção no trânsito, estava com o foco na frente. Não tive a menor chance de reação”, contou ao G1. “Não estava na ciclovia, estava na rua. Ia acessar a ciclovia. Estava fazendo a trajetória da pista e o impacto se deu na rua, na faixa de ônibus, um pouco antes do acesso da ciclovia o canteiro a 50m”. Alencar também contou à reportagem que a pilastra pode ter impedido que o idoso enxergasse a bicicleta e levado a vítima a atravessar a rua bem em frente ao seu trajeto.  “Ele caiu na rua. Caímos os dois. Então o coloquei na calçada, perto da ciclovia, para poder prestar socorro”.

Vale considerar dois outros pontos:

  • O viário no local é bastante agressivo a ciclistas, que corriam sério risco circulando pela via antes da implantação da estrutura sob o elevado.
  • A avenida também é bastante agressiva a pedestres, com velocidade relativamente alta para uma região com grande fluxo de pessoas a pé.

Posto isso, vamos avaliar a questão da periculosidade das ciclovias paulistanas, para ciclistas e para pedestres.

Mortes de ciclistas

Historicamente, poucos são os números oficiais relativos à bicicleta no Brasil. Muitos acabam sendo obtidos por associações de ciclistas e grupos de cicloativismo que realizam medições nas ruas, como é o caso das contagens de ciclistas.

Entretanto, foi divulgado há alguns meses o número de mortes no trânsito em São Paulo. Segundo o relatório, foram 47 mortes de ciclistas no ano. Dessas 47, apenas uma ocorreu em ciclovia – e foi um caso de queda, em que o ciclista perdeu o equilíbrio. A CET, responsável pela divulgação dos dados, informou ainda que, de agosto a dezembro, com os primeiros quilômetros de novas ciclovias em operação na capital, houve registro de 17 casos, contra 30 nos primeiros sete meses do ano.

Esses números nos mostram que as mortes caíram muito depois que as novas áreas começaram a ser implantadas. Em um cálculo geral, abrangendo o ano todo, as mortes de ciclistas caíram em 10%, como demonstramos aqui no Vá de Bike.

Os dados são claros: as ciclovias não estão matando ciclistas, nem fazendo que quem esteja fora delas morra. Depois do início da implantação, as mortes diminuíram mesmo fora das pistas exclusivas.

Mortes de pedestres

E quanto aos pedestres? O relatório aponta 555 mortes dessa categoria de usuários da via ao longo do ano. Não há indicação direta no relatório de quantas dessas pessoas foram atropeladas por cada tipo de veículo, mas há um gráfico que mostra os “veículos atropelantes”.

A bicicleta aparece com duas ocorrências, em um total de 538. Ou seja, 0,37% dos casos. Guarde esse número, voltaremos a ele daqui a pouco. Nos demais, o atropelamento foi causado sempre por um veículo com motor: carro (200), ônibus (114), motocicleta (90) ou caminhão (31). Já temos aí uma boa medida: quem realmente mata pedestres no trânsito são os motoristas de automóvel.

Ora, mas há muito menos bicicletas circulando que automóveis, então esse número, quantitativamente não nos diz muita coisa, certo? Os dados mais recentes que temos sobre o uso da bicicleta na cidade vêm de uma mesma pesquisa de mobilidade feita pelo Ibope, em 2014. Além de apontar um aumento de 50% no uso da bicicleta entre 2013 e 2014, o estudo mostra que 3% das pessoas já usavam a bicicleta diariamente em 2014, contra 80% utilizando modais motorizados que não o transporte por trilhos. Ou seja, desses 83% de viagens com potencial de atropelamento, 3,6% são eram feitas em bicicleta em 2014 – mesmo ano das estatísticas que temos sobre mortes por atropelamento.

Lembra que pedimos para lembrar daquele número? Pois bem: o veículo que responde por 3,6% das viagens diárias está envolvido em apenas 0,37% dos atropelamentos na cidade. 99,63% dos atropelamentos são causados por 96,4% dos veículos em circulação.

