Como foi o Dia Mundial Sem Carros 2006 em São Paulo
Relato e fotos da Bicicletada e da Vaga Viva realizados em São Paulo no dia 22 de setembro de 2006, Dia Mundial Sem Carros.
Segue meu relato sobre os eventos da Bicicletada e da Vaga Viva que realizamos no dia 22 de setembro, sexta-feira. Para entender o que o Dia Sem Carros representa e o que pretendemos com esses eventos, leia aqui.
A Bicicletada
Imprensa
Meu Dia Sem Carros começou cedo: eu havia combinado uma entrevista para a Rádio Eldorado às 6:40 da manhã. Às 6:50 cheguei na Praça do Ciclista, preocupado com o atraso, mas ainda tive que esperar uns 15 minutos pela repórter, que além da desvantagem de vir de carro (já havia congestionamento por ali antes das 7) ainda teve um pouco de dificuldade para localizar a Praça. Um pouco depois das 7 começaram a chegar vários jornalistas, principalmente de rádio e jornal impresso. Logo chegou a Aruana, que também havia combinado entrevistas.
Conversei com muitos jornalistas e nem lembro mais de que veículos eram, mas a maioria nesse início de manhã era de rádios de notícias. Enquanto isso, começou a chegar gente para a Bicicletada. Um pouco depois, apareceu a TV Cultura, que foi atendida pelo André Pasqualini. Enquanto conversava com os repórteres, eu cortava os panfletos que havia imprimido em casa e que logo em seguida foram distribuídos aos motoristas, enquanto eu ainda dava atenção à imprensa.
Me perguntavam o que representava o Dia Sem Carros, o que era a Bicicletada, o que pretendíamos fazer naquele dia, por que estávamos fazendo aquilo, se os motoristas respeitavam os ciclistas, o que fazíamos para diminuir o risco, por que preferíamos a bicicleta, como seria a Vaga Viva… Até entrevista “fake” fingindo que já estávamos na Vaga Viva uma rádio me pediu pra gravar. Tudo bem, né? 🙂
Juntando gente
Lá pelas 8 chegou um rapaz, o Tiago, dizendo que a Band tinha filmado a ida dele para a Vaga viva. Ele foi sendo seguido pela equipe de filmagem, que ia de carro, mas quando chegou em um ponto de congestionamento, resolveu não ficar esperando o carro da emissora para não correr o risco de perder o início do evento. 🙂 Logo chegou também mais gente da Bicicletada e muita gente que tinha ido lá por causa da divulgação. Até o CAB veio prestigiar o evento, através da presença do Ricardo Caielli. Quando percebi, a praça estava cheia de gente. Que beleza! 🙂
Um amigo meu que trabalha em um prédio em frente à praça, o Otávio Exel, passou ali de bicicleta e me cumprimentou. Ele não ia poder participar da Bicicletada porque precisava entrar no trabalho, mas aderiu ao Dia Sem Carros e foi trabalhar de bicicleta. É isso aí, Otávio, gostei de ver!
Nesse meio tempo puxei papo com um senhor que estava ali, o Celestino. Ele é um cicloativista independente da região da Moóca, Tatuapé, etc., e tenta disseminar o uso da bicicleta por lá. Estava chateado porque não levam a sério o uso da bicicleta. Ele já viajou de bike até a Bahia e, quando descíamos a Brigadeiro em direção ao Centro, foi me contando causos de viagem. Gente boa. Não tem e-mail e não usa internet, mas deixou o telefone e falou que quando formos fazer coisas assim é para avisarmos, que ele vem.
Um motociclista apareceu ali para entregar uma faixa. “Foi o Sr. Thiago que pediu” (o Benicchio). A faixa dizia “você consegue ficar um dia sem carro?”. Adorei a frase. muitas pessoas não conseguem, do mesmo modo que um fumante não consegue ficar um dia sem fumar. Em muitos aspectos, alguns motoristas se portam como viciados. Plantamos a faixa na praça, pra levar depois pra Vaga Viva. Também foram colocadas na praça placas avisando aos motoristas sobre a presença de bicicletas por ali.
