Prefeito de São Paulo receberá ciclistas – envie sua sugestão
Ciclistas se reunirão com o prefeito Fernando Haddad na sexta-feira, 22 de março. Envie suas sugestões nos comentários desta página.
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Na manhã dessa sexta-feira, 22 de março, o prefeito Fernando Haddad receberá ciclistas para uma conversa sobre o que pode (e deve) ser feito na cidade para proteger quem se locomove de bicicleta na cidade.
O encontro surgiu após a manifestação do domingo 17 e mostra a disposição do prefeito em dialogar com a sociedade civil. Haddad se mostra disposto a entender melhor as necessidades dos ciclistas e atuar para reduzir as mortes de cidadãos no trânsito da cidade de São Paulo.
Cabe lembrar que o atual prefeito assinou carta de compromisso com a Ciclocidade durante a campanha, em 2012. Saiba mais aqui e assista abaixo o vídeo produzido pela Ciclocidade, onde Fernando Haddad fala de suas propostas de campanha para o uso da bicicleta na cidade.
Comissão
Todo ciclista tem alguma sugestão para melhorar a cidade e, ainda que algumas delas sejam conflitantes, temos todos o mesmo objetivo: uma cidade mais segura, agradável e ciclável, para nós e nossos filhos.
Entretanto, é impossível termos todos os ciclistas nessa reunião, por razões mais que óbvia. Já se foi o tempo em que os cicloativistas eram um punhado de desbravadores, vistos pelos demais como malucos e visionários. Hoje somos muitos. Por isso, uma comissão para representar os ciclistas está sendo formada, ao longo de uma acalorada discussão sobre o que apresentar no encontro, que vem ocorrendo via Facebook e e-mails desde o início da semana.
O Vá de Bike participará ativamente da reunião. Estarei por lá, junto a representantes de outros grupos e entidades como Bike Anjo, Ciclocidade, CicloBR, além de alguns dos ciclistas que participaram da manifestação do último domingo e conseguiram obter essa abertura rápida de diálogo com o poder executivo.
Participe
Todo ciclista que coloca sua bicicleta na rua, apesar de ser criticado, apesar de ouvir frases desmotivadoras como “é perigoso”, “vá pedalar no parque” ou “nessa cidade não cabem bicicletas”, é na prática um cicloativista, pois está fazendo parte, ainda que não se dê conta, da conquista desse direito para as gerações que virão.
Todos vocês merecem nosso carinho e nossos sinceros agradecimentos. Continuem pedalando, nossos filhos dependem de vocês. Gostaríamos que todos pudessem participar da reunião, contar suas histórias, suas necessidades, seus sonhos de uma cidade melhor, onde possamos pedalar com nossos filhos pequenos e nossos pais idosos, sorrindo despreocupados. E essa cidade virá.
Por isso peço que enviem, aqui no espaço de comentários dessa página, as suas sugestões do que poderia ser feito para melhorar essa cidade para nós, que pedalamos diariamente, e para nossos amigos que gostariam muito de usar a bicicleta mas ainda não conseguem se sentir seguros para isso.
Claro que já tenho uma ideia do que merece ser falado, claro que não posso levar todas as propostas colocadas aqui diretamente ao prefeito, mas garanto que lerei tudo que for escrito neste espaço e as informações passadas aqui ajudarão a construir minha opinião – como sempre ajudam, ainda que vocês não saibam. Outros participantes da comissão também lerão o que for postado aqui.
Por favor, sejam sucintos e enviem propostas para resolver o problema da cidade, não dessa ou daquela avenida ou ciclovia. Agradecemos de antemão a participação de vocês.
Compareça
Ainda que poucas pessoas possam entrar na reunião, a presença de ciclistas em frente a prefeitura enquanto o encontro acontece é importante e mostra que há mais do que uma dúzia de pessoas preocupadas com a bicimobilidade e com a preservação de suas vidas e de nossos amigos, familiares e amores que pedalam. Chame os amigos e mostre, com sua presença, que a vida de quem pedala na cidade não pode esperar.
Prefeitura de São Paulo
Viaduto do Chá, 15 – Centro
Sexta, 22 de março, às 6h
Willian, além de todas as (ótimas) idéias aqui lembradas, vale acrescentar:
– Integração de bicicletas em outros modais da cidade – os bicicletários do Metrô continuam desativados… Além da reativação dos já existentes, expansão deste serviço para terminais de ônibus, outras estações e áreas de interesse público, como parques, shopping centers, regiões de alto movimento, como o Anhangabaú, a Paulista, entre outros.
– Expansão do serviço Bike Sampa para outras regiões de São Paulo – hoje, se concentra da Paulista à Zona Sudoeste. Poderia haver pontos em todas as estações de Metrô nas áreas que mencionei no item anterior.
E, claro, lembrá-lo de que respostas-padrão como os já desgastados “em licitação”, “em negociação”, “em projeto”, devem forçar uma cobrança enfática pela celeridade dos órgãos públicos, para que projetos como os das ciclovias já existentes não morram nas gavetas de algum parlamentar.