A conclusão é que, mesmo proporcionalmente à quantidade de veículos em circulação, quem realmente oferece risco aos pedestres são os que possuem motor.

Para além desses números, também devemos considerar as outras 694 mortes de pessoas dentro dos carros, motociclistas e ciclistas, todas em ocorrências com veículos motorizados. Com isso, temos que 99,84% do total de 1.249 mortes no trânsito em 2014 teve envolvimento de um veículo com motor. Entende onde, de fato, está o problema?

Para proteger a vida de pedestres, devemos reduzir a velocidade máxima nas vias, aumentar os tempos de travessia, reposicionar e acrescentar pontos para cruzar as ruas e avenidas, aumentar a segurança de quem cruza a pé as pontes e viadutos. E, enquanto motoristas e ciclistas, devemos sempre respeitar a preferência de travessia de quem cruza a via a pé.

Simplificar dizendo que a culpa é da ciclovia é tirar o foco do que realmente importa. 

As ciclovias na prática

Quem utiliza as ciclovias em seus deslocamentos cotidianos geralmente é da opinião de que elas protegem, sim, suas vidas e que, apesar de falhas pontuais, no geral é muito mais seguro circular onde elas existem. Também há estatísticas mostrando isso, como a pesquisa do Datafolha que indica (lá no meio, escondidinho, sem nenhum destaque) que 90% das pessoas que já utilizaram as novas ciclovias as aprovam (fev/2015).

Mas vamos colocar isso em termos práticos: por mais que uma ciclovia tenha falhas de pavimento ou de sinalização, é muito mais seguro circular em um espaço segregado, que está sinalizado como seu direito de circulação, do que compartilhando o viário com motoristas que não aceitam a presença da bicicleta na via e mostram isso ostensivamente, com finas e fechadas que podem levar a óbito.

Deixamos aqui alguns vídeos para a reflexão de vocês.

Pedalando na Paulista sem ciclovia

Esse vídeo mostra como era pedalar na avenida antes da construção da ciclovia, com as tentativas de assassinato de motoristas de ônibus, espremendo o ciclista propositalmente contra a calçada. O vídeo foi postado no Facebook por Tiago Vieira.


Com e sem ciclovia – uma comparação musical

Outra mostra de forma clara, utilizando a linguagem universal da música, a diferença que um ciclista sente ao pedalar onde não há ciclovia e nos locais onde já existe a estrutura. O vídeo nos foi enviado algum tempo atrás por um leitor, o Sr. Tresillo.


149 comentários em “Morte de pedestre atropelado por ciclista reacende discussão sobre ciclovias em São Paulo

  1. Se o ciclista estava no corredor de ônibus, o limite para ele seria na verdade de 50 km/h. Mas o que ocorre é que a circulação de bicicletas em corredores de ônibus (à esquerda) é proibida, segundo a CET. Outro ponto que talvez possa ter ocorrido é o fato do senhor não esperar encontrar bike na rua, já que havia uma ciclovia recém inaugurada lá e como as bikes são silenciosas, pode não ter percebido sua aproximação. Um acidente (maioria) é um conjunto de fatores, não podemos dizer que a culpa é só do pedestre ou só do ciclista, isso tem que ser investigado. Ao menos o ciclista parou e prestou socorro, diferentemente de muitos motoristas que já vimos por aí…

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    1. Agora foi um acidente, uma fatalidade.

      Mas quando o ciclista é vítima fica aquela palhaçada #naofoiacidente, ficam pedindo prisão de todo mundo fazendo pedalada pelada.

      Não estou vendo ninguém aqui pedir cadeia para o ciclista como pedem para os motoristas de onibus que atropelaram Marcia Prado e Julie Dias

      Precisou da vida de uma pessoa para mostrar a imbecilidade dos cicloativistas!