A saída
Continuamos conversando com jornalistas até por volta das 9h, quando os repórteres finalmente nos liberaram e seguiram em outros afazeres, se prepararam para registrar nossa saída ou foram até a Vaga Viva para nos aguardar por lá. A Soninha Francine estava a caminho para nos acompanhar, mas como já estava ficando meio tarde precisávamos partir. O André foi buscá-la onde ela estava, junto com um rapaz do gabinete que também estava de bicicleta, para nos alcançarem pelo caminho.
Fui eleito para guiar a turma, indo na frente dos cerca de 30 ciclistas. Que responsa! Um motociclista da SPTrans apareceu por ali, querendo saber nosso percurso. Na hora não entendi, mas depois percebi que ele estava preocupado com a fluidez do transporte coletivo. Mas pouco depois que saímos eu não o vi mais, provavelmente porque suas preocupações se mostraram infundadas: seguimos pela segunda faixa da Paulista, ao lado da pista do ônibus, deixando-a livre.
Dois a dois, ocupando apenas uma faixa, seguimos tranqüilamente pela Av. Paulista, respeitando semáforos e o direito de ir e vir de ônibus, carros e pedestres. A rua era de todos, como sempre deve ser. No final da fileira de bicicletas, dois ciclistas carregavam a faixa, que continuava a perguntar se é possível passar um único dia sem o carro.
Placas e a polícia
Quando nos aproximamos da Brigadeiro Luis Antônio, pedimos passagem aos carros e fomos até a pista da esquerda, para estacionar nossas bicicletas no canteiro central enquanto afixávamos mais uma placa. Logo o André chegou, trazendo a Soninha e usando sua conhecida máscara…
Enquanto alguns ciclistas afixavam a placa, duas policiais militares vieram entender o que estava acontecendo. Quando contamos que era uma manifestação e que estávamos em um grupo de ciclistas indo até o Centro, ela perguntou se precisávamos de escolta e se tínhamos ofício da Prefeitura permitindo a manifestação. Respondemos educadamente que aquele era um evento relacionado ao Dia Mundial Sem Carros, com o apoio da SVMA, que estávamos apenas circulando nas ruas como veículos que somos, sem atrapalhar a circulação de ônibus e nem de carros, respeitando motoristas e pedestres, que não tínhamos a menor pretensão de entrar em conflito com os carros e que mesmo que algum carro nos provocasse, não cairíamos na provocação porque a manifestação era lúdica, bem humorada e realmente uma celebração do uso da bicicleta e um compartilhamento da via, não um confronto por espaço.
Elas então se mostraram mais tranqüilas, explicaram que estavam perguntando porque se preocupavam também com nossa integridade, já que sabem que apesar de ser necessário dar 1,5m de distância ao ultrapassar a bicicleta os carros não respeitam essa norma. Fiquei feliz e dei os parabéns por elas conhecerem o artigo 201 do CNT, porque quase ninguém conhece – afinal, ele não é ensinado nas auto-escolas. Elas me explicaram que é porque recebem treinamento de leis trânsito e nele esse artigo também é abordado, como qualquer outro. Que bom saber disso! Elas então passaram pelo rádio que estava tudo tranqüilo e que a manifestação era “pacífica e bem organizada”.
É isso aí, é assim que deve ser! Não estamos na rua para criar inimigos e sim para conquistar aliados. Precisamos que os motoristas nos aceitem e para isso precisamos conquistá-los, não confrontá-los. Vamos mostrar as vantagens de usar a bicicleta, tanto para nós quanto para os motoristas – afinal, cada bicicleta é um carro a menos. Se a Bicicletada continuar sempre assim, irá cada vez mais longe.
