Sapatilha de ciclismo na cidade: ajuda ou atrapalha? Foto: Shimano/Divulgação

Sapatilhas de ciclismo fazem sentido para uso urbano?

Vale a pena usar sapatilhas de ciclismo e pedais de encaixe para pedalar no meio urbano? Veja as vantagens e desvantagens desse sistema e decida por si.

Sapatilha de ciclismo na cidade ajuda ou atrapalha? Foto: Willian Cruz
Sapatilha de ciclismo na cidade ajuda ou atrapalha? Foto: Willian Cruz
Clip ou clipless?

No Brasil, geralmente chamamos o pedal de encaixe de “pedal clip”. Mas isso é uma corruptela do termo original, clipless, que acabou sendo alterado com o tempo conforme ia sendo incorporado ao jargão ciclístico local.

Clipless significa “sem clipe”. O termo foi adotado para pedais de encaixe porque o tal do clip era o que chamamos de firma-pé. Como esse novo tipo de pedal, o de encaixe, representava uma forma de ter seu pé preso a ele sem o uso de um firma-pé (toe clip), o modelo ficou conhecido em inglês como “clipless”.

Mas você não precisa passar a dizer clipless só para impressionar os amigos. Periga até não entenderem sobre o que você está falando. 🙂 Use o termo adaptado, que se tornou corrente pelo uso massificado: pedal clipe, ou pedal de encaixe.

E o firma-pé?

O chamado firma-pé é um encaixe afixado sobre o pedal, geralmente uma “gaiola” de plástico para encaixar a ponta do pé, com uma cinta para prender. O objetivo, como na sapatilha, é prender seu pé para que ele não escorregue para fora do pedal. É uma solução mais barata que o conjunto sapatilha-pedal, mas com algumas desvantagens relevantes.

O pé precisa estar preso na medida ideal, através do tensionamento da cinta, para que o firma-pé tenha o efeito desejado. Se estiver muito frouxo, você não consegue fazer a puxada sem que o pé escape; se estiver muito apertado, isso pode interferir na circulação e causar dormência. Estando bem preso, seu pé não vai sair com facilidade e você precisará soltar a cinta ou fazer esforço para soltá-lo, o que pode lhe complicar a vida em pedaladas urbanas, onde é preciso parar o tempo todo. Por fim, se você estiver usando o lado oposto do pedal para não ter que prender num trajeto ou trecho curto, a parte de plástico pendurada para baixo pode raspar no chão em uma curva ou enganchar em alguma coisa na via, levando a uma queda.

Os firma-pés continuam sendo bastante usados pelos donos de bikes fixas, principalmente pelo conceito minimalista ligado a elas. Porém esses modelos costumam ser um pouco diferentes, sem a gaiola de plástico e apenas com uma cinta, reduzindo o risco de acidentes e facilitando o encaixe e desencaixe do pé. Como nas fixas os pedais giram o tempo todo quando a bicicleta está em movimento, é importante tê-los presos aos pedais. E, sim, existem fixeiros que usam pedal clip.

Se você pedala cotidianamente, usando a bicicleta em seus deslocamentos, alguém já deve ter lhe sugerido o uso de sapatilha e pedal “clip”. Se faz uso esportivo, mais ainda. E você deve ter se perguntado: será que é vantagem pra mim? Precisa mesmo disso?

Bom, precisar, não precisa, é claro que dá pra pedalar sem. Mas se o seu uso da bicicleta é frequente, se você faz distâncias mais longas ou enfrenta subidas pelo caminho, há algumas vantagens que merecem ser avaliadas.

Como funciona

O sistema de “clipagem” é composto de um calçado específico, que chamamos de sapatilha, e de um pedal próprio para isso. Na sola da sapatilha há um “taquinho” de metal, que encaixa no pedal sem muito esforço.

Há vários tipos de conjunto sapatilha-taquinho-pedal, destacando-se especialmente as diferenças entre os modelos de mountain bike e estrada. Neste último, leveza e aerodinâmica são essenciais, o que os fazem ter um design diferenciado, ainda que o princípio de funcionamento seja o mesmo.