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      1. Eduardo, não foi isso que quis dizer. Se ficar provado que o ciclista desrespeitou a lei, apoio 100% uma punição e dependendo até prisão. Mas antes precisamos ver se o senhor também desrespeitou. No caso de Julie Dias, pelo que lembro, apenas uma das partes foi desrespeitosa, portanto, a luta pela punição era válida sim.

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    2. André, ponha a mão na consciência, ao contrário do desonesto autor do artigo. Ciclista que mata tem de sofrer a mesma punição exigida a um motorista que faz o mesmo. E ciclistas têm de ser muito mais punidos, pois a esmagadora maioria desrespeita as faixas de pedestres, fura semáforos etc. e age igualzinho aos tão criticados motoristas e motociclistas. A falta de educação é generalizada e os ciclistas têm de punidos ao cometerem infrações de trânsito ou provocarem a morte de uma pessoa.

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        1. E quem disse que sou eu quem resolve? Vc é analfabeto, mal-intencionado ou as duas coisas, só pode. Além de ser uma evidente anta lerda.

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          1. ô dó….

            Não tem argumento e parte para as ofensas pessoais…o que vai esperar? Pobre de espirito, um pobre coitado frustrado.

            Gente como você me dá pena!

            Chora mais, lixo….

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            1. Lixo é vc, que disse que “eu não decidia”. Ou seja, como analfabeto funcional, é incapaz de entender um texto. Vc é uma besta, uma anta em prol de uma causa.

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              1. Saviano, não vim pra bater. Vim pra emitir minha opinião, que é diferente da galera que acha que vale tudo pra abrir ciclovias, esquecendo-se que o planejamento é pífio, há superfaturamento e há outras prioridades a atender. E todos têm o direito de emitir sua opinião, mesmo que seja diferente da tendência vista aqui. Ouvir outras opiniões ajuda a refletir. #ficaadica

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              2. Eu concordo com o Saviano. A partir do momento que você agride e ofende, perde qualquer razão…

                Discutir de forma educada e respeitosa é a melhor forma de que os demais levem suas opiniões a sério. Caso contrário, ninguém vai ler e ainda será negativado.

                Imagina se todo mundo aqui agisse assim? Iria virar uma baderna.

                Respeite se quiser ser respeitado. Respeito é algo que não se exige, se conquista.

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      1. Concordo plenamente, se ficar provado que o ciclista estava desrespeitando alguma lei no momento da colisão (como circular no corredor, por ex), tem que ser punido SIM e se precisar, preso. Mas vale lembrar que pode ter havido desrespeito por parte do idoso também… Enfim, pelo que lembro, a morte de Julie Dias foi causada pelo desrespeito de apenas uma das partes, isso muda muito a situação.

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  2. As pilastras que sustentam o Minhocão criam o que os americanos chamam de “Blind drive” ou dirigir às cegas, tanto para o ciclista quanto para o pedestre.
    Alí não dá para ter ciclovia! É uma irresponsabilidade do prefeito ignorar o perigo e dizer apenas que “ciclistas e pedestres vão se entender…” Ele deve ser responsabilizado pela morte. Cadê o Ministério Público?

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    1. Ciclovia da Av.Sumaré é compatilhada entre pedestres e ciclistas a mais de 1 ano e lá não ocorreu nenhum incidente até hoje.

      O que não dava era essa região não ter ciclovia alguma. Melhor era ter tirado uma faixa de rolamento e pronto, ciclovia sem pilares na frente!

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      1. A ciclovia da Sumaré não foi feita por esse Haddad!
        Ciclovia do minhocão deveria ser fechada antes que ocorram outros acidentes.

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        1. É, sem a ciclovia, as mortes de ciclistas atropelados na região voltariam aos mesmos patamares de antes.

          É, “Ta Serto”, opinião de carrocrata é a voz do rodoviarismo, não?

