Imagem: Sr. Tresillo/Reprodução

A diferença de pedalar com e sem ciclovia

Vídeo mostra de forma clara – e na linguagem universal da música – a diferença entre pedalar onde não há ciclovia e onde já existe a estrutura.

Imagem: Sr. Tresillo/Reprodução
Imagem: Sr. Tresillo/Reprodução

O leitor Sr. Tresillo nos enviou o vídeo abaixo, onde ele mostra de forma clara – e na linguagem universal da música – a diferença que um ciclista sente ao pedalar onde não há ciclovia e nos locais onde já existe a estrutura. Na descrição do vídeo, ele diz que “as ciclovias estão mudando a forma de uma das cidades mais superlotadas do mundo”.



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O rapaz, que se chama Nacho, nasceu na Galícia e atualmente estuda na Universidade de São Paulo. Em seu blog, relata o que vê por aqui em sua visão de estrangeiro, usando a bicicleta como meio de transporte. Dá uma espiada (ele escreve em espanhol).

17 comentários em “A diferença de pedalar com e sem ciclovia

  1. Realmente pedalar numa ciclovia é bem mais tranquilo.
    Só devemos tomar cuidado para não nos tornarmos “escravos” das ciclovias/ciclofaixas: com ou sem, pedalemos!

    A bicicleta é veículo e como tal tem o direito/dever de trafegar na rua:

    “Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, COM PREFERÊNCIA SOBRE OS VEÍCULOS AUTOMOTORES.”
    (Artigo 58, CTB)

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      1. Pois é eu sei disso, lembro que em SP no início da década de 90 muitos andavam a 140km/h na marginal e sem cinto, se não fosse a fiscalização estaria assim até hoje. Lembro que no final da década de 90 em SP eu já levei multas por estar sem cinto, e estacionar a menos de 6 metros da esquina, isso em ruas pequenas do alto da boa vista. Aqui em BH o órgão de deveria fiscalizar parece uma piada, a BHtrans, nem eles se respeitam. Fechar o cruzamento é bem normal por aqui, falar ao celular também é bem comum, as vezes vejo 3, 4 carros um atrás do outro com os motoristas falando no celular como se tivessem na sala de casa. E está só piorando em vez de melhorar. A ética no transito é bem pequena e não irá melhorar sem fiscalização. Quando vou para SP tenho que reaprender a dirigir sempre. Mas também observo em BH que as pessoas não se preocupam com o próximo em filas de banco, andando na rua e até em passeios noturnos de bike, quando pedimos para fazerem fila indiana, muitos não deixam o colega ciclista entrar na frente. A influencia do RJ por aqui é bem maior do que a de SP, seja no comportamento ou até nas expressões linguisticas usadas

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  3. Embora jornais e tevês não mostrem, as bicicletas paulistanas vivem duas realidades. Realidades que são antípodas, “opostas”. Uma delas é o cenário de ciclovias e ciclofaixas de lazer – é o único momento em que a douta autoridade municipal de trânsito toma conhecimento dessa mobilidade, as bicicletas. A outra realidade – da qual ninguém fala – é a das bicicletas rolando fora de ciclovias – que é, esta segunda, um trânsito clandestino, pois sem fiscalização e fluindo na contramão das regras do Código. Clandestinidade sobre duas rodas.

    Pois o trânsito de bicicletas paulistanas é como moeda: tem duas faces. Uma face, esse trânsito, é o que é – para a mídia, para a CET, para o prefeito e secretário, para “especialistas” de trânsito: pensar em bicicletas, exercitar o neologismo sobre duas rodas, “cicloatividade”, é tão somente referir ciclovias. Jornais e revistas, aliás, dão total apoio à causa, pois só mostram… ciclovias. Que mostrem o outro lado! É hora!

    E como se pintar faixas vermelhas no asfalto, por si só, isso resolvesse a delicada questão, bicicletas interagindo com carros e pedestres – como se várias dessas ciclovias não fossem “precárias”, mal acabadas, estreitas… De fato, dão segurança pedalar nelas?

    A outra face da moeda é o de como via de regra os ciclistas pedalam nas ruas, uma vez estando fora das ciclovias. Fazem-no sob fiel obediência ao oportunismo e à individualidade: “lei de Gerson”. Com desobediência fiel à conduta de civilidade: imprudência e total desprezo ao pedestre. Ciclistas são contumazes transgressores das normas de trânsito.

