Pedal do Silêncio
Nesta quarta-feira, dia 20 de maio, acontece em todo o mundo o Ride of Silence. Em mais de duzentas cidades, distribuídas por 17 países, ciclistas sairão às ruas para pedalar em silêncio pelos que foram mortos ou feridos enquanto utilizavam a bicicleta em via pública.
No Brasil, o Pedal do Silêncio ocorrerá em cinco cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Vitória.
O pessoal do Mountain-Bike BH preparou placas para imprimir e pendurar na bicicleta durante a manifestação. Em todas as cidades pede-se, se possível, ir de camiseta branca e com uma tarja preta (ou qualquer pedaço de pano preto) no braço. A pedalada será lenta e silenciosa e é aberta a todos os ciclistas: quanto mais gente, melhor será dado o recado.
São Paulo
Em São Paulo, haverá dois pontos de encontro: na Praça do Ciclista e na ghost bike que foi instalada em homenagem à Márcia Prado – cicloativista assassinada por um ônibus na Av. Paulista, no início desse ano.
O objetivo do grupo que vai se encontrar no memorial da Márcia é fazer uma manutenção na ghost bike, refazendo a pintura da bicicleta-fantasma e caprichando na jardinagem do local.
Se você puder colaborar com esse trabalho, compareça no local do memorial. O pessoal está precisando de terra, ferramentas de jardinagem (emprestadas para realizar o trabalho) e tinta branca para pintar a bicicleta. Se quiser levar flores ou alguma muda para plantar no local, serão bem recebidas. Flores para decorar a bicicleta ou uma mão para ajudar a realizar o trabalho, também.
Em ambos os locais, os ciclistas se reúnem a partir as 18h, com saída às 20 para uma pedalada silenciosa.
O nome da Márcia foi incluído no Memorial do Ride of Silence (procure por Andrade Prado, está logo no começo).
Belo Horizonte Os ciclistas se encontrarão às 19h, na Praça da Liberdade. |
Vitória
Concentração a partir das 19h30, com saída às 20h. R. João da Cruz, em frente ao bar Saideira (Praia do Canto).
Brasília Os ciclistas se encontram a partir das 19h, com saída às 19h30, |
Saiba mais sobre o Pedal do Silêncio no Apocalipse Motorizado.
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Oi Flavio Tavares
Suas queixas são as mais comuns e já esperadas. Eu decidi não esperar alguém terraplanar São Paulo para pedalar, aqui também tem morro pacas. No mundo atual a sociedade é sedentária, no início as ladeiras são o desafio, depois farão parte de seu cotidiano saudável. É só imaginar a pedalada diária como a sua melhor dieta, a sua academia gartuita, a sua terapia sem terapeuta.
Esperar também até que ponham estacionamentos de bikes e eduquem o motoristas é ser passivo. Essas coisas só acontecem por pressão de demanda. Quando milhares e milhares estiverem pedalando nas ruas para o trabalho, estudo, etc, a consequência será o aparecimento dessa infra-estrutura e da consciência de que ciclista existe e é gente. Quem se atira agora está sendo agente da mudança.
Mas ninguém é obrigado a nada, inclusive por questões de saúde, alguns nunca poderão pedalar, então que apenas os demais entendam o bem que os que pedalam fazem são para a cidade, e quando estiverem dirigindo seus carros atrás de um deles, protejam-no, sejam atencioso e gentis com alguém que ao usar bicicleta está cedendo um espaço precioso para vocês usarem seu carro.
De resto é esperar as mentes menos atentas entenderem que não se pode viver ignorando o coletivo, que o ar sujo é respirado por todos, que o motorista imprudente e violento que vitima ciclistas e pedestres na via também pode ter alguém que ele ama vítima de outro como ele.
É isso
Abraço
Márcio Campos
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Nos Brasileiros, Flavio Tavares, não usamos os poderes que possuimos para exigir nossos direitos, porque esperamos que algum poder externo faça o trabalho por nós.
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Flávio Tavares,
Triste você se orgulhar de poluir o ambiente. Sobre seus três empecilhos:
A bicicletada e o Pedal do Silêncio fazem exatamente isso que você diz ser necessário: lembrar aso motoristas que ciclistas e pedestres também são seres vivos. Assim como todo ciclista que pega sua magrela para comprar alguma coisa na padaria. Não se muda uma mentalidade da noite pro dia, mas quanto mais gente lutando por isso, melhor. Sua presença seria bem vinda no pedal!