          A ciclovia vai continuar lá Sr. Eduardo Rabugento, e você terá que aceitar isso, sorry

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  3. Parte do meu trajeto tenho que percorrer trechos de ciclovia. Na região central de SP é o mais complicado e realmente os pedestres não prestam atenção quando estão ciclovia.
    Os pedestres pensam que estando nela estarão mais seguros, logo que, há “pouco” tráfego na via, mas infelizmente estão equivocados, temos que conscientizar que aquele espaço pode ser compartilhado mas a prioridade é do ciclista, salvo algumas exceções.
    Utilizei uma buzina bem barulhenta para resolver parte desta dificuldade, principalmente quando aparece os pseudos “Zumbis” com seus “Smartphones” e “earphones” no último volume.

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    1. Eduardo, você precisa se conscientizar que o pedestre merece atenção dos ciclistas, pois é o elemento mais fraco nesse embate. É claro que ele deve também se precaver, mas a obrigação maior é do ciclista. É o mesmo raciocínio utilizado onde o caminhão protege o carro, o carro a moto ou bike, etc e todos protegem o pedestre.

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      1. É exatamente isso, Michele! E o comentário do Eduardo só corrobora a postura irresponsável e desonesta do autor desse artigo.

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    2. acho que eles estao mais seguros na ciclovia, sim, do que andando em meio aos carros. Sempre peço licença para quem está andando, acho que é uma atitude muito desrespeitosa agredir alguém por procurar se preservar.

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  4. Duas vidas estragadas…a do senhor que morreu e a do ciclista, que também foi vitima, parcialmente, da obra feita nas coxas. Matar alguém, mesmo sem querer, é algo que a pessoa carrega pro resto da vida.

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  5. Acho que os pedestres deveriam sair pelas ciclovias pelados com placas – ESTÁ ME VENDO AGORA? / NÃO FOI ACIDENTE!

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      1. Pior ainda!!!

        Uma moto ou um busão estariam mais certos!
        Quando existe ciclovia o ciclista tem que pedalar por ela, ficando proibido de andar na “rua”.

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        1. Nossa Jorge, foi ironico ou está desinformado mesmo?….A CBT garante o direito do ciclista utilizar as vias da cidade, pela bicicleta ser considerada um veículo.

          Se bem que em Nova Iorque, nas avenidas onde tem ciclovias, é proibido o ciclista andar fora dela. Só pode andar fora dela, onde não tem ciclovia.

          Nesse caso, o pedestre estava mais errado que o ciclista por estar atravessando fora da faixa….

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          1. A CBT garante o direito do ciclista utilizar as vias da cidade, pela bicicleta ser considerada um veículo.

            Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

            Isso está nesse mesmo site!

            Eu conheço pq sou advogado e trabalho com isso, mas vc, como ciclista (e para melhorar seus argumentos em discussões), deveria conhecer seus direitos e deveres.

            Os dois estavam errados, concordo, mas pedestres tem prioridade sobre ciclistas. Mesmo na ciclovia a responsabilidade seria do ciclista exatamente como quando um carro atropela um pedestre mesmo este estando fora da faixa. Tanto que vai responder por homicídio como um motorista responderia.

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            1. [Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]

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              1. Vc diz que conhece seus direitos e deveres mas não sabia que o ciclista estava errado em transitar pela rua, onde existia ciclovia (duas vezes errado por estar em faixa exclusiva de onibus).

                Não que faça alguma diferença, mas eu pedalo em média 900km/mês e participo de competições de ciclismo e MTB.

                O fato de vc pedalar desde 1990 não faz de vc melhor ou pior do que ninguém.

                Minha afirmação não foi leviana, quando expus uma situação prevista no CBT vc perguntou se eu estava sendo irônico ou se era desinformado… Quem foi leviano?

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              2. Então Jorge, fique com a sua opinião que eu fico com a minha. É uma pena que aqui não seja que nem o facebook ou os fóruns de discussões onde é possivel bloquear os chatos.

                Melhor que você tem a fazer é ir cuidar da sua vida, pois não mais irei perder meu tempo contigo.

                E não, A CTB não diz nada e você continua errado e ponto final.