Usando a sapatilha, basta pisar com o taquinho na parte de encaixe do pedal para que ele trave com um leve clique. Pronto, seu pé está conectado ao pedal.

Um pedal de encaixe tradicional (SPD). Foto: Shimano/Divulgação
Um pedal de encaixe tradicional (SPD). Foto: Shimano/Divulgação

Mas não é perigoso ficar preso ali? Como vou apoiar o pé no chão? Calma, não é tão complicado quanto parece. Com uma leve torção do pé, como se você o estivesse retirando de lado e não para cima, o pedal destrava e o pé se solta.

Já devem ter lhe dito que, no início, você pode ter algumas quedas bobas, com a bicicleta parada, e isso é realmente comum, mas é só até pegar o jeito. Quando comprei minha primeira sapatilha, treinei bastante a clipagem e desclipagem na garagem de casa antes de sair à rua e isso ajudou bastante. Também há uma regulagem no pedal, que controla o esforço necessário para clipar e desclipar. Mas atenção: se você deixar essa regulagem muito frouxa, seu pé pode soltar quando estiver pedalando. No início, deixe bem solto e vá apertando aos poucos conforme sentir confiança. Consulte o manual do seu pedal, busque informações no site do fabricante ou pergunte a seu lojista amigo sobre como regular essa tensão.

Importante: o taquinho precisa ser afixado na sapatilha na posição correta, para que sua pisada transmita força através do ponto exato, evitando dores e maximizando o efeito do conjunto. O ideal é que seja feito pelo lojista ou por um ciclista com experiência.

Vantagens

Quando o taquinho trava, seus pés estão conectados ao pedal, permitindo um maior aproveitamento da sua energia. Você consegue aproveitar sua energia em todos os momentos da pedalada. Para uma maior eficiência, recomenda-se fazer esforço em todos os momentos do giro: você não só pisará no pedal, mas na sequência o puxará para trás, como se estivesse limpando a sola, para depois puxá-lo para cima enquanto o outro pé desce e, na sequência, empurrar o pedal para a frente para depois fazer a pisada e fechar o ciclo. Isso é chamado de “pedalada redonda” e é muito bem descrito pelo Cleber Ricci Anderson neste artigo.

Aproveitando ao máximo sua energia, você consegue um desempenho melhor nas subidas e uma velocidade maior nas retas. Você vai se cansar menos em longas distâncias, devido ao aproveitamento maior do esforço realizado para pedalar. Seus pés ficam na posição correta, o que além de garantir um aproveitamento maior na transferência de energia ainda evita dores e lesões decorrentes de um mau posicionamento.

Observação: como pontuou o leitor Rômulo Passos, o ganho de desempenho com a sapatilha é bastante questionado atualmente, como mostram este vídeo, este artigo e este estudo.

Ter o pé preso no pedal também traz a vantagem de evitar que seu pé escape. Quem tem aqueles pedais com “dentes” de metal para que o pé não escorregue sabe quanto dó quando o pé escapa, seja numa subida, na hora de um sprint ou em um terreno irregular, e pega com tudo na batata da perna ou – pior ainda – na canela. Tenho algumas pequenas cicatrizes para me lembrar disso.

O conjunto ainda ajuda a dar pequenos saltos com a bicicleta, porque você passa a conseguir puxá-la para cima usando também os pés. E subir uma guia passa a ser uma experiência diferente, pois na hora de subir a roda de trás você pode dar uma levantadinha na traseira da bicicleta, evitando que a roda bata na guia (o que pode danificar o aro). Há outras vantagens que você vai perceber no uso cotidiano.

Desvantagens

Além da desvantagem passageira da adaptação, há alguns pontos que podem incomodar alguns ciclistas urbanos, ainda que raramente alguém desista da sapatilha depois de começar a usar.

Ficar clipando e desclipando a cada sinal fechado pode ser um pouco incômodo no início. É como quando você aprende a dirigir e pensa “caramba, tenho que ficar passando a marcha o tempo todo e sempre que paro no final tenho que colocar no ponto morto”. Tanto em um caso como no outro, com o tempo se torna natural – e se você dirige sabe disso.