Descendo a Brigadeiro
Atravessamos a Paulista empurrando as bicicletas, pela faixa de segurança. Desmontados, temos os mesmos direitos e deveres dos pedestres (tá lá no art. 68 do Código de Trânsito). Aguardamos o sinal de pedestres da Brigadeiro Luis Antonio abrir, atravessamos e montamos de novo nos cavalinhos de metal, para descer a avenida rumo à Prefeitura. Ocupávamos apenas a pista da direita, novamente dois a dois, na mesma formação anterior. O André relatou sobre um carro que furou o grupo de ciclistas como se nem nos tivesse visto, para entrar em um supermercado. Devia ser alguma emergência… E a Soninha comentou sobre um motorista que buzinou impaciente atrás de nós, mesmo tendo sempre pelo menos uma pista livre. Esse certamente respondeu “não” ao ler a faixa levada pelos dois ciclistas que fechavam o grupo… 😉
Na frente do pelotão, eu me controlava no freio para descer a modestos 15km/h. Afinal, era uma “bicicleata”, estávamos acima de tudo divulgando o Dia Sem Carro e mostrando a opção que fizemos nesse dia: um meio de transporte não poluente, que não mata pedestres, econômico, saudável e que faz com que nossas viagens diárias sejam momentos de lazer e não de stress.
No finalzinho da Brigadeiro (ou melhor, no começo), um subidão. Pedindo licença para os carros e sem correr riscos desnecessários, mudamos para a faixa da esquerda. A Soninha se empolgou na subida e disparou na frente, esperando a gente lá no topo. 🙂 Descemos a R. Riachuelo até sair em um pedaço que margeia a 23 de Maio, subimos uma ruazinha à direita e pronto, estávamos na Prefeitura.
O Guarda Municipal que fica ali na guarita se assustou com tanto ciclista subindo na calçada da prefeitura de uma vez, talvez porque muitos usavam máscaras em protesto contra o excesso de poluição na cidade. Explicamos que era uma manifestação pacífica, que não estávamos ali para causar nenhum tipo de tumulto e que não complicaríamos o trabalho dele. Meio ressabiado, acabou dando um voto de confiança a nós.
Estacionamos nossas bicicletas ali e atendemos a alguns jornalistas que nos esperavam, entre eles alguns que já haviam falado conosco de manhã. Dei uma entrevista rápida para uma rádio, algumas outras pessoas também conversaram com repórteres e quando percebi o pessoal já tinha afixado duas placas nos postes dali. Atravessamos a rua e seguimos pelo Viaduto do Chá, em direção à Av. Ipiranga. No meio do caminho o grupo fragmentou um pouco por causa de um sinal que fechou; esperamos um pouco adiante, juntamos todo mundo e prosseguimos. Logo chegamos ao local da Vaga Viva.
Vaga Viva
A idéia da Vaga Viva era usar o espaço de três vagas de Zona Azul para fazer uma praça por um dia, mostrando que grande parte do espaço público é ocupado pelos carros particulares, em movimento ou estacionados, e que parte desse espaço poderia ser usado de forma mais humana e agradável, para a convivência entre as pessoas. Essa redistribuição de espaço é a base para construir uma cidade voltada para as pessoas, não para os carros. Como toda cidade deveria ser.
Montagem
Um agente da CET guardava para nós o local onde seria montada a Vaga Viva, para que ninguém estacionasse lá. Por sinal, foi importante a colaboração da CET nesse aspecto, pois as vagas ficaram reservadas para nós desde as 19h do dia anterior!
Ao chegarmos no local, já estavam colocando os tapetes de grama artificial. Grama natural seria mais agradável, mas provavelmente ela se fragmentaria conforme pisássemos nela, por estar sobre o asfalto rígido. Mas essa grama se mostrou uma ótima opção: era de qualidade ótima, bastante semelhante visualmente à grama natural, muito agradável ao toque e resistente.
