Cidades para Pessoas: Curitiba
O projeto Cidades para Pessoas está na estrada há cerca de um mês. Veja o que Natália Garcia descobriu em Curitiba e que pode servir de exemplo para outras cidades brasileiras.
Quem acompanha o Vá de Bike já conhece o projeto Cidades para Pessoas, da jornalista Natália Garcia. Também sabe que, graças a muitas pessoas que contribuíram com pequenas (ou grandes) quantias, o projeto conseguiu juntar o financiamento necessário para ser realizado.
Natália já está na estrada há cerca de um mês. No momento em que escrevo, ela já está em Amsterdam. O Vá de Bike segue sua trilha, mostrando o que ela tem pesquisado, com quem tem conversado, o que tem descoberto. Muitas ideias e conceitos interessantes vêm por aí.
Pensando a mobilidade com foco nas pessoas
Natália publicou dois vídeos com conversas que teve com o ex-prefeito da capital paranaense, Jaime Lerner, e com o arquiteto de planejamento do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Reginaldo Reinert, onde conceitos de mobilidade são debatidos.
Como alguns curitibanos que lêem o Vá de Bike certamente ressaltariam nos comentários, a cidade pode não ser excelência em mobilidade, em especial no que se refere a bicicletas. Mas é considerada por muita gente, até pelo urbanista dinamarquês Jan Gehl, como “o melhor exemplo brasileiro” e está bem a frente de outas capitais. Certamente muitos conceitos podem ser aproveitados e merecem ser avaliados com isenção política.
Repare nessa frase do Jaime Lerner, no vídeo abaixo: “grande parte do problema é a dependência excessiva do automóvel”.
Por que Curitiba é o melhor exemplo brasileiro
Natália escreveu um longo texto explicando por que entende que Curitiba deu certo – apesar do elevado número de automóveis e do sistema de transporte público sobrecarregado. Desse texto, ressalto o seguinte trecho:
Andar pelo centro de Curitiba é percorrer caminhos entre praças. Elas são numerosas e sempre possuem o que os urbanistas chamam de “locais de permanência” – aquilo que conhecemos como bancos. Mesmo que eu não tenha saído de casa em busca de praças, elas apareciam pelo caminho, assim como surgiu o Passeio Público – o parque mais antigo da cidade, com entrada livre – e a Rua das Flores – a primeira via de pedestres do Brasil. São espaços integrados à cidade, dentro de um circuito que eu percorria, intuitivamente, a pé.
O texto é pontuado com o vídeo abaixo, que vale a pena ser assistido. Principalmente por contar como a Rua das Flores escapou de ter um viaduto para se tornar a primeira via de pedestres do país.
Veja os textos publicados sobre Curitiba no site do projeto Cidades para Pessoas:
MUITO BOM
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