Cartaz do Dia Mundial Sem Carro, elaborado e gentilmente cedido por Mateus Bagatini

Histórias do Dia Mundial Sem Carro

O Vá de Bike convidou o leitor a contar como foi seu Dia Mundial Sem Carro. Há bons relatos de quem usou a bicicleta nas ruas pela primeira vez nesse dia e de pessoas no poder público que deram o exemplo.

Cartaz do Dia Mundial Sem Carro, elaborado e gentilmente cedido por Mateus Bagatini

O Vá de Bike convidou o leitor a contar como foi seu dia, após o Dia Mundial Sem Carro de 2011. Muitos relatos surgiram, a maioria como comentários na página.

Veja também: Fotos e histórias de quem foi pela primeira vez de bicicleta ao trabalho!

Entre os relatos recebidos por e-mail, soubemos de ações de pequenas empresas, como um supermercado em Santa Catarina, em que a equipe toda foi de uma cidade a outra de bicicleta para não usar o carro nesse dia. Em São Paulo, descobrimos que algumas pessoas públicas usaram a bicicleta nesse dia, como o Secretário Estadual do Meio Ambiente, o Secretário Municipal de Educação e o presidente do Metrô. Em Bauru, interior de São Paulo, o Prefeito e o presidente da Emdurb compareceram de bicicleta à inauguração de uma ciclofaixa e, de lá, seguiram pedalando para seus compromissos do dia, acompanhados de assessores e alguns vereadores.

Nos relatos enviados pelos leitores, chamaram atenção especialmente os de quem experimentou a bicicleta nas ruas pela primeira vez nesse dia, inspiradores para quem quer começar mas ainda não tomou coragem. E, em certa medida, emocionantes para quem já utiliza a bicicleta como meio de transporte e sonha em ver cada vez mais ciclistas nas ruas, numa cidade cada vez receptiva às pessoas que estão fora dos automóveis.

Reproduzo abaixo alguns desses relatos. Você pode ler todos aqui.

Acordei morrendo de sono, mas sabia que era só subir na bike que passaria.

Dito e feito, fiz o trajeto Centro – Casa Verde desperta, feliz, sorrindo sempre. No meio da ponte de Casa Verde, um babaca me grita um “Vai pra calçada!”, apesar do trânsito livre que fluia perfeitamente, ao que respondo sorrindo e acenando, como de costume.
Na ida para a faculdade, trajeto Casa Verde – Barra Funda, fui fechada bruscamente por um rapaz que sequer ia entrar em alguma rua: só queria passar logo na minha frente. Me desequilibrei, quase caí e não consegui conter uns palavrões. O motorizado acelerou e sumiu da minha vista.

Na volta para casa, minhocão fechado e múltiplas luzes intermitentes iluminaram a noite. Acenei para todos, buzinei levemente para alguns e não consegui segurar o sorriso.

Meu DMSC foi como os outros dias tem sido: maravilhosos. A bike me faz gostar de me deslocar, e isso é inédito para quem se torturava em conduções lotadas todos os dias. Apesar disso, ouvi muitas histórias de acidentes, tombos e ralados ocasionados pela pressa raivosa de alguns motoristas. Eu, meu namorado, um amigo e mais alguns casos que ouvi me levaram a questionar se havia algum motivo para estress além do comum nas ruas…eles não deveriam estar felizes por ter – supostamente – menos trânsito?

Uma pena não poder participar de nenhuma ação, devido aos compromissos do dia. Mas fico feliz de vê-las acontecendo. Fico feliz quando vejo cada umx de vocês nas ruas. (:

Enfim, continuo pedalando, sorrindo e sonhando.

