Bicicletas estacionadas em frente a comércio em São Paulo. Foto: Willian Cruz/VdB

Bicicleta beneficia economia da Europa em € 205 bilhões por ano

Estudo mostra, com números, o impacto positivo da bicicleta na geração de empregos e no aquecimento do comércio local

Ciclistas em frente a comércio de rua na Noruega. Foto: Raquel Jorge
Ciclistas em frente a comércio de rua na Noruega. Foto: Raquel Jorge

Países europeus que incentivam o uso da bicicleta nos deslocamentos há certo tempo, colhendo seus benefícios para a saúde da população e para a fluidez do tráfego, também acumulam benefícios econômicos desse modo de transporte. é o que mostra um estudo acadêmico encomendado pela European Cyclists’ Federation (ECF), com a finalidade de verificar o impacto na criação de empregos pelo setor da bicicleta.

O estudo mostrou que o benefício econômico da bicicleta na Europa é estimado em 205 bilhões de euros por ano. Intitulado “Cycling Works – Jobs and Job Creation in the Cycling Economy, o trabalho evidencia que os empregos são originados “da necessidade de um sistema de transporte mais eficiente para o alívio do congestionamento, benefícios para a saúde e para um melhor acesso”.

Geração de empregos e fortalecimento do comércio

650 mil
empregos gerados
 
Setor emprega
3 vezes mais
que o de automóveis
 
Ciclistas visitam
mais vezes
o comércio e
fortalecem
a economia local

Dentre os principais benefícios à economia estão cerca de 650.000 postos de trabalho em período integral, incluídos aqueles na indústria e comércio, infraestrutura ciclística e setor de turismo em bicicleta (cicloturismo) – este último com o maior impacto de contribuição econômica apurado.

Outra verificação importante é que o setor da bicicleta é o que mais emprega entre os modais de transporte, perfazendo o volume de empregabilidade de 3 vezes mais que o setor de automóveis por milhão de volume de negócios, tornando-o o mais inclusivo.

Além da geração direta de empregos, uma análise qualitativa dos postos de trabalho originados pela bicicleta apresenta a opção de inclusão de oportunidades para pessoal de baixa qualificação, onde atualmente se encontra a maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

Ciclistas também são melhores para a economia local, fazendo mais compras em lojas, restaurantes, cafés e outras empresas do que utilizadores de outros modais de transporte. O estudo aponta que, apesar de gastar menos por compra, quem usa a bicicleta visita as lojas com maior frequência, é mais leal ao fornecedor do que clientes motorizados e gasta mais em lojas de varejo, inclusive visitando mais as lojas de conveniência locais.

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