Ciclistas paulistanos se mobilizam para encaminhar demandas ao próximo prefeito
Saiba como foi a plenária que aconteceu no dia 8, para discutir o cenário pós-eleitoral e debater estratégias para a mobilidade ativa – com fotos e vídeo.
A primeira manifestação popular enfrentada pelo novo prefeito de São Paulo foi realizada por ciclistas. Na noite de 5 de outubro, três dias após a eleição de João Dória em primeiro turno, um grupo de mais de 100 pessoas se deslocou de bicicleta (e até de patinete) da Praça do Ciclista até a casa do prefeito eleito, pedir que as ciclovias e a redução de velocidade sejam mantidas (veja relato, vídeo e fotos).
Na sequência da manifestação, cidadãos interessados na mobilidade a pé e com bicicleta se encontraram na manhã do sábado, 8 de outubro, para discutir o cenário pós-eleitoral em São Paulo e debater estratégias para a mobilidade ativa. Estavam presentes cerca de 100 pessoas, entre eles representantes de diversas entidades pela mobilidade a pé ou por bicicletas, como Ciclocidade, Cidadeapé, Bike Zona Sul, Bike Zona Leste, Ciclo ZN, Vá de Bike, Bike é Legal, Bike Anjo, oficina comunitária Mão na Roda, Corrida Amiga, Cidades para Pessoas, movimento #OcupaCMTT, além de conselheiros da cidade.
Encaminhamentos
Dentre os principais encaminhamentos da Plenária, estão:
- Abrir uma frente de diálogo com o governo eleito, mostrar que o prefeito pode deixar um legado positivo para a cidade ao abarcar a mobilidade ativa;
- Manter e fortalecer a Frente pela Mobilidade Ativa, buscando engajar mais entidades, coletivos e movimentos;
- Ampliar o discurso e a atuação da Mobilidade Ativa para que contemple também regiões periféricas;
- “Nenhum centímetro a menos, nenhum quilômetro por hora a mais“. Há consenso de que ciclovia “ruim” é a que ainda não está conectada à rede cicloviária (sendo necessário conectá-las); que não pode haver retirada na malha implantada (sendo preciso, pelo contrário, ampliá-la) e de que somos todes pedestres – grupo com maior número de vítimas no trânsito. Também há consenso de que temos de lutar para que as velocidades não voltem a aumentar nas marginais e/ou em outros pontos da cidade e que temos que trabalhar cada vez mais pela agenda de zero mortes no trânsito (Vision Zero);
- Juntar forças na questão da travessia de pedestres em pontes e vias, responsável por mais de 80% das fatalidades de pedestres;
- Ampliar os esforços de comunicação, seja fortalecendo a rede de mobilidade ativa, seja servindo como fonte para grandes veículos de imprensa;
- Expandir a campanha Bicicleta faz bem ao Comércio;
- Fazer ações diretas criativas, que surpreendam;
- Atuar nas eleições das subprefeituras e abrir diálogo com o #OcupaConselho, além de acompanhar os conselhos;
- Participar das eleições nas Subprefeituras do Conselho de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz (CADES), reforçar o diálogo com o #OcupaConselho e apoiar conselhos regionais e centrais (tais como o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte – CMTT)
- Investir em uma aproximação com as Universidades
Legislativo
Outra frente de destaque na plenária é a importância de estar próximo ao Legislativo. Há várias vereadoras e vereadores que votaram a favor da aprovação do Plano Diretor Estratégico, que assinaram a carta de compromissos com a Mobilidade Ativa ou que estão eleitos e podem estar abertos ao diálogo. Os nomes: Adilson Amadeu (PTB); Alfredinho (PT); Arselino Tatto (PT); Atilio Francisco (PRB); Conte Lopes (PP); David Soares (DEM); Edir Sales (PSD); Eduardo Suplicy (PT); Eduardo Tuma (PSDB); Eliseu Gabriel (PSB); George Hato (PMDB); Gilson Barreto (PSDB); Isac Felix (PR); Jair Tatto (PT); Juliana Cardoso (PT); Milton Leite (DEM); Noemi Nonato (PR); Ota (PSB); Paulo Frange; Reis (PT); Police Neto (PSD); Ricardo Nunes (PMDB); Ricardo Teixeira (PROS); Sâmia Bonfim (PSOL); Sandra Tadeu (DEM); Senival Moura (PT); Souza Santos (PRB); Toninho Paiva (PR).
Além disso é preciso transformar o Plano Municipal de Mobilidade em lei e aprovar o Projeto de Lei 393, que fala sobre a institucionalização dos Conselhos, que são espaços importantes de participação social na cidade.
Não conheço São Paulo (capital). Nunca fui a essa imensa metrópole ou megalópole para alguns. Creio que as diferenças encontradas no cotidiano do paulistano se torna bem acentuada quando se deparada com um jogo de “quem quer mais espaço”.
Os motoristas (não generalizando) não respeitam os ciclistas; Os ciclistas querem seu espaço, sua autonomia no trânsito, mesmo que em ciclovias se acham os donos da verdade (não generalizando novamente) por estarem em cima de uma bicicleta.
Sou ciclista, amo pedalar, me cuido e cuido dos outros. Mas até que ponto somos merecedores do respeito dos motoristas? Não ter que conviver com carros “raspando” pela gente é uma grande evolução, mas o que vejo em notícias e telejornais é uma falta de respeito de ambos. Ciclistas (não generalizando novamente rsrs) transitando na faixa dos carros, não respeitando a velocidade da ciclovia e por ai vai. Motoristas estacionando na ciclovia, motoristas tirando raspa de ciclistas (quando não há ciclovias). Sou a favor de muitas, mas muitas ciclovias mesmo e além disso “MEGA-mobilizar” e “MEGA-divulgar” (ainda mais) de uma forma em que o cidadão tenha encravado em sua mente o respeito mútuo e o bom censo lógico.
Aliás, o bom censo ficou a mercê da sorte. A vida se tornou uma mera brincadeira onde matar e morrer já não assusta ninguém.
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Enquanto uns ficam de mimimi….
Outros tomam atitudes e vão atrás e fazem acontecer!
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