                Mostre onde a CBT obriga o ciclista a trafegar obrigatóriamente pela ciclovia amigo. Como você vai continuar com essa ladainha, fique falando sozinho, eu tenho mais o que fazer.

                logo logo teu comentário ficará negativo mesmo, então…tô nem ai

                Polêmico. O que acha? Thumb up 2 Thumb down 6

              3. É, eu entendo… É mais fácil bloquear alguém do que defender o indefensável…

                Código Brasileiro de Trânsito art. 58.

                Não está convencido, pergunte ao William Cruz (que escreveu o texto).

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            1. Errado!

              A ciclovia ali não obriga o ciclista a trafegar por ela. O proprio CTB não diz que é obrigatório o ciclista circular ali.

              “Deverá ocorrer” é diferente de “E obrigatório o uso da mesma pelos ciclistas”

              Ou “não é permitida a circulação de ciclistas em ruas,pontes e avenidas qdo na presença de ciclovias na mesma”

              O texto não deixa claro isso. Logo, não há nenhuma obrigação legal do ciclista ter que usar obrigatóriamente a ciclovia.

              O texto faz uma recomendação e orienta o ciclista a utilizar a ciclovia para a sua propria segurança.

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              1. Marcio, o verbo dever denota obrigação.
                Pelo texto do código o ciclista é sim obrigado a pedalar na ciclovia.
                Vale lembrar ainda que apesar de ser o bordo da via é proibido trafegar por faixa de onibus.

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              2. [Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]

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            2. não tem no CBT a “regulamentação” do que seja uma ciclovia ou ciclofaixa. Mas tem sim nos códigos das prefeituras em geral o que é um “passeio”, ou seja a calçada. Se a “ciclocoisa” está no mesmo nível e espaço físico do “passeio” está obra ainda não é regulamentada. Não sendo regulamentada não cabe exigir a aplicação do artigo 58 neste caso. E portanto o cidadão trafegando numa bicicleta pode optar se usa a “ciclocoisa” ou a pista de rolamento. Outra questão é que o cidadão tem o direito de circular na pista caso a “ciclocoisa” não tenha condições de uso. A falta de visibilidade devido aos pilares da dita “ciclocoisa” pode ser considadera por mim e por muitos como sendo “falta de condições de uso”.

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              1. Errado Marcelo! Aquilo é uma ciclovia, segregada do tráfego de outros veículos.
                O código também não estabelece o que é o bordo da via, então pela sua lógica o ciclista não pode andar em lugar nenhum!

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          2. Vai ver que o trecho do relato do ciclista: “ia acessar a ciclovia” está de difícil intelecção para alguns…. Né, não? Rsss

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            1. Para acessar a ciclovia deveria desmontar da bicicleta, atravessar pela faixa de segurança, passar pelo pedaço de calçada e só aí começar a pedalar.

              Não adianta reclamar comigo isso é o que diz a lei, se vc acha ridículo fale com as autoridades ou tente explicar para o filho do senhor que foi atropelado.

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      2. Este Renato até parece aqueles sujeitos que se aliam a grupos terroristas como o Estado Islâmico e não importa o que aconteça, não importa quem sofra, não importa o outro, só o que interessa é a “minha causa” e os “meus interesses”.
        Não vejo um comentário do sujeito criticando algo que, todos sabem, ou quase todos, tem muita coisa errada.

        Amadureça Sr. Renato!

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        1. Amadureça você Antônio. Não me dá casa, comida e nem roupa lavada. Logo,não te devo satisfação alguma e você não é meu pai para falar o que eu devo ou não fazer.

          Meta-se com sua vida e vá procurar o que fazer do que ficar aborrecendo os outros só pq tem opinão diferente da tua.

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  6. Quer dizer q se um carro me atropelar quando estou de bike, não é ele q ta me matando mas a minha queda no asfalto quando eu quebrar meu pescoço?
    é isso?