    Certo é que querer fiscalizar (imagine-se então autuar) bicicletas – como prevê o Código – deve mesmo ser incumbência difícil, complexa. Para começar, bicicletas nem têm placas! (no passado remoto, tiveram) Só que bicicleta é “veículo”, garante o Código. Então há que disciplinar. E o que ciclista mais faz é infringir. Total falta de educação: dever-se-ia exigir fiscalização. Autuar, por que não?

    Por exemplo: é inaceitável que ciclista pedale sobre calçada (claro, exceto as crianças). Pois até bicicletas de entrega o fazem! Maior que fosse a “cautela” de quem pedala, bicicleta no meio de pedestre é receita de acidente. Fica por conta do acaso. “Compartilhar”? Papo-furado!

    Igualmente insensato, absurdo, é bicicleta na contramão, junto do meio-fio – ou avançar o semáforo, invadir faixa de travessia: pega o pedestre “de surpresa”, inesperadamente. Daí, pedestre bobear, já era… Atitudes burras, do ciclista, não? Cadê fiscalização?

    Alguém de nós, paulistanos, já terá visto – uma vezinha só – um agente de trânsito ao menos advertir, censurar, repreender ciclista acintoso, imprudente? Claro… que nunca! E a autoridade de trânsito, nas ruas, ela empreende uma única medida que seja, alguma ação “educativa”, preventiva (direção defensiva) para o trânsito de ciclistas? A mídia, participa, assim, também? Já falar de ciclistas… Ciclistas bem comportadinhos, dos domingos, ciclofaixas de lazer, nada têm a ver com bicicletas nas ruas. Duas realidades. Moeda.

    Essa “solução” de bicicletas e pedestres “compartilharem” calçadas, não obstante previsto no Código, é perigosa: exceto se a segregação for para valer, qualquer dos dois poderá até invadir o espaço do outro. Outra burrice é permitir bicicletas na contramão – mesmo que a lei abra as portas. Não é porque é lei que deva ser a melhor solução: por quê?

    Vale para todos: bicicletas “comuns”, para as “elétricas”, para assemelhados – triciclos de carga, grandões. Todos pedalam nas calçadas etc. Isto quer também dizer, paulistano, que quando você estiver caminhando… Natural e habitualmente, cuidado, então! Ingenuamente achando que “calçada é do pedestre”, não é! Às tuas costas, ou mesmo à frente, ou numa curva, na esquina… Ei-la, na calçada! Uma imbecil bicicleta! Imbecil, mesmo, não é ela. Cadê fiscalização?

    Não sou contra ciclovias. Incrível, até sou ciclista! – que nunca andou na calçada. Mas, concidadão, convenhamos. Caminhar na calçada; atravessar uma rua, confiar no semáforo; cruzar faixa de pedestres… Tem que jogar a moeda para cima, que nem juiz de futebol: cara ou coroa? Isto é, naquelas situações supracitadas, a “chance” de topar com uma bike – que te dê uma porretada – é mera questão, de sorte ou de azar! Aliás, quem joga a moeda para cima, só pode ser… a CET: cadê fiscalização? Alguém de nós se importa? Ah, quer saber? O que importa, mesmo, é… deve ser… ci-clo-via!

    Rubens Cano de Medeiros

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    2. Como já comentei anteriormente, aqui no DF as ciclovias são usadas como calçada, pista de cooper, passeio de cachorro, isso porque os pedestres se sentem muito à vontade e nada ameaçados pelos ciclistas com os quais compartilham o mesmo espaço.
      E já tive que desviar com a bike para a grama ou para a calçada do lado para não se atropelada por pessoas distraídas, com fones, que desviam de repente e entram na frente da bike…
      Contramão? Até pouco tempo era recomendado por autoridades de trânsito.
      SInal vermelho? QUal motorista para em sinal vermelho em situação de risco?
      Percebe que as infrações do ciclista médio (não do “vida loka”) são em legítima defesa da própria vida?
      E finalmente, mala sem alça tem em toda parte, melhor que esteja a pé ou de bike do que de carro, que causa estrago bem maior.

