Paralamas
Eu estava sem paralamas já fazia algum tempo, porque o par anterior quebrou. Todo os dias eu prendo a bicicleta pela roda da frente (e pelo quadro) ao estacionar na empresa. Ao passar o cabo de aço pela roda, ele acabava entortando um pouco o paralama. Com o tempo, o suporte dele quebrou. Voltei na loja e fizeram pra mim um novo suporte, reforçado, mas não teve jeito. Quebrou de novo.
Além disso, coloquei um bagageiro na bicicleta, o que aliás foi ótimo (preciso voltar a escrever dicas por aqui e aproveitar para falar sobre isso também). Como o paralama traseiro era preso no canote do selim, tive que retirá-lo.
Para quem usa a bicicleta todos os dias como meio de transporte, o paralama faz a maior falta. E nem precisa estar chovendo, basta a rua estar molhada como ontem de manhã. Os pneus jogam para cima a água que está no asfalto e essa água fica cheia de “cocô de carro”: óleo, fuligem, etc. A camiseta fica com uma faixa escura no meio e pode até ficar manchada. E a roda da frente da bicicleta joga essa água suja bem no seu rosto…
O que consegui
Já fazia algum tempo que eu procurava um novo paralama. Precisava ser algum modelo que pudesse ser preso por baixo do bagageiro e, de preferência, que não fosse quebrar rapidamente com o uso do cabo de aço na roda dianteira. Cheguei a ver um modelo retrátil, que eu só abriria quando fosse realmente precisar. Bonitinho, interessante, mas salgado: cerca de cem reais!
Terça de manhã, saindo da dentista e indo para a empresa, resolvi passar numa loja onde eu ainda não havia passado para procurar um paralama que me servisse. Precisava ser algum modelo que pudesse ser preso por baixo do bagageiro e, de preferência, que não fosse quebrar logo com o uso do cabo de aço.
Havia na loja um paralama relativamente barato (R$35), que era de prender no canote. Mas o lojista conseguiu inverter o suporte para prendê-lo no seat tube (onde se encaixa o canote), de modo que ele passasse por baixo do bagageiro – exatamente o que eu precisava. E a peça dianteira do paralama é bem mais alta na parte da frente que na de trás. Assim, eu posso prender o cabo de aço na roda dianteira, como faço todos os dias, sem que ele entorte o paralama para o lado, enfraquecendo o suporte por fadiga de material.
E consegui o paralama bem a tempo, porque o dia seguinte amanheceu com garoa e chão molhado. E a garoa não lava o asfalto, só “empapa” a sujeira que está nele.
O paralama ideal
O paralama que eu instalei é “esportivo”. Ele fica um pouco longe do pneu para poder ser usado numa trilha com lama, que poderia travar a roda caso o paralama ficasse muito rente. Para uso na cidade, o paralama mais eficiente é sem dúvida o da foto ao lado. Ele fica rente ao pneu e apara toda a água. Até onde sei, ele é preso no eixo e – me corrijam os especialistas – não dá certo instalar em bicicletas com blocagem (ou quick-release). A não ser que, na hora de retirar a roda para trocar uma câmara, você desmonte a blocagem, o que dá trabalho e oferece risco de perder uma mola ou outra peça pequena… Deve haver também a possibilidade de prender esse tipo de paralama no quadro, mas precisa haver furação (no quadro) para isso. As bicicletas pseudo-esportivas que são vendidas por aqui dificilmente terão essa furação.
E poucas bicicletas nacionais vêm com esse tipo de paralama, já que os fabricantes brasileiros optaram, há mais de uma década, por produzir bicicletas que fingem ser modelos esportivos, empurrando para o consumidor a idéia de que bicicleta é algo “radical” (sim, ela pode ser, mas também pode ser um meio de transporte). Digo que “fingem” ser esportivas porque se você levar uma bicicleta dessas mais baratas para uma trilha pesada, mesmo aquelas que exibem uma suspensão traseira, periga voltar sem ela e sem alguns dentes.
Nas bicicletas brasileiras, esse tipo de paralama só é encontrado em modelos mais “populares”, como a Barra Forte e a Poti, por exemplo. E essas bicicletas, por serem modelos bem básicos, são bastante pesadas, seus componentes não têm boa qualidade e não possuem marchas. São boas para usar em cidades litorâneas e ruins para usar no resto do país, como nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte, por exemplo.
A única bicicleta de boa qualidade produzida aqui, que eu tenho notícia, que vem com paralamas adequados ao uso na cidade é o modelo City Tour da Caloi. Mesmo assim ainda lhe faltam alguns acessórios que fariam dela uma bicicleta ideal para uso na cidade. A bicicleta ideal para uso urbano é a do tipo chamado por alguns de “holandesa”. Falarei sobre isso em um próximo artigo.
Ah, quase me esqueço: alguns modelos de bicicletas dobráveis da Dahon (fabricadas lá fora mas vendidas aqui) têm esse tipo de paralamas também!
Dúvidas? Críticas? Correções? Comente.
olha biker s alguém saberia me informar aonde encontro aqueles paralamas grandes traseiros que as bikes do itau estão usando aqui em spaulo:::
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Claudio, aqueles paralamas foram feitos sob medida, não é possível encontrá-los à venda por aqui.
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Olha, acabo de fazer um post sobre paralamas na Caloi 100. Funcionou com um DS http://www.marciamr.jor.br/2012/05/2484
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Completando:
O meu kit eu comprei na Begu cliclo que fica em Osasco, é feio mas pelomenos ajuda.
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Os meus paralamas eu consegui achar em uma biciletaria aqui perto de casa e para cidade são ótimos já que os paralamas esportivos não dão conta do recado.
Como eu tenho o pneu Kenda para cidade (com sulco no meio) não foi muito difícil achar um que cobria a roda inteira mas ajuda muito principalmente se quando for instalar você ter um kit de varetas que não arrebente com o uso.
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Bom, continuamos todos aqui em buca de um paralamas decente, com um design simples, que não pese horrores e que não descaracterize nossa bicicleta. Simples não? Mas está tãããão dificil.
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