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    1. Perdeu seu acesso do folha.com.br?
      Faz um favor, não esculacha com a situação não… para de ser esdrúxulo…. Vc só vem aqui pra tacar fogo…

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          1. Como respondi em outro comentário, o fato de ser fora da ciclovia só piora a situação do ciclista (que era obrigado a estar na ciclovia)
            De resto tudo igual:

            Ciclovia péssima e perigosa;
            Aumento de 34% de mortes de ciclistas ano passado (ano do início das ciclovias malucas do Raddad)
            E a descoberta dessa infração do ciclista, corrobara a informação sobre ciclistas (em sua absoluta maioria) mal educados.

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  8. Sou usuário das ciclovias…..fico preocupado quando estou voltando para minha casa a noite….Por volta das 22h….a qtde de ciclistas irresponsáveis trafegando em alta velocidade sem respeito algum com a sinalização e os usuários da via…..parece que estão numa competição sem faixa de chegada….tudo isso ocorre na região central de SP e adjacências

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  9. Olha, pela quantidade de pessoas andando na ciclovia como se fosse calçada, é só uma questão de tempo até acontecer de novo. Tenho colegas que já desistiram de usar a ciclovia, pois o tempo perdido desviando de pedestres não valia a pena. Eu continuo insistindo, mas tem horas que cansa de tanto pedir licença.

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  10. Sempre leio e gosto muito das matérias do Vá de Bike. Mas na minha opinião, ficou faltando aí comentários sobre o comportamento dos atores no trânsito. Não dá para omitir isso.
    Não dá para ignorarmos o comportamento irresponsável que várias pessoas sobre bicicletas tem demonstrado nas ruas. Inclusive discutindo com outros ciclistas e pedestres.
    Já vi muito ciclista tirando fina de pedestre na faixa, ultrapassando outros ciclistas de maneira irresponsável, pegando o terceiro corredor na via, passando farol ao ponto de colocar a própria vida em risco em cruzamentos, pedalando na contramão no escuro… Isso tem que acabar!
    Eu pedalo e dirijo, eu não quero atropelar um ciclista! E como ciclista, eu não quero atropelar um pedestre!
    Me pergunto se estávamos mesmo preparados para as ciclovias. E vejo que não estamos.
    Não é um problema de projeto que causa esse tipo de ocorrência – atropelamento. Não é o fato de as ciclovias existirem que causa isso. É irresponsabilidade na condução junto com a fatalidade que se segue aos desdobramentos da colisão.
    A CET precisa, urgente, fazer campanhas e mais campanhas de conscientização. Nós precisamos também incluir no foco da luta pelo espaço do ciclista, campanhas de conscientização. Não fomos para a rua para pedir ciclovia? Elas não estão sendo massivamente apropriadas pelos cidadãos? Vamos então às ruas pedir que esses mesmos cidadãos tenham um comportamento amigável e de proteção nas ciclovias.
    Ciclovia não é pista de treino. Ela deve acomodar as crianças, os inexperientes, os cadeirantes, os carrinhos de bebê – sim! E nós temos o dever de protegê-los.

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    1. Enquanto o povo deste país não respeitar o Estado de Direito, jamais alcançaremos um nível de civilidade de 1o mundo. A indisciplina é característica marcante de povos atrasados. Infelizmente, tudo aqui é feito nas coxas, o improviso e a gambiarra estão incrustados no espírito da maioria dos brasileiros, e será somente um milagre que desanuviará a mente oportunista e distorcida do povo.
      Falar que Deus é brasileiro deveria ser motivo de excomunhão.

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      1. Sem investimentos pesados em educação (que não são feitos por nenhuma esfera de governo), não vamos ter mesmo.

        Governo federal só pensa em copa
        Estadual só pensa em Rodoanel e obra que seja visivel para obter votos.

        E a prefeitura a mesma coisa. Todas as gestões agem da mesma maneira.

        Por isso concluo que os politicos nada mais são que REFLEXO de seus eleitores.

