Adventure Sports Fair 2006

O BICICLETÁRIO

Fui ontem na Adventure Sports Fair e parei no bicicletário. Eles pedem um documento, anotam seus dados, estacionam a magrela dentro de um espaço fechado (longe dos olhos e dedos dos curiosos e mal intencionados) e te dão um cartão com um número. Você só retira a bicicleta entregando o cartão e o número que consta nele garante que te devolverão a bike certa.

Bicicletário da Adventure Sports Fair
Imagem externa do bicicletário

Os dados do seu documento são anotados para o caso de alguém perder o cartão: o distraído vai ter que pagar R$20 de multa pela perda e apresentar o documento que usou ao deixar a bike para poder retirá-la. Um sistema simples, seguro e eficiente. Devem caber umas 40 bicicletas lá dentro. Quando peguei a minha para sair, às 21h45, ainda havia mais umas 10 bicicletas por lá.

Pelo jeito o espaço foi bastante utilizado durante o dia todo, porque quando eu cheguei às 18h30 o rapaz responsável pelo bicicletário me disse que o espaço já tinha sido usado por mais de 20 bikers durante o dia e o maior fluxo de visitantes ocorreu depois que eu já havia parado a minha ali. A toda hora chegavam ciclistas para estacionar.

Parabéns à GU Sports por ter encampado a idéia do bicicletário. A Promotrade, organizadora da feira, merece uma pequena vaia, pois como a empresa me informou hoje em um e-mail, o bicicletário é “um serviço terceirizado”, que não depende da organização do evento. Ou seja, se não houver um expositor que tenha a iniciativa de montar o bicicletário, ele não sai. A pessoa que me enviou a mensagem nem mesmo sabia que o bicicletário foi montado ontem, tendo dito no e-mail de hoje à tarde que “pode ser que haverá novamente” bicicletário caso um terceiro se interesse em montá-lo.

É triste saber que a Promotrade não montaria um, mesmo sendo a maior beneficiada com o conseqüente aumento de visitação, com a maior visibilidade e com uma imagem ainda melhor do posicionamento da feira, que esse ano tem forte apelo ecológico (exceto ao ter espaço para alguns esportes motorizados que causam degradação de trilhas, mas isso rende uma discussão muito longa). Se a organização do evento tomasse a iniciativa da montagem do espaço, ainda poderiam vender presença publicitária a algum expositor da feira, como complemento ao pacote que a empresa compra ao participar para expor no evento (veja nas fotos acima o belo trabalho de exposição de marca que a GU Sports conseguiu fazer). Ou seja, não há nem a desculpa do custo. Qual a desculpa para não se interessar pelo bicicletário? Miopia empresarial? Preconceito em achar que cliente que chega de bicicleta não gasta dinheiro na feira? Pelo menos pagar o ingresso a gente paga, o que para a organização do evento já é suficiente…

Novamente registro meus parabéns à GU Sports, que se mostra como uma marca que se preocupa com os ciclistas e que merece nosso apoio.

A EXPOSIÇÃO

A feira está ótima e vale a pena ser visitada. Há um bom espaço para bicicletas, com um estande enorme da Sundown, uma loja bem completa da Ciclovece e exposição de bicicletas da Scott, Trek, Fuji e Kona, com expositores que sabem dar informações detalahdas sobre os produtos.

O espaço do Clube de Cicloturismo do Brasil tem fotos maravilhosas e uma tandem reclinada que foi usada em uma viagem do casal Rodrigo e Eliana. Vale visitar o estande, babar e se emocionar com as fotos, sonhar um pouco e regar aquela sementinha que existe dentro de você, que te faz querer viajar pelo mundo de bicicleta. Vai que ela cresce, floresce e rende frutos… 🙂

Há muitos estandes com roupas, barracas, mochilas, equipamentos específicos de vários esportes de aventura, publicações especializadas. Há uma parte da feira que é sobre turismo, com estandes de vários estados do Brasil, da Estrada Real e até de outros países. Em um estande de França e Alemanha, ganhei alguns catálogos que mostram roteiros para conhecer esses dois países de bicicleta. Guardei com carinho. 🙂 Também descobri que qualquer um pode participar de uma das etapas do Tour de France, que é aberta ao público. Depois posto sobre isso aqui, peguei um folheto que explica como se inscrever.

Tem uma parte da exposição com estandes sobre preservação ambiental, reciclagem, ecoturismo responsável e até uma lanchonete de produtos orgânicos, que serve uma mini-pizza ótima. Por sinal, por todo lado há cestos de lixo orgânico e lixo reciclável em separado, mesmo do lado de fora da feira.

E há as diversões interativas. No estande da Try On estava rolando algum tipo de gincana que eu não entendi porque não aprei para ver. No da Sundown, tem o tal “globo da morte de bicicleta”, como chamaram no Fala Brasil (jornal da TV Record que passa de manhã): é um brinquedo onde você faz um looping com a bicicleta, preso a ela com uma cadeirinha de escalada vestida ao contrário e a bicicleta, por sua vez, presa ao equipamento, com toda a segurança. Há uma pista de gelo para brincar de snowboard, um tanque de água para experimentar um caiaque e um simulador com vento, vela e leme, provavelmente para simular o efeito de um veleiro. Tem ainda uma área externa para dirigir veículos off-road motorizados, mas não me interessei em ir lá ver.

Vale a pena visitar a feira, que vai até domingo. Mais informações aqui. E eu recomendo ir de bicicleta, já que tem lugar seguro para estacionar de graça. 🙂 Sem ter que pagar flanelinha, sem ter que pegar trânsito, sem ter que ficar rodando procurando vaga, sem ter que parar a 500m de distância, sem ter que ficar preocupado com o carro, sem ter que passar nervoso, sem ter que poluir…

1 comentário em “Adventure Sports Fair 2006

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