Incentivos ao uso da bicicleta podem melhorar a segurança pública?
Para Enrique Peñalosa, valorizar quem usa a bicicleta é parte da solução para cidades mais seguras. Entenda por que ele pensa assim.
A resposta está neste trecho da entrevista de Enrique Peñalosa ao Aliás, caderno especial do jornal O Estado de São Paulo. Para o economista, historiador e atual prefeito de Bogotá (2016-2019), “segurança não é só assunto de polícia: tem a ver com urbanismo, mobilidade e cultura”. Segundo ele, uma cidade só é feita com gente na rua – e o incentivo ao uso da bicicleta contribui para isso.
Em sua primeira gestão como prefeito da capital colombiana (1998-2001), reduziu drasticamente o índice de homicídios na cidade, antes considerada uma das mais violentas da América Latina. O caminho foi investir em ações voltadas à mobilidade e à sustentabilidade. Peñalosa diz que não podem haver regiões abandonadas pelo poder público. O Estado deve estar presente em todos os cantos da cidade e os espaços públicos devem ser ocupados, tornando-se espaços de convivência e não apenas de passagem. Todos os cidadãos devem ser valorizados e deve-se passar a mensagem de que todos são importantes para o Estado, não apenas quem reside em áreas mais nobres ou centrais.
E onde entra a bicicleta nesse contexto?
“Numa sociedade como a nossa, muitos cidadãos não têm carro, mas precisam se deslocar diariamente para trabalhar, por exemplo. Então adotamos o TransMilenio, um sistema de ônibus inspirado no modelo de Curitiba, e construímos centenas de quilômetros de ciclovias”, conta Peñalosa. “Por quê?” – pergunta a reportagem. “Para dizer que um cidadão numa bicicleta de US$ 30 é tão importante quanto um cidadão num carro de US$ 30 mil”.
Um bom sistema de transporte público e o incentivo e a garantia de uso seguro da bicicleta democratizam o deslocamento. Todos os cidadãos são importantes para uma cidade, não apenas os que se deslocam em automóveis, não apenas os que residem em áreas valorizadas. E isso precisa ficar bem claro, através de ações práticas. Não se trata de assistencialismo, mas de tratar a todos os cidadãos como pessoas de valor, oferecendo os mesmos serviços e as mesmas oportunidades.
“Nas zonas mais marginais da cidade, construímos bibliotecas, colégios de luxo, jardins sociais, programas de nutrição, projetos de infraestrutura. Uma das principais ideias era levar escolas, tão boas quanto os melhores colégios particulares, para os cantos mais pobres da cidade. Queríamos mostrar respeito pela dignidade humana. Se o Estado não respeita a vida humana, por que os bandidos o fariam? É uma questão de igualdade, o que é muito diferente de simplesmente dar esmola aos mais pobres. Uma cidade precisa de símbolos de igualdade e de democracia”.
Leia a entrevista completa no site do Estadão
Outra boa entrevista com Enrique Peñalosa, no site Quintal:
Parte 1: “É preciso caráter”
Parte 2: “Se houver mais espaço para carros, haverá mais carros”
Pena que o texto é pequeno. Na Geografia (FFLCH-USP), o prof. André Martim já falava sobre a preferência do transporte público, pedestre e ciclistas sobre o automóvel para segurança pública, visto que aqueles movimentam a rua, possibilitam a abertura de comércios de rua, além da de distribuir pessoas pelo espaço público. Enquanto o automóvel isola a pessoa em uma capa de metal, no qual ela não tem interação com o espaço público externo, sendo incapaz de movimentar as ruas.
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é um grande começo pra quem tem muito à aprender. aos homens públicos fica aí uma grande idéia,
vamos trabalhar encima de projetos. nunca é tarde pra começar.
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*****CICLOFAIXAS É O QUE QUEREMOS.*****http://www.youtube.com/watch?v=WFmR9q1RsUU&list=PL6B44FF102951DC57&index=38
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http://www.youtube.com/watch?v=WFmR9q1RsUU&list=PL6B44FF102951DC57&index=38
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http://www.youtube.com/watch?v=y4pTPX2szq0&list=PL6B44FF102951DC57&index=3
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Quero louvar essa reportagem com o ex prefeito de Bogotá,e dizer que temos que tirar esse misticismo de só anda de bicicleta quem é pobre,Eu uso há mais de 23 anos para lazer e percurso para meu serviço policial militar,e não vejo diferença de conduzir uma moto ou bike sendo que na bike valorizo a saude e ainda consigo admirar a natureza que só ciclista vê,transporte alternativo com sutentabilidade é o orgulho de economizar na poluição não liberando monoxido de carbono.Parabens a equipe de va de bike conttinuem lutando por esse transporte alternativo e podem contar comigo para divulgar em Campo Grande MS
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Este sim é um urbanista, não como certos outros endeusados que fizeram bastante, mas pararam no tempo.
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Foi como ele disse na entrevista: a cidade ainda não está perfeita, mas todas estas melhorias ajudaram muito para Bogotá ser o que é hoje. Incrível! São Paulo e outras cidades tem muito o que aprender sobre “cidade para pessoas”.
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Peñalosa para prefeito se São Paulo !
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