Boa sorte para nós, que esta seja a abertura para um bom relacionamento com resultados positivos para todos.
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É urgente a qualificação das ruas e avenidas da cidade, baseado no mapa cicloviário já existente e elaborado por entidades de ciclo-ativistas, para que se identifique quais dessas vias terão ciclovias, ciclorrotas ou ciclofaixas. De nada adianta fazer ciclovias que ligam o nada a lugar nenhum, sem planejamento estratégico .
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Eu acho que essa é uma oportunidade unica. Dessa vez “pessoas comuns” pleitearam o direito de falar com ele e foram atendidas. Porem, em todas as conversas, entrevistas, etc etc, as respostas são as mesmas e acho que dessa vez, se depender dele também serão (dinheiro, licitações, aprovação de projetos de lei e tudo mais que sirva como argumento pra dizer “estamos correndo atras, mas isso é demorado mesmo”)
Por isso, proponho que sejam pedidas coisas simples e que possam ser resolvidas de imediato, tipo, com uma canetada. Assim da pra cobrar que elas sejam feitas em 1 ou 2 semanas.
Claro que temos que insistir nas pautas de sempre (ciclovias, pontes e td mais), mas acho melhor, dessa vez pressionar pra coisas que ele pode fazer “agora”. Imagino que algumas sejam:
– Linhas de onibus 24h (vamos tirar alguns “Alex” do transito nos FDS)
– Ciclofaixa de lazer de Sab as 20h até Dom as 20h. (“Segurança” e incentivo pra quem quer ir pra balada de bike)
– Ciclofaixa operacional (de cones) na Paulista pelo menos 1 vez por mês durante a semana (nem que fosse em apenas 1 sentido (nos moldes da que passa pela Alvarenga que tem um sentido na “contra-mão” dos carros) nem que fosse 1/2 faixa pra cada lado). Pelo menos pra testar e provar que tem demanda tanto atual quanto reprimida.
– Ciclofaixas nos moldes das de Moema em mais pontos da Cidade (pode ser feita rapidamente. Não precisa de lei nem nada pra isso. É só tirar um lado de estacionamento de algumas vias e pintar que ta feito). Seria ultra simples em ruas como Teodoro Sampaio ou Rua dos Pinheiros, mas, teoricamente, qualquer rua que possa estacionar dos 2 lados é uma boa candidata.
Enfim. Focar no que ele pode resolver de imediato. As respostas pras nossas demandas de sempre serão as mesmas, mas vamos aproveitar o espaço pra conquistar pelo menos um pouco sem ter que esperar milênios. Pelo menos como prova de boa fé.
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Campanhas de educação para motoristas e ciclistas. Apesar dos ciclistas serem o elo mais fraco dessa equação, muitos não estão respeitando as leis de trânsito também.
Se queremos cobrar a sociedade, precisamos dar o exemplo!
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UM PAÍS SE FAZ COM EDUCAÇÃO: COPIEI PAULO SERGIO
“Exigências junto às Empresas de Ônibus de propagandas educativas nos vidros traseiros sobre normas de respeito ao ciclista/pedestres, etc.”
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Se o que já está no papel fosse cumprido e principalmente fiscalizado, já teria resultados para evitar os acidentes.
Mas posso acrescentar:
– Área 30 em pelo menos duas pistas das avenidas arteriais da cidade, como por exemplo os corredores Lapa-Jabaquara, Santana-Santo Amaro. As avenidas estão ganhando cada vez mais pistas para veículos automotores, que tal algumas pistas de baixa velocidade? Área 30 também em algumas vias costumeiramente utilizadas pelos ciclistas para chegar a estas vias arteriais. É preciso privilegiar os aclives importantes, onde os motoristas ficam sempre muito irritados ao encontrar um ciclista em baixa velocidade. Um exemplo é a rua onde moro, a Alameda Campinas, uma das melhores para ciclistas subirem do Itaim Bibi para a Paulista. Quando estou pedalando por ela escuto grandes, enormes palavras “elogiosas”.
– Educação não só de crianças e adolescentes, mas dos adultos motorizados, através de campanhas efetivamente fortes. A instalação de paraciclos pela cidade, em recuos ou na beirada de calçadas, poderiam ter placas informativas sobre os cuidados que os motoristas devem ter com ciclistas e pedestres. Que estes paraciclos fossem muito lúdicos, coloridos e visíveis aos motoristas, para chamar realmente a atenção de todos. Seria uma campanha simpática, aderente. Precisamos de atitudes colaborativas, isto é que deve ser promovido em Campanha Educativa Oficial. Mesmo que a Prefeitura tenha que sujar a cidade com faixas e cartazes, usar traseiras de ônibus. São VIDAS EM JOGO. PAZ e BOM HUMOR no trânsito são fundamentais!
Os ânimos andam muito acirrados, não é possível um clima colaborativo desse jeito. Motoristas e ciclistas não devem promover uma guerra! Também precisamos de motores para atendimentos de idosos, crianças, deficientes, doentes, transporte público, de mercadorias… Tem espaço pra todos, vale também uma campanha para educação de muitos ciclistas que não conhecem as leis que devem cumprir.
