Mudança de hábitos
A revista Bons Fluídos fez recentemente uma “experiência” em que uma pessoa teria que mudar 10 hábitos em um mês: coisas como economizar água, separar e reciclar o lixo, deixar o carro em casa e outras atitudes de consciência ambiental. Aquelas coisas que todo mundo aplaude e diz que é a favor, mas acaba não fazendo. Corajosa e decidida, Carol Costa aceitou o desafio e passou do discurso á atitude. E não só encarou esse desafio até o final, como ainda aceitou repetir e mudar ainda mais os hábitos, aprimorando sua atitude ecológica.
O dia-a-dia dessa menina foi relatado em blog e pode ser acompanhado a partir daqui. Os links para os dias subseqüentes estão numa coluna à direta da página.
Entre outras mudanças, Carol passou a usar a bicicleta para se locomover, por motivos óbvios: não polui, não consome energia, não contribui para aumentar o efeito estufa. Os dias em que ela relata seu contato com a bicicleta, para os ciclistas mais afoitos e sem paciência para ler tudo, estão nos links a seguir:
1ª fase – Dia 2: Uma maníaca sobre rodas
1ª fase – Dia 15: Um lugar acolhedor
1ª fase – Dia 17: Sem GPS
1ª fase – Dia 27: Sra. M
2ª fase – dia 16: A bike para chamar de sua
2ª Fase – Dia 24: Alugue uma magrela
2ª Fase – Dia 28: Protesto sobre duas rodas
No último post da primeira fase tem uma foto da Carol em sua bicicleta.
Infelizmente, parece que Carol não se adaptou muito ao uso da bicicleta. Em um post ela dizia que não sabia bem se devia andar na calçada ou na rua; em outro, ela diz ter levado mais tempo de bicicleta do que a pé, por dificuldade em escolher rotas. Em outro blog ela relata, com bastante frustração, como foi a primeira pedalada, deixando claro que faltou alguém que lhe desse umas dicas básicas. Talvez se ela tivesse apoio de alguém já acostumado a isso, tivesse achado mais fácil e até divertido. Ou talvez o problema tenha sido ela encarar como obrigação, não como diversão…
Em post mais recente, dá para perceber que ela voltou a usar o carro. Comenta, inconformada, sobre os motoristas que se xingam implicitamente com as buzinas irritadas, pelos motivos mais bobos, e comenta que não faz uso da buzina quando dirige.
É realmente uma pena ela ter visto apenas o lado ruim do outro mundo que experimentou. Em seus textos, houve mais comentários negativos sobre a bicicleta (alguns muito sutis, outros em forma de ironia) do que positivos, o que deixa transparecer que a experiência foi interessante, mas não lhe agradou muito. Em dado momento, ainda durante a experiência, ela chega a comentar em tom de brincadeira que a melhor maneira de se deslocar na cidade seria de táxi…
Uma pena, Carol… Bem vinda de volta ao mundo das buzinas estressadas e da luta de vida ou morte para avançar mais meio metro. 🙂 Se prefere terceirizar esse stress a um taxista, muito bem, mas se quiser um apoio para se livrar disso mais uma vez e usar novamente a bicicleta, dessa vez de uma forma mais fácil e agradável, tem um monte de gente ávida por lhe ajudar, seja com dicas ou companhia.
boas energias pra nós todos.mas dez hábitos em um mês?competição?pensamentos istas disfarçados de boa intenção.e os inocentes se atiram..e nós julgamos…mundo mundo vasto mundo,se eu me chamasse raimundo seria uma rima,não seria uma solução.mundo mundo vasto mundo,mais vasto é meu coração.drummond onde nos levou a competição entre nós mesmos?
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Oi Carol,
OK, não vamos generalizar, mas em 5 anos de freela pra Abril (trabalhei fora, lá e como fixo também), em muitos departamentos (Viagem e turismo, Nucleo Internet, Masculinas, Exame), é comum ver o que escrevi. Talvez não seja seu caso, mas não tem como negar que há um espírito coletivo de repúdio ao transporte público e adoração ao automóvel, itens de luxo, ipod, etc.
Todas as matérias ou especiais que falam de verde por lá são puro greenwashing. A Abril defende puramente seus interesses em suas publicações, simples assim.
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Fabricio, acho complicado generalizar. Eu trabalho na Abril há pouco mais de três meses, não sou funcionária, sou freela. E várias vezes encontrei todo o bicicletário lotado.
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William, rapaz, mas você dissecou a WExperiência! Uau! Adorei saber que poderei pedalar em companhia!
Eu realmente abomino usar carro. Muitas vezes, vou pra casa a pé, só para não ter de tirar o Tobias da garagem (é, ele tem nome…). O maior problema que enfreitei para usar a bike foram as ladeiras: moro no pico de um morro, então, por mais que tente uma rota diferente, vou ter de pedalar uns bons quarteirões em subida terrivelmente íngreme.
Ciclistas de longa data se ririam da minha limitação, claro, afinal, minha casa fica a 2,5km do trabalho. Mas sou uma criatura sedentária (esse, aliás, foi um dos pressupostos da matéria) e sofri para enfrentar a volta depois de um dia cheio de trabalho.
A primeira pedalada foi a mais traumática, mas, depois dela, passei a procurar ruas mais tranquilas e a aproveitar o passeio, especialmente na ida para o trabalho. É uma delícia sentir o vento batendo no rosto, dá uma sensação muito boa de liberdade!
Ótimo texto, está de parabéns!
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Valeu pela correção, Ulisses! Foi distração minha, já corrigi…
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Pelo que eu conheço da Carol, é só provocar um pouquinho que ela vai acabar aceitando, com o maior prazer, tentar usar a bike mais vezes. Fale com ela… não duvido que você consiga convencê-la a aparecer na próxima bicicletada.
P.S.: Willian, creio que você errou o nome da Carol. Que eu saiba, ela atende por “Carol Costa” e não por “Carol Campos” como está no primeiro parágrafo.
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Jornalista acostumada ao conforto da Ed. Abril usar bicicleta é pedir demais… já trabalhei bastante por lá… mesmo tendo academia lá dentro, a grande maioria do povo é sedentário e não chega ao trabalho usando o trem (que para na frente do prédio) mas sim em suas SUVs.
E viva a classe média!
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