Pedalada no centro de São Paulo agitou a Virada Sustentável 2013
Cerca de 600 pessoas pedalaram pelas ruas da cidade, no passeio promovido pelo WWF-Brasil e coordenado pelo Vá de Bike. Veja fotos!
Na manhã de um domingo, 9 de junho, cerca de 600 pessoas pedalaram com seus sorrisos e animação pelas ruas da cidade de São Paulo, embalados pelo som da Cyclophonica! O passeio foi promovido pelo WWF-Brasil, em parceria com a SEME (Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação), com coordenação do Vá de Bike e o apoio de Bike Anjos. Além de estimular o paulistano a descobrir as belezas arquitetônicas de sua cidade, a atividade incentivava o uso da bicicleta como meio de transporte limpo e eficiente.
Às 8 horas da manhã as bicicletas já chegavam ao Vale do Anhangabaú. Com o Panda nas camisetas, a massa de ciclistas saiu às 9h, pegando um trecho da Libero Badaró (que foi fechada temporariamente pela CET e PM) para chegar no Largo de São Bento e entrar no Viaduto Santa Efigênia, com sua bela arquitetura.
De lá, o grupo seguiu pela Av. Ipiranga até a Av. São João, passando pela emblemática esquina imortalizada na música “Sampa”, de Caetano Veloso. O próximo destino era o Elevado Costa e Silva, o popular “minhocão”, em um trecho amplo, plano e que permite reparar na arquitetura de muitos prédios antigos na região.
A pedalada rumou para o Largo do Arouche e em seguida passou pela Praça da República, outros pontos famosos da cidade. Seguindo pela Av. Rio Branco, onde se localiza o Edifício Itália, as bicicletas passaram em frente à Biblioteca Mário de Andrade e depois pelo Teatro Municipal.
Descendo novamente ao Vale do Anhangabaú, o mascote do WWF-Brasil recebia pessoalmente os participantes. Todo mundo queria uma foto com o Panda! 😀
Veja nossa galeria completa! Será que você saiu em alguma das fotos? 🙂
Obrigado a todos que participaram e ajudaram a fazer dessa pedalada uma grande festa! \o/
Esteve lá? Conta pra gente!
Só para dar o que pensar veja esta reportagem de uma ciclovia inaugurada em Porto Alegre: http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta_noticia.php?ciclovia_na_cidade_baixa_e_inaugurada_com_protestos&id=14361
Não é uma resistência ao passeio mas para uma ciclovia ! Veja os argumentos.
Veja como reagimos com relação aos estacionamentos, e a instalação de paraciclos.
Estamos falando de uma mudança de comportamento, e com certeza de uma cultura, que é algo difícil de fazer. Se uma cultura é de alguma forma ameaçada pode provocar reações mais enérgicas. Não tinha entendido aquele pessoal fazendo street dancing ao lado do trajeto perto do Teatro Municipal … estavam tentando pegar carona, roubar cena ou desafiando ?
São coisas que precisa prestar atenção ou refletir um pouco, podem ser importantes para entender se o passeio está fazendo sucesso ou de alguma forma está incomodando.
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Gostei de ter ido com a minha bicicleta velha de guerra, que, na volta, deu um susto ao escapar e prender a corrente entre os raios e a coroa na roda traseira. O pessoal do SOS bike deu uma ajuda. Acabei não indo com a minha nova por faltar algumas coisas, como bagageiro para poder levar nos alforges, que nessa antiga tem.
Confesso que fiquei um pouco desapontado sobre a organização. Imaginaria que haveria algum pronunciamento público do William e instruções gerais. Acho que faltou um mapinha para o pessoal, teve um que me perguntou sobre o trajeto, que não tinha pois estava na internet, e estava meio em cima da hora. E, como nem todo pessoal foi pelo VáDeBike, acho que houve um pequeno problema de comunicação.