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        1. A educação vem de casa, veja por exemplo, os orientais, seus filhos têm notadamente nível de educação superior à média. Eu disse nível de educação, e não de instrução. A disciplina, o respeito começam em casa. Agora me digam que padrão de educação vai ter uma criança que desde nova vê seus pais assistindo programas idiotas onde só aparece mulher seminua e “celebridade ” falando asneira, e a mãe lendo revista de fofoca e assistindo o Big Brother…
          Como sabiamente disse o Renato, só investindo pesado em educação, mas sem delegar pro estado.

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        2. Os políticos são reflexo dos eleitores…nada mais certo!
          Muita gente desce a lenha nos políticos, mas certamente fariam igual ou pior se estivessem no lugar deles.

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    2. Luciana, somente um reparo: a ciclofaixa sob o Minhocão é mesmo muito malfeita. Estava na cara que algo ocorreria. Dê um pulo lá e experimente pedalar em dia de semana. É estreita, mal-sinalizada e sem visibilidade nas áreas próximas aos pilares do viaduto. Jamais deveria ter sido feita daquela forma.

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  11. Texto bacana, e sabemos que os números não mentem, mas um ciclista jamais podia ter ferido um pedestre ali. O lugar é tradicionalmente usado por pedestres a anos, todos que passam por lá sabem disso ou notam logo de cara. Nenhum ciclista ali jamais pode andar a mais de 15km/h, exatamente porque uma queda de mal jeito pode machucar seriamente ou no caso de um idoso vir a matar por complicações. Ciclista que quiser andar mais rápido que tome outras vias. Eu faço isso dando a volta pelo centro.

    Gostaria de ver ali um memorial ao pedestre para lembrar aos ciclistas que passam ali o que desrespeito e irresponsabilidade podem fazer com pedestres. Gostaria de ver sinalização da CET bem clara mostrando que ali é trafego compartilhado com pedestre (querendo ou não) ou que ponham grades em torno de toda a ciclovia como já foi sugerido.

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  12. O Ciclista errou, esqueceu-se que o maior deve proteger o menor, sempre. Trafegar em pontos criticos em baixa velocidade e cautela é imprencidivel para evitar colisões.

    Infelizmente isso apenas apimentou a discussão e deu mais fôlego para carrocratas continuarem descendo a lenha contra as ciclovias (como a ciclovia fosse culpada por isso)

    Logo logo vai aparecer algum desses frustrados derramar suas frustrações carrocratas aqui, não vai demorar muito.

    Só para lembrar, o numero de pedestres mortos em atropelamentos por carros ninguém mais fala, não? São pelo menos 4 a 6 POR DIA.

    O que eu sei é que o ciclista foi indiciado por homicidio culposo…..

    Espero que os demais ciclistas tomem cuidado ao trafegarem pela ciclovia do minhocão. Os pilares foram verdadeiros pontos cegos tanto para pedestres, qto para ciclistas.

    Vejo como uma solução a colocação de gradiz nos 2 lados dos pilares a fim de evitar que o pedestre caminhe até a borda do mesmo e apareça do nada na ciclovia, gerando um impacto direto, caso algum ciclista esteja passando por ali no momento. Assim, evitaria os choques, pois o pedestre teria que adentrar bem antes, o que facilitaria a visão do ciclista, como dele mesmo.

    Outra solução é colocar gradiz em toda a extensão da ciclovia, forçando assim que o pedestre atravesse somente na faixa e não fora dela, como é um mal costume de muitos.

    E por fim, uma ampla campanha educativa para ambos.

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    1. Alem do gradis, acredito tb que a velocidade ideal para se passar ao lado dos pilares deveria ser algo entre 10 e 15km/h, grafitar os pilares lembrando sempre dos cuidados necessários com os pedestres tb é uma boa opção… já passei por lá, é uma condição diferente de ciclovias, tem muito mais pedestres do que nas ciclovias próximas a estação da luz e no bairro do Bom Retiro…Meus pêsames a família do sr. Florisbaldo… Seria válido algo tipo “uma ghostbike” (ou algo no mesmo sentido) para ele?