Seu segundo argumento não faz muito sentido: de bicicleta, ninguém precisa dar voltas e voltas no quarteirão até achar uma vaga, ou pagar uma fortuna em estacionamento. Basta prender em algum bicicletário (a lei obriga que eles existam em grandes estabelecimentos) ou num poste. E carros são roubados bem mais do que bicicletas.
E se você realmente só se locomove de carro há décadas, acho que umas ladeiras farão muito bem para a sua saúde. E, depois de uma semana no pedal, elas com certeza parecerão bem menores e menos íngremes.
Porque você não experimenta? Ande um pouco de bicicleta no seu bairro, nos fins de semana, e veja o que acha. Vai mudar sua forma de ver as ruas e as pessoas.
Mudou a minha, pelo menos.
Abraços!
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Caro Flavio Tavares.
Quanto às suas objeções:
a) Em 1905 Paul de Vivie precisava atravesar os Alpes de bicicleta, mas como estes são patrimônio da humanidade, não poderiam ser implodidos. Inventou então dispositivo revolucionário conhecido como Câmbio. A partir deste dia, os único argumentos cabíveis para não encarar uma ladeira são 1- Problemas de Saúde Física. 2- Preguiça Mental.
b) Não há estacionamentos em “qualquer canto” (sic) nem mesmo para carros. Dependendo da região, é bem mais fácil estacionar uma bicicleta. Ah sim, existe mais um dispositivo revolucionário chamado “corrente de moto”.
c) Fico surpreso com sua opinião sobre uma categoria à qual V.S. também pertence, e pretende permanecer por longa data. Minha opinião é mais otimista.
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Flávio,
a) Morros não impedem que andemos de bicicleta. O ideal é andar sempre por ruas planas, sem dúvida, porém existem momentos que precisaremos subir pedalando.. e consequentemente depois desceremos freiando. É tudo questão de boa vontade.
b) Existem estacionamento de carros em todos os cantos? todos seguros? sem chances de roubarem o carro? A bicicleta vc estaciona em qualquer lugar, precisa apenas andar com um bom equipamento de segurança (u-lock e/ou correntes convencionais). O problema do carro é que, mesmo se você conseguir estaciona-lo na rua você pode ter alguns problemas: tomar multa, riscarem seu carro, alguem bater nele e fugir, roubarem ele. E a bike? No maximo no maximo é alguem roubar ela, mas se você souber onde estacionar e como prender, isso é dificil de acontecer.
c) Não vou dizer que os motoristas são educados, eles NÃO SÃO, porém temos que começar a tomar atitude e trata-los bem, na maioria das vezes eles retribuem. Se alguem te desrespeitar no transito é só encostar ao lado (no proximo farol vermelho ou na proxima fila de carros parados alegremente no transito) e explicar que você não é apenas uma “coisa” na frente dele, e sim um veiculo que deve ser respeitado. Aos poucos vamos ganhando espaço nas ruas. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”
E quem quer faz, quem não quer arranja desculpas. Se você não quer andar de bicicleta, não ande, apenas respeite os ciclistas e divulgue o transporte não poluente, não agressivo, não assassino, não “demorado”.
Abraços!
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Com certeza é um assunto bem polemico principalmente em nossas grandes cidades.
É uma pena ver que parte desta polêmica resida na própria resistência das pessoas em ver a viabilidade da bicicleta e de tantas outras coisas que poderiam melhorar a vida de todos…
As pessoas enxergam apenas o que ja estao acostumadas a enxergar e se prendem a argumentos comodos e que mostram nosso lado mais egoista ao nao querer tomar atitudes que podem ajudar nao so a nos mesmos mas tambem aos nossos vizinhos, filhos, amigos, conhecidos, desconhecidos.
Este é o mesmo comportamento que nos faz utilizar sacolas plasticas em todas as compras, comprar inumeros produtos descartaveis, tomar longos banhos, jogar sujeira nos rios e corregos e tantas outras coisas…
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Passarei a andar de bicicleta em Belo Horizonte, assim que se resolverem três coisas:
a) planificarem todas as ruas e avenidas da cidade, que são morros bem íngremes, no geral…
b) arranjarem estacionamentos em todo canto, que sejam viáveis aos usuários, e onde não sejam roubadas/depenadas as bicicletas…
c) ensinarem aos motoristas da Capital, que ciclistas/motocicistas também são seres-vivos…
Caso contrário, continuarei torrando combustível, e poluindo o ambiente como tenho feito, há décadas.
Assim, ficamos combinados…
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Estarei lá! Sem Falta! Praça do Ciclista!
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