O prefeito Fernando Haddad a caminho da Prefeitura, na ciclovia da R. Vergueiro. Ao seu lado, Carlos Aranha, da Rede Nossa São Paulo. Foto: Rachel Schein

Prefeito de São Paulo foi trabalhar de bicicleta (e também voltou pedalando)

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e seu filho, Frederico Haddad, aproveitaram o Dia Mundial sem carro pra usar a bicicleta, em situações diferentes.

O prefeito Fernando Haddad a caminho da Prefeitura, na ciclovia da R. Vergueiro. Ao seu lado, Carlos Aranha, da Rede Nossa São Paulo. Foto: Rachel Schein
O prefeito Fernando Haddad a caminho da Prefeitura, na ciclovia da R. Vergueiro. Ao seu lado, Carlos Aranha, da Rede Nossa São Paulo. Foto: Rachel Schein

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e seu filho, Frederico Haddad, aproveitaram o Dia Mundial sem carro pra pedalar, em situações diferentes.

Frederico Haddad foi à faculdade de bicicleta: "vi que era tranquilo". Foto: Rachel Schein
Frederico Haddad foi à faculdade de bicicleta: “vi que era tranquilo”. Foto: Rachel Schein

O primeiro foi até a prefeitura, cercado de ciclistas e jornalistas. O segundo saiu discretamente do prédio empurrando sua bicicleta e pedalou até a faculdade. “Ontem [domingo] eu fui até o centro e vi que era tranquilo. Vou começar a fazer essa experiência para ver se eu aguento”, contou Frederico.

O prefeito também havia testado o trajeto no dia anterior. “Fiz o percurso ontem, porque eu não podia falhar hoje, né?”, comentou em tom de brincadeira o outro Haddad, o Fernando. Segundo ele, além do trajeto de casa até a prefeitura, no domingo ele pedalou cerca de 20 km.

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“Passei a vida em cima de uma bicicleta no meu bairro [quando criança], não tinha o menor perigo. Hoje em dia os pais têm medo de ensinar os filhos a andarem de bicicleta. Por que? Por falta de segurança [viária]”, afirmou o prefeito. Haddad acredita que oferecendo ciclovias muita gente voltará a curtir a cidade, como  há 20 ou 30 anos atrás.

Fernando Haddad, Eduardo Suplicy e Willian Cruz, no momento de entrega das assinaturas. Foto: Antonio Miotto
Fernando Haddad, Eduardo Suplicy e Willian Cruz, no momento de entrega das assinaturas. Foto: Antonio Miotto

“Talvez não tenha ninguém mais amigo da cidade, que queria mais bem a cidade, do que uma pessoa que poderia estar num carro e que está [em uma bicicleta] ajudando a cidade a melhorar a sua funcionalidade”, observou. Sobre o Dia mundial sem carro, afirmou: “isso é simbólico, mas não é num dia só que você vai mudar uma cultura”.

Na prefeitura, Haddad recebeu dois abaixo-assinados: um proposto pelo Vá de Bike, com 8 mil assinaturas, apoiando e reforçando a necessidade de ciclovias na cidade, e outro organizado pelo estudante Thomas Wang, com mais 6 mil nomes, pedindo ciclovia na Av. Paulista. Essa segunda petição ganhou muito mais assinaturas depois que o prefeito anunciou a construção da ciclovia. Sobre impostos para a bicicleta, assunto que surgiu durante o encontro, o prefeito sugeriu que a sociedade civil cobre os governos estadual e federal a respeito de isenções. Veja como foi a entrega.

Por volta das 18h, o prefeito voltou pra casa pedalando, acompanhado por um pequeno grupo de ciclistas. Segundo Kaciane Martins, que acompanhou a volta do prefeito pra casa, “ele subiu a Vergueiro pedalando bem rápido, deixando os seguranças pra trás”.

O prefeito na volta para casa: mais rápido que os seguranças. Foto: Kaciane Martins
O prefeito na volta para casa: mais rápido que os seguranças. Foto: Kaciane Martins

15 comentários em “Prefeito de São Paulo foi trabalhar de bicicleta (e também voltou pedalando)

  1. Para quem reclama lá em cima… De boa, no dia a dia os ciclistas só têm a sarjeta. Agora, têm a faixa para não precisarem mais ter só a sarjeta. Se fõssemos esperar as sarjetas serem arrumadas, demoraria mais tempo para se ter uma ciclovia. Conclusão: a sarjeta a gente já tinha, mas hoje temos mais – e melhor!

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    1. Uma boa forma de pensar. Os pedestres ganham mais segurança. Embora, motoristas acabam parando na calçada na periferia. O que obriga os pedestres a andarem na ciclovia. Se é uma boa, acho que nem sempre. Os pedestres, skatistas, cadeirantes, corredores e outros podem usar a ciclovia afinal como a Renata Falzoni veiculou no Bike é Legal, compartilhar a ciclovia é legal. Aliás as calçadas ao lado de muitas ciclovias/ciclofaixas estão mal-cuidadas, e, a ciclovia é alternativa para os pedestres. Bom vale o pensamento do Arturo Alcorta para as obras em geral, e, oportunamente as ciclovias: escoladebicicleta.blogspot.com/2009/07/pelo-menos-fez-algo.html, essa aceitação sem ressalvas das ciclovias, e do reacionário contras.

