Estações vazias ou inoperantes se tornaram comuns nos últimos meses. Foto: Willian Cruz

Bicicletas compartilhadas do Itaú devem ter melhorias nos próximos 90 dias

Uma nova empresa acaba de assumir a operação das laranjinhas em cinco cidades, prometendo melhoria no serviço e na manutenção das bicicletas.

Técnico realiza manutenção em estação do Bike Sampa. Foto: Willian Cruz
Técnico realizando manutenção em estação do Bike Sampa, em 2015. Foto: Willian Cruz

Os sistemas de bicicletas compartilhadas do Itaú – as populares “laranjinhas” – terão melhorias nos próximos três meses. É o que se espera com a mudança na operação dos sistemas, que está sendo assumida pela empresa tembici.

Bicicletas compartilhadas facilitam deslocamentos cotidianos e estimulam a adoção da bicicleta. Foto: Willian Cruz
Na feira: bikes compartilhadas facilitam deslocamentos cotidianos e estimulam adoção do modal. Foto: Willian Cruz

A nova operadora adquiriu recentemente a Samba Transportes Sustentáveis e, com isso, assumiu também a operação dos sistemas de compartilhamento de bicicletas Bike Sampa, Bike Rio, Bike Poa, Bike PE e Bike Salvador, patrocinados pelo Itaú, além do Manô Bike, em Manaus, e Bike Belém, que tem a chancela da HapVida, e do Bike Kids, em Santos, em parceria com a Danoninho.

“Acreditamos que a mudança será muito positiva para o aprimoramento da qualidade do serviço disponibilizado à população e para a consequente incorporação da bike como meio de transporte por mais pessoas. Conhecemos a tembici. de outros projetos e eles têm feito um excelente trabalho. Juntos iremos levar a experiência de bike sharing no Brasil para outro patamar”, afirma Luciana Nicola, superintendente de Relações Governamentais e Institucionais do Itaú Unibanco.

Os serviços de compartilhamento de bicicletas patrocinados pelo Itaú já têm 20 milhões de viagens acumuladas e mais de 3 milhões de usuários cadastrados.

Problemas

Estações vazias ou inoperantes se tornaram comuns nos últimos meses. Foto: Willian Cruz
Estações vazias ou inoperantes se tornaram comuns nos últimos meses. Foto: Willian Cruz

Os sistemas de compartilhamento operados pela Samba vinham sofrendo fortes críticas por parte dos usuários, com estações vazias e problemas de manutenção nas bicicletas. “O serviço, pelo menos em São Paulo, é terrível”, desabafa o leitor Ricardo Bulcão. “As falhas são incontáveis e as vezes que fiquei na mão também”, conta o ciclista.

Para resolver esses problemas, um mapeamento detalhado está sendo realizado pelas equipes de campo da empresa agora responsável pela operação, a fim de trazer melhorias a quem faz uso das bikes.

“Priorizaremos a manutenção nas novas praças, a distribuição inteligente nas estações e o bom atendimento ao cliente. Os próximos 90 dias serão de muito trabalho e desafios no trajeto, pois sabemos que as bicicletas fazem parte do dia a dia das pessoas, facilitando trajetos e conectando destinos”, explica Mauricio Villar, COO da tembici.

Os usuários do serviço, que já estavam começando a desanimar frente às dificuldades na utilização, aguardam ansiosos pelas melhorias.

Sobre a empresa

logo tembiciA tembici. é uma empresa especializada em soluções para mobilidade urbana, tendo como principal área de atuação o planejamento, implantação e operação logística de sistemas automatizados de bicicletas compartilhadas e de estacionamentos de bikes. Presente em 17 cidades brasileiras, a empresa contabiliza 33 projetos e mais de 1,7 milhão de usuários, desde sua fundação em 2010. Entre os projetos, há sistemas de empréstimo/aluguel de bicicletas, bicicletários e iniciativas de incentivo ao uso, tanto de caráter público como em empresas, hotéis e condomínios residenciais.

“Temos a bicicleta como nossa aliada. Com qualidade, eficiência e informação por meio de tecnologia, viabilizamos projetos para que as pessoas possam ir e vir livremente, transformando seu olhar e sua relação com a cidade”, diz Tomás Martins, CEO da tembici.

Além do compartilhamento de bicicletas urbanas e elétricas e dos bicicletários em espaços públicos ou privados, a empresa idealizou a plataforma de e-commerce Ibike. A iniciativa, em parceria com o Itaú, incentiva o uso das bikes como um modal de transporte, comercializando bicicletas a um custo mais acessível. Durante um passeio pelo site, o usuário pode conferir, antes de iniciar a compra, qual o modelo ideal de bicicleta para o seu perfil.

Para ensinar as crianças pedalarem com segurança na cidade, há a Escolinha Bike, para os pequenos de 2 a 7 anos. Com infraestrutura que imita uma minicidade, os ciclistas mirins entram em contato com a rotina do trânsito e suas regras. Ao final da atividade, recebem a Carteira de Habilitação do Ciclista. Aos domingos e feriados, a tembici. opera as ciclofaixas de Salvador em Recife, em conjunto com os órgãos públicos.

4 comentários em “Bicicletas compartilhadas do Itaú devem ter melhorias nos próximos 90 dias

  1. O projeto do bike Pe, poderá se ampliar mais? Observo a mudança é o resultado positivo o como tem uma galera usando de verdade, de como é difícil pegar uma bike pela demanda, mais séria interessate ter a baki para chegar em casa , alguns na zona norte ou pode se dizer nas arredores periféricos de Recife. Uma mudança em tanto nos transportes deslocamento, menos sedentárismo, uma jeito novo de chegar em casa . Aguardo um retorno e que se amplie parabéns pelo trabalho e por todos envolvidos.

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  2. A região da Liberdade precisa voltar a ter estações, foram retiradas no começo de 2014 e nunca mais voltaram, a demanda é enorme.

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  3. Tá precisando de melhorias mesmo, tenho deixado o bike sampa de lado por falta de opção, faltam estações, e nas que existem faltam bicicletas.
    Precisamos de melhorias e de muita ampliação, não só na extensão as periferias como também no aumento de bikes e estações nas regiões em que o bike sampa já está presente mas não atende toda a demanda.

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  4. Realmente a operação com a Serttel tinha seus problemas, só que este período de transição esta sendo muito dificil para quem usava o sistema como meio de transporte, há 3 semanas não consigo pegar uma bicicleta para meus deslocamentos e o interesse da TemBici em formar parcerias com usuários não parece muito presente.
    Uma conversa com usuarios de longa data, assim como eu, talvez fosse mais produtiva do que ´´analisar´´ estações com técnicos em campo (detalhe muitas estações são marcadas como ´´em manutenção“ sem que haja ninguém trabalhando nelas e pior com todas as posições ocupadas, deixando as poucas estações operacionais sem bicicletas.
    Realmente espero que não levem 90 dias para termos um sistema minimamente operacional e que sejam firmadas parcerias mais sólidas com os usuários a fim de garantir que o sistema seja modificado para melhor, com novas estações e tecnologias. Afinal todo este tempo sem as laranjinhas tem que valer a pena.
    Fico a disposição do site, da empresa e dos outros usuários para conversarmos mais

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