Basta se colocar no lugar dos outros
Campanha produzida na Irlanda pede algo bastante simples a quem dirige nas ruas: mais atenção e saber se colocar no lugar do outro. Assista.
Desenvolvida pela RSA (Road Safety Authority, órgão da Irlanda), essa campanha pede algo bastante simples a quem utiliza as ruas: que se coloque no lugar dos outros. Perceba que depois de cada susto que poderia ter virado tragédia, a pessoa vê a outra como ela mesma, compreendendo o que essa outra pessoa sentiu.
Um trânsito mais humano depende de muitos fatores. Mas, principalmente, de mais atenção ao trafegar e de conseguir se colocar no lugar do outro.
No ano passado ou em 2012 se não me engano teve uma campanha igual a esta aqui no Brasil.
Aqui só respeitam se doer no bolso, por isso que a CET tem mesmo é que passar a canetada.
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Este post nos remete a questão dos problemas:
http://www.medplan.com.br/materias/3/23733.html
e
também para o artigo do Arturo Alcorta:
http://escoladebicicleta.blogspot.com.br/2009/07/pelo-menos-fez-algo.html
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É um anúncio que pode ser aproveitado em qualquer lugar do mundo porque só as imagens dizem tudo. Não precisa de legenda ou som. Nem mesmo de chamada de abertura ou encerramento.
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Por falar em anúncio, acho que é até bom para video-resposta para muitos vídeos do YouTube. Falando em feedback …
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Como citei, anteriormente, impunidade é um reflexo da falta de feedback ou da manifestação do descontentamento. Vou cunhar uma frase sobre isto: “Pequenas impunidades alimentam as grande impunidades.”
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Vejam as implicações de se colocar no lugar dos outros nos vários tópicos apresentados no VáDeBike, como esse do bicicletáro em shopping, condomínios, … Não é o caso de se colocar no lugar dos outros ?
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Outro insight: colocar-se no lugar dos outros é um hábito que deve ser adquirido, porque é grande a tentação de só pensar em si mesmo. E, como todo hábito, é preciso não exagerar nisto, para não acontecer o oposto.
Feedback como dar “Bom dia !”, “Como vai ?”, apertar a mão, é uma forma de se pôr no lugar dos outros e dar feedback.
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Mais um insight: Fazer este feedback, faz com que a cultura da bicicleta seja mais conhecida, porque é fácil perguntar para quem pratica, ao invés de, por conta própria, procurar os detalhes. Estamos na era da informação, conhecimento. E nesta era, devemos cultivar relacionamentos. Portanto, feedback.
É um bom caminho também para o inverso, como sugerir para o lojista a instalação de paraciclos, explicando para ele que vai haver mais clientes na sua loja, por exemplo. É através destes relacionamentos, pequenos, que há inovação, renovação, e reinvenção da e na cultura.
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Mais um insight: Toda sociedade que já foi escravocrata, como a nossa, passa por estes problemas. É um tiro no escuro, mas detecto uma das razões pelas quais há uma dicotomia, ou politomia sobre vários assuntos tratados por estas sociedades.
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Tem um outro aspecto: o olhar. É aquele negócio: “Se o não olhar, o coração não sente.”
O feedback acontece depois do olhar, que é diferente de ver ( ou vice-versa ) que é físico, que no campo da percepção, e que o cérebro, ainda vai processar, e, decidir se vai fazer algo, e é aí que vem a educação, presença de espírito. Portanto, tem muita gente cega, e tem que aprender a olhar.
Um outro aspecto que olhei nesta propaganda é o resultado do conflito entre a globalização e a localização. (!). Em poucas palavras, achar que problemas seus são mais importantes. Tem um aspecto interessante nisto. Contudo, vou deixar para vocês pensarem sobre isto. Não é a toa que houve as manifestações, e os conflitos mundiais onde o mundo fica interferindo nos assuntos locais.
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Bem este tópico é uma chamada para todos sermos mais empáticos, de procurar se colocar no lugar das outras pessoas. Contudo, há um problema com isto.
Percebeu que na propaganda mostra que há um FEEDBACK das pessoas quase vítimas ? Das pessoas reagirem ao comportamento de outros que prejudicam ou quase isto ?
Aconteceu algo parecido comigo ao atravessar uma rua movimentada, e, com sinal aberto para os pedestres. Estava atravessando e uma Kombi passou o sinal, de sorte que não me pegou, mas como parou de chover e arrumei o guarda-chuva, tive a presença de espírito em dar uma pancada na lateral do carro, com o cabo. O motorista deve ter levado um susto. E vai dar pelo menos atenção do que fez. Dei uma resposta para atitude do motorista. Feedback.
