Goiânia recebe novas ciclovias, mas estrutura ainda é insuficiente
Ciclistas reclamam de falta de conexão entre os 80 km construídos e pedem ciclovias também na periferia.
No início de setembro a prefeitura de Goiânia entregou à cidade novos trechos de ciclovias, que agora somam 80 km de estrutura cicloviária na capital do estado de Goiás. Segundo projeções do governo do prefeito Paulo Garcia (PT), até o fina do ano a cidade atingirá 100 km.
“Eu espero que quem vier depois de mim dê continuidade e não promova o retrocesso”, disse o prefeito. “Nós iniciamos esse processo com muito esforço, com o apoio dos cicloativistas dos diversos grupos de pedais de Goiânia e vamos encerrar a nossa administração com 100 km de pistas de ciclofaixas, ciclorrotas e ciclovias interligando parques importantes. Demos mais um passo rumo ao futuro, avançamos significativamente”, afirmou Paulo Garcia.
Faltam conexões
O projeto, no entanto, recebe críticas pontuais de um dos grupos de ciclistas mais conhecido na cidade, o Pedal Goiano. Para o presidente da entidade, Diogo Brandão, faltam interligações. “Goiânia já possui quase 80 km, porém a maior parte não é interligada. Existem trechos de ciclovias pelas principais avenidas de Goiânia, e ciclorrotas”.
O ciclista conta que a meta da prefeitura ainda está aquém do que os usuários necessitam. “O Pedal Goiano luta para que tenha no mínimo mais 140 km de malha cicloviária. O atual prefeito assumiu o compromisso de entregar 100 km até o final do ano. Já é o início de um trabalho que vem sendo feito por nós [ciclistas] desde 2010. Esperamos que o próximo prefeito consiga fazer as ligações de todos os trechos, incluindo a criação de ciclovias em canteiros centrais largos em bairros da periferia”, disse Diogo ao Vá de Bike.
Participação
Ainda que o prefeito tenha mencionado a participação dos usuários, Diogo contesta a fala de Paulo Garcia. “No início alguns ciclistas sim – representantes da Federação Goiana de Ciclismo -, porém, nesse ano não consultaram os ciclistas”, afirma o cicloativista. Ele afirmou que até alguns funcionários da própria prefeitura, que são ciclistas, deixaram de ser consultados.
Diogo ainda conta que trechos das vias para as bicicletas estão sem tinta e que as estruturas se deterioraram, pois não foi feita manutenção.