Ciclovia Rio Pinheiros: expansão, novos acessos e iluminação
Ciclovia Rio Pinheiros terá um total de 20km, oito acessos e iluminação. Conheça os detalhes e prazos da ampliação.
Clique aqui para informações atualizadas sobre acessos e horário de funcionamento
As demais considerações desta página continuam corretas e pertinentes
A Ciclovia Rio Pinheiros tem um potencial enorme como alternativa de mobilidade na cidade, por diversos motivos. O deslocamento de bicicleta se dá ainda mais rápido que o usual, pela topografia totalmente plana e pela ausência de cruzamentos e semáforos; por proteger o ciclista do tráfego pesado de automóveis, a viagem se torna bastante segura, mesmo para quem está começando; seu trajeto passa por vários bairros da zona sul, com potencial para chegar até a zona oeste. Se tivéssemos ciclovias nas duas marginais então, teríamos acesso fácil, rápido e seguro a boa parte da cidade.
Situação atual
O que temos por enquanto é apenas uma ciclovia de lazer, que não ajuda em praticamente nada nos deslocamentos do tipo commuting, como ir ao trabalho, à escola, à casa da namorada. Ela funciona apenas durante o dia e tem apenas três acessos, sendo um deles bastante próximo a uma das pontas. Esses acessos se situam a mais de uma dezena de quilômetros um do outro e sem nenhuma outra saída no meio caminho. Se você não mora próximo a uma ponta da ciclovia e não trabalha perto da outra, dificilmente conseguirá colocá-la em sua rota – e ainda que consiga, ela estará fechada quando você precisar voltar para casa depois do trabalho.
O mais óbvio, barato, eficiente e correto seria termos acessos em todas as pontes. Os ciclistas geralmente chegam à Marginal por alguma avenida que cruza o rio por uma ponte; havendo nela um acesso para descer à ciclovia, problema resolvido, tanto para quem está de um lado do rio quanto do outro. Acessos distantes das pontes fariam muitos ciclistas pedalarem por um trecho de Marginal até chegar neles, sendo mal recebidos pelos motoristas, que os colocariam em risco. Além disso, os acessos nas pontes integrariam a ciclovia ao viário, permitindo captar e distribuir os ciclistas ao longo de sua extensão.
Quem utiliza a bicicleta como transporte não sai de casa para pedalar na ciclovia, sai para ir a algum lugar. Se ela não fizer parte do caminho dele, ou não for acessível sem um desvio grande, não será utilizada. Por enquanto, a ciclovia nem ajuda a proteger os ciclistas que já utilizam a marginal diariamente e nem incentiva as pessoas a trocarem o carro pela bicicleta, já que poucos podem utilizá-la em seus deslocamentos cotidianos e, enquanto não há novos acessos, ela continua servindo mesmo ao lazer.
Atrasos
Na inauguração da ciclovia, em fevereiro de 2010, o então secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, anunciou: “passaremos a quatro acessos rapidamente”. José Serra complementou que esses acessos seriam providenciados por empresas privadas. Já havia também a promessa de expandi-la até o Jaguaré. Mas Serra deixou de ser governador, Portella foi substituído e a ciclovia empacou.
Em outubro de 2010, os jornais comentavam que a expansão até o Jaguaré seria feita ainda naquele ano e que haveria mais quatro acessos até fevereiro de 2011. Esses acessos seriam passarelas e estruturas metálicas, sem relação com os viadutos existentes. Para integrar a ciclovia às pontes, a CPTM pouco pode fazer sem a cooperação e o apoio da CET e da SIURB.
Mas esse atraso acabou sendo vantajoso: o projeto foi revisto e novos acessos e pontos de apoio serão construídos. Acompanhe abaixo.
Obras começaram: expansão e acessos devem sair em breve
Se os novos prazos foram cumpridos, a situação deve melhorar logo. O leitor Pedro Peron nos informou em e-mail que “já estão instalando os gradis amarelos saindo da estação vila olímpia, em direção à cidade jardim” e que “começaram também a erguer uma rampa de acesso à ciclovia junto à estação Santo Amaro da CPTM”. Parece que agora é pra valer.
Para o final de 2011
Atualmente com 14 km de extensão, a Ciclovia Rio Pinheiros ganhará mais 6,4 km até a estação Villa Lobos-Jaguaré. Segundo o Diário de São Paulo, o novo trecho deve ficar pronto até o final do ano. Até o final de 2011 devem ser criados também mais três acessos: ponte Cidade Universitária, estação Morumbi e estação Santo Amaro. Novos pontos de apoio também serão inaugurados.