E, geralmente, as pessoas são apáticas, são permissivas, não dão feedback. E o resultado disto com imprudência e irresponsabilidade pode ser este antigo vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MP_tEuqieOs ou esta isolada http://www.youtube.com/watch?v=ZyouJq1TdBc que mostra outros atores ( pedestres ) também precisam prestar atenção e evitar locais para ficar ( na mureta de um cruzamento ou “T”, por isto que é importante deixar a calçada desimpedida, e, em bom estado, para dar chance das pessoas escaparem ). ( Dada a diferença de tempo entre as duas propagandas, mostra que tem que ser feito sempre, e este Irlandês é suave comparado com este antigo. )
Se todo mundo fica mudo e aceita como está, é como se fosse unanimidade. Como dizia Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é estúpida.” ou algo do gênero. Que é também uma forma de dizer que zona de conforto é uma estupidez, já que ela é o resultado de uma unanimidade, ainda que tácita.
Quando vou atravessar uma avenida que não tem semáforo, uso a mão para pedir passagem, e, quando dão, dou o feedback com o polegar para cima. Essa é uma forma de dar feedback. E, por incrível que pareça faço o mesmo gesto em Carapicuiba ( aparentemente um povo menos educado ) o pessoal para, enquanto que na periferia, e, perto da Estação Presidente Altino, o pessoal não pára, as vezes tenho a impressão que alguns riem. Dar feedback, ou receber feedback, como o meu exemplo, é uma forma de medir a quantas anda a educação no trânsito, nos locais onde ando. Um aprendizado. Vai servir para algumas ações diretas ou indiretamente.
Portanto, deem o seu feedback, ou como preferirem, bote a boca no trombone ! Use todos os canais para expressar sua opinião ! ( Inclusive os SACs, 1188, etc … que tem uma ótima chance de ter um retorno rápido. ). Porque é um importante instrumento de transformação, de criatividade. Tem exemplo mais contundente que as mídias sociais, que resultaram de feedbacks que estimularam estes movimentos e manifestações que vimos ? É exemplo de criação, criatividade. E que é um importante instrumento para diminuir a impunidade ? Ou como diria um amigo meu: “TABDC !” ( Tire A B**** Da Cadeira ! ). E tome uma atitude. Seja cuidadoso, e dê feedback.
“Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”
Comentário bem votado! 11 0
Legal ter pontuado o feedback das possíveis vítimas no vídeo e de sua experiência pessoal, legal também ter postado os vídeos anteriores da campanha.
Parece-me que nesse vídeo mais novo tem enfoque mais interpessoal, mais apurado e menos trágico, do quase, da probabilidade, quando falta um triz pra perder a vida, quando o sangue ferve e passa um monte de coisas na cabeça. Apesar de o vídeo parecer incomodar ao espectador que conduz um carro, ele exprime de forma aproximada a reação natural própria de quem sentiu a morte passar raspando pelas costas, dá um medo desgraçado e acelera os batimentos cardíacos. A quantidade de adrenalina quase triplica em segundos, isso é traumático e quando cai a ficha há possibilidade do vitimado entrar em choque se não responder de volta.
Apesar da ambiguidade, os dois são necessários, o postado pelo Willian faz a cabeça dos que já são mais conscientes e que sabem que talvez fariam a mesma coisa que as vítimas, logo, o espectador entende essa diferença, esse feedback mais duro, já os vídeos que você indicou são mais chocantes e necessários para os mais ignorantes, que precisam entender que um carro não é um brinquedo, e mostra a consequência final de atitudes e extravagâncias impensadas.
Nem sempre atitudes como essa, de pedir passagem ou dar um retorno a quem parou, funciona.. mas são importantes formas de manifestar que estamos sujeitos a atenção deles na via, se a gente não tentar nada irá mudar.
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Olá Nuno !
Interessante ter respondido justamente no Dia dos Pais ! ( Poderia ter sido no Dia das Mães, mas o tom seria outro. ) É onde tudo começa, na nossa sociedade que é mais orientado aos pais, patrões, padrinhos, chefes, coronel …
Há um tempo atrás o termo “Belíndia” era bem usado. E o Brasil, ainda que tenha melhorado em vários aspectos, deixa a desejar principalmente em termos de formação pessoal. Com o crescimento da classe média, esse termo de 2 brasis, pode estar com dias contados.