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      1. ALEK, qdo eu passo por ai, reduzo tanto a velocidade, que quase chego a parar….e se for preciso parar para olhar, eu paro.

        Infelizmente muitas das ruas e avenidas da cidade foram desenhadas somente para carros. No Minhocão, para caber uma ciclovia decente, teria que tirar uma faixa de rolamento dos carros. E implantar a ciclovia no lugar, como foi feito na Rua Mario de Andrade, deixando o canteiro central totalmente livre para os pedestres.

        Transfere o corredor de onibus para a direita e ficaria apenas 1 faixa de rolamento para carros. Pronto, sem ponto cedo para pedestres e ciclistas.

        Porém o transito no local……é esse o preço para ter ciclovias bem planejadas.

        Imagino que optaram pela opção de não “atrapalhar” o transito….E deu no que deu!

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    2. Todo acidente é resultado de uma sequência de erros; errou o pedestre, por atravessar em local inadequado; errou o ciclista por estar (supostamente) em velocidade incompatível com o local; e errou a prefeitura, por falta de planejamento e projeto falho, que não teve como prioridade a segurança dos usuários da via como um todo. Não existiu fatalidade neste caso, mas sim, uma conjunção de falta de educação, falta de planejamento e falta de bom senso.

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    3. Renato, a sua ideia dos gradis é otima, mas apenas para os trechos retos que têm as pilastras. Existem alguns trechos que são curvos em torno delas, portanto, os gradis não fariam diferença alguma. Acho que espelhos convexos nesses trechos seria uma opção. Ou talvez uma placa: “acione a campainha”; “buzine”; etc..

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      1. Andre, eu procuro fazer isso….vou bem devagarinho nesses trechos cegos pois tenho receio de aparecer alguém ali e me derrubar (ou eu derrubar alguém). A ultima vez que levei um tombo feio foi no Ibirapuera e além do prejuizo com alguns componentes da bike danificadas, ainda fiquei com alguns hematomas e dores por semanas.

        Então procuro ter o bom senso de reduzir bastante afim de evitar colisões nessa ciclovia e em todas as demais também. Tanto é que até evito o Ibirapuera de fim de semana.

        A buzina é bastante utilizada, isso sem dúvida alguma, ehehe

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  13. Excelente texto. Um oásis frente ao que vejo hj na midia crucificado as ciclovias. Parabéns William pela clareza e por colocar os fatos no seu devido lugar

    Polêmico. O que acha? Thumb up 8 Thumb down 5

    1. Clareza? É um irresponsável, que ainda quis descaracterizar a morte do pedestre. Ridículo o artigo e ainda mais sua postura, querendo politizar a discussão e culpar a “mídia”. Aquela ciclofaixa é perigosa e um ato de irresponsabilidade do poder público. Estava na cara que causaria acidentes e, daquele jeito, não será o único. É disso que se deveria falar, e não na defesa da construção das ciclofaixas. Não é isso que está em jogo, e sim em algo malfeito e a falta de educação de muitos ciclistas. Ridículo.

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  14. Vale lembrar que o ciclista, independente de estar na ciclovia que é uma via própria para ele, deve sempre estar alerta com pedestres desatentos ou obstáculos inesperados, isso é muito comum mesmo andando na ciclovia do parque do Ibirapuera. O mesmo conceito de direção defensiva que se aplica aos motoristas deve ser praticado por ciclistas também para evitar esse tipo de acidente.

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  15. Acho que CET já deveria estar atacando através de campanhas um questão importante que é o respeito as regras de trânsito por parte dos ciclistas. vejo muita gente bem mais experiente que eu se comportando de forma bem arriscada, furando faróis, ignorando pedestres e faixas para ganhar alguns segundos, etc. Apesar da chance de matar alguém ser bem menor por conta de velocidade ferimento se lesões não deve ser ignoradas, o caso desse senhor pode servir para dar o alerta, não nos comportarmos como se estivéssemos passeando num parque.

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