Pela primeira vez, São Paulo terá pontes com ciclovia
Duas novas pontes serão construídas sobre o rio Pinheiros, com acesso prioritário a pedestres e ciclistas e ligação com a Ciclovia Rio Pinheiros.
Duas novas pontes serão construídas sobre o rio Pinheiros, em frente ao parque Burle Marx, com acesso prioritário a pedestres e ciclistas (por sinal, exigido por lei) e ligação às ciclovias em ambas margens do rio. As obras fazem parte da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, que terá o prolongamento da avenida Chucri Zaidan até a avenida João Dias e já contou com a construção da Ponte Estaiada (Otávio Frias Filho).
A SP Obras, responsável pela construção das pontes, terá que cumprir 54 exigências listadas pela Câmara Técnica do Conselho Gestor do Parque Burle Marx na Resolução nº 155 do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades) de 02/07/2013. O Conselho Gestor do Parque alegou que devido aos impactos ambientais que a nova ponte trará ao parque, se faz necessário um investimento como compensação ambiental, que seria a construção do acesso às ciclovias.
Também serão feitos acessos ao sistema público de transporte urbano por ônibus e trem, além da implantação de conchas e barreiras de proteção no viaduto contra luminosidade alta e poluição sonora que podem prejudicar a biodiversidade do parque.
A Fundação Aron Birmann e o Conselho Gestor do Parque Burle Marx enfatizam, em comunicado, a importância regional da construção: “além de facilitar a circulação viária nos bairros próximos ao Parque Burle Marx, como Vila Andrade, Panamby e Paraisópolis, [a obra] também possibilitará, pelo acesso cicloviário e de transporte coletivo por ônibus e trem, a interligação dos Parques Villa Lobos, Parque do Povo e Parque Burle Marx, unindo o Circuito dos Parques.”
As duas pontes, Laguna e Itapaúnas, serão independentes, paralelas e unidirecionais, com 365 metros de extensão. Elas já estão em fase de aprovação provisória (Licença Ambiental Prévia). O acesso às ciclovias se dará pela Laguna, que terá duas pistas de bicicleta para os dois sentidos, totalizando seis metros de largura.
Outras ciclovias
O projeto da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada prevê ainda ciclovias em bairros da região, como Chácara Santo Antonio e Campo Limpo, para melhorar a mobilidade por bicicleta.
O acesso à ciclovia do Rio Pinheiros é estratégico em nível ambiental, urbanístico e de mobilidade, pois integrará o ciclista às novas ciclovias que estão sendo construídas na Chácara Santo Antonio e no Campo Limpo. Dessa maneira, o sistema cicloviário da região estará interligado em todas as direções, possibilitando o uso da bicicleta como meio de transporte ao trabalho de maneira mais segura.
No Relatório de Atendimento da obra, a SP Obras tratou da “Diretriz de Integração Cicloviária”, onde consta a possível extensão dos melhoramentos cicloviários previstos até a ciclovia projetada na Avenida Jornalista Roberto Marinho, abaixo das pilastras do Monotrilho que estão em construção na região.
De acordo com a SP Obras, para realizar essa integração haverá necessidade de prolongar a rede cicloviária em aproximadamente 750 metros, alcançando a área do Setor Berrini da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada. Essa opção não consta do relatório final e ainda será estudada a possibilidade de inclusão desse trecho.
Entre outras exigências a serem cumpridas para liberação da Licença Ambiental Prévia estão:
– Elaborar um Estudo de Tráfego para o prolongamento da Avenida Chucri Zaidan. Esse estudo deve indicar as condições atuais de fluxo de todos os modais (automóveis, ônibus, motos, bicicletas, etc.), os horários de realização das medições (diurno e noturno), bem como calcular as projeções para verificar a capacidade de suporte da via frente ao fluxo de veículos que será gerado pelo alargamento da avenida. Apresentar a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do responsável técnico;
– Apresentar o projeto de sinalização de todo o empreendimento, demonstrando as adequações viárias propostas e as intervenções que possibilitem a circulação de pedestres;
– Apresentar o projeto aprovado e a manifestação final do Grupo Executivo para Melhoramentos Cicloviários – Pró-Ciclista/SMT.
As obras devem custar cerca de R$ 200 milhões e têm previsão de conclusão em meados de 2015.
A Operação Urbana Consorciada Água Espraiada prevê intervenções que incluem sistema viário, transporte coletivo, habitação social e criação de espaços públicos de lazer e esportes. Além da construção das pontes, há todo um conceito urbanístico de mudança da realidade local.
Será que o futuro prefeito, João Dória, irá se interessar pela segurança e mobilidade urbana ? Será que irá ter interesse pelo bem estar dos trabalhadores pedestres e ciclistas ?
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Gê Faria,
Se você observar com cuidado (é bem pequeno) existe uma ciclovia paralela às pistas da marginal (entre o parque e a marginal) que liga a ciclovia da ponte laguna até a entrada da ponte Itapaúnas. A distância fica praticamente a mesma.
Acho que vai ficar muito bom!
Rodolpho
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Pelo que ví do projeto, só a Ponte laguna terá ciclovia.
A mais importante, a Itapaiúna, não dará acesso às ciclovias, negligenciando os moradores do Capão Redondo, Campo Limpo e região!
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Pessoal do “Vá de Bike”, não sei se perceberam mas constam no projeto duas alças que ligam a ponte às ciclovias de AMBAS as margens. Será uma indicação de que a ciclovia “provisória” do lado de lá do pinheiros será definitiva? Dedos cruzados!