O acesso na ponte Cidade Universitária será implementado do modo como deveria ser feito em todas as pontes do trajeto: uma passarela ligando a ponte à ciclovia. Um exemplo que, demonstrando seu sucesso, praticidade e frequência de utilização, pode servir de modelo para as demais. E o melhor: permitirá que aos alunos da USP que utilizam bicicleta que entrem e saiam da ciclovia num ponto bem próximo do campus.
Nas estações Morumbi e Santo Amaro, os acessos são resultado de adequações do mezanino à passarela interna das estações, com rampas para facilitar o deslocamento com a bicicleta. Esses dois pontos de entrada mostram a boa vontade da CPTM em facilitar o acesso à ciclovia, provendo-os por dentro de suas estações e dispondo-se a reformá-las para permitir ao ciclista alcançar a ciclovia por ali.
O ponto de apoio provisório que havia na altura da estação Santo Amaro está em reformas e deve se tornar permanente, como os outros dois, nas pontas da ciclovia, com cobertura, banheiros, bebedouros, espaço para troca de pneus e manutenção das bicicletas. Com essa mesma estrutura, outros três novos pontos serão implantados na altura das estações Cidade Jardim, Cidade Universitária e Jaguaré-Villa Lobos, totalizando seis pontos com boa infraestrutura de apoio nos 20km que a ciclovia virá a ter.
Primeiro semestre de 2012
Para o primeiro semestre de 2012, mais dois acessos: um no Parque do Povo, próximo à ponte Cidade Jardim, e outro no parque Villa Lobos, que será a nova “ponta” da ciclovia expandida. Ambos os acessos serão passarelas de uso exclusivo de ciclistas.
Esses acessos representarão ligações diretas com a Ciclofaixa de Lazer, facilitando também o acesso para quem quiser utilizar a ciclovia a passeio no domingo. Mais crianças conhecendo o Rio Pinheiros de perto, o que é ótimo: quem vai construir o futuro deve conhecer o presente, vendo a situação do rio e entendendo onde vai parar o lixo que cai na rua. E percebendo que, apesar de tudo, a natureza resiste: além das capivaras, há garças, quero-queros, pica-paus e outros pássaros vivendo ali.
Iluminação
Para 2012, também está prevista iluminação para a ciclovia, permitindo finalmente que seja utilizada durante a noite. E o melhor é que essa iluminação usará energia limpa. Serão instalados 764 postes com luminárias de LED, de potência superior a 30 watts, com aerogeradores para captação do vento e coletores solares.
O sistema inovador foi desenvolvido por técnicos da CPTM, que testaram nos últimos três meses um protótipo instalado perto da estação Jurubatuba. No alto do poste é colocado o aerogerador, dispositivo que funciona como um gerador elétrico integrado ao eixo de um cata-vento. Um pouco abaixo, é fixada a bandeja para captação solar. Cada poste é, portanto, uma estação autônoma e autossuficiente, não precisando estar ligado à rede elétrica.
No caminho certo
Com essas mudanças, o acesso à ciclovia vai melhorar bastante. A Ciclovia Rio Pinheiros tem tudo para se tornar parte importante da mobilidade por bicicleta na cidade, só precisa se tornar mais acessível e funcionar até mais tarde, pelo menos até as 21h.
Sugestões
Os motoristas que dirigem em São Paulo contam com sinalização que os ajudam a descobrir o caminho para chegar nos principais bairros da cidade. Seria interessante ter, dentro da ciclovia, sinalização semelhante para os ciclistas: próximo a cada saída, poderia haver uma indicação de que bairros o ciclista acessa saindo por ali.
Da mesma forma, do lado de fora da ciclovia, poderia haver sinalização indicando a entrada mais próxima. Há hoje muitos ciclistas que trafegam pela própria marginal. Sinalização indicando os acessos, nela e em avenidas da região, ajudaria a incentivá-los a seguir pelo caminho mais seguro.
Exceto onde indicado, as informações são da própria CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Olá, amigos! Passo todos os dias pela marginal pinheiros, se a ciclovia ficasse pronta até a cidade universitária (com um acesso, claro) poderia ir de bike. Vejo que já colocaram as grades amarelas em alguns trechos pra frente, mas até a cidade universitária ainda não se fez nada quanto ao asfalto e de acesso também não vi nada.
Acredito que antes de 2012 não fique pronto, pelo jeito, como as coisas estão andando.
Torço para que saia o mais rápido possível! Já mandei vários e-mails perguntando para a cptm.
Abraços.
