Subprefeito trará explicações sobre Ciclovia da Eliseu, em São Paulo (5/9)
Subprefeito do Butantã estará na reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana, quinta 5/9. A reunião é aberta, participe!
São Paulo – O subprefeito do Butantã, Luiz Felippe de Moraes Neto, participará da próxima reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana, na Câmara Municipal, nesta quinta-feira 5 de setembro de 2013. O subprefeito apresentará o projeto da implantação da Ciclovia da Av. Eliseu de Almeida.
Na quinta-feira passada, 29 de agosto, ocorreu mais uma manifestação pedindo a implantação da mitológica ciclovia dessa avenida. Prometida desde a década passada, a estrutura não foi implementada até hoje, o que coloca em risco os cidadãos que trafegam de bicicleta diariamente pela região (veja o histórico mais abaixo).
CET ainda não recebeu o projeto executivo
Segundo informações prestadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) durante a reunião do Grupo Executivo Pró-Ciclista, em 27 de agosto, já há R$ 2 milhões reservados para a implantação da ciclovia, mas a condição para esse repasse é o recebimento de um projeto executivo adequado. A CET tem em mãos apenas diretrizes gerais do projeto e a subprefeitura do Butantã precisa entregar imediatamente o projeto executivo.
A preocupação é que os prazos para que a obra possa iniciar ainda este ano estão expirando. Já não dá mais tempo para fazer uma licitação normal: para conseguir aprovar esse ano terá que ser por ata de registro de preço (o que sai mais caro). E se não for apresentado nos próximos dias, a CET terá que usar o recurso em outro projeto cicloviário.
Corremos o risco de perder mais uma oportunidade de ter a ciclovia na Eliseu. É uma excelente ocasião para questionar o subprefeito em relação a isso.
Quando e onde
A reunião é aberta e todos podem – e devem – participar!
Câmara Municipal de São Paulo
Dia 5 de setembro de 2013 (quinta-feira), a partir das 18h
Viaduto Jacareí, 100 – Sala Luís Tenório de Lima (1º subsolo)
Estaremos por lá, participe!
Histórico da não-ciclovia da Eliseu
Deveria estar pronta em 2006, mas nem começou
Segundo dossiê elaborado pela Ciclocidade, as tentativas de implantação de uma ciclovia na região vêm desde 2004, com a realização do Plano Regional Estratégico do Butantã, que estabeleceu o ano de 2006 como data para a conclusão da obra. Mas, no ano seguinte, houve o anúncio da prefeitura de que a estrutura seria concluída até 2010.
“Em 2012, ao fim de mais uma gestão, o poder público não deu início a viabilização de qualquer infraestrutura básica a fim de fornecer segurança e conforto para o tráfego de bicicletas nessa importante avenida, acessada diariamente por mais de 600 ciclistas, em condições extremamente precárias e com trânsito intenso de automóveis”, diz o relatório.
Não foi por falta de pedir
Além das cobranças da imprensa e de ciclistas e moradores, que chegaram a entregar um abaixo assinado à Prefeitura, a Ciclocidade realizou uma reunião com a subprefeitura do Butantã em setembro de 2010 (que, naquele momento, assumia para si a responsabilidade pela ciclovia). Nessa reunião, os representantes da entidade ficaram sabendo que o início das obras não ocorreria antes do final de 2011, quando seria concluída a canalização do córrego Pirajussara.
A Ciclocidade sugeriu então a possibilidade de uma nova proposta cicloviária, com a infraestrutura para bicicletas junto à calçada. Desse modo, a segurança dos ciclistas naquele importante e bastante utilizado eixo de deslocamento seria atendida mais rapidamente.
Mas imprensa, ciclistas, moradores e a associação de ciclistas não foram levados a sério. A canalização foi concluída, mas as obras da ciclovia estão longe de começar. Enquanto alguém pensa se desengaveta o projeto ou não, vidas se esvaem. Uma ciclovia no local não é nem “para ontem”: é para sete anos atrás.
Demanda
Durante 3 anos consecutivos, a Ciclocidade realizou contagens de ciclistas na região, demonstrando uma demanda relevante de pessoas utilizando a bicicleta. Em 2012, foram fotografados 580 ciclistas na avenida entre as 6h e 20h – um número alto, mas que seria bem maior se houvessem condições seguras para os cidadãos que pedalam para se deslocar.
Não se trata apenas de estimular o uso da bicicleta, mas de proteger as vidas das pessoas que já a utilizam na região. O eixo representado pelas avenidas Eliseu de Almeida e Pirajussara é muito utilizado por ciclistas, por ser um caminho plano e direto ligando a região de Taboão da Serra ao centro expandido. E o viário que estimula a velocidade dos automóveis, aliado à falta de fiscalização, acaba por resultar em constantes atropelamentos de ciclistas.
teve um ano ai que um rapaz fez contato comigo para ajudar na campanha dessa ciclovia, e que pelo visto, nada ainda… lamentável.
William, você tem notícias da votação de ontem sobre o emplacamento das bikes em SP?
Abraços,
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Inaceitável essa omissão do governo em não realizar uma obra cicloviária de grande importância como essa. Pior é o retrocesso da cidade vizinha (Taboão da Serra) que retira sua única ciclovia com a desculpa de falta de manutenção, sendo que a mesma é a responsável por manter a ciclovia em boas condições.
Bons exemplos de como se fazer ciclovias existem, como por exemplo da Holanda, que são verdadeiros mestres em segurança cicloviária (youtube.com/markenlei). Basta ter força de vontade (e vergonha na cara) para implantar os projetos.
E não é só na Av. Eliseu de Almeida e em Taboão que precisamos de ciclovia. O mais absurdo é que no Grajaú, o bairro mais populoso e que mais utiliza a bicicleta como meio de transporte, não possui nenhuma ciclovia, até porque a Av. Dona Belmira Marin nem sequer possui espaço suficiente e digno para os pedestres, quem dirá os ciclistas.
Nós que pedalamos, bem sabemos das reais necessidades da cidade, pois enxergamos as ruas de outra forma, com uma visão mais humana. Também vemos diversos lugares onde é viavelmente possível a implantação de ciclovias. O governo não enxerga isso, porque só vê a cidade por dentro do insul-film.
Obs.: se nossos governantes experimentassem um pouco dessa visão mais humana, veriam que na região do Grajaú, seria bem possível a implantação de uma longa ciclovia ligando Parelheiros a Socorro, através do canteiro central das avenidas Senador Teotônio Vilela e Atlântica (antiga Robert Kennedy, onde existe apenas uma ciclovia “meia boca” ao lado da represa).
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