Ciclovia Rio Pinheiros, em São Paulo, torna-se ponto de roubo de bicicletas
CPTM diz que responsabilidade é do Metrô e este a repassa para a segurança pública. Enquanto isso, ciclistas ficam desprotegidos. Polícia recuperou 9 bikes.
A implantação de um sistema cicloviário em São Paulo colocou a bicicleta como destaque na mídia, nas conversas entre amigos e no debate sobre uma cidade para pessoas. Por outro lado, esse movimento trouxe uma consequência negativa para os ciclistas: o roubo de bicicletas.
Na capital paulista já há pontos “preferidos” pelos bandidos – USP, parque do Ibirapuera, entre outros. Um dos principais é a margem oeste da ciclovia do rio Pinheiros – pista criada para servir de alternativa ao percurso antigo, fechado para as obras do Monotrilho (Linha 17-Ouro do Metrô) por um período de dois anos.
As abordagens violentas são sempre no mesmo ponto, um matagal próximo à Usina Elevatória da Traição, pouco depois da altura do Shopping Cidade Jardim, nas proximidades da Leroy Merlin. No local, semanalmente bandidos agridem ciclistas e levam tudo de valor possível – bicicletas, celulares, joias e relógios.
Funcionário de uma banca de jornal em Santana, zona norte de São Paulo, Marcelo Bernardini teve sua bicicleta Specialized roubada em 19 de março. “Três delinquentes – um armado – saíram do meio do mato e não deu nem tempo de reação. Levaram minha bike e meus celulares”, diz. Bernardini fez o Boletim de Ocorrência, mas até o momento não teve sua bicicleta recuperada.
O jornalista Fabio Bahr foi vítima no mesmo ponto. Em 28 de março, por volta das 16h, três garotos saíram de trás de uma árvore e invadiram a pista. Um deles apontava uma arma para Bahr. “A ação é muito rápida e a invasão bem planejada. Eles se jogam uns 20, 30 metros antes do ciclista, que para praticamente em cima deles, sem tempo de reação”, lembra. “O rapaz armado fica atrás dos outros dois, a uma boa distância, controlando os movimentos. Um deles fica com a bike e o terceiro recolhe o restante dos pertences.” Além da bike, uma Caloi Elite 30, levaram celular, relógio, luvas, cartão do banco e carteira de identidade.
Ao retornar a pé pelo caminho contrário, Bahr abordou um segurança da CPTM que fica na guarita da ciclovia próxima ao acesso do Parque do Povo pedindo que ele comunicasse a equipe de segurança ou mesmo a polícia sobre o assalto. A resposta foi: “não posso fazer nada, esse lado onde estamos é da CPTM, do outro lado é Metrô”.
Segundo o jornalista, o segurança disse que sempre que possível alerta os ciclistas que vão cruzar a ponte sobre os riscos de assaltos do outro lado, mas não consegue avisar todo mundo. “Chama a atenção ainda o péssimo estado de conservação de todo o entorno e a falta de sinalização, especialmente após o desvio depois da Usina da Traição. Por fim, não se avista qualquer funcionário ou alguém responsável pelo local, que parece não ter dono.”
Responsáveis
Procurada pela reportagem, a CPTM informou por meio de sua assessoria de imprensa que não tem registros de roubos na ciclovia sob sua administração (margem leste). Segundo ela, a margem oeste é de responsabilidade do Metrô.
A reportagem do Vá de Bike questionou o Metrô sobre a segurança do local, se havia monitoramento presencial ou remoto, e o que o Metrô tem feito para coibir os roubos. Em nota, a assessoria de imprensa do Metrô respondeu que “as ciclovias existentes na margem oeste do rio são áreas abertas e de livre acesso, portanto, responsabilidade da segurança pública”.
Bicicletas recuperadas
Uma equipe do DEIC/Garra recuperou nove bicicletas que foram roubadas e encontradas na comunidade Real Parque, na região do Morumbi, zona oeste de São Paulo. Há marcas variadas e algumas podem superar os R$ 10 mil de valor. As bicicletas estão no 89° Distrito Policial do Portal do Morumbi.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou que o problema da falta de segurança está sendo monitorado e os roubos de bicicleta diminuíram nos primeiros meses do ano. Cansados de esperar por uma ação, alguns ciclistas instalaram uma placa de alerta no acesso da ponte Cidade Jardim à margem oeste da pista. A mensagem é bem clara: “Cuidado! Evite esse trecho da ciclovia. Risco de assalto”.
5 anos se passaram e nada de obra, nem de ciclovia. Prefeitura de merda essa. Não conseguem administrar nem as coisas mais simples. Chega ao cúmulo de ter vigia no portão, mas não liberam a pista. Não estão nem aí para o assunto. Babacas.
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Uma vergonha essa obra do monotrilho. Prejudicou a única ciclovia que tem um pouco de segurança em São Paulo por uma obra que não vai sair nunca. Por que não libera logo o trecho para os ciclistas, e melhora ela????Babacas.
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infelizmente os assaltos ainda continuam nessa ciclovia, essa semana mesmo quase ficou assaltado próximo a ponte joão dias, sorte minha que um ciclista me avisou que tinha um grupo de ladrões assaltando ali.
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Os assaltos continuam, agora sob a ponte Jurubatuba, fui assaltado dia 11/12/16 as 06h20 da manhã, levaram minha bike e o iphone dois bandidos armados com revolver, fiz BO e depois olhando pelo runtastic, ele mostrou que os bandidos subiram a ponte novamente e foram desligar o celular dentro da favela na Rua Rio Madeira, dez minutos depois do assalto. Voltei a pedalar no dia 17/12/16, no sábado de manhã e presenciei dois ciclistas assaltados no mesmo horário e local dessa vez por 5 bandidos, inclusive com agressão física, registrei o caso com a segurança da CPTM e fiz BO com a PM, mas não tenho nenhuma esperança com relação a alguma providencia no sentido de dar mais segurança aos ciclistas, frequento o local há mais de três anos, ainda não sei se voltarei a pedalar lá, o risco está muito alto e ninguém divulga esses acontecimentos.
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Tenho fotos de 3 bandidos que roubaram minha bicicleta no dia 14/05/2016 era 2 bicicletas q eles me levou e mais um aparelho celular,
Por volta das 13h algum site que vocês conhecem para divulgação
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O que não entendo é porque a ciclovia do lado do trem continua interditada se a obra do monotrolho está patada. É incompetência. Basta limpar e loberar. É ansurdo deixar intrrditado. Sabe-se lá quando a obra será retomada.
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