Ciclovia bate recorde de utilização com a falta de combustível em São Paulo
A bicicleta tem sido a solução para muita gente nos últimos dias. E os números comprovam o aumento espantoso da utilização das ciclovias
Com a falta de combustíveis decorrente da greve dos caminhoneiros, muita gente ficou sem poder circular com o carro, mas quem pedala continua por aí. É o que mostram não só nossas incursões pelas ruas mas também os números dos dois contadores eletrônicos das ciclovias de São Paulo.
A ciclovia da Faria Lima é sem sombra de dúvida a mais utilizada de São Paulo, principalmente por ser longa (13 km, da Vila Leopoldina ao Parque Ibirapuera), estar conectada com diversas outras estruturas (como a Ciclovia Rio Pinheiros) e ter sido implantada em um trajeto totalmente plano (em vez de usar vias alternativas e com aclives, como acontece em outros pontos da cidade). É até comum vermos pequenos congestionamentos de bicicletas nos cruzamentos quando os sinais fecham, sobretudo nos horários de pico.
O mesmo acontece na ciclovia da Avenida Paulista, que apesar de ficar em uma área alta da cidade, segue pelo topo do chamado “espigão”, uma área longa, contínua e sem aclives. Além de estar em local de grande fluxo de trabalhadores e consumidores, essa estrutura serve de ligação entre diversos pontos da cidade através da ligação com outras ciclovias, conectando Centro, Zona Oeste e Zona Sul da cidade.
Sem gasolina? Vá de bike!
De acordo com as estatísticas do contador de ciclistas da Rua Vergueiro (chegando na Avenida Paulista), a semana passada (21 a 26 de maio) foi a mais movimentada desse ano, com 14.170 viagens. Comparando com a semana anterior, o fluxo de ciclistas teve um aumento de 11,8%, com 1.494 viagens a mais.
Na Faria Lima, o crescimento foi ainda maior. A semana de 21 a 26 de maio foi a de maior fluxo na história da ciclovia, com um total de 33.487 viagens. Comparando com a semana imediatamente anterior, o aumento foi de 17,5%, com quase 5 mil viagens a mais!
E não foi só isso: o domingo 27 teve o recorde histórico de utilização diária da ciclovia da Faria Lima, com 6.004 passagens registradas pelo contador, mostrando que nesse final de semana muita gente preferiu deixar o carro em casa para bicicletar pelas ruas. Foi um aumento de 85% em relação ao fluxo do domingo anterior!
Crescimento contínuo
A falta de combustíveis estimulou as pessoas a buscarem a bicicleta como alternativa, como ficou bem claro nos gráficos acima. Mas olhando a evolução mensal e comparando com o mesmo período do ano anterior, percebe-se que o uso das ciclovia vem crescendo de forma notável esse ano.
Em um comparativo entre os primeiros cinco meses desse ano e o mesmo período de 2017, a ciclovia da Avenida Paulista teve um aumento de 9,4% esse ano. Já na Faria Lima, o crescimento foi ainda mais perceptível e surpreendente: 33%. Acompanhe nos gráficos abaixo, com uma projeção para o mês de maio baseada nos últimos dias de utilização das estruturas.
Horário do rush
Veja a live que fizemos na sexta-feira 25 no horário de pico da noite, mostrando a quantidade de ciclistas na Avenida Faria Lima.
[Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]
Esse comentário não tem feito muito sucesso. 0 10
Você veio aqui só para vomitar asneiras?
Pois sua postagem nada mais é que trollagem e puro recalque, pois se moto fosse tão bom assim, não teria tantos acidentes.
E é claro, PAGUE BEM CARO O IPVA E DPVAT, pois você paga para POLUIR o ar. Seu recalque é que a gente não paga nada de imposto, nem de gasolina e MUITO MENOS FICAMOS REFÉNS dos postos.
afinal, isso ai é coisa de CARROCRATA E MOTOCRATA LIXO….
Sem gasolina vcs não anda, nós andamos em qualquer situação e NÃO POLUIMOS O AR
CHORA MAIS!!
Comentário bem votado! 5 0
“Tudo que tem motor” mata 6 pessoas por dia em São Paulo só com a poluição causada, não odiamos o motor, só gostamos das pessoas e queremos elas vivas e de preferência saudáveis.
Comentário bem votado! 5 0
Fico impressionado como ciclovia Faria Lima cresceu tanto em quantidade e a quantidade de ciclistas que usam para trabalho, principalmente delivery, e, transporte para ir e vir do trabalho. Noto também uma aumento de bicicletas motorizadas, principalmente elétricas, algo que os contadores não conseguem discriminar. Creio que é uma tendência, já que as empresas mal dão vestiários, e, para complicar, haviam estabelecimentos comerciais que forneciam bicicletários, estáo retirando, o que faz com que haja um desestímulo para o uso eventual para compras, passeio, ida a comer, etc …
Comentário bem votado! 4 0
Uso a ciclovia da Faria Lima, sendo um dos primeiros da cidade, fico impressionado como ela cresceu tanto em quantidade e a quantidade de ciclistas que usam para trabalho, principalmente delivery, e, transporte para ir e vir do trabalho. Noto também uma aumento de bicicletas motorizadas, principalmente elétricas, algo que os contadores não conseguem discriminar. Creio que é uma tendência, já que as empresas mal dão vestiários, e, para complicar, haviam estabelecimentos comerciais que forneciam bicicletários, estáo retirando, o que faz com que haja um desestímulo para o uso eventual para compras, passeio, ida a comer, etc …
0 0
Quanto aos outros ciclistas, não posso responder; no meu caso, tenho distribuído currículos e ido a entrevistas de empregos com a bicicleta, pois não tenho dinheiro para gastar com transporte público. Ainda bem que eles {políticos} não implementaram aquela lei que multaria ciclistas que transitassem pela cidade de São Paulo. Se tirarem as condições de uso das bicicletas – circulação – pela cidade, uma parcela significativa de desempregados (invisíveis para os governantes) entrarão em desespero.
Comentário bem votado! 7 0
Muito bacana a reportagem.
Legal mostrar a ciclovia ao longo da Luiz Ignacio de Anhaia Mello, suceeso! muita gente pedalando e usando para caminhada também.
tem muita gente que já utilizava de São Mateus para a Vila Prudente, e agora aumentou muito.
Comentário bem votado! 10 1
Importante lembrar que o contador da Rua Vergueiro tem um problema no sentido centro e, não raro, não conta ciclistas neste sentido. Esse problema tem sido recorrente e acredito que há pelo menos 1 ano. Então esse número deve ser maior.
Comentário bem votado! 7 1
Sem falar que ali ainda tem um ponto de confluência mais a frente, do pessoal que vem do centro. Na verdade o contador está em um lugar péssimo que subdimensiona esse número da Paulista. Desconfio ser pelo menos 4 vezes o apresentado ali.
Comentário bem votado! 6 1
e esse mesmo contador não conta quase ninguém quando a faixa de lazer está funcionando, porque as pessoas preferem pedalar pela pista de fora…
Comentário bem votado! 5 0
Ótimas observações!
3 0
Notei que algumas vezes não é que ele não conta, ele conta mas demora para exibir. Várias vezes passei e contou 2, 3, 4!
Comentário bem votado! 4 0
Foi exatamente isso que nos respondeu a empresa responsável, Marcio. O sensor está um pouco longe do contador, mais adiante. Então se você olhar exatamente após ter passado parecerá que não contou.
2 0