Ciclorrota na região da Bela Cintra. Foto: Luiza Campelli

Novas ciclorrotas surgem em São Paulo

Novas ciclorrotas começam a aparecer na cidade. A sinalização de solo característica das rotas cicláveis tem surgido em vários locais.

Ciclorrota na região da Bela Cintra. Foto: Luiza Campelli
Ciclorrota na região da Bela Cintra. Foto: Luiza Campelli
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Quem pedala por algumas regiões de São Paulo deve ter notado o aparecimento de novas bicicletinhas pintadas em ruas como a Bela Cintra, Estados Unidos e Atlântica, entre outras mais tranquilas do Jardim Paulista, Jardim Europa e Itaim Bibi. Na Alameda Santos, paralela à Av Paulista, a ciclorrota demonstra a constatação de um fato: por enquanto ninguém terá coragem de resolver a questão da presença constante de ciclistas na Paulista – caminho óbvio e comum de milhares de nós – colocando o cidadão para pedalar nas paralelas, que possuem ladeiras e são mais estreitas. Entenda por que ciclistas continuarão usando a Av. Paulista.

As bicicletas no solo são características das rotas cicláveis que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tem sinalizado pela cidade.  Seu traçado é baseado no mapeamento feito pelo Cebrap, em 2011, ainda na gestão anterior, mas que agora tem como coro as promessas feitas pelo atual prefeito, Fernando Haddad, de inclusão da bicicleta no trânsito da cidade. O prefeito anunciou que serão feitos mais de 400km de vias cicláveis, todos os novos corredores de ônibus terão ciclovias e, em reunião com ativistas, definiu que deve ser feita uma campanha de conscientização sobre o respeito ao ciclista.

Pedalar por essa sinalização é sempre emocionante, bate uma alegria inexplicável perceber que cada atitude pró-bike é fruto de anos e anos de luta, gritos, manifestações e trabalho constante e incansável de muitas pessoas, inclusive de amigos que perdemos pelo caminho.

A escolha do traçado

O novo traçado contempla a área das estações de empréstimo de bicicleta do sistema Bike Sampa.
O novo traçado contempla a área das estações de empréstimo de bicicleta do sistema Bike Sampa.

O Mapa das Ciclorrotas de São Paulo é um dos documentos mais emblemáticos dessa luta, pois pela primeira vez se tem um levantamento oficial, feito e coordenado por ciclistas, sobre melhores caminhos, mais tranquilos e menos íngremes na cidade. Infelizmente o estudo só chegou a mapear parte do centro expandido e foi lançado impresso em pouquíssimas quantidades. Os dados são hoje de propriedade da Secretaria de Transportes. Há uma versão em PDF, que infelizmente não conversa com nenhuma plataforma online de mapas e não permite interagir nem traçar sua própria rota. Veja o mapa aqui, no Vá de Bike.

A partir desse mapeamento, algumas ruas foram escolhidas para receber a pintura no asfalto e sinalização vertical, como aconteceu nos bairros de Pompéia, Perdizes, Lapa, Mooca, Brooklin, Vila Mariana e Moema, indicando melhores caminhos por onde os ciclistas podem seguir, sempre compartilhando com os outros veículos. Mas, atualmente, boa parte dessas pinturas está praticamente apagada, continua sem conectar as regiões nem ampliar a outras, sendo de novo mais uma iniciativa que, na prática, surte pouco efeito para o ciclista.

Vá de Bike já publicou um artigo sobre a importância de implementar e ampliar essa sinalização. Precisamos cobrar da Prefeitura e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) um progresso dessa ação. O traçado atual é ainda somente no centro expandido da cidade e, agora, com essas últimas na região da Paulista, contempla a região das estações de aluguel de bicicleta do sistema Bike Sampa.

Planejamento precisa evoluir

Ainda falta muito para dizer que São Paulo é finalmente uma cidade amiga da bicicleta, mas aos poucos parece estar caminhando para tal. Essas iniciativas (pontuais e desconectadas) são importantes e certamente não queremos que sejam abandonadas e, sim, incorporadas a um planejamento cicloviário maior e completo que envolva mais ciclistas e principalmente mais regiões da cidade.

Por isso, antes de comemorar sua implantação, não podemos esquecer que ela desconsidera áreas complexas da capital. Não chegaram a beneficiar, por exemplo, quem vive em locais mais afastados e para além dos rios Pinheiros e Tietê. A travessia dessas pessoas pelas pontes, para que tenham acesso ilimitado à cidade, ainda é um gargalo social que a prefeitura precisa resolver COM URGÊNCIA, construindo estruturas exclusivas para pedestres e ciclistas e adaptando nossas as pontes para deixem de representar um risco diário às vidas de milhões de cidadãos que as cruzam caminhando ou pedalando.

