Haddad pedala com grafiteiros pela avenida 23 de Maio. Foto: Rachel Schein

Prefeito Fernando Haddad inaugura mural a céu aberto pedalando pela Av. 23 de Maio, em São Paulo

Veja nossa galeria de fotos da pedalada e das obras que compõem o mural de 15.000 m², divididos em 70 muros.

Haddad pedala com grafiteiros pela avenida 23 de Maio. Foto: Rachel Schein
Haddad pedala com grafiteiros pela avenida 23 de Maio. Foto: Rachel Schein

No domingo 1º de fevereiro, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pedalou pela avenida 23 de Maio para inaugurar o maior mural a céu aberto da América Latina. Obras de 200 artistas compõem o mural de 15.000 m² divididos em 70 muros, segundo informa o site da prefeitura.

O passeio teve a participação de cerca de 100 pessoas, entre grafiteiros e ciclistas, e contou com o apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em motos e carros, e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), em bicicletas. O grupo saiu do antigo Detran e percorreu 6,8 km da avenida até os arcos da praça dos Artesãos Calabreses (popularmente chamados de “Arcos do Jânio”), um espaço tombado pelo Patrimônio Histórico e que pode vir a ser ocupado por outras obras além do grafite.

“Essas grades vão sair, aliás já estão saindo. Vamos iluminar. Acho que dá pra pensar em outros tipos de ocupação aqui”, comentou o prefeito sobre o espaço. Ele falou também da transformação cultural que a cidade vem sofrendo: “tem uma coisa cultural de adaptação da arte urbana que era proibida, e isso é que está mudando em São Paulo. Tanto em relação ao ciclista, à comida de rua, ao artista de rua, não vai ser diferente no grafite. Há uma certa resistência, mas ela é de poucos. Essas pessoas que têm preconceito serão vencidas pela realidade. E a realidade é a favor da apropriação e não da interdição do espaço público”.

Para Guilherme Varella, secretário da Cultura em exercício, a primeira questão foi valorizar o grafite e reconhecê-lo como uma manifestação legítima na cidade de São Paulo. “Usar a 23 de Maio como uma galeria a céu aberto para valorizar os grafiteiros, que antes eram marginalizados, e trazê-los pra cidade ver, para compartilhar dessa pintura, é muito importante. O grafite nos faz olhar para a cidade de outra forma e esse é o primeiro passo pra gente pensar no entorno e nos possíveis tipos de intervenção”, disse Varella.

O passeio terminou com uma comemoração nos arcos, já mostrando o potencial que o espaço tem para ser mais um lugar de convivência na cidade. “A cidade de São Paulo está ficando cada vez mais com a cara da bicicleta e do grafite, está mostrando que é uma cidade jovem com esse potencial enérgico todo”, comemorou o grafiteiro Mauro.

8 comentários em “Prefeito Fernando Haddad inaugura mural a céu aberto pedalando pela Av. 23 de Maio, em São Paulo

  1. Falar o que desse prefeito? Desrespeito pelo patrimônio histórico e desrespeito pela lei, visto que é proibido pedalar na 23 de maio…
    O prefeito pior avaliado do Brasil!

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  2. Achei legal a iniciativa, só não curti o grafite nos arcos, nos outros lugares achei sensacional. Me pareceu descaracterizar demais o local que já era tombado

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  3. A parte preservada pelo patrimônio histórico, pelo que eu sei são os arcos. Os vãos entre eles eram paredes comuns pintadas de cinza… Os arcos não foram tocados e continuam preservados. Achei bem legal a iniciativa.

    Conheço alguns dos artistas que participaram das obras da vinte três de maio e posso garantir que se tratam de profissionais da arte. E não digo apenas do grafite, alguns com bastante experiência em design e agências de propaganda e com grande envolvimento em projetos sociais.

    Pena que o passeio foi tão rápido. Mes em compensação no final tinha um belo churrasco esperando por tds que compareceram.

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  4. Gosto e respeito o grafite, mas pintar a parte de dentro dos arcos me soou como descaracterização do patrimônio histórico…
    Sei lá, sou leigo no assunto, mas acho que essa parte histórica ficava melhor com uma pintura igual a original, no resto tem mais que grafitar mesmo.

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    1. Que atrevimento, atentaram contra o bege acinzentado que é patrimônio cultural da cidade de São Paulo!

      Esta cidade é pra TRABALHO, e não pra curtir!

      Tinha que ter preservado uns pelourinhos também, não acha?

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      1. Claro! Por isso que o pessoal da Itália quer que se grafite todo o Coliseu, bege, sem graça… Poderíamos sugerir que se colorissem as Piramides do Egito!
        Haddad por que não sugerir que deixem grafitar o Cristo Redentor no Rio.

        O cara pintou de vermelho uma dúzia de ruas em SP e os ciclo ativistas, abobalhados dizem amém para todas as cagadas que esse Tonho-da-Lua faz!

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