Se você usar um modelo muito esportivo de sapatilha, andar com ela quando sair da bicicleta pode se tornar incômodo, por três motivos principais. O primeiro é que o solado costuma ser bastante rígido para ajudar na transferência de energia, impedindo o pé de dobrar quando você caminha. Isso pode causar dores se você andar com a sapatilha por muito tempo. O outro é que o taquinho costuma ser ressaltado para fora da sola, fazendo plec-plec quando você caminha e causando escorregões perigosos em pisos lisos. O terceiro motivo é estético: sapatilha de ciclismo costuma ter um visual bastante esportivo, não se parecendo muito com um calçado convencional.

Por esses motivos, há ciclistas que usam sapatilha durante a pedalada mas carregam um outro par de calçado para usar quando chegam ao destino, principalmente quando estão indo ao trabalho.

56 comentários em “Sapatilhas de ciclismo fazem sentido para uso urbano?

  1. Eu usei sapatilha e pedal clipe durante muitos anos no montais Bike, agora comprei uma speed que já veio com um pedal especial no entanto quando o Nei a ideia de usar pegar o clipe.

    Agora estou pensando seriamente em abandonar o pedal clipe da mountain bike e por um pedal de downhill.

    Nunca me senti seguro com esses pedais

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  2. Lendo os comentarios, acho que não tem melhor ou pior. Depende do estilo de pedalar de cada um. Particularmente, uso clip na speed e li que o uso do clip fará diferença para os pros em subidas e sprints. Para andar na cidade, com bike fixa ou não, prefiro os pés livres por comodidade e segurança. Acho mesmo que os clips aumentam as chances de acidentes no trânsito e em nossas ruas acho isso bem relevante. E já andei muito de bmx na adolescência. Sem clips.

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  3. A reportagem fala de uma suporta vantagem em “aproveitamento da energia” e cita a “pedalada redonda”. Mas NÃO HÁ melhor aproveitamento da energia (leia-se: não se gera maior potência, em watts) e tampouco existe o ato de “puxar” como determinante na pedalada. Isso está comprovado cientificamente em diversos artigos científicos e experimentos controlados. Veja o video a seguir: https://youtu.be/CNedIJBZpgM . Portanto, esses pontos citados são MITOS. Os benefícios do pedal “clipless” são subjetivos, não mensuráveis – isto é, vão do gosto de cada ciclista, e não por base em fatos. É claro que há vantagens em se manter o pé fixo no pedal (ex, maior controle da bike em eventuais saltos), mas isso em nada tem a ver com desempenho. É bom às vezes ter cuidado pra não contribuir para difundir mitos.

    Eu, particularmente, só vejo vantagem para uso de pedais “clipados” em competição, em circuito dedicado e de acesso controlado (ou em treinos para tal). Para uso recreativo ou transporte urbano, principalmente por estar envolvido o imponderável, não faz NENHUM sentido.

    Seguem links q contêm referências a artigos que demonstram o fato:

    http://www.nourishbalancethrive.com/blog/2015/10/02/its-not-about-pulling-why-flat-pedals-work/

    http://forums.roadbikereview.com/beginners-corner/pedaling-efficiency-research-paper-platform-vs-clipless-309187.html

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  4. Ja tomei tombo sem sapatilhas e pedais clipados ! Se estivesse usando esses equipamento, talvez esses tombos seriam mais graves. Quando passo sobre lombadas, depressão e mesmo buracos, sinto a necessidade de ter os pedais presos nos tenis para ajudar no salto. Penso nas sapatilhas e pedais clipados todas as vezes que tento fazer os saltos.

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  5. Pedalo com frequencia e adotei pedais de aluminio dentados junto com chuteiras de grama sintetica que dispoe de pequenos cravos que dao boa ancoragem nos pedais . Tive bons resultados . E uma dica pra quem esta migrando para sapatilhas clipadas aos pedais ou aquelas que buscam algo intermediario .

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    1. Amigo uso igual pedal com dentes e sapatilha de grama sintética fica ótimo pé fica firme e nunca cai as travas aderem bem nos dentes.