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    3. “Alguém de nós, paulistanos, já terá visto – uma vezinha só – um agente de trânsito ao menos advertir, censurar, repreender ciclista acintoso, imprudente?” Eu já. Por sinal, já vi mais autoridade de trânsito e de segurança pública repreender ciclista prudente e pedalando de acordo com a lei, dizendo que lugar de bicicleta é no parque e na calçada.

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    4. Eu mesmo, quando morei em SP, fui repreendido por andar na via dos ônibus.
      Aqui em Curitiba também já.
      Fiscalização existe, só que não dá conta de tudo e de todos. Curiosamente, percebi em minha visita à Alemanha que eles também não têm muita fiscalização, mas as pessoas respeitam. O que me leva à seguinte conclusão: O que resolve é a educação, o respeito, a civilidade. Sem isso, você pode colocar um fiscal e uma câmera em cada esquina, sempre terá alguém desrespeitando.

      Aproveito o ensejo para mandar uma reflexão para os colegas ciclistas que ainda não respeitam as leis de trânsito: A maior parte das pessoas usa a falta do outro como desculpa para suas próprias faltas “Tá todo mundo furando sinal, eu também vou”, ou “Como vou respeitar alguém que anda na contra-mão?”. O que eu decidi fazer é o seguinte: Não esperar o respeito do outro e nem me demover do que acredito ser o certo por causa do comportamento do outro. Há pessoas que não te respeitam independente do que você faça, mas isso vale para qualquer um, não é exclusividade de ciclistas. Pergunte quantas fechadas, barbeiragens, cruzamentos fechados, manobras arriscadas um motorista de auto presencia numa semana? É mais ou menos o que você vai ver também sobre uma bicicleta. Então, bora conviver civilizadamente?

      “Seja a mudança que quer ver no mundo” – Ghandi
      E mais uma: Nossa legislação é boa, se todo mundo seguir as coisas dão certo.

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  4. Hei, vocês já têm números sobre acidentes com ciclistas desde que as ciclovias começaram a ser expandidas aí em SP? Gostaria de saber…

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  5. Prefiro a rua …
    Bom, particularmente nunca entendi porque a ciclovia tem tanta curva ( ondulações ) … Mas ok … se for um trajeto curto ( menor que 5km ) até dá pra tolerar. Outra coisa, pelo que vejo essa ciclovia específica é possível de ser utilizada, não sei se liga um lugar a outro, mas, parece ter uma boa estrutura, no RJ não há uma única ciclovia lógica e quando há, além de não dar em lugar nenhum trás mais risco ao ciclista. O bom seria mesmo educação e respeito.

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    1. Eu também prefiro a rua em muitas situações, Rodrigo. Mas as ciclovias são importantes pra botar pra pedalar o sujeito que jamais sonharia em andar de bicicleta numa Vergueiro ou numa Paulista da vida. Tendo ciclovia nas vias mais “tensas”, as pessoas vão perdendo o medo e aderindo ao meio de transporte movido a feijão.

      E sobre a ciclovia ligar um lugar ao outro, algumas sim, outras não. Veja aqui a malha cicloviária de SP. A rede está ficando bacana. Repare que tem muitas ciclovias que ligam nada a lugar nenhum, mas parece que o plano é construir as ligações ainda. Acho até mesmo que em alguns casos as ligações não são necessárias, porque as vias próximas são bem tranquilas.

      Abraços!

      Polêmico. O que acha? Thumb up 7 Thumb down 10

      1. Concordo, Vítor!
        Uso a ciclovia quando não estou tão forte e sei que vai ser perigoso pegar a Marginal Tietê, por exemplo. Mas no meu caso, as ciclovias opcionais passam por lugares meio desertos, então acho meio perigoso.
        Acho ótimo para encorajar os que não aguentariam o pega de estar no meio dos carros, ultrapassando-os a 50 km/h, ou para quando queremos só ir de boa, ou para essas pessoas que nunca se aventurariam no meio dos carros.
        Enfim, deve haver espaço para ambos os ciclistas, a lei tem de se manter como está, e com mais incentivo à bicicleta.

        Eu sinto que hoje os motoristas estão tão mais receptivos à ideia de que bike é um meio de transporte que raramente tenho ouvido reclamações de motoristas ou alguma atitude mais agressiva.

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