
Ciclista na ciclovia da R. 1º de janeiro, na Vila Mariana, em São Paulo. Foto: Willian Cruz
Depois das ciclovias, cai para 13% o número de paulistanos que não usariam a bike
Pesquisa também mostra redução de 11% na quantidade de motoristas diários em comparação com o ano passado, além de maior interesse em transporte público.

A 9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana, cujos resultados foram apresentados no último Dia Mundial Sem Carro (22), indica mudanças na mobilidade de São Paulo e na percepção do paulistano sobre ela. Houve uma redução de 11% na quantidade de motoristas diários em comparação com o ano passado, maior interesse em transporte público e menor rejeição à possibilidade de usar a bicicleta nos deslocamentos cotidianos.
todos os dias ou quase todo dia
59% são a favor de construir
mais ciclovias ou ampliar as existentes
em um ano, redução de 11%
na quantidade de motoristas diários
43% dos entrevistados
usam carro todos os dias
83% deixariam o carro em casa havendo
boa alternativa de transporte
A pesquisa entrevistou 700 moradores da capital e foi encomendada ao Ibope Inteligência pela Rede Nossa São Paulo, junto com Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O uso diário de bicicletas se manteve constante com relação ao ano passado, contando com 3% dos entrevistados. Ao considerar também quem usa a bike quase todos os dias, esse número cresce para 7% das pessoas.
Praticamente três em cada quatro paulistanos não usam nunca a bicicleta como meio de transporte. Apesar das mudanças na paisagem causadas pelo plano cicloviário em implementação, que já criou cerca de 240 quilômetros de ciclovias e pretende atingir 400 quilômetros até o fim da gestão, ainda há a percepção de a rua ser pouco segura para quem está de bicicleta. Para 44% dos entrevistados, o principal fator que impede o uso de bike é falta de segurança para os ciclistas, seguido de mais sinalização nas ruas, citado por 18% dos paulistanos. Ciclovias ficaram em terceiro lugar, com 13% das menções.
Mas o número de pessoas que consideram a possibilidade de ir de bike cresceu também. Se em 2007, 34% não usariam a bike em hipótese alguma, em 2015, apenas 13% não considerariam esse meio de transporte. “Quando foi feita a ciclofaixa de lazer aos domingos ligando o Parque do Povo ao Ibirapuera, foi uma experiência didática. Criamos 240 quilômetros de ciclovias e novos corredores exclusivos de ônibus, em menos de 3 anos, o que leva a uma mudança de percepção”, comentou Maurício Broinizi, coordenador da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo.
Uma maioria de 59% é a favor de construir mais ciclovias ou ampliar as existentes, embora só 10% coloquem esse item como prioridade. Na pesquisa de 2009, 89% dos entrevistados eram favoráveis à ampliação da rede cicloviária – entre usuários diários ou quase diários do carro esse número era de 91%. Após a entrega de parte da malha cicloviária, o paulistano parece achar que o investimento não é mais prioridade. “A população agora se pergunta se quer ciclovias por toda parte da cidade”, disse Broinizi.
Com relação ao uso de espaços públicos, 64% são a favor do fechamento de avenidas como a Paulista para uso como área de lazer por pedestres e ciclistas. Entre os usuários diários ou quase diários do carro, a provação cai para 54%.

Uso do carro diminui
O número de paulistanos que usam carro todo dia caiu de 56% no ano passado para 43% em 2015; uma das percepções reveladas pela pesquisa é que há uma demanda muito grande por transporte de massa eficiente, que atenda melhor às necessidades do usuário. “A população enxerga no transporte público a possibilidade de usar menos o carro”, diz Broinizi.
Para 83% dos paulistanos, deixar o carro na garagem é uma possibilidade se houver uma boa alternativa de transporte. Chama a atenção o fato de que a diferença de tempo entre quem vai de carro e quem vai de transporte público é pequena: 8 minutos. De carro são 1h44 e de transporte público, 1h58. Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, citou um dado de outra pesquisa realizada pelo instituto, que aponta que os paulistanos pagariam até R$ 50 para ter mais uma hora livre por dia, o que reforça a percepção de perda de tempo no trânsito.
Entre os que andam de carro todos ou quase todos os dias, a insatisfação com o tempo de deslocamentos foi a maior da série histórica: a nota atribuída foi 3,3, considerando zero péssimo e dez ótimo. Entre os que não usam carro, foi 5,2, e entre os que usam transporte público todos os dias, foi de 3,8. Ao somar o tempo gasto em todos os deslocamentos diários, o paulistano passa, em média, 2h38 em deslocamentos – oito minutos a menos que ano passado.
Redução da velocidade é mais segurança
A pesquisa mostrou também que existe também uma percepção que o trânsito expõe a risco em primeiro lugar o pedestre, depois o motociclista, o ciclista, e por último, o motorista. Os entrevistados expressaram desejo de que a fiscalização de infrações aumente, inclusive entre pedestres. Da mesma forma, a necessidade de reduzir os limites de velocidade é bem percebida, em especial por quem utiliza transporte público.
“É um momento decisivo para construir o consenso de que a vida está em primeiro lugar. Vamos assinar uma portaria criando um observatório compartilhado entre vários organismos da sociedade civil para observar o impacto do trânsito na saúde pública e na mobilidade urbana”, disse o secretário de saúde da prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha, que também participou do debate sobre a pesquisa.
Confira aqui a íntegra da pesquisa.

[Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]
Esse comentário não tem feito muito sucesso.
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Se você não tem argumentos para rebater os meus de forma civilizada e coerente, eu não posso fazer nada.
Sinto muito se você se dói e fica enfurecido de raiva, mas você não é dono do blog e se minhas postagens o incomodam, é só deixar o blog, simples assim.
Tá estressado? Vai pescar! xD
Polêmico. O que acha?
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5
Não é possível rebater a ausência de conteúdo. A maioria dos seus posts são respostas agressivas a quem exerce o mínimo de pensamento crítico em relação à questão da mobilidade.
Em outro post multiplicou a população da cidade inteira por 7% e chegou a um número fantasioso, de quase 1 milhão de ciclistas, ignorando a pirâmide etária. Sua resposta a uma crítica? Um artigo de jornal falando que o Haddad é um visionário.
E uma de suas respostas mais abaixo é prova disso, sobre o governador. Uma coisa é criticar, outra é postar conteúdo raso e com estética de militância partidária de baixa qualidade.
É muito triste que o assunto da mobilidade urbana tenha se tornado uma bandeira de pessoas radicais. Está cada dia mais difícil defender medidas positivas para a população geral, pois hordas de amadores agressivos estão afastando a população e polarizando o assunto.
Fora isso, o CHORO É LIVRE!
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Daqui a pouco RicadoP vai dizer que o Renato vai fundar o “ECR” (Estado Cubo Roletado) e declarar o fim dos “infiéis” em seus “autoimóveis” por não promoverem o compartilhamento saudável das sagradas vias metropolitanas…….kkkkkkk
Polêmico. O que acha?
6
4
Pois é ALEKSANDRO, o cara se comporta como um troll, fica ai de mimimi e eu vou ficar perdendo meu tempo? Quero mais que se lasque….Leio com um olho e ignoro com o outro.
O cara tem problema em aceitar opiniões contrárias. Não tem argumentos e na falta dele, parte para os ataques pessoais, partidarizando a discussão, inclusive.
Para mim não fede, nem cheira…rsrs
No final, vai se acostumar. xD
Comentário bem votado!
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Qdo é assim, melhor é ignorar e deixar falando sozinho.
Don´t feed the trolls!
Maravilha!
Só espero que as antas do deserto do tucanistão não votem num lixo que prometa acabar com as ciclofaixas (e pq não com as ciclovias)….
eu acho que tem que haver mais integraçao com trem,metro e onibus p/ que a coisa realmente funcione e tmbm aproveitanto aqui p/ dizer que é um absurdo nao poder usar as bicicletas no metro durante dias da semana,seu governador vamos acordar!!
É bom salientar que a bike é extremamente importante, mas também é essencial fortalecermos sua alternativa: o metrô. Segundo o prefeito de Copenhague, bikes e metro são a base que sustentam a mobilidade urbana, e no quesito metrô nossos avanços são muito tímidos. Nossa malha ferroviária teria que dobrar para atender a demanda atual.
Fale isso para o Picolé de chuchu e seu partido, que está ai a mais de 20 anos, com 2 km de metrô por ano….
E para piorar, SP já está com mais de 320 km de ciclovias e kd a implantação de bicicletários nas estações de metrô? Alckmin não tem interesse em promover a intermodalidade….dezenas de estações de metrô não tem bicicletários….Enquanto que todos os terminais de onibus já tem.
Uma verbonha
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*Vergonha
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“… a diferença de tempo entre quem vai de carro e quem vai de transporte público é pequena: 8 minutos. De carro são 1h44 e de transporte público, 1h58.”
São 8 minutos ou 14 minutos de diferença?
Isso é uma prova que “achismos” e “olhômetro” não definem demanda.
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O que define a demanda é multiplicar 12 milhões por 7%?
mimimimimimi
chora mais….
São Paulo está no caminho certo. Uma economia a base de carro não apresenta sustentabilidade. O custo financeiro, ambiental e os problemas que esta máquina cria são enormes. Bicicleta é saúde, é liberdade, é evolução. Ficar fazendo o quê dentro de um carro? Em pleno horário comercial e as ruas cheias de carros? Não dá pra entender. O brasileiro não trabalha não? Status social? Pelamordedeus, me ajuda aí, né.
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