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  6. Uso o clip a dois anos, acho o rendimento muito bom. Confesso que caí duas vezes no primeiro pedal usando eles, depois não caí mais. Você vai acostumando e ficando cabreiro kkkkkk é uma questão de prática e costume.

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  7. Poxa. Eu cai logo no inicio rsrs. Nem vi, Qdo vi tinha caído. Estragou o câmbio da minha speed. Agora fiquei com medo de cair e estragar novamente. Tá duro, tô tentando criar coragem de novo.
    Abraço gente.

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    1. Uso pedal comum com cravos de alumínio e uma chuteira de grama sintética aderem bem nos cravos nunca senti falta de clip, testa antes mais barato se não adaptar usa clip nunca use clip antes de testar outras opções por que se não se adaptar ao clip será grana jogado fora fica a dica; sou amador mais procuro estar antenado nos melhores para minha pedalada.

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    2. eu não uso sapatilha clip e pedal clip por dois motivos ambos na cidade em meio dos carros e acho o preço muito caro, eu uso o pedal clip grande com cravo e chuteira de grama sintética trava redonda e não sinto falta nenhuma sapatilha clip adere bem a chuteira parece estar de clip.

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    3. Antigamente não existia sapatilha clip e não existe pedal clip todos andavam de bicicleta, agora essa modinha de sapatilha e pedal clip se nao tiver não dá para andar me poupe eu ando com pedal cravo chuteira de grama sintética e nunca machuquei meu pé e ando normal e não me faz falta alguma estar clipado e não sou profissional clip para mim é só para atletas eles sim precisam amadores não.

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  8. Eu estou agora usando uma sapatilha e pedal click’r e adoro. Realmente é perfeito para a cidade. Não precisa forçar. Obrigado pela dica click’r! Valeu a pena substituir o SPD clássico pelo click’r.
    Ainda escuto um pouco o taquinho que encosta em pedrinha pequenas mas é muito melhor do que as antiga sapatilhas que eu usava.
    Ainda falta poder ter uma sapatilha com alguma compensação. Nas sapatilhas de corrida, eu uso uma compensação de 5 mm que fica entre a sapatilha e o taquinho mas com esses tênis misto, teria que fazer uma adaptação complexa. Não sei se alguém já fez algo parecido. Para quem diferença de comprimento entre as duas pernas, isso permite pedalar de maneira mais simétrica. É bom para o desempenho e ajuda a ter menos dores. Quando não é feito essa compensação, como no meu caso com 10,5 mm de diferença, uma perna fique mais dobrada que a outra, podendo dar mais facilmente dor no joelho.

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  10. usei muito e desisti. em freadas de pânico, é chão na certa, e por estar de sapatilha, já desloquei a patela num tombo.

    segundo é que mexe muito com as roupas. sim, o pedalar na cidade é a extensão do andar – como na holanda, simplesmente se sobe na bicicleta e vai. estar de sapatilhas implica ou em levar outro calçado -e portanto ter que carregar coisas – ou ficar gastando o taquinho n chão, além de andar como um pato no mais das vezes. pra quem vai trabalhar de bicicleta, é melhor nem pensar nisso e, se houver mesmo muita necessidade de prender o pé, usar firma-pé.

    terceiro pois a pedalada girada é mito, já comprovado pela ciência. basta notar que os músculos para descer o pé são muito mais poderosos que os de subir o pé.

    e o quarto ponto é que o pé, estando solto, não fica numa única posição que, se errada, causará lesão.

    pra cidade, amelhor coisa é um pedal plano. europeus que o digam.

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    1. Sobre os pontos levantados, minha opinião:

      1- Freadas de “pânico” são por si só o problema. Se elas virassem freadas de “emergência”, menor chance de chão…

      2- Depende muito da distância e do relevo. Eu deixo um tênis comum no trabalho, chego lá e troco. A sapatilha que uso é razoavelmente confortável para caminhar curtas distâncias, como pedalo muito mais km do que caminho com ela, o custo x benefício é favorável. Na minha opinião, firma-pé não é uma opção válida, pois ele só funciona em 75% do movimento de cada giro de pedal, e para isso ele deve estar bem preso, o que o torna perigoso para tirar o pé rapidamente em emergências. Também a posição do pé em relação ao pedal em geral não permite ajustes com o firma-pé, e pode causar lesões.