Caso contrário, continuaremos com uma cidade elitista, seletiva e pouco inclusiva ao desconsiderar boa parte dos seus cidadãos,  em bairros que têm, inclusive, números sobre o uso da bicicleta maiores do que o de cidades europeias, como mostra a pesquisa Origem e Destino do metrô.

* O Vá de Bike entrou em contato com a CET para obter mais detalhes do traçado desta ciclorrota e cronograma de sua execução. Passada uma semana da solicitação, mais uma vez não obtivemos retorno.

 

Mapa mostra os números sobre o uso de bicicleta na cidade. Clique para ler a matéria original no site da Folha de São Paulo. Imagem: Folha/Reprodução
Mapa mostra os números sobre o uso de bicicleta na cidade. Clique para ler a matéria original no site da Folha de São Paulo. Imagem: Folha/Reprodução

Viu mais bicicletas pintadas no asfalto? Conte aqui nos comentários!

14 comentários em “Novas ciclorrotas surgem em São Paulo

  1. Achei a ciclofaixa feita na av. Antonio de Souza Noschese completamente inútil, pois alem de atrapalhar os moradores, é uma rua que não tem necessidade nenhuma de ter a ciclofaixa, se quisessem então fazer a ciclo faixa, deveriam fazer na av. Milton de Souza Meireles, pois não haveria nenhum dano aos moradores da avenida, e interligaria a ciclofaixa com a pista de Cooper que existe próximo ao final da rua, à linha de trem e o terminal da vila Yara e ao shopping continental na outra ponta da avenida.

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  2. Precisava disso na Rua Gomes de Carvalho e na Rua Casa do Ator.

    As duas são rotas óbvias para qualquer um de nós que sai do Itaim e vem para Oeste, simplesmente por haver as ciclofaixas de moema na Av Rouxinol e Av Pavão/Av Irai. Qualquer ciclista que usa estas vias com ciclofaixa cai num trânsito lascado ao chegar nas vias sem ciclovias.

    No meu caso, indo para Itaim, caio na Rua Gomes de Carvalho, uma rua que botaria medo num ciclista menos experiente. A R. Casa do Ator também tem muito trânsito e ainda é subida. Vejo muitos ciclistas pela calçada até chegar na Av. Sto Amaro simplismente por medo de encarar o trânsito na subida. Deveria haver ciclofaixas também nestas duas vias, mas a CET ignora a continuação das ciclofaixas de Moema e deixa o ciclista no trânsito pesado. Fico com dó do ciclista menos experiente.

    Outro problema, e este crítico. Perto do começo da ciclofaixa de moema, na Av Aratãs (que começa da Av Rouxinol), existe uma passarela, e também a rua mais próxima paralela a Av Rubens Berta (continuação da Av 23 de Maio) tem ciclorotas. Essa passarela é uma das poucas maneiras de se atravessar a Av Rubens Berta sem dar a volta pela Av Indianópolis, e ficar próximo a uma ciclorota é ótimo, não fosse o fato da rua em que a passarela sai, ser contramão, e forçar o ciclista a descer uma quadra pela calçada ou pegar uma quadra da 23. CET fez outra palhaçada ai.

    Comentei isso tudo para mostrar o que todos já sabem, as ciclorotas, ciclofaixas, e até ciclovias ***precisam*** ser conectadas para dar fluência.

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  3. Na Clodomiro Amazonas (Itaim Bibi) colocaram a sinalização vertical, mas não pintaram as bicicletinhas na rua. É alguma coisa, mas o que a gente quer mesmo são ciclovias e… RESPEITO!

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  4. Curioso que estas regiões citados, metade deles dividem fronteira com outros municípios. Seria curioso como resolvem vias em comum ou que atravessam na fronteira. Na região da Lapa, ou subprefeitura da Lapa, faz divisa com Osasco. Como citei no comentário anterior, há uma dificuldade inexplicável pela falta de ação nesta região. Exemplo de viaduto mal acabado, não há semáforos, não há nem faixa de pedestres, não há bicicletário na estação Presidente Altino ( Já solicitei à CPTM, mas disseram que isto está no âmbito da(s) prefeitura(s) ). Essa falta de colaboração entre prefeituras é um atraso de vida para quem mora nestas regiões ou até mesmo quem passa. Como trabalho em Barueri, tenho no caminho pelo menos 4 prefeituras: São Paulo, Osasco, Carapicuiba e Barueri. O que leva esta questão de infraestrutura de mobilidade a um nível de dificuldade maior.