Quando vimos aquela grama, a vontade de todos era de deitar nela. A kombi que a SVMA cedeu para transporte do material da Vaga estava descarregando os bancos, pufes, etc. O pessoal montou uma tenda para fazer sombra ali, havia banners falando sobre a Vaga, um bicicletário para estacionar as bicicletas. Logo montaram também uma mesa e colocaram um aparelho de som para tocar músicas calmas e agradáveis.
Havia jornalistas ali também, incluindo redes de TV. Teve filmagenzinha fake comigo chegando de novo na vaga e entrevistas enquanto a vaga era montada. Depois de uma meia hora, os repórteres foram quase todos embora e a Vaga acalmou. Com ajuda da Mari, terminei de cortar uns panfletos em forma de folder que eu havia impresso, com dicas para ciclistas urbanos (as mesmas que estão aqui no site, em versão resumida).
O agente da CET foi substituído por uma moça, que pediu licença para dar uma bronca em um caminhão estacionado em fila dupla. “Se vocês tiverem algum problema com motorista querendo estacionar me chamem, hein?” Graças a Deus não tivemos nada disso. Infelizmente não pude passar o dia lá, mas me contaram que teve até motorista que passou aplaudindo.
O poder público e a bicicleta
Logo se formou uma roda de bate-papo debaixo da tenda, em que discutíamos políticas públicas sobre o uso da bicicleta e a proposta de alteração da lei do rodízio. A presença de uma vereadora nessa roda foi bastante importante, porque ela nos esclareceu como as coisas funcionam ou não no legislativo.
Aliás, podem dizer que estou puxando o saco (se bem que não tenho motivo nenhum pra isso), mas fiquei muito feliz com a presença da vereadora Soninha e do secretário do Verde e Meio Ambiente do município, Eduardo Jorge, nas atividades desse dia. Foram os dois únicos políticos que eu tenho conhecimento aqui em São Paulo que se dispuseram a utilizar a bicicleta nesse dia. O Eduardo Jorge não chegou a participar da Bicicletada, mas apareceu na Vaga Viva mais tarde e ainda foi de bicicleta até o Ibirapuera, para participar da inauguração do Planetário.
O Eduardo Jorge já conhece essa realidade há algum tempo, porque quando pode vai trabalhar de bicicleta. Por sinal, dentro do prédio da SVMA tem um bicicletário, que eu já tive o prazer de utilizar! As bicicletas nem tomam nem chuva, tampouco correm risco de serem roubadas. Belo exemplo!
Aaah! Tenho que ir embora!
Quando vi já era quase meio-dia e eu precisava ir para o trabalho. Ainda bem que de bicicleta daria menos de meia-hora até a Faria Lima… Me despedi umas três vezes, a vontade era de ficar. Até uma rede tinha lá! Montei na bike e fui embora, pegando a R. Augusta de ponta a ponta. Pelo que vi nas fotos que o pessoal tirou à tarde, teve até música com instrumentos indianos. Deve ter sido divertido.
E o mineiro não voltou!
Saí do trabalho e voltei pra Vaga Viva. Ah, que pena, já estavam desmontando… Espero que no ano que vem tenha mais. Thiago e Mari filmaram tudo, estou louco pra ver o que eles vão preparar. Muitas fotos foram tiradas.
“O mineiro não voltou, deixou a bike e as coisas dele aí. E agora?” Como assim?? Um rapaz que tinha se juntado a nós de manhã, na Bicicletada, foi até a Vaga Viva e passou boa parte do dia lá. No começo da tarde, saiu dizendo que ia dar uma volta e não voltou mais! Pelo que o pessoal me contou, ele era de Minas e estava em São Paulo há poucos dias.
O que eu acho que aconteceu é que ele saiu dali para dar uma volta e se perdeu, porque não conhecia nada da região. Talvez tenha tentado voltar, mas não sabia nem o nome da rua onde estávamos. Coitado do cara! Deixou ali a bicicleta e uma mochila. Abrimos a mochila para ver se encontrávamos algum documento com o endereço dele, algum celular para onde ele pudesse ligar, mas nada. Só tinha roupas, um par de sapatos e panfletos que ele tinha pego com a gente ao longo do dia.