Sem dúvida que o vídeo é uma versão mais civilizada, mais “politicamente correto”, para chamar a atenção de um povo mais “socialmente correto”. Aqui, estamos longe disto.
Hoje em dia, não podemos ensinar as crianças da mesma maneira como ensinamos há décadas atrás. Ficamos reclamando que falta educação, e que precisamos mais educação. Contudo, esta discussão é ultrapassada, pois ter ou não educação, é uma constatação do estado das coisas, que já sabemos. E pedir por mais educação sem discutir como é ensinado, o que é ensinado, o que é útil hoje em dia, e o que será importante para os filhos.E isto requer planejamento. Agora, planejar para quê ? Para o estado das coisas hoje ? Com certeza este planejamento falhará, porque não estará alinhado com o que acontecerá no futuro. As escolas tem que estar antenados com a realidade. Com o que acontece. Daí a questão da empatia e feedback, enfim, interação, contato com a realidade é muito importante, para ajustar ou reagir, ou até mesmo ser pró-ativo é importante.
Por que no VáDeBike ficamos discutindo sobre propagandas agressivas, atitudes, etc ? É porque estamos mais antenados com a realidade que os que andam de carro, ou até mesmo de coletivos, porque vemos e sentimos na pele o fluxo físico de uma sociedade, e não somente isto, até mesmo como estão as coisas no trajeto que fazemos, apesar do que se diz na mídia. Saber ver o que está acontecendo, interpretá-la, e compreender vai adicionar um aprendizado muito importante para as crianças, seja sua cria como para a criança que está dentro de cada um, que é responsável pela inovação, criação, e, de certa forma, do “jeitinho brasileiro”. E como a mídia, em particular a televisiva, de massa, é um elemento que está de certa forma alienando as pessoas para mundos particulares, desconectando da realidade. É um fenômeno mundial, por isto que houve esta propaganda em um país mais evoluído socialmente. No Brasil, das grandes metrópoles, essa alienação é bem maior, principalmente somado, a visão míope das coisas, que pode ser resultado da falta da educação. Contudo, muitos tem educação, fazem faculdade, estudam em escolas técnicas, fazem pós, mbas, doutorados, pós-doutorados, … outros, aprendem com a escola da vida, vai ser artista popular, jogador de futebol, vendedor, empresário, envolvem-se com a criminalidade, com política ( incorretamente ), …. assim vemos esta todos estes fragmentos da vida brasileira, cada um resolvendo seus próprios problemas. E neste estado de coisas, muitos tomam esta atitude de que os próprios problemas é mais importante que a dos outros, “ema, ema, ema cada um com seus problemas”.
Leiam este artigo: “Se vira o problema é seu – Será?” ( http://www.medplan.com.br/materias/3/23733.html ) e o artigo do Arturo Alcorta: “Pelo menos fez algo” ? ( http://escoladebicicleta.blogspot.com.br/2009/07/pelo-menos-fez-algo.html ). Consequem ligar os pontos ?
As respostas de todos esses problemas está sendo soprado pelos ventos, como diz na canção de Bob Dylan: http://letras.mus.br/bob-dylan/11904/traducao.html, e na pesquisa do livro “A cabeça do brasileiro.” de Alberto Carlos Almeida. :-). Ou como diz aquele seriado “X-Files”: “A verdade está lá fora.” ;-). E como se chama Nuno, também recomendo a leitura do livro “A Semente da Vitória.” de Nuno Cobra.
É uma reflexão de Dia dos Pais para quem tem criança fora e dentro da cabeça. Bom Dia dos Pais !
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Carlos, boa noite. Obrigado por responder com prontidão, agradeço as dicas de leitura, tudo o que acrescenta valores a quem os distribui é de grande valor.
Como educador no setor público, prefiro ensinar desde o começo, para crianças uma didática mais diversificada, identificando cada grupo de referência e trabalhando um por vez de forma emblemática, a fim de que entendam de forma completa o sentido de cada assunto e possam ser capazes de questionar e sugerir coisas novas. Para os barbados a campanha mais hard dos vídeos que você sugere satisfaz a maioria, especialmente quando a pessoa tem uma família esperando em casa.
Longe de ser “politicamente correto” (até porque ser politicamente correto me parece um tanto desinteressante, pois é algo que nos faz ter que aceitar muita coisa sem pensar muito, inclusive ideias e atitudes incorretas dos outros, de forma conivente, permissiva, passiva e, às vezes, perigosa).
