Agente da CET orienta motoristas quanto às rotas alternativas. Foto: Willian Cruz

Centro de São Paulo terá “Sexta sem Carro” uma vez por mês

Diversas ruas do centro histórico de São Paulo terão circulação proibida a automóveis e motos particulares, toda última sexta-feira de cada mês

Cidadãos caminham livremente em ruas do centro no Dia Mundial Sem carro, quando a circulação só foi permitida a ônibus, táxis e bicicletas. Foto: Willian Cruz

Diversas ruas do centro histórico de São Paulo terão acesso restrito a automóveis e motocicletas particulares uma vez ao mês, sendo liberadas apenas para ônibus, táxis e bicicletas. A iniciativa, chamada pela prefeitura de “Sexta sem Carro”, acontecerá toda última sexta-feira de cada mês, começando no próximo dia 27 de outubro.

Das 6h às 18h, carros e motos não poderão circular em toda extensão da Rua Boa Vista, Ladeira Porto Geral, Largo de São Bento, Rua Líbero Badaró, Viaduto do Chá e em trecho da Rua Florêncio de Abreu (entre a Ladeira da Constituição e a Rua Boa Vista), sendo permitido somente o trânsito de ônibus, táxis e bicicletas.

Agente da CET orienta motoristas sobre a interdição. Foto: Willian Cruz

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o objetivo da ação é conscientizar a população para que passe a utilizar outros meios de transporte e também caminhar pelas ruas do centro da cidade. Ainda segundo o órgão, busca-se incentivar o debate sobre o uso do veículo motorizado na cidade, propor soluções como a prática da carona entre amigos e vizinhos e estimular o uso do transporte coletivo e as pequenas viagens a pé ou de bicicleta.

Veja no mapa abaixo as áreas com circulação restrita para veículos motorizados particulares. E se precisar ir ao centro nesses dias, aproveite a rede cicloviária paulistana e vá de bicicleta.

Centro de Sao Paulo fechado a carros e motos no Dia Mundial Sem Carro. Foto: Willian Cruz

Bem aceita até por comerciantes

A abertura das ruas do centro uma vez ao mês é resultado direto do sucesso da primeira ação, realizada no Dia Mundial Sem Carro desse ano (22 de setembro). Naquela ocasião, o Vá de Bike circulou pela região de acesso restrito, fazendo um live no Facebook, quando encontramos com o secretário de Mobilidade e Transportes, Sergio Avelleda, que também circulava de bicicleta pelo local e conversou com nossa reportagem ao vivo.

“Estou impressionado com o sucesso”, relatou Avelleda na ocasião. “Todo mundo que trabalha nesse lugar está me procurando para perguntar por que não vira definitivo. A receptividade está sendo muito boa, não tenho registro de reclamação.”

Líbero Badaró também terá circulação restrita. Foto: Willian Cruz

De acordo com o secretário, houve um trabalho anterior de comunicação com os residentes e trabalhadores de todos os imóveis que estariam dentro da área de restrição, com faixas e panfletos distribuídos nos imóveis, explicando o objetivo da iniciativa. Avelleda relatou sua conversa com o garçom de um restaurante tradicional da região, o Girondino (Largo São Bento), que afirmou que o movimento estava “melhor que no dia que tem carro”.

“Os agentes da CET reportaram que não houve dificuldade com o tráfego ao redor, tudo sob controle, não teve nenhum ponto de estrangulamento grave no trânsito, e as pessoas que usam o centro ficaram felizes”, contou o secretário. “O prefeito [João Doria] gravou um live dizendo que se a experiência fosse positiva a gente poderia repetir. E eu tô achando que ele vai querer repetir”, antecipou.

Vídeo

Veja abaixo como foi a primeira restrição a veículos motorizados particulares no centro e como ficaram as ruas, no vídeo que transmitimos ao vivo naquela ocasião. A entrevista com o secretário está a partir dos 10 minutos e tem cerca de três de duração.


 

5 comentários em “Centro de São Paulo terá “Sexta sem Carro” uma vez por mês

  1. Ao ler o título Imaginei que seria o centro inteiro, mas depois que vi o mapa, é algo decepcionante. Vamos ver se vão fazer isto na semana que antecede o Natal. Na minha opinião o programa vai ser suspenso neste período. Ou será postergado, já que o centro tende a ficar mais vazio no começo do ano.

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  2. Uma aberração na escala de prioridade e uma demagogia rasteira do Dória que vai de mal para pior : o que o povo quer é a eliminação dos servidores públicos corruptos na pior das hipóteses e ineficientes na melhor das hipóteses que infestam o Estado brasileiro e que sugam os recursos parcos que poderiam ser investidos na melhoria da qualidade do transporte público, hospitais, educação, tapar buraco das ruas e calçadas etc… Dória um bom gestor é pura lenda urbana ! Dória não sabe o que fazer então acha que fazendo isso se igualará a cidades do tipo Londres : tristes trópicos…

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