Bom, fazer o quê? Deixar a bicicleta dele ali era o mesmo que dar de mão beijada para alguém. Tivemos que levar com a gente. Deixamos com um guardador de carros o telefone de um de nós, para que ele entrasse em contato quando aparecesse por ali. Tomara que o encontremos! Aquela bicicleta simples deve ser muito importante para ele.
Outra Bicicletada
Vaga desmontada, coisas na Kombi, vamos bicicletar. Teve gente que, como eu, foi até ali depois do trabalho para conehcer a Vaga Viva e participar da Bicicletada.
Resolvemos subir a Augusta até a Paulista para ir até a Praça do Ciclista. O Inácio, que estava a pé, aceitou ir pedalando com a bicicleta do mineiro para levar até a casa da pessoa que iria guardá-la. A bicicleta estava com os pneus murchos, meio desregulada, mas dava pra pedalar. Fomos.
A Augusta, pelo menos no trecho entre o Centro e a Paulista, é boa de subir. Tem espaço suficiente para a bicicleta, mesmo com os carros estacionados e os ônibus que passam por ali a todo momento. É uma via onde geralmente não temos problemas, ao contrário do que pode parecer por quem passa por ali de carro, ônibus ou a pé.
Perto do final da subida, um barulho de metal caindo no chão: a pedivela da bicicleta do mineiro estava solto e acabou caindo. Acostumado com os problemas da própria bicicleta, ele tirava isso de letra, mas achamos melhor o Inácio empurrar o resto do caminho até entregar a bicicleta onde ela seria guardada. Para ele não ir empurrando sozinho até lá, eu e um outro rapaz, o Ricardo Grego, resolvemos acompanhá-lo empurrando nossas bikes também. De lá, a bicicletada prosseguiu; nós fomos empurrando as bicicletas por cerca de 1km, tranqüilamente, batendo papo.
Bicicleta entregue, seguimos cada qual para o seu lado, felizes por termos feito algo diferente nesse dia. Algo que nos trouxe satisfação, alegria e a sensação de que é possível fazer algo pela cidade. Não adianta cruzarmos os braços e achar que cumprimos nossa obrigação só porque votamos. “Agora eles que resolvam” é um pensamento cômodo, mas se quisermos mudar o mundo, temos que acender a chama e fazer de tudo para que o fogo da mudança se alastre. Um grito pode começar uma avalanche. Demos nossos gritos nesse dia. Se tivermos conseguido mudar um pouquinho a mentalidade de meia dúzia de pessoas, se tivermos conseguido plantar sementinhas de conscientização que vão florescer apenas daqui a uma década, todo o esforço terá valido a pena.
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“Você deve *ser* a mudança que deseja ver no mundo” (Mahatma Gandhi) |
O tal do Mineiro apareceu? Tem um cara desses doidos que moram na rua, que é meio parecido com o cara das fotos, e fica sempre perto de casa, no meu caminho de volta do trabalho… As vezes ele abre um sorrizão quando me vê passando de bike, será que não é ele? Se quiser tentar encontrar ele, envie um e-mail.
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Opa, mande sim… 🙂
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Fala William. Parabéns pelo relato. Eu entrevistei para minha Universidade e quando a matéria estiver finalizada te mando.
Abraços
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cara, eu estou realmente preocupado com o mineiro. ele apareceu? se não me engano, o nome dele é Tiago (mais um).
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Caro William, apreciei a leitura do relato. É como se estivesse com vocês. Meus parabéns pelo exemplar desempenho de vocês todos, principalmente pelo auto-controle de não polemizar com ninguém. Também no trânsito, o AMOR é a melhor atitude, pois gera amor. Parabéns a vocês todos, mais um exemplo para o resto do Brasil.
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