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Não esquecer de cobrar a regulamentação da lei 15649, que fala da obrigatoriedade de vagas pra bikes nos estacionamentos e prédios em geral, aprovada em dezembro de 2012, além das outras que tratam do mesmo assunto.
http://www.radarmunicipal.com.br/legislacao/lei-15649
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Olá, primeira mente gostaria, que todos os lugares tenha local adequado para as bicicletas, e nos locais de trabalho ou próximo do trabalho ter um lugar reservado para aguarda as bikes, onde podemos deixar o período que trabalhamos, onde podemos confiarmos na segurança do local e com isso o transporte publico vai ganhar em relação a comodidade com o povo de um modo geral,onde pessoas de uma certa idade,gestantes,criança de colo e deficientes, possam usar o transporte publico que não é publico onde nós contribuímos, diariamente e podendo ir de Bike isso seria possível diminuir o transito onde essa cidade não tem mais condições de tanto veículo e exigir que no dia do rodizio não pode usar o carro durante o dia inteiro e passar a usar o transporte publico ou a Bike, desde já o meu muito obrigado!
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Creio que alguns já tenham levantado essas questões, porém, caso sejam úteis, vão aí alguns itens pra pauta da reunião:
1) É fundamental ampliar pontos de acesso na ciclovia da marginal, para possibilitar que ela seja usada por trabalhadores comuns no percurso de casa/trabalho e vice-versa, bem como a extensão do seu horário de funcionamento com iluminação e segurança;
2) Se já não houver projeto, que a mesma ciclovia possa ser estendida em direção à zona norte, acompanhando a marginal Tietê;
3) Há um projeto do Governo do Estado de uma passarela ligando o Pq.Villa Lobos pra à USP. A pergunta é se essa passarela terá ligação com a Ciclovia da Marginal. Caso não, poderia a Prefeitura intervir para inserir isso no projeto do Governo?;
4) As campanhas de informação aos motoristas estão muito tímidas: umas poucas faixas da CET e foi só. É preciso que a Administração vá para os meios de comunicação e baixe normas para que as auto-escolas insiram um capítulo especial sobre cidadania no trânsito;
5) Exigências junto às Empresas de Ônibus de propagandas educativas nos vidros traseiros sobre normas de respeito ao ciclista/pedestres, etc.;
6) A mesma coisa em relação aos Táxis, afinal todos eles têm concessão pública para trabalharem e precisam dar sua contrapartida à cidade;
7) Agilidade na regulamentação da Lei que obriga estacionamento de bicicletas nos edifícios, principalmente em locais públicos, como fóruns;
8)O custo com a montagem e desmontagem da ciclofaixa é grande. Portanto, não seria mais útil a construção definitiva de ciclovias nas principais avenidas?
9) Não custa nada abordar, mas a maior cidade do País que vai sediar uma Olimpíada não tem um velódromo…
Bom, de tudo o que eu enumerei creio que o mais importante e urgente é mostrar para o Prefeito que os ciclistas têm urgência por RESPEITO. Como escrevem no chão, “omissão mata” e o Poder Público tem o dever de informar, educar e punir o cidadão que não entender que o ciclista é um sujeito de direitos e deveres como qualquer outro.
Espero ter contribuído com algo.
Obrigado e boa sorte na reunião.
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Gostaria de saber como será a interligação da Zona Norte que está isolada e não interligada das outras ciclovias da cidade por conta da ponte do rio Tietê.
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Uma inspiração boa para essa conversa poderia ser os planos da prefeitura de Londres: http://www.tfl.gov.uk/roadusers/cycling/15459.aspx
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Willian,
1) Expansão dos horários permitidos para o transporte de bicicletas em Metrôs e Trens.
2) Incentivo para empresas que estimulam os funcionários a utilizarem a bicicleta como meio de transporte para o trabalho.
3) Incentivo para estabelecimentos comerciais para a implantação de bicicletários.
Boa sorte e grande abraço!
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Temos uma super ciclovia nas margens do rio Pinheiros, mas falta entradas. E entradas mais seguras…. Poderia haver 1 a cada estação. Seria ótimo.
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Eu me sinto totalmente representado pelos que vão.
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Considerando que a prefeitura é o poder executivo e São Paulo já possui diversas leis aprovadas com relação ao uso da bicicleta, a sugestão é quase óbvia. Não é preciso nenhum tipo de milagre, tão somente a efetivação dos planos já feitos e aprovados pelo legislativo para a cidade, quais sejam: (i) implementação do planejamento de mobilidade; (ii) efetiva fiscalização da CET das normas do Código Brasileiro de Trânsito; (iii) respeito à lei que prevê ciclovias em qualquer reforma ou construção viária; e (iv) regulamentação da lei dos bicicletários. Todas essa sugestões são possíveis de ação imediata da prefeitura, não havendo desculpa de “isso não é competência minha”
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