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  5. Aline Cavalcante, postou “Conheça o Plano Cicloviário da região da Lapa, em São Paulo”, onde mostrava o plano Cicloviário da subprefeitura da Lapa, onde é incluído o distrito do Jaguaré, onde há uma indicação ( mas não menção dos nomes das vias ) das vias Av. Antonio de Souza Noschese e Av. Presidente Altino. Não há nenhuma sinalização, mas totalmente cicláveis, há cuidados a serem tomados na Av. Presidente Altino. Estas duas vias desembocam na Estação Presidente Altino. O que seria uma ótima ciclorota, para aproveitar o modal Trem. Contudo, há uma falta de um bicicletário na Estação Presidente Altino. Como é uma região limites da cidade de OSASCO e SÃO PAULO, é uma região problemática por falta de infraestrutura e melhorias. Bom tópico que Aline apresentou, que me levou a investigar estas rotas presentes no Plano Cicloviário da Região da Lapa. Certamente estas duas vias seriam de grande utilidade para os usuários da região ( incluindo a minha pessoa ), se fossem feitas as sinalizações e feito as melhorias. Não significa que seja impeditivo, mas com certeza desestimula o uso por falta do cuidado da prefeitura ( das prefeituras se considerar o entorno da estação Presidente Altino ).

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  6. Aproveitando este comentário ( que repeti no tópico sobre “Novas ciclorrotas surgem em São Paulo” pela colaboradora Aline ).
    No Jaguaré, há duas vias, segundo o plano Cicloviário do subdistrito da Lapa demonstrado no VáDeBike Conheça o Plano Cicloviário da região da Lapa, em São Paulo ): Av. Presidente Altino e Av. Antonio de Souza Noschese, que no mapa apresentado não fica claro. Nestas vias não há sinalização, nem horizontal, nem vertical. Se houver alguma sinalização nestas vias, ajudaria no comportamento de motoristas e ciclistas, a prestarem mais atenção. Em relação a ciclista, é porque já peguei vários ciclistas, principalmente na Noschese, andando na calçada ( uma daquelas em que quase fui atropelado na calçada pelo ciclista, e que chamei a atenção, pois não havia nenhuma necessidade, pois a Av. Noschese é mais tranquila, e oferece nenhum perigo, para ver a questão da mentalidade de levar vantagem se aplica aos ciclistas aqui também. ).

    Na minha avaliação, a Av. Antonio de Souza Noschese, é a mais tranquila, é uma avenida de bairro, bem tranquila. A Av. Presidente Altino, é mais complicada, pois além de ser movimentada, há movimentação de vários ônibus, caminhões, pois é uma zona cheia de armazéns e algumas indústrias. Complicando o fato que lá há um estacionamento de carretas que atrapalha a circulação e a sinalização, dentro de outras coisas, reclamação constante da região e do SAJA ( Sociedade dos Amigos do JAguaré ), exemplos:
    http://www.reclameaqui.com.br/2941728/dsv-departamento-de-operacao-do-sistema-viario/carretas-estacionadas-em-via-publica-de-grande-circulacao-de/
    http://www.ocarreteiro.com.br/news.php?recid=4175

    A Av. Presidente Altino tem o agravante que no final dela há um viaduto que é mal feita, pois há uma parte inacabada ( claramente querendo indicar uma direção de desvio, que termina abruptamente ), e a passagem de pedestres é estreita e alta ( por descuido, o pedestre pode cair de lá, sem ter tempo para retornar, pois não há mureta. ), e uma favela, que antes de chegar ao viaduto tem vários pontos onde pode se criar roda de consumo de drogas. É transitável, mas recomenda-se cuidado. No final da Noschese também tem, mas a grande parte está na Av. Presidente Altino. Estas duas vias se encontram ao lado da Estação Presidente Altino.

    Estas duas vias seriam ideal para quem quer usar bicicleta e trem, pois no final delas acabam na Estação de Trem Presidente Altino. No entanto, como não bicicletário nesta estação, acaba limitando a pessoas que tem bicicleta dobrável, ou pagar e convencer a um estacionamento local ( não sei se tem alvará de funcionamento ) poder estacionar a bicicleta lá. A complicação é que justamente nesta região é a divisa entre OSASCO e SÃO PAULO, que muitas das benfeitorias que deveriam haver no local, não existe porque há a falta de definição tanto do município de São Paulo e Osasco ( inclusive a CPTM ), havendo sempre um jogo de empurra-empurra. Não há no local nem faixa de travessia de pedestres. Estas locais intermunicipais sofrem com esta falta de definição.