Feliz Vida Sem Carro para todxs! – Esther Sá

Hoje vim de casa para o trabalho de bike pela primeira vez. Já venho andando de bike aos fins de semana na ciclofaixa a alguns meses. Depois a um tempo atrás, vim de bike ate a frente do prédio onde trabalho(Vila Mariana) num sábado. Essa semana resolvi aproveitar o #DMSC e criar coragem pra vir. Viemos eu e um amigo aqui do trabalho que começou a andar de bike junto comigo. Foi bem tranquilo, já aviamos estudado o caminho e pego dicas com ciclistas mais experientes. Até um vídeo do Willian Cruz nos ajudou pois ele passa por um ponto de risco que nós também passamos. Enfim valeu a pena demais. Pretendo vir mais vezes até pegar o ritmo e trocar de uma vez o carro pela bike.
abraços!! – Alexandre Liodoro

Fiz um percurso até o metro vila prudente em 13 minutos de bike, ontem levei 45 minutos na lotação por causa do transito. – Fernando Salvio

Na empresa em que eu trabalho várias pessoas costumam vir de bike como eu. Para o dia de hoje, nos organizamos como bike anjos para acompanhar colegas de trabalho que tinham vontade, mas pelos motivos conhecidos (inexperiência, medo do trânsito, etc) não utilizam a bicicleta como transporte. Uma parte desses colegas alugou bicicletas nos bicicletários da Parada Vital nas estações de metrô mais próximas (Barra Funda e Vila Madalena). Marcamos um ponto de encontro em uma padaria para um café da manhã coletivo e seguimos para o trabalho em mini-bicicletada. Fomos ao Sesc Pompéia almoçar, para aproveitar mais o dia. No final do expediente os bikes anjos vão acompanhar o pessoal de volta aos bicicletários ou suas residências, e seguir com os que quiserem para a bicicletada na Av. Paulista.

Está sendo um dia muito bacana por aqui. Foi muito legal ver os sorrisos estampados nos rostos do pessoal chegando ao trabalho de bicicleta pela primeira vez, quem sabe pela primeira vez de muitas. A idéia agora é fazer disso um evento mensal na empresa. – Fábio Moreirão

Estava planejando vir de bicicleta, mas acordei atrasado e resolvi ir de ônibus. Chegando na rua, vi a Radial totalmente parada já na altura do metrô Belém (acho que por conta do acidente no viaduto Diário Popular, não sei) e voltei atrás: peguei a magrela e vim pela Liberdade até a Paulista. Dei uma passada rápida ali na praça do Ciclista pra tomar uma água e bora pro escritório.

Resumo: um percurso que faço regularmente em 45 minutos tomando dois ônibus, hoje levou 1 hora. Completamente aceitável!

Vou fazer mais vezes, com certeza. – Rubens

3 comentários em “Histórias do Dia Mundial Sem Carro

  1. O bacana daquele meu dia foi o retorno: 45 minutos num percurso que não faço em menos de 1h15m! Desci a Brigadeiro direto, Rangel Pestana e depois o viaduto Bresser; ali foi o único ponto onde me senti mais vulnerável no trânsito, pela falta de iluminação e no fimzinho das pernas. Costumo fazer esse percurso de final de semana, quando vou pedalar na Ciclofaixa/Ibirapuera, mas o trânsito de dia útil é que estava me preocupando. De resto, bem tranquilo.

    Acho que um erro que cometi diversas vezes nas primeiras pernadas foi justamente de seguir o caminho que eu já conhecia. Isso envolve andar em vias de tráfego intenso que, independente da lei garantir o nosso espaço, não é seguro para iniciantes (como eu). Se está pensando em fazer um percurso novo, recomendo uma passeada pelo Google Maps escolhendo rotas como ‘pedestre’ e escolher as vias mais tranquilas e com menor inclinação.

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    1. É isso mesmo, Rubens. No início, tendemos a fazer o mesmo caminho do carro ou ônibus, que dificilmente é o melhor caminho para a bicicleta. Costumo dizer que um dos principais itens de segurança é a escolha da rota. Dê preferência a ruas tranquilas, com fluxo menor e mais lento, e seu trajeto fica muito mais seguro. E divertido.

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