Bicicleta furtada é encontrada com a ajuda de ciclistas em BH
Mobilização coletiva, um quadro inconfundível e um pouco de sorte ajudaram Guido Mintz Dias a recuperar sua bicicleta furtada.
Em Belo Horizonte (MG), uma bicicleta foi recuperada graças ao trabalho coletivo de ciclistas. Pouco mais de um mês depois de ter sua bicicleta furtada, Guido Mintz Dias a recuperou após o veículo ser encontrado preso no bicicletário do Terminal Rodoviário. “Eu tinha uma entrevista de emprego e deixei minha bike por volta das 15h no bicicletário da rodoviária, do lado contrário de onde estava a do Guido. Saí com pressa e não vi nada. Ao retornar, vim pelo lado oposto e vi a bicicleta dele”, conta a estudante de filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Raquel Froes.
A estudante reconheceu a bicicleta – e suas inconfundíveis cores laranja e roxo – após a postagem de Guido contando sua história na página “Massa Crítica Belo Horizonte“. Na mesma página, Raquel contou ao dono sobre o paradeiro de “Paula Gabriela”, nome da bicicleta. “Toda semana pinta um dono anunciando, mas me parece que a do Guido ficou na memória por conta da pintura personalizada”, afirma Raquel.
Guido foi até o Terminal Rodoviário, chamou a Guarda Civil Metropolitana e esperou a pessoa que prendeu a bicicleta retornar. Após a identificação do novo “dono”, todos foram até o 1º Departamento de Polícia Civil da Região Metropolitana de Belo Horizonte para fazer os trâmites do retorno da bicicleta ao seu proprietário original.
O rapaz que estava com a bike disse que a havia comprado em uma feira de usados por R$ 200 sem saber que era furtada.
O furto
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A bicicleta foi furtada em 16 de março em frente ao Palácio das Artes, complexo cultural na avenida Afonso Pena, no centro. “Fui assistir a um filme, amarrei no poste, junto a outras bicicletas. Usei corrente de moto e quando voltei ela não estava mais lá”, conta Guido. Após chamar a polícia, o estudante de cinema e audiovisual fez um Boletim de Ocorrência e quando chegou em casa postou em algumas redes sociais um relato com uma foto do quadro.
O mais cômico na situação é que, segundo Guido, o Palácio das Artes tem bicicletário, mas só quem estuda lá pode usar. “Se você vai ver uma exposição ou um filme, sua bike pode ser roubada na frente da entrada principal.”
“Paula Gabriela” está com ele há dez anos, desde que começou a usar a bike como meio de transporte. O inconfundível quadro foi pintado por Guido há um ano e meio. O próximo passo é comprar um cadeado mais forte, talvez uma u-lock. “Ainda é muito caro no Brasil, especialmente em Belo Horizonte”, diz.
Apesar de ter passado pela experiência do furto, Guido não vai diminuir o uso da bicicleta em seus deslocamentos. “O fato de estar acontecendo essas coisas é mais um incentivo para que as pessoas andem mais e haja políticas públicas para pedalar com segurança, como ciclovias, locais para guarda de bicicleta, respeito no trânsito etc.”
Começar a colocar umas cores chamativas na minha bike pra conseguir recuperar.
Arrombaram o portão aqui de casa e levaram a bike sem dó ;/
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