Reconhecimento da Ciclofaixa

Nesse domingo, diversos ciclistas e funcionários da prefeitura – entre eles o Secretário de Esportes Walter Feldman – fizeram de bicicleta o percurso da Ciclofaixa que ligará três parques paulistanos nas manhãs dos domingos, a partir do próximo fim de semana, dia 30 de agosto. E o Vá de Bike! estava lá para acompanhar e entender melhor como funcionará a Ciclofaixa.

No Parque das Bicicletas,
aguardando a saída
Cicloativismo: Willian Cruz,
Leandro Valverdes, Daniel Haase
e João Lacerda
Renata Falzoni entrevistando
Walter Feldman…
… na saída do Parque das Bicicletas
Um carro a menos – um dos adesivos simpáticos que eu tenho na bike
Saindo do Parque das Bicicletas

Às 10h30, dezenas de ciclistas saíram do Parque das Bicicletas para iniciar a partir dali o trajeto pela futura ciclofaixa. Como eu tinha vindo pela Av. Indianópolis, ainda não tinha visto e me surpreendi: boa parte da Ciclofaixa já está sinalizada, especialmente o trecho da Av. República do Líbano que fica próximo ao Parque das Bicicletas.

Descendo a Indianópolis. A Ciclofaixa começa na próxima esquina, na
Av. República do Líbano.
Nesse quadrado vermelho será pintado um símbolo em formato de bicicleta, na cor branca.
Av. República do Líbano
Uma faixa vermelha marcará o limite da ciclofaixa em toda sua extensão.

A ciclofaixa ocupará a faixa esquerda da Av. República do Líbano, da Av. Ibirapuera até a até a Av. Antônio Joaquim de Moura Andrade (portão 8 do Parque do Ibirapuera), em ambos os sentidos. Os retornos à esquerda que existem nesse trecho da avenida serão desativados durante o período de funcionamento da Ciclofaixa.

Os retornos à esquerda ficarão fechados para os carros…
… para evitar que eles cruzem por sobre a Ciclofaixa.
Renata Falzoni pedalando e gravando
Uma mãe que levava a filha para passear no parque se juntou ao grupo.

Da República do Líbano, a Ciclofaixa desce a R. Inhambu, que logo adiante passa a se chamar Hélio Pellegrino e, mais à frente, Faria Lima. Ao longo do caminho, placas indicam aos ciclistas que eles devem respeitar os sinais fechados e atravessar a avenida na faixa, desmontados da bicicleta.

Sinalização horizontal…
… e vertical.
Essa dica é importante.
E nesta faixa, só bicicletas!

Na esquina da Av. Brigadeiro Faria Lima com a R. Min. Jesuíno Cardoso (uma quadra antes da Juscelino Kubitschek), uma solução que não tem como dar certo. Para chegar dali até a JK, o ciclista deve:

  1. Desmontar da bicicleta e aguardar que o sinal feche para quem está indo pela Faria Lima;
  2. Atravessar a Faria Lima na faixa de pedestres e esperar na calçada até que o sinal feche para quem vem da Min. Jesuíno Cardoso;
  3. Atravessar a Min. Jesuíno Cardoso e seguir empurrando a bicicleta pela calçada até a Juscelino Kubitschek;
  4. Esperar que o sinal feche para atravessar de novo a Faria Lima, ainda desmontado;
  5. Esperar no canteiro central que o sinal abra novamente, para atravessar a JK pelo meio do canteiro central (afinal, não dá tempo de atravessar as duas pistas da Faria Lima antes que o sinal de pedestres feche);
  6. Do outro lado da JK, esperar que o sinal abra para pode prosseguir por ela.

Ufa! Nisso aí dá pra perder uns 15 minutos! Vida de pedestre não é fácil nessa cidade…

Claro que isso não vai funcionar. O que vai acontecer é que os ciclistas vão seguir direto, como se a ciclofaixa continuasse, até o cruzamento com a JK. Lá, ele aguardará no espaço de asfalto que equivale ao canteiro central até que o sinal abra. Muito mais fácil, muito mais direto, muito mais simples. E amparado pela lei: o CTB garante ao ciclista que utilize ambos os bordos da pista, o que obviamente inclui o esquerdo.

Mas isso é coisa que a CET vai aprender com a prática. Uma solução ali seria reformar aquele canteiro central nesse trecho para que ele não seja interrompido (nos retornos, recuar a parada dos carros e semaforizar) e incentivar o ciclista a utilizá-lo com a sinalização.

Na JK, a Ciclofaixa segue pelo lado direito, porque as faixas da esquerda seguem para dentro do túnel que passa sob o Rio Pinheiros.

Tá vendo o que tem ali,
nas faixas da esquerda
da Av. Juscelino Kubitschek?
É a entrada do túnel. Por isso, aqui a Ciclofaixa vai pela pista da direita.

Os ciclistas devem então entrar na Av. Henrique Chamma e atravessá-la mais adiante, na faixa de pedestres, para entrar no Parque do Povo. Nesse ponto há uma calçada compartilhada, que deve ser utilizada tanto pelos ciclistas quanto pelos pedestres.

Av. Henrique Chamma, chegando ao Parque do Povo.
Em frente ao Parque do Povo, a travessia será feita na faixa.
A calçada compartilhada recebeu pintura indicativa nas guias…
… e sinalização vertical.
A entrada do Parque do Povo…
… e a ciclovia dentro do parque.

Para o retorno, os ciclistas devem seguir pela calçada até atraveessar a Juscelino e seguir pela ciclofaixa que existe do outro lado da avenida. Ao entrar na Faria Lima, um pedaço que não entendi bem como vai funcionar, mas me pareceu que vão querer que os ciclistas desmontem e andem um quarteirão ali também. Na segunda quadra, a ciclofaixa reaparece na pista da esquerda, seguindo até a República do Líbano e, de lá, até o Parque das Bicicletas novamente.

Do outro lado da
Av. Juscelino Kubitschek,
outra ciclofaixa.
Mesmo sem ter entrado oficialmente em operação e sem estar totalmente sinalizada, a maioria dos motoristas já não circulava na ciclofaixa.
Walter Feldman conversa com os monitores que auxiliarão os ciclistas durante o funcionamento da Ciclofaixa.

Saiba Mais
Como vai funcionar

Alguns números

6 comentários em “Reconhecimento da Ciclofaixa

  1. Boa a iniciativa. Pena que seja apenas no DOMINGO, que tenha tão pouca importância no compto geral da cidade de São Paulo e que o trajeto ligue apenas parques. São Paulo tem uma enorme tradição de trabalho, de ênfase pelo trabalho, de vencer pelo esforço. Acho que para que isto se torne realidade no que importa aos ciclistas daí é que ainda vai precisar de muito mais esforço para que se concretize uma situação pelo menos decente. Com o porte de maior cidade da América do Sul, o esforço ainda vai ser tremendo. Boa sorte!

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  2. muito bom post, fico feliz de ler algo bom assim até mesmo antes de sair e dos problemas começarem a rolar, vai ser bem legal. Ponta pé inicial pra uma cidade pedalável.

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