Ciclofaixa de Lazer de SP funcionará nas madrugadas de 15 e 22 de dezembro
Nas madrugadas de 15 e 22 de dezembro, a Ciclofaixa de Lazer operará parcialmente, a partir das 22h, da Av. Paulista ao Pq. Ibirapuera.
Nas madrugadas dos dias 15 e 22 de dezembro de 2012, a Ciclofaixa de Lazer de São Paulo irá operar parcialmente, a partir das 22h do sábado, no trecho que vai da Av. Paulista ao Ibirapuera. A intenção da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) é estimular o uso da bicicleta no lugar do carro para ver a iluminação de Natal da cidade.
Objetivo é diminuir os congestionamentos
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Iluminação de Natal, congestionamento de Natal Vendo a iluminação de Natal, CET fechou a Paulista aos carros |
Todos os anos, milhares de pessoas decidem ir com seus carros, nas noites e madrugadas dos finais de semana, ver as decorações feitas por shoppings, bancos e condomínios comerciais, na região da Paulista, e a maior árvore de Natal da cidade, em frente ao Parque do Ibirapuera. No lago do Parque, há também a “fonte multimídia”, uma combinação de jatos d’água em movimento, luzes, cores e música.
Além da enorme quantidade de carros, os paulistanos acabam se comportando como se estivessem em um enorme drive-thru, passando devagar para poder ver tudo em detalhes sem sair de dentro do carro. O resultado são congestionamentos gigantescos em todo o entorno, atrapalhando sobretudo o trânsito de veículos de emergência.
No Natal de 2011, havia tanta gente a pé na Paulista que a CET precisou fechar a avenida aos carros, abrindo-a às pessoas, para que não houvesse risco de atropelamento – medida que foi contestada pelo Ministério Público de São Paulo, que aparentemente preferia que os pedestres corressem risco de morte ou fossem dispersados, para que os automóveis não precisassem desviar pela rua de baixo (leia mais).
Decisão acertada
A decisão da CET obviamente é acertada. Além das bicicletas ocuparem muito menos espaço que os carros e facilitarem a parada para observar a decoração e tirar fotos, diminui-se o risco de atropelamentos e cria-se, com a operação da ciclofaixa, um espaço que pode ser utilizado para veículos de emergência chegarem a seus destinos de maneira muito mais rápida do que se a via estivesse repleta de automóveis.
É muito mais ágil descer da bicicleta e colocá-la na calçada do que tentar sair da avenida com um automóvel para que uma ambulância tenha espaço para passar. Milhares de ciclistas abrem espaço com muito mais rapidez que algumas poucas dezenas de automóveis.
Incentivando a troca do automóvel pela bicicleta e pelo transporte público, promovem-se ruas mais seguras, com mais agilidade aos serviços de emergência, menos congestionamentos, menos acidentes, menos atropelamentos, menos poluição, menos stress e mais sorrisos.
O Vá de Bike parabeniza a CET e a Prefeitura de São Paulo pela iniciativa.
Extensão e horário
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Mapa completo da Ciclofaixa de Lazer – e como chegar nela de metrô |
A medida atinge o trecho que vai da Praça do Ciclista, na Av. Paulista com a Consolação, até o Portão 8 do Parque do Ibirapuera, passando pelas avenidas Vergueiro, Domingos de Morais, Jabaquara, Indianópolis e um trecho da República do Líbano, num total de 12km de extensão.
A Ciclofaixa de Lazer começa a funcionar no trecho acima às 22h do sábado, nos dias 15 e 22 de dezembro de 2012. Às 7h da manhã do domingo, os demais trechos serão liberados, na operação habitual até as 16h.
Segundo o portal G1, a CET montará um esquema especial de trânsito para garantir a segurança dos ciclistas, pedestres e motoristas e para manter a fluidez do trânsito.
Vá de trem e Metrô: a partir das 14h do sábado, é possível embarcar com a bicicleta nos trens do Metrô e da CPTM. No domingo, o embarque é permitido durante toda a operação – ou seja, assim que o Metrô voltar a funcionar, você poderá utilizá-lo para sua volta para casa.
Passe uma madrugada diferente, usando o espaço público para divertir-se de bicicleta com a família e os amigos! 😉
Pedalou na Ciclofaixa de Lazer na madrugada? Conte pra gente como foi!
Já faz quase um ano que eu e minha namorada utilizamos a Ciclofaixa como meio de lazer e uma forma segura do uso da bicicleta, levando-se em conta que andamos “separados” dos carros com forte esquema de sinalização e serviços como os bandeirinhas no farol e os mecânicos super gente fina.
Porém, gostaria de compartilhar uma situação que passei no primeiro dia da Ciclofaixa Noturna, neste caso na noite do dia 15/12 para a madrugada do dia 16/12. Chegamos á Av. Paulista ás 22h do dia 15 e, para variar um pouco, estava chovendo constantemente. Encontramos a Ciclofaixa pronta, com poucos ciclistas pedalando, o famoso Papai Noel em seu “Trenó-bike” e a decoração impecável do cartão postal paulista. Como o circuito iria da Paulista até o Parque do Ibirapuera dás 22h até ás 16h ininterrupto, resolvemos pedalar todo o trajeto a fim de conhecer melhor o novo caminho. Conforme íamos avançando em direção ao Ibirapuera, reparamos que não tinham muitos ciclistas e o pessoal da bandeirinha no sinal, mas até aí tudo bem, tínhamos os cones como medida de segurança. Levamos em torno de 1h e 40min para chegarmos ao parque. O maior PROBLEMA foi na volta. Na Av. República do Líbano fomos surpreendidos por um funcionário recolhendo os cones (o mesmo estava encostando-os na guia). Perguntei ao funcionário o motivo daquilo e recebi a seguinte reposta: “Como hoje faltou muita gente, não tem quase NENHUM ciclista e há muita CHUVA, foi decidido fechar a Ciclofaixa”. Tentei argumentar com o mesmo sobre o risco que eu, minha namorada e outros ciclistas sofreriam para voltar até o início da rota de madrugada e com chuva, e que, mesmo com equipamento e muita iluminação seria complicado. Tentamos conversar com alguém responsável, mas acabamos ficando naquela situação. Eu e minha namorada damos um jeito e voltamos pela rua mesmo, só que pela pista direita e na maior cautela com os motoristas, principalmente por se tratar de sábado e ser uma região com muitos bares.
Tenho que reconhecer o excelente trabalho que o Bradesco Seguros, Movimento Conviva e a Prefeitura de São Paulo têm feito em relação ao incentivo do uso das bicicletas como LAZER, contudo, creio que se algo é divulgado pelo site, jornais, rádios e até televisão como uma espécie de convite atrativo a conhecer melhor a cidade de uma forma gostosa, no MÍNIMO deveriam cumprir o que falaram. Entendo completamente que as circunstâncias naquela noite não estavam lá tão favoráveis para pedalar, mas tirar os cones foi realmente uma atitude impensada.
Acima de tudo, se a organização realmente cumprir o que fala, O PASSEIO É IMPERDÍVEL. Vale a pena mostrar para seus amigos e familiares o quanto podemos aproveitar da cidade sob duas rodas sem motor. A magia do natal é contagiante!
Obs: Fica esse relato como uma forma de desabafo em relação ao fato, mesmo que isolado. Não sei se confio na próxima vez! Deixo claro que os trechos que estavam sem os cones eram a Av. Indianópolis, Av. Jabaquara, Rua Vergueiro e República do Líbano. A Av. Paulista, quando retornamos, ainda estava funcionando normalmente.
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