Apesar da presença de policiais para garantir a segurança, seja em bicicleta ou motocicleta, em determinado momento, fiquei chocado pelo fato de algumas partes tiveram (?) que passar pela calçada quase a mil. Isto me fez pensar sobre a organização, que nesse ponto de vista não foi tão legal. Faltou, pois os policiais em motos tiveram que recorrer a andar pela calçada. Durante o passeio não vi os nossos colegas policiais em bicicletas conosco, somente no inicio e fim. Essa presença, e orientação faltou no passeio.Acho que faltou aquele pronunciamento e orientação inicial. É nesses momentos que nós devemos ser mais organizados e aprender maneiras e mostrar educação. É aprendizado.
Apesar deste desapontamento, da atitude dos policiais de moto e do susto acima, não vi nenhum incidente grave ou preocupante. Achei positivo.
No meio do passeio, houve ciclista desavisado, nos alertando sobre o sinal. Novamente, um problema de comunicação. Acho que faltou um pessoal mostrando o que era aquele amontoado de ciclistas. Acho que faltou banner dizendo o que era aquela movimentação toda.
Esse pedalada me trouxe alguns ensinamentos, e que nos próximos, pode ser melhorados, ciclistas e como grupo.
Ah, outra coisa, esse passeio para mim deu a impressão inicial que iria ter parada pelos pontos históricos do centro e algumas palavras.
Poderia ter mais patrocínio, como de uma antiga bicicletaria que tem na Av. Vitória: Casa de Bicicletas Alberto. Uma oportunidade de marketing perdida. Como é uma loja local poderia estimular os locais a usarem mais bicicletas.
Disse tudo isso para não dar chance para associar com as passeatas que ultimamente está mais problemático, e os nossos passeios devem mostrar mais soluções que problemas.
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Oi, Carlos. Infelizmente não houve sistema de som para poder dar algumas palavras e explicar o percurso que seria feito. Esse ponto já foi discutido para que seja melhorado na próxima edição. Distribuir mapas impressos não é uma opção, pela sujeira que causaria (sempre tem quem jogue no chão), uma explicação verbal sobre o caminho que seria feito teria resolvido essa questão.
Os Bike Anjos foram orientados a tentar deixar uma margem para ultrapassagem da PM, mas nem sempre isso acaba sendo possível, pela grande quantidade de pessoas. Nesses casos, as motos acabam utilizando a calçada, pois se não o fizessem não conseguiriam dar conta de passar para a frente para realizar novo corking. Esse é um procedimento da PM, sobre o qual não temos controle. Até os policiais em bicicleta, que a princípio permaneceriam na frente do grupo, foram sendo destacados para o corking conforme o passeio prosseguia: em dado momento, havia apenas um deles na ponta do grupo.
Não acho que tenha faltado banner avisando o que era a movimentação. Estava bem claro que se tratava de um passeio ciclístico: uma massa de centenas de pessoas se deslocando de bicicleta, quase todas com a mesma camiseta, com escolta da PM e da CET e uma ambulância no final, poderia ser o que mais? 😀
Sobre as paradas, decidiu-se por não fazê-las devido ao tamanho do grupo. Em passeios com menor quantidade de pessoas, isso se torna possível, mas em uma massa grande isso significaria interromper a via por um longo tempo, sem movimentação alguma dos ciclistas, o que contribuiria para, mais do que complicar o fluxo dos carros, irritar bastante os motoristas. Só de fechar temporariamente um cruzamento para as bicicletas passarem já há motoristas que discutem com as autoridades presentes, fazendo uma parada por um longo tempo então, é certeza de encrenca. Fizemos uma única parada para reagrupamento antes de subir no Elevado.
Quanto ao patrocínio, concordo contigo… Há muitas oportunidades que os comerciantes perdem de atrair o público que usa a bicicleta, sejam ou não do setor. Acho incrível que nenhum lojista tenha anunciado no Vá de Bike até hoje, desconsiderando o público formador de opinião e pró-bicicleta que frequenta o site. Continuam acreditando que só dá dinheiro vender equipamento esportivo, os ciclistas urbanos ainda não são levados a sério nem mesmo pela indústria, comércio e serviços de bicicletas que eles mesmos sustentam.
Finalizando, não vejo como associar esse passeio com passeatas. Apesar do viés pro-bike e do discurso sustentável, não era uma manifestação: estava mais para uma comemoração.
De qualquer forma, agradeço as sugestões.
