Ciclistas em Copenhagen, capital da Dinamarca: país é um dos mais amigáveis à bicicleta no mundo. Foto: Heb/Wikimedia Commons

Chip instalado em bicicletas garante sinal verde para ciclistas em cruzamentos na Dinamarca

Equipamento pretende dar mais segurança a quem pedala. Iniciativa é parte de um projeto da Comissão Europeia para melhorar a qualidade de vida nas cidades.

Ciclistas em Copenhagen, capital da Dinamarca: país é um dos mais amigáveis à bicicleta no mundo. Foto: Heb/Wikimedia Commons
Ciclistas em Copenhagen, capital da Dinamarca: país é um dos mais amigáveis à bicicleta no mundo. Foto: Heb/Wikimedia Commons

Projetos, iniciativas e tecnologias ligadas ao ciclismo urbano pretendem, sobretudo, oferecer mais segurança a quem opta pela bicicleta como modal de deslocamento diário. No município de Aarhus, na Dinamarca, a etiqueta RFID (sigla em inglês para “identificação por radiofrequência”) é uma tecnologia que aciona os semáforos para que eles fechem para os carros quando o ciclista se aproximar de um cruzamento. O chip já foi testado em 200 bicicletas em 2015 e a expectativa é de que seja implantado em mais de mil bikes ainda este ano.

Uma das idealizadoras desse projeto é Louise Overgaard. Segundo ela, apenas um cruzamento de Aarhus tem o sistema, mas caso o projeto seja aprovado em sua fase de testes, deve ser estendido para cruzamentos de diversos bairros da cidade. “Nós precisamos definir um plano político para expandir para outros cruzamentos. O mais importante é que os ciclistas sintam que há um espaço seguro para eles”, disse Overgaard.

“O mais importante é que
os ciclistas sintam
que há um espaço
seguro para eles”

Segundo ela, a forma como os ciclistas precisam atravessar cruzamentos é hoje considerada insegura, desencorajando muitas pessoas a se apropriarem da bicicleta como principal modal de deslocamento.

Funcionamento

Uma espécie de código digital, o RFID, é implantado na roda dianteira da bicicleta. Quando o ciclista se aproxima de um cruzamento que possui o leitor desse código digital, ele detecta a presença da bike através de um sinal eletrônico, acionando a luz vermelha do semáforo para o motorista do carro. Com isso, o ciclista terá sinal verde para fazer a travessia de forma segura, priorizando o fluxo para quem está sobre duas rodas em detrimento dos veículos motorizados.

A ampliação do número de cruzamentos com o scanner, para os moradores de Aarhus, significa uma inversão de prioridade na mobilidade local. Em Copenhagen, capital do país, os ciclistas urbanos, que representam mais de 50% da população, já possuem uma ampla infraestrutura cicloviária.

Expansão

O sistema de chips na identificação de bicicletas nos cruzamentos urbanos faz parte de um projeto maior da Comissão Europeia, que tem trabalhado para desenvolver serviços e tecnologias urbanas que melhorem a qualidade de vida nas cidades dos países que integram a União Europeia, como a redução nas emissões de CO2 e a ampliação de infraestruturas cicloviárias.

A Comissão Europeia dos Transportes chegou a anunciar, simbolicamente, em outubro do ano passado, que a “bicicleta é o meio oficial de transporte” da União Europeia. Cinco cidades de toda a Europa atualmente trabalham em projetos sustentáveis: Aarhus (Dinamarca), Atenas (Grécia), Issy-les-Moulineaux (França), Gênova (Itália) e Cantábria (Espanha).

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