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    2. A recente aprovação de ciclovias mostra o lado “NIMBY” dos paulistanos como é explicado neste site: http://thecityfixbrasil.com/2014/09/26/no-meu-quintal-nao-2/
      É um problema justamente por causa da falta de envolvimento das pessoas no seu entorno. Como diz o Cortella no seu livro “Política para não ser idiota.” A falta de envolvimento das pessoas onde se implantam ciclovias ou qualquer obra pública que diz respeito a incomodos pessoais. Senti na pele este problema na implantação das 3 ciclovias na minha região.

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  2. Não entendo alguns ciclistas alguns reclamam das ciclovias gestão Haddad outros elogiam ???? Nem tudo é perfeito ou é ??
    Aqui no Brasil é assim, se os politicos não fazem nada são criticados e se fazem também são criticados, tudo bem que algumas ciclovias desta leva que estão sendo implementadas em SP deveriam ser repensadas, alguns trajetos também etc .Mas é um inicio, alguém tinha que fazer alguma coisa em algum lugar.
    Estas novas ciclovias boas ou não, são melhores do que antes que não tinha era nada + nada, vamos dar tempo ao tempo e ver
    o resultado da implantação das mesmas, acho que o crescimento de mais gente agora pedalando nas ruas será maior com o tempo, as pessoas irão chegando até um dia quem sabe muitos cruzarão a cidade de bicicleta e isto tornar-se uma coisa normal, pelo menos um inicio para isto está sendo dado, espaço nas ruas nós ciclistas teremos, agora se isto irá ser um sucesso só o futuro nos dirá!

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    1. As reclamações são em parte dos “NIMBYs” ( http://thecityfixbrasil.com/2014/09/26/no-meu-quintal-nao-2/ ), em parte é a péssima obra que estão fazendo com as ciclovias. Veja esta matéria na prefeitura: http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19610%3Avereadores-questionam-planejamento-de-ciclovias-em-sessao-plenaria&catid=34%3Acomissoes&Itemid=91

      Vale relembrar o que Arturo Alcorta disse em 2009:
      escoladebicicleta.blogspot.com/2009/07/pelo-menos-fez-algo.html

      Precisamos, também de qualidade nestas obras, pelo cômputo geral parece que está sendo feito péssimamente, diferentemente da gestão anterior, que se fez pouco, mas com qualidade maior.

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  3. [Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]

    Esse comentário não tem feito muito sucesso. Thumb up 4 Thumb down 11

    1. Claro, vamos deixar tudo como está né….a cidade não foi planejada e o sistema viario só foi projetado para CARROS. Não há como implantar ciclovias padrão Faria Lima em ruas e avenidas QUE NÃO TEM ESPAÇO para isso.

      Ou se tira espaço dos pedestres ou dos carros. Não há mágica.

      Pior mesmo é as gestões anteriores QUE NADA FIZERAM, não?
      Ah,vá!

      Comentário bem votado! Thumb up 7 Thumb down 1

    2. Não, isso se chama iniciativa, seria melhor ou inteligente então esperar o recapeamento de cada um dos 400km para implantar as ciclovias? Eu acho que não.
      Mesmo com trechos ruins elas já criam uma cultura de compartilhamento do espaço das ruas e visibilidade dos ciclistas.
      Que tal formar um grupo e cobrar melhorias nos pontos mais críticos?

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  4. Infelizmente não posso dizer o mesmo em relação ao município onde resido (Osasco). Gostaria que a implantação de CV fosse de ambito federal.

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    1. A execução tem que ser municipal, quanto a fomento ou investimento pode ser até federal.Porque quem sabe onde colocar uma ciclovia é o munícipe e a prefeitura. Então os munícipes tem que pressionar a prefeitura para que tenha mais iniciativa, procurando vereadores, associação de bairro. Usando a ciclofaixa de lazer, as ciclofaixas existentes, … Tem que ter um ativismo nisto. TAmbém é preciso conhecer bem as melhores rotas, as vias mais perigosas que necessitam de ciclovias. Tem que ter massa crítica. Nas pedaladas em grupo precisa trocar idéias a respeito. Em São Paulo, tem uma ONG que impulsionou uma ciclovia. Em Osasco, tem ? Implantação de ciclovia de verdade, custa dinheiro, e, por isto que deve ser planejada. As recentemente implantadas, está causando toda essa confusão porque não foram planejadas e comunicadas, para dar chance para a população prejudicada tenha tempo. Mudança através de choque não é boa para a cultura da mobilidade.

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  5. Bom exemplo. Vi com alegria a instação da ciclovia em meu bairro (Santa Cecília). Depois de mais de 20 anos voltei a andar de bicilceta. Para o Centro da cidade só vou com ela. Entretanto, vejo com receio que as obras para novas ciclovias parecem ter parado. Não entendo por que não aproveitar a aprovação da população e seguir na implantação de novas ciclovias, como as menos polêmicas no entorno da Paulista, por exemplo.

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    1. Então, acho que para a cota de setembro já terminou tudo mesmo… Na paulista, a prefeitura resolveu promulgar as obras pra Janeiro em decorrência do Natal e Ano Novo (datas críticas na região). Achei prudente, ia ser mais um #mimimi do pessoal que é contra o projeto. Agora em outubro eles já devem anunciar as novas que sairão \o/

      Polêmico. O que acha? Thumb up 5 Thumb down 3

    2. Na verdade não parou…estão seguindo um conograma de entregas mês a mês….a cota de setembro, se não me engano, já terminou. Agora devem estar começando as de outubro. Creio que no final de cada mês seja reservado para fazer ajustes e corrigir possiveis falhas na implantação….normal, afinal SP nunca teve uma malha cicloviaria (enquanto que o Rio de Janeiro já tem faz muitos anos)

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