    Já usei estas duas vias para ir para OSACO de bike, prefiro a Noschese, é claro, mas poderiam haver melhoras, há muito tempo solicitadas.

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  7. Então… então é só bicicletinha pintadinha no asfaltozinho, é? Não tem sinalização horizontal, não?

    Vez ou outra percorro a ciclorrota da Lapa, quase toda ela, e as placas estão lá, firmes e fortes e, creio, razoavelmente distribuídas, o que faz uma bela diferença. Por exemplo, na hora de mostrar (com) o dedão essa sinalização pralgum motorista mais desavisado…rs.

    Como já comentei uma vez (aliás, da primeira vez que percorri a ciclorrota da Lapa), senti falta de um enquadramento colorido (vermelho, verde, amarelo, sei lá) nas bicicletinhas pintadinhas no asfaltozinho, tanto mais pra minimizar o efeito do tempo nelas, que é devastador (coitadinhas, já tão tão degastadinhas…) E, agora adicionando, num ou noutro ponto senti falta também de um corzinha quando da mudança de faixa em bifurcações problemáticas.

    (Putz, um asfalto coloridinho pra Sampa seria tudo de bom, seria mesmo.)

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        1. JOHN MILTON
          Let me give you a little inside information about God. God likes to watch. He’s a prankster. Think about it. He gives man instincts. He gives you this extraordinary gift, and then what does he do? I swear, for his own amusement, his own private, cosmic gag reel, he sets the rules in opposition. It’s the goof of all time. Look, but don’t touch. Touch, but don’t taste. Taste, but don’t swallow. And while you’re jumping from one foot to the next, what is he doing? He’s laughing his sick fucking ass off! He’s a tight-ass! He’s a sadist! He’s an absentee landlord! Worship that? Never!

          —————

          Ou não, Aline, ou já está, e o ainda-não-pronto-e-finalizado já é o tudo-pronto-e-finalizado.

          E isso é muito maluco, né não? De vez em quando (e ultimamente com maior freqüência) eu acabo pensando nessa maluquice, assim: em como é maluco esse péssimo hábito político (que de anos pra cá a esquerda vem incorporando com uma facilidade assustadora) de considerar a execução meia-boca como o executado boca-inteira. No caso das (micro)políticas pra bike, me vem uns outros exemplos disso:

          – o Metrô não permitir descer a bike na escada-rolante, não adaptar os vagões destinados a elas e não dilatar os horários de acesso em dias de semana e no sábado.

          – a EMAE/CPTM não proverem iluminação noturna à ciclovia do Rio Pinheiros, restringindo o acesso a ela à falta de luz natural, naturalmente.

          – a Prefeitura não sinalizar o passeio central da Avenida Sumaré como ciclovia (sim, há controvérsias sobre a real necessidade dela ali, mas agora não vem ao caso, é só mais um exemplo daquele péssimo hábito.)

          E então volta e meia (e talvez daqui a uns meses com maior frequência) não é que acabei agregando àquele pensamento esta desesperança colateral? “Ca-ce-te, será que a gestão Haddad também vai virar refém dessa maluquice toda?”

          E, pra arrematar, o curioso é que a cada vez que tenho esses pensamentos invariavelmente sou remetido a uma fala interessantíssima lá do John Milton (Al Pacino) no Advogado do Diabo, é tiro e queda (ah, onde está escrito God, entenda-se Poder Público):

          “Let me give you a little inside information about God. God likes to watch. He’s a prankster. Think about it. He gives man instincts. He gives you this extraordinary gift, and then what does he do? I swear, for his own amusement, his own private, cosmic gag reel, he sets the rules in opposition. It’s the goof of all time. Look, but don’t touch. Touch, but don’t taste. Taste, but don’t swallow. And while you’re jumping from one foot to the next, what is he doing? He’s laughing his sick fucking ass off! He’s a tight-ass! He’s a sadist! He’s an absentee landlord! Worship that? Never!”

          Meu, tudo isso é doido de pedra, não?

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  8. Percebi as bicicletinhas pintadas no chão. Mas… sinceramente. De que adianta se não há educação e conscientização? Há 3 semanas elas apareceram no trajeto que faço todos os dias pelas ruas Venezuela e Estados Unidos, e de lá pra cá já quase morri atropelado pelo menos 1 vez em cada uma dessas semanas.

    Na minha opinião, por mais que isso pareça um reconhecimento, essas ações são apenas pro forma.

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  9. Meu caminho para o trabalho consiste em pedalar pelo 6º e 7º distritos desse ranking para chegar ao 9º distrito… =D

    Pena que eu ainda tomo muita fina dos carros na Rua Vergueiro, principalmente na região da Chácara Klabin.

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