Superintendente da CET-SP fala sobre as críticas às ciclovias paulistanas
Superintendente de planejamento da CET, Ronaldo Tonobohn responde às principais críticas ao projeto, como pintura, pavimento irregular e uso de calçadas.
Mesmo ganhando um prêmio internacional de mobilidade sustentável, as ciclovias de São Paulo não estão imunes às críticas. As mais frequentes falam sobre o compartilhamento de calçadas e imperfeições na via ou na pintura.
Para Ronaldo Tonobohn, superintendente de planejamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o surgimento das críticas se deve ao fato de haver um novo olhar para as vias da cidade. “Nós estávamos acostumados a prestar atenção no que atrapalhava o carro e não no ciclista e no pedestre. Quando começamos a pintar as ciclovias, os problemas foram aparecendo”, afirma.
Tonobohn diz que com o tempo os reparos estão sendo feitos, mas o que o ciclista costuma enxergar, nem sempre a pessoa que está dentro do carro é capaz de ver. “Nós pensamos como motoristas. Mesmo como pedestres, pensamos como motoristas, ao contrário dos holandeses e dinamarqueses, que mesmo estando a pé, pensam como ciclistas”, diz o superintendente.
Um problema concreto que a CET enfrentou no começo do projeto foi a falta de material adequado para a pintura das faixas. Segundo o superintendente, o mercado não estava preparado para oferecer esse produto. “Não se tem uma escala de produção de rede cicloviária no país em que você tenha disponibilidade no mercado na quantidade que você precisa e com a qualidade desejada.”
De acordo com Tonobohn, uma viagem a Buenos Aires, na Argentina, estimulou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, a viabilizar o projeto em São Paulo. “Nós estávamos acostumados a pensar em ciclovias caras, totalmente segregadas, no meio das avenida, enterrando a fiação. E Buenos Aires, assim como Nova York, mostraram pra gente que era possível transformar a cidade com pouco dinheiro e garantindo a segurança de ciclistas e pedestres.”
Outra crítica que o projeto tem sofrido desde o princípio é sobre a cor vermelha das ciclovias. Tonobohn informa – assim como já explicamos aqui – que há uma determinação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para que as ciclovias tenham essa cor.
Veja o vídeo com a entrevista completa e imagens de ciclovias em outras cidades do Brasil e do mundo.
Pensar em ciclovia em São Paulo como alternativa de meio de transporte de massa é piada de mau gosto. Quem implementou isso deveria ser condenado a ir trabalhar de bike todo dia por 20 anos. Ideia de jerico! Os países desenvolvidos que tem ciclovias não as tem como um meio de transporte imposto ao cidadão. Nova York, por exemplo, tem ciclovia para quem OPTAR. Quem não quer vai de METRO. O mesmo em Paris, Londres. A questão é que nossos governantes deixaram de fazer o que tinha de ser feito como transporte de massa alternativo ao automóvel e agora surgem com essas ideias esdrúxulas. Sempre vai ter uma meia dúzia que pode estar gostando disso, mas basta ter olhos para ver o quão absurda é a ideia. Entre essas e outras a gente vai aprendendo. Votei nessa corja pois estava descontente com os prefeitos anteriores e me arrependi amargamente. Aprendi que sempre pode ficar pior do que era. PT nunca mais……
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Outro bot que relaciona a ciclovia ao PT… Só quero esclarecer que em São Paulo a ciclovia também é para quem OPTAR, como foi o meu caso….
Concordo apenas que os governantes deveriam agilizar mais as obras de transporte em massa, pq o monotrilho da cidade Tiradentes foi prometido para antes da Copa pelo PSDB… mas a culpa é minha e sua edison, de não nos mobilizarmos para questionar nossos governantes…
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Com essa mentalidade terceiro mundista, não é a toa que SP está o caos….
Só para constar: Bogotá, na Colômbia, tem mais de 400 km de ciclovias…e nem tem metrô. E a utilização da magrela por lá é altissima.
Buenos aires, na Argentina tem mais que o dobro de ciclovias que tem de metrô…
Vá se informar antes de falar o que não sabe….
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” E Buenos Aires, assim como Nova York, mostraram pra gente que era possível transformar a cidade com pouco dinheiro e garantindo a segurança de ciclistas e pedestres.”
Na minha opinião, R$655.000,00 por Km. de custo da ciclovia não me parece “pouco dinheiro”…
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Newton, espero sinceramente que você não acredite nessa conta equivocada. Leia essa matéria, por favor.
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Caro Willian, essa é a dificuldade nete país: não saber em quem acreditar. Se a revista Veja está certa? Pode ser que sim, pode ser que não, mas como a roubalheira e a corrupção neste país é quase como um “padrão” nos serviços públicos, fica realmente difícil de duvidar…pode ser que não sejam R$655.000,00, mas se for metade desse valor ainda assim é muito caro. Dê uma olhada em alguns orçamentos de obras abaixo:
http://www.charqueadas.rs.gov.br/Licitacoes/Conc_005-08_OrcPav.pdf
http://www.manduri.sp.gov.br/transparencia/LRF/PREGOES/TOMADA_013/Orcamento%20asfalto%2003%202014.pdf
Como se vê, por exemplo, no segundo link, são 10.000m2 de recapeamento asfáltico, que é muito mais caro do que a pintura vagabunda que a prefeitura diz ser “ciclovias”.
Quanto à comparação com outros países, não faz muito sentido. Por exemplo, em São Francisco, que de acordo com a tabela custa R$157.000,00 por Km., para eles é nada mais do que apenas 80 salários mínimos americanos (um funcionário do Wal Mart que recolhe os carrinhos no pátio do supermercado ganha isso em média…). Aqui, se usássemos a mesma medida, seria em média R$57.000,00.
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Sei dessa informação pois participo do grupo que reinvidica um dos parques de São Paulo.
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Cara… Não dá pra entender esse teu “espírito de disputa”. Você colocar na balança 12 milhões (apenas) para a desapropriação vs.10 milhões pra ciclovias? Quer dizer que ciclovia é menos (ou nem é) meio-ambiente do que parque?
Ah, tem uma fatia lá de 63 milhões para uma outra (apenas) desapropriação, e já que parece que o que importa pra você é a disputa, o racha, a desagregação, etc., que tal você também reivindicar uma fatia dessa fatia, hein?
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