      3- Na minha opinião a pedalada redonda só é mito para quem não a entendeu e pratica. Já li alguns artigos que a contestam, e conheço ciclistas que respeito que adotam essa tese. Mas para mim é muito orgânico e natural pedalar redondo. E a maior prova disso é que nas raras ocasiões em estou sem clip, minha perna frequentemente sobe e deixa o pedal lá embaixo, provando que estou fazendo força para cima nessa fase do movimento. Também há alguns argumentos francamente risíveis, como o de que “o cérebro não consegue processar o pedalar para cima, para frente, para baixo, para trás.” O movimento só é dividido assim para fins didáticos ou de treinamento específico. Quando você pedala redondo, não precisa pensar nisso, é só deixar fluir com muito mais eficiência do que ficar empurrando os pedais somente pra baixo.

      4- Existe uma única posição certa de pedalar e todas as outras erradas. Basta ajustar o clip correto no tênis uma única vez, e você estará 100% do tempo pedalando corretamente.

      Com isso não quero dizer que todos devem usar clip como eu uso. Apenas pretendo demonstrar que não existe o melhor pedal, ou a melhor bicicleta, a melhor roupa. Tudo depende do uso que se faz deles.

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  11. Iria falar a mesma coisa que meu xará.Não uso esse tipo de equipamento e tbm já vi vários tombos com ele, inclusive quase causando um atropelamento, pois, o ciclista caiu na beira da estrada, mas seu corpo foi parar no meio da pista, ainda bem que era cedo e nada mais grave aconteceu. Também já li várias matérias e estudos falado a mesma coisa, onde o cérebro humano não faz dois movimentos simultâneos com a mesma eficiência. Somos feitos desde a pré história a termos a força só para empurrar, e portanto não conseguimos fazer esses 2 movimentos com a mesma eficiência. è muito polêmicos esses argumentos da matéria.

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  12. Eu utilizo um pedal de speed em uma montain bike para pedalar em São Paulo todos os dias para o trabalho. Acabei comprando a sapatilha de speed porque infelizmente não temos uma numeração que abranja todos os tamanhos aqui no Brasil, e por calçar 46 só achei esta.

    Já havia pelado durante anos com o clip de montain e achei que não iria me acostumar ou sentir diferença para o de speed, mas a firmeza que ele dá para o pé é absurdamente melhor. O único ponto negativo é que o taco de speed é enorme e fica impossível andar com a sapatilha durante o dia, então sempre tenho que carregar um tênis na mochila.

    Com relação a ser perigoso tomar tombos por conta de estar com o pé preso, é questão de costume… já passei por uma situação aonde um amigo que estava começando a usar o clip parou em um semáforo, não conseguiu tirar o pé e acabou se apoiando em mim. Nesta fração de segundos eu consegui tirar o meu pé do pedal, apoiar no chão e segurá-lo para que não caísse também.. portanto, é questão de treino, o reflexo vem com o uso.

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  13. Achei muito boa essa matéria, uso sapatilha a alguns meses e me adaptei muito bem nas trilhas e em alguns passeios na cidade também, porém algumas vezes na semana uso a bike para ir ao trabalho ou algumas vezes na faculdade. Conversei com o dona da bicicletária onde comprei a bike, e ele sempre me da dicas de pedalar entre outros, para resolver meu problema ele me indicou uma plataforma que se encaixa em um dos lados do pedalClip e pronto acabou meu problema de ir trabalhar e levar um tênis na mochila. Quem costuma trabalhar ou outros passeios rapidos, sugiro essa plataforma. muito bom mesmo. recomendo.

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  14. Não tenho sapatilha mas pelo que eu li a puxada parece funcionar mais como válvula de escape tirando o peso do lado morto do pedal e usando a energia da empurrada de maneira mais eficiente. Como um carro 16 válvula,mais escape menos energia desperdiçada

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