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Ficaria contente se fosse feito o mesmo em outras pontes,como Ponte de Casa Verde,Ponte do Limão,Ponte da Freguesia do Ó,Ponte da Vila Guilherme,que são terríveis de atravessar,pois moro próximo a elas. E outras tantas também,más tudo está acontecendo somente no entorno da marginal pinheiros,porquê essa ciclovia acabou ficando a mais famosa,a mais criticada,a mais comentada,a mais viável e a mais fotografada. Enquanto isso outros pontos de acesso e circulação…
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Veja só esta pesquisa sobre uma ponte em Florianópolis:
https://www.youtube.com/watch?v=dr0M54oVM8U
Estatísticas ajudam a pressionar para termos mais pontes com ciclovias. Esta de Florianópolis é semelhante a que tem em Osasco. Pertinho de São Paulo !.
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William, qual a largura útil do passeio compartilhado?
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Fabrício, na imagem menor ali me parece estar escrito 9m.
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A única vez que fui assaltado foi numa porcaria de passarela de pedestres… Ignorei uma regra básica de segurança para ciclistas, de nunca ir num lugar estreito, sem chance de fugir… pois bem, fui pela passarela, e como sou educado, parava para os pedestres passarem, ou desmontava ao ultrapassar… numa dessas vieram 2 vagabundos e me roubaram!
Essa ciclovia/passarela parece ser meio larga, mas um maldito pode derrubar fácil um ciclista! Na boa, tem que ter alambrado separando a ciclovia dos pedestres, e a ciclovia pode ser no nível da pista, usando parte dessa, só separar com umas tartarugas gigantescas e pronto!
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Questão de assalto e roubo é aplicável para qualquer usuário de qualquer via seja pedestres, ciclistas e motoristas. Vias não monitoradas ou com policiamento, eventualmente serve como oportunidade para atividades como o roubo.
Vias são espaços públicos que necessitam a atenção e cuidado de usuários. Portanto, é necessário a ação de cidadãos. Apenas dizer que e perigoso, não ajuda em nada para resolver problemas de mobilidade ou segurança.
Um paralelo que podemos fazer é com passagens subterrâneas, um bom exemplo para moradores metropolitanos é a passagem subterrânea da consolação, se abandonada, dá margem para ataques como roubos. O que nos leva a conclusão de que devemos também cuidar das vias e do bom uso delas. É bom ter uma via segregada, mas também deve ter a sua manutenção. Essa manutenção não é somente de responsabilidade de órgãos públicos, é também de usuários que sabem as suas condições. Como temos a internet para divulgar os problemas e soluções, então essa responsabilidade passa também para o mundo virtual, como há no mundo real.
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“alguém”, essa nova alternativa já está sendo projetada nas rodovias de algumas cidades brasileiras (em algumas cidades do ES estão sendo feito projetos assim), que são chamadas de “FAIXAS MULTI-USO”. Ou seja, é uma maneira rápida e prática para implantação e construção nas rodovias, vamos dizer assim, para que pedestres e ciclistas compartilhem a mesma área que seria destinada para acostamentos.
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Se disser somente da cidade de São Paulo, concordo. Contudo, se envolver as cidades vizinhas, como Osasco,integrando uma metrópole, tenho que dizer que não. Em Osasco tem 4 passarelas ( uma delas integrado a ponte, e que está escondido debaixo dela ): https://www.google.com.br/maps/dir/-23.5232126,-46.7818365/-23.5210717,-46.7818025/@-23.5221029,-46.7811756,17z/data=!4m4!4m3!1m0!1m0!3e2
No street view dá para ver a passagem debaixo da ponte, numa solução interessante:
https://www.google.com.br/maps/@-23.522873,-46.789137,3a,75y,316.28h,100.94t/data=!3m4!1e1!3m2!1sw6E9BaIv9Bq_W-bgFmX2Ag!2e0
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Que ótimo! Vou ter uma ciclovia vizinha à minha casa!
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Vocês poderiam dar mais detalhes sobre essas 3 ciclovias na matéria: Chácara Santo Antonio, Campo Limpo e Avenida Roberto Marinho?
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Que ótima notícia! É a primeira manifestação ofícial da prefeitura sobre alternativas à ponte João Dias como travessia para ciclistas. A notícia da ponte Laguna nem é tão recente, mas nunca foi confirmado pelas autoridades que haveria ligação com as ciclovias. Vamos acompanhar as obras e esperar que dê tudo certo. Mas desde já é uma perspectiva muito boa para o ciclista da zona sul de São Paulo.
Comentário bem votado! 4 0
Prezado Willian
Com sua licença, creio que seria interessante informar aos ciclistas o endereço eletrônico da “SP OBRAS” que, como informado por ela própria em seu site, A São Paulo Obras é uma empresa da Prefeitura de São Paulo vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB. Sua criação foi autorizada pela Lei Municipal Nº 15.056, de 08 de dezembro de 2009, que determinou a cisão da Empresa Municipal de Urbanização – EMURB. Sua constituição efetiva, no entanto, ocorreu em 10 de maio de 2010, quando foi registrado seu Contrato Social.
No site da empresa há a descrição, com maior ou menor detalhamento, de todos os projetos de infraestrutura a serem ou sendo executados na cidade de São Paulo e, evidentemente, são projetos que envolvem DIRETAMENTE a todos nós ciclistas.
Grande abraço a todos,
Cordialmente
Mario Sanchez
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