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Olá William, obrigado pelo aparte.
Coloquei estes comentário para criar mais ciência em todos que há mais do que simples expressão pela sustentabilidade. Como disse o presidente da Nossa São Paulo, que o individualismo não é sustentável, pensar na comunidade é sustentável. Portanto, se a pedalada suscitou este sentimento comunitário, ponto para sustentabilidade.
Entendo que a pedalada objetivou sensibilizar, e estimular o sentimento comunitário e desenvolvendo esta empatia pelas pessoas do entorno do passeio. Desta maneira,vemos como exige uma postura mais responsável. Será que foi alcançado estes objetivos ? Mesmo sendo comemoração, acho que não podemos ser levianos a desconsiderar os impactos desta movimentação. Quanto a envolvimento dos atores econômicos locais, digo, lojistas, também faz parte desta sensibilização, em mudar a forma de atuar com o seu negócio, se pensar apenar no lucro ( individualismo ) será insustentável, se pensar na cultura e relacionamento com a comunidade ( pensamento comunitário ) será sustentável. E na cabeça de quem assiste a pedalada pode ser confundida com manifestação. Acho que grande parte dos que assistem, principalmente a comunidade local, não sabe o que é a WWF, o panda, e o que é pedalada, e o conceito de Massa Crítica, não saberia dizer se a virada sustentável está surtindo efeito. A pedalada pode ser considerado também como uma execução de um plano de comunicação da sustentabilidade, claro, não nos termos tradicionais. Talvez um marketing de relacionamento, pois o objetivo também é a criação e melhoria de relacionamento sustentável com a bicicleta, e a comunidade. Portanto, acho ingênuo pensar que isto seja apenas uma comemoração.
Apenas como exemplo, em Osasco, tem uma pedalada noturna dos OzBikers que saiu numa revista local chamado Viver Osasco na edição 18 de Abril/Maio. Por curiosidade, fui perguntar sobre essa pedalada a um lojista local, nenhuma surpresa: desconhecia a existência desta pedalada. Um outro exemplo, é de uma loja Pedal da Vila, na Vila Leopoldina, que é o oposto. Eles, bem não a loja, mas quem toca a loja, organiza pedaladas noturnas, desta forma cria relações entre clientes e fornecedores de forma mais sustentável, além de ações promocionais. Digo isto, porque a minha última bicicleta comprei nesta loja, e, eles tem uma ação de relacionamento interessante para a sustentabilidade. Portanto, a Virada da Sustentabilidade, deve incutir valores sustentáveis em toda comunidade. Como falei em fatos locais, a pedalada no centro histórico, que é palco da cracolândia, de projetos de revitalização como a Nova Luz, de ONGs para recuperação de dependentes químicos, de ocupações de sem-tetos/moradias, … Por isto, não consigo pensar nesta pedalada, ou até mesmo virada da sustentabilidade, como algo isolado do dia-a-dia da comunidade local. Digo isto, porque trabalhei na região, e vi parte desta realidade.
Creio que um movimento, pedalada, ou manifestação tenha que criar estes valores na comunidade, senão vai virar apenas um carnaval. O que vira objeto de consumo de massa, e portanto, explorações comerciais sem considerações sustentáveis.
Veja bem, estou comentando não como uma negação ao pedalada, que tem seus aspectos positivos que gostei muito, mas não há como ignorar os negativos que deve ser uma forma de estimular uma discussão mais saudável sobre o que fazemos e como podemos usar melhor essas nossa atividades. Espero ter melhorado o nosso entendimento sobre o porquê participamos das pedaladas. Nem sempre deixamos claro estas atitudes e intenções, que no futuro, pode haver um mal-entendimento, abuso de certas práticas, por uma falta de entendimento ou falta de aprendizado.
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Queria MUITO ter ido, tinha feito a inscrição faz tempo mas surgiu um imprevisto de última hora e tive que me deslocar para outro município… Pelas fotos parece que foi muito legal e eu não vou deixar de ir nas próximas!
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Muito bacana, galera muito animada e evento organizado e muito familiar.
Nunca havia participado de uma pedalada com galera, mas agora vou ficar ligado nos próximos eventos.
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