Foto: Willian Cruz

Licença ambiental garante ciclovia na avenida Aricanduva, em São Paulo

Nova estrutura deve conectar a ciclovia “Caminho Verde”, da Radial Leste e a malha para ciclistas na região de São Mateus, no Parque Industrial São Lourenço.

Foto: Willian Cruz
Foto: Willian Cruz

Uma licença do Departamento de Controle Ambiental, vinculado à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, emitida à SP Obras, garante a construção de uma nova ciclovia na avenida Aricanduva, na zona leste de São Paulo, além de bicicletários. O documento emitido refere-se à autorização de construção de um corredor de ônibus.

Em outubro de 2014 o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, havia se comprometido a instalar a ciclovia junto aos novos corredores de transporte público. “Vamos mexer nas calçadas e a fiação será aterrada. Haverá ciclovias e os embarques dos corredores serão nos canteiros centrais. Estamos falando de BRT, que há muito tempo esperávamos”, disse Tatto na época.

No entanto, o projeto da via para bicicletas não acompanhou o ritmo do corredor de ônibus. Na licença ambiental, o departamento pede que seja apresentado ao Grupo Executivo da prefeitura para Melhoramentos Cicloviários (Pró-Ciclista), o “projeto geométrico de implantação das ciclovias para todo o empreendimento, incluindo, além do pavimento rígido, os bicicletários previstos”. Além desta exigência, outras 59 fazem parte do documento.

Conexões

A nova estrutura, além de se conectar à ciclovia “Caminho Verde”, da Radial Leste, em uma ponta, na outra deve se ligar à malha para ciclistas da região de São Mateus, no Parque Industrial São Lourenço, importante polo industrial da região.

A via ainda deve cruzar a ciclovia das avenidas Afonso de Sampaio e Souza e Arquiteto Vilanova Artigas, que permite acesso ao Parque do Carmo. Também será conectada a ligação cicloviária das avenidas Sapopemba e Ragueb Chohfi, cuja estrutura deve ser instalada pelo Governo do Estado, nas obras do Monotrilho da Linha 15-Prata.

Antigo projeto não foi implantado

A discussão mais ampla sobre ciclovias é recente na maior cidade brasileira, diferentemente do projeto da ciclovia da Aricanduva, onde desde a década de 80 estavam previstos 4,4 km de vias compartilhadas junto à calçada, de acordo com o documento “A História dos Estudos de Bicicletas”, da arquiteta e urbanista Meli Malatesta. O relatório foi elaborado na época da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab.

O texto revela que a cidade seria subdividida em 14 setores, totalizando aproximadamente 174 km de extensão de ciclovias, ciclofaixas, vias cicláveis e tráfego compartilhado na calçada. A ciclovia da Aricanduva fazia parte do “Setor Vila Carrão”, composto por 15,45 km de vias para as bikes, que além desta via previa intervenções nas seguintes regiões:

– R. Azevedo Soares – tráfego compartilhado na via – 3,8 Km
– Av. Conselheiro Carrão – ciclovia na calçada – 1,9 Km
– Av. Guilherme Giorgi – tráfego compartilhado na via – 1,9 Km
– R. Taubaté – tráfego compartilhado na via – 1,65 Km
– R. Astarte – ciclovia no canteiro central – 0,5 Km
– Viário do entorno do Centro Educacional e Esportivo V. Manchester – tráfego compartilhado na via – 1,3 Km
– Av. Aricanduva – ciclovia sobre a calçada – 4,4 Km

Além destas vias, foi prevista uma ciclovia na avenida Líder/Itaquera no canteiro central, com 3,6 Km, onde hoje está sendo construído um corredor de ônibus sem a via para ciclistas.

Vale ressaltar que o projeto a ser implantado deve apresentar diferenças em relação a esse planejamento antigo, de modo a permitir conexões, adaptar-se à presença do corredor de ônibus e adequar-se ao padrão adotado pela atual gestão.

Corredores de ônibus devem ter ciclovias

Em janeiro de 2013, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou em entrevista na rádio Tupi que “todo projeto de corredor [de ônibus] que for feito terá também projeto de ciclovia”.

Importante lembrar também que, pela legislação municipal, toda criação ou reforma de avenidas, pontes e túneis em São Paulo deve contemplar ciclovias. Embora não tenha sido levada a sério por nenhuma gestão até agora, a Lei é de 1990.

4 comentários em “Licença ambiental garante ciclovia na avenida Aricanduva, em São Paulo

  1. Essa ciclovia que foi construída na avenida Aricanduva foi a pior ciclovia construída na cidade de São Paulo, eu sou motoqueiro ando nessa avenida o dia inteiro fazendo as entregas não tem nenhuma bicicleta andando nessa ciclovia ao contrário tem mais de mil motoqueiros a cada duas três horas se espremendo entre os carros causando um risco de acidentes e até mesmo de perdemos a nossa vida por causa de uma ciclovia que não foi bem projetada e não serve para nada eu queria muito que vocês repensassem nisso uma avenida onde a alta demanda de motoqueiros e quase nenhuma bicicleta tirarem essa ciclovia e darem um pouco mais dê valor a nós motociclistas e motoboy se somos uma categoria muito injustiçada aonde nunca lembram da gente só pensam nos outros!!?
    Essa ciclovia é algo que não tem nenhuma serventia e apenas causa congestionamento trânsito as pistas se estreitaram muito aonde nos deixa com um risco muito grande de entrar debaixo de um carro debaixo de um caminhão somos espremidos constantemente precisamos de alguém que olhe por nós a nossa categoria injustiçada demais em São Paulo!!!! por mais pessoas ajudando a categoria que faz São Paulo andar nós os motoqueiros motoboys epor mais pessoas ajudando a categoria que faz São Paulo andar nossos motoqueiros motoboys e ciclistas

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  2. É muito bom ouvir que o prefeito esta se empenhando nas novas ciclovias,porem temos que lembralo de ciclovias ja prontas e que estao em péssimo estado p/ pedalar,é o caso da ciclovia da DR: CONDE DE FRONTIM(radial leste).

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