Tenha em mente uma certeza, toda essa forma de reivindicar uma educação tem sido a mesma luta dos educadores Brasil afora, mas sem a conscientização e colaboração da sociedade, todo esforço é em vão. Garanto que é severamente desgastante ensinar aos filhos da maioria das famílias, apesar de que quando vemos bons resultados isso se torna gratificante, a cada dia fica mais difícil, especialmente hoje em que a maioria maciça delas dependem em parte ou totalmente de uma esmola governista absurda.
Para um pai e uma mãe que sabem o valor do estudo e do trabalho, por exemplo, em casa ainda se ensinam valores como deveres, respeito, gentileza, honestidade, generosidade.. mas, numa casa onde pai e mãe sem qualquer instrução que vivem de bolsa isso, bolsa aquilo, coagindo e cuspindo na cara de seus professores… esquece! Se pra eles tá fácil viver de esmola, nem ameace trocar isso por um salário melhor tendo que trabalhar, é o mesmo que pedir pra sair dali frito, sem pele e salgado, juro!
Estamos antenados não com uma, mas com diversas realidades. Do povo que anda adquirindo habilitação e vem dessa massa de gente temos muitos bons exemplos, quase um terço do total, mas infelizmente ao menos um quinto do total é desprovida de bom senso. E gente sem esse suporte importante custa a aprender, demora um bocado até os menos mentalmente preguiçosos assimilarem.. e observe que não estou com maldade, nem citei que alguns desses 20% são maus de propósito, com intenção de ferir gravemente ao pedestre, ciclista, cadeirante, motociclista, deficiente, cego ou quem arriscar entrar no seu caminho.
Justamente por este motivo, acredito que essas propagandas mais agressivas são necessárias tanto como medida educativa a quem revela ser totalmente irresponsável e displicente, tanto como correção para quem cometeu atitudes impensadas.
Sobre ter postado no dia dos pais, pensei muito depois, e vi que ter um filho (por enquanto, grávido :D) mudou minha forma de enxergar o mundo, as novas necessidades, oportunidades e de como aproveitá-las, tudo o que sempre escutei sobre cautela no trânsito faz mais sentido e me desperta uma nova forma de observar o comportamento humano e sua rotina, durante a sua locomoção ou em quaisquer outras situações.. não quero o que é ruim para meu pequeno, mas também passei a me preocupar em que tipo de pessoa devo formar para este mundo.. aí quando penso, viro um liquidificador de ideias 😀
Além de educador, como radialista, músico e formador de opinião também entraria em detalhes sobre os meios de comunicação de massa, mas não há necessidade de tanto detalhe pelo seguinte: a mídia é quase toda marrom, salvo algumas boas exceções, a Internet, mesmo tendo muito boato, é uma fonte de pesquisa inextinguível de comparação analítica valiosa.. nem sempre a melhor, por isso adjunto o valor de comparação, como um observatório.
Obs 1: já fui atropelado 3 vezes, na primeira vez outros 3 amigos foram feridos comigo, 2 morreram na hora, fiquei 2 meses em cadeira de rodas, 6 de muletas e 1 ano de bengala (bom.. pelo menos estive “habilitado” pra dirigir mais alguma coisa com rodas)… como é bom estar vivo, man!
Obs 2: Rede Bobo nem se comenta, publica apenas o que os convém e só mudam de ideia quando seus concorrentes saem na frente, haja vista ao serem questionados sobre a Jornada Mundial da Juventude eles disseram que não era relevante, depois especularam que o gasto em segurança seria de mais de 580 milhões, mas após a semana em que ocorreu foi considerado o maior evento internacional já feito na história do Rio de Janeiro, com uma entrada de 1,8 bilhões na economia do município.. só rindo dessa mídia mesmo, não? 😉
Bom Dia dos Pais atrasado a você e a todos os pais que visitam a página!
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Nuno, meu camarada, que bom te encontrar no vá de bike.. saudades, mano!!!
tenho novidades. lembra da Michelle, que conheci quando ce tava internado? pois é, casamos, velo.
precisamos marcar de se encontrar pra comemorar, bom saber q tu não desistiu do pedal. o meu email ainda é o mesmo.
se eu soubesse q tinha um site bacana igual desse antes, cara, isso é supimpa, meu!!! as vezes meio tenso, mas a maioria muito gente fina nas publicações, cheio de informações quentes e preciosas, da hora mesmo!
abraço, velo
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