Largo da Batata, em São Paulo, ganha bicicletário municipal com 100 vagas
Festival marcou inauguração do bicicletário público, construído graças à pressão da sociedade.
Foi inaugurado no dia 2 de agosto, o bicicletário do Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, próximo à estação Faria Lima do metrô (Linha 4 – Amarela). O espaço funciona gratuitamente, 24 horas, e tem 100 vagas disponíveis. Ao lado do bicicletário funciona a floricultura Ecoflores.
A inauguração ocorre após alguns meses de atraso, pois a promessa inicial da subprefeitura de Pinheiros era a abertura em maio, depois postergada para junho. A demora ocorreu por causa da definição do modelo de operação, que ficou sob responsabilidade do Itaú após ser firmado um Termo de Cooperação para gestão, manutenção e conservação do espaço válido por 36 meses.
O projeto, de responsabilidade da SPUrbanismo, empresa pública ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo (SMDU), sofreu algumas mudanças em relação ao anunciado anteriormente. Conforme o Vá de Bike havia noticiado, o espaço é fruto da demanda popular de ciclistas e moradores da região, que se juntaram para dialogar com a SPUrbanismo e fizeram um abaixo-assinado com mais de 22 mil assinaturas.
O cadastro do ciclista é feito por meio do sistema da Compartibike – empresa contratada pelo Itaú Unibanco para administrar o local – no balcão do bicicletário. É necessário informar nome e CPF. Fotos da pessoa e da bike são feitas para coibir furtos. O espaço conta com “manobristas”, responsáveis pelo manuseio das bikes: no momento em que entregar a bicicleta para guarda, o ciclista recebe uma chave do cadeado da vaga em que sua bicicleta fica estacionada, servindo como comprovante de estacionamento para retirada posterior do veículo. As bikes são armazenadas em paraciclos em forma de gancho, maximizando o espaço útil do bicicletário.
Para auxiliar os ciclistas a circularem pela região, foi desenvolvido um mapa cicloviário que mostra estabelecimentos bike friendly, como oficinas, lanchonetes, cafés, livrarias, demais bicicletários, estações Bike Sampa, terminais de ônibus e estações de metrô e CPTM, além de indicar ciclovias e ciclorrotas. Também há no local uma estação de manutenção, para que o próprio ciclista possa fazer ajustes básicos em sua bicicleta.
Regras de utilização | |
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Festival marcou inauguração
Para celebrar a inauguração do bicicletário, Aromeiazero, Itaú Unibanco e Prefeitura de São Paulo promoveram o Festival Bike na Batata nos dias 2 e 3 de agosto, com muita música, filme, arte, oficinas e diversas atividades ligadas ao mundo da bike. Toda programação é gratuita e aberta ao público.
No sábado (2) as ações começaram às 14h30 e foram até às 20h. Os visitantes foram recepcionados com um café de boas vindas e tiveram à disposição uma intensa programação, com tatuagem nas bicicletas (desenhos feitos à mão pelo artista Marcelo Siqueira), cobertura fotográfica do Instabike, oficina mecânica Mão na Roda, manobras de bike trial, projeções de curtas-metragens sobre ocupação de espaço público, oficinas com reaproveitamento de materiais e show da banda Forró Jazz.
No domingo (3), as atividades começaram às 11h e seguiram até às 18h, com Escola Bike Anjo (EBA) para ensinar adultos e crianças a pedalar, rodas de leitura, oficina Mão na Roda, tatuagens nas bikes, bike trial e, para encerrar, muita música brasileira com a banda Projeto da Mata. Todas as atividades foram gratuitas.
Bike Polo
Junto ao Festival Bike na Batata foi realizada a Copa Batata de Bike Polo, com pelo menos oito times vindos de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), São Jose dos Campos (SP) e São Paulo (SP).
Também foram realizados workshops para iniciantes e jogos de apresentação, ambos gratuitos.
Eu só tenho um medo…. daqui a 3 anos, outra gestão (ou não), término de contrato com o Itaú… será que vai acontecer o mesmo que aconteceu com os parceiros da Parada Vital???
Outro medo… será que ESTA MESMA GESTÃO vai preservar o espaço conquistado com ciclovias… ou vai ser obra eleitoreira?
Bem… o tempo dirá, porém, é bom estar atento.
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achei uma excelente iniciativa.
talvez o ponto negativo e pessoas que larguem a bike la por varios dias…
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E aí eu dei uma passadinha lá, né? Mas só uma passadinha, que eu não sou lá do tipo festeiro, fui mais pra conhecer. Ou melhor, calhou de conhecer pessoalmente hoje, que hoje a Batata era parte do meu percurso, eu tinha outro destino.
Enfim, e aí vi que o bicicletário já estava quase lotado. Bom, com o dia festeiro de hoje, e domingão, plenamente justificável. Mas como seria durante a semana? E se a demanda reprimida esgotar as vagas durante toda a semana de trampo?
Pô, mas a Batata tem espaço pra burro, né? E aí eu saquei (quer dizer, presumo eu) qualé a daquela arquitetura do bicicletário: “Claro, esse ‘aquário’ é como um módulo. Precisando de mais vagas, é só instalar mais módulos, ‘colando’ uns aos outros.”
Será que pensaram assim, ou eu estou viajando? rs.
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