Para Jilmar Tatto, São Paulo está bastante atrasada em termos de bicimobilidade. À esquerda, secretário cruza as faixas de uma avenida, na saída de uma ponte. Imagens: Rachel Schein

Cidade de São Paulo comportaria mais de 1000 km de ciclovias, afirma secretário de Transportes

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, fala sobre a implantação dos 400km e afirma que a cidade comportaria “pelo menos mil km de ciclovias”.

Para Jilmar Tatto, São Paulo está bastante atrasada em termos de bicimobilidade. À esquerda, secretário cruza as faixas de uma avenida, na saída de uma ponte. Imagens: Rachel Schein
Para Jilmar Tatto, São Paulo está bastante atrasada em termos de bicimobilidade. À esquerda, secretário cruza as faixas de uma avenida, na saída de uma ponte. Imagens: Rachel Schein
Meta de implantação é bastante agressiva. Equipes técnica e operacional terão que correr contra o tempo. Fonte: CET-SP
Etapas de implantação do plano de 400 km de ciclovias. Fonte: CET-SP

Nessa entrevista em vídeo (mais abaixo, nesta página), o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, fala sobre a implantação dos 400 km e afirma que a cidade de São Paulo comportaria “pelo menos mil quilômetros de ciclovias”. “Desconheço na América uma cidade que vai ter tanta ciclovia como a cidade de São Paulo”, diz o secretário, afirmando que essa é uma decisão política.

Entretanto, reforça a necessidade de dinheiro para essa implantação. Por isso, a solução adotada para possibilitar a criação dessa extensão no prazo desejado é uma estrutura mais barata que as tradicionais ciclovias de canteiro central, com menor nível de segregação porém mais rápida para ser implantada (veja detalhes do novo padrão). Afinal, a meta é instalar esses 400 km em apenas 18 meses, em um ritmo bastante agressivo, como pode ser visto na tabela ao lado. As equipes do órgão, tanto na área técnica como operacional, terão que correr contra o tempo.

Mudança de entendimento

Separamos abaixo alguns trechos importantes da entrevista, que demonstram uma mudança grande no entendimento da mobilidade em bicicleta, mostrando um momento de ruptura na maneira como o tema sempre foi tratado pelo poder público na cidade. Assista a entrevista completa no vídeo de Rachel Schein, logo abaixo.

A cidade de São Paulo está atrasada em relação a isso [criação de infraestrutura cicloviária], mas vai ficar muito avançada daqui uns dois anos pelo menos. E vai ser uma conquista da cidade, veio pra ficar.

Se precisar tirar o carro estacionado [para implantar uma ciclovia], nós vamos tirá-lo.

É uma cidade que não se preparou, não está planejada para o pedestre e nem para o ciclista. Então é um movimento de mudança de cultura e do ponto de vista ambiental, que a cidade está precisando.

O usuário do carro geralmente é um cara mais duro, travado, ele é um cara estressado por natureza. Não sei se é porque ele tá dentro do carro, fechado. E quem usa a bicicleta é um cara mais… de bem com a vida. A impressão que dá é isso.

A gente percebe um apoio muito grande da população a esse projeto de 400 km de ciclovia na cidade de São Paulo. Já tem gente que diz que tem que ter mais! Já me falaram ‘secretário, 400 é pouco’! Vamos fazer os 400 km, quem sabe depois nós podemos fazer mais, mas vamos garantir os 400 km que esse tem dinheiro, né? Os outros não tem, então não adianta.

Eu acho que a cidade comportaria pelo menos mil quilômetros de ciclovia. Nós seríamos a cidade no mundo que mais teria ciclovias. Não seria fantástico isso?

Veja também a entrevista com Ronaldo Tonobohn, superintendente da CET

25 comentários em “Cidade de São Paulo comportaria mais de 1000 km de ciclovias, afirma secretário de Transportes

  1. Tenho a impressão de que esse cronograma previsto para terminar em dezembro está atrasado. Se estiver em dia, faltam 75 kms, se tiver atrasado falta mais.

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  2. Concordo com vc Miguel, porém temos que lutar para não deixar isto acontecer, temos que exigir mais ciclovias e esta briga não é fácil, pois bicicletas e ciclovias vão contra os interesses de muitos empresários, principalmente as montadoras multinacionais que já estão sentindo queda nas vendas das carroças para nós.

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