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Sensacional! Quanto mais alternativas, mais será utilizado!
As rotas de bicicleta para complementar este uso contribuirão muito!
Este tipo de opção de transporte, integrando com outras soluções com certeza contribuirão para uma cidade mais limpa, silenciosa e com menos transito!
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oi, william,
sempre com as melhores informações!
torço bastante para que os novos acessos saiam mesmo.
não sei se são as mesmas notícias, mas é de 3 de agosto esta entrada no Diário da CPTM: http://diariodacptm.blogspot.com/2011/08/ciclovia-rio-pinheiros-ganhara-novo.html (mencionando inclusive que as fontes de energia da iluminação serão eólica e solar).
e vamo que vamo.
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Legal de mais. Vamos pressionar.
Sergio Leis
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Acabo de descobrir que esta ciclovia equivale a 90% do meu trajeto do trabalho para a faculdade. No meu caso, ela serve mesmo pro commuting. Só que pedalar 20 km para ir e 20 km (14 na ciclovia + 6 na cidade) para voltar pode ser difícil no começo. Quando começar a pedalar para trabalhar, vou querer fazer apenas o trecho menor de 6 km (do trabalho para a Vila Olímpia) para me acostumar.
Pedalei os 14 km de uma ponta à outra este fim de semana e isso realmente me exigiu um trabalho de perna (estou desacostumada). Teria voltado os 14 km de boa se não tivesse me queimado com o sol (esqueci o protetor). Infelizmente tive de voltar de metrô, mas a experiência foi incrível. Incrível e puxada. 40 km diários irão exigir de mim algum preparo físico.
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Oi @Ju, isso é uma questão de tempo, logo vc não sentirá dores nas pernas. O melhor é fazer pequenos trechos, para ir se acostumando. O protetor solar é fundamental. Já vai se preparando para a Rota Marcia Prado em dezembro! Abs.
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Essa ciclovia é simplesmente sensacional !! utilizo praticamente todos os dias.. não acho que ela é só de passeio…. quando ter acesso em Sto Amaro e Morumbi acho que vai bombar…. pois nessas 2 estações tem muitos ciclistas na rua .. os que vem da Ponte João Dias…. odeio politica mas tenho que tirar o chapéu para o governo/CPTM e EMAE que estão fazendo esse pouco mas que é de grande utilidade publica aos poucos as coisas vão ficando cada vez melhor… e quem sabe um dia SP seja a capital da BIKE !
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Muito boa notícia.
Só sugiro que os acessos da ciclovia sejam por rampas, e não por escadas, como ocorre na Vila Olímpia.
Só facilitará mais ainda as coisas. Obrigado.
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Ufa ate que fim, e já vejo as obras na estação sto amaro. Utilizo todos os dias, e não terei q voltar ate a jurubatuba, para ter acesso a ciclovia!
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Gostaria de saber se não tem nenhuma alternativa melhor para aquelas canaletas ao lado da escada, na minha opinião mais atrapalham do que ajuda, será que todos os novos acessos serão assim?
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Ricardo, a canaleta foi o melhor que pôde ser feito para aproveitar a passarela de serviço existente. Não era possível transformar a escadaria em rampa, pois ficaria muito inclinada. Transformar parte da escada em rampa impediria que as pessoas subissem e descessem simultaneamente.
Os novos acessos serão todos com rampas. Um deles ficará a uns 700 metros dali, no Parque do Povo.
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Olha, moro no jardim São Luiz, e trabalho ao lado do Shopping Morumbi, poderia ir pedalando todos os dias mas infelizmente não vejo ninguem falar em passarela na ponte joão dias, desta maneira tenho que passar horas no transito para fazer um percurso de 7Km já com minha bike seria no maximo 30 minutos de onibus levo serca de uma hora e meia. fica meu protesto.
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Gostaria demais q nosoos rios voltassem a ser navegaveis e com ciclovias ao lado p/ nós aproveitar-mos mais a cidade c/ passeios de bicicletas respiraqndo um ar melhor. Mereçemos uma cidade melhor, pois pagamos impostos demais e temos q ter um retorno desse nosso capital.
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O cheiro é forte no começo (ali perto da estação Vila Olímpia), mas depois de alguns metros vai diminuindo até sumir. É suportável e, principalmente, importante que a gente sinta e veja o rio morrendo.
Quando Mikael Colville-Andersen esteve em SP, o levamos para conhecer essa ciclovia e ele disse que os rios da Europa eram bem parecidos com o Pinheiros. hoje estão navegáveis e as pessoas tomam banho graças às reclamações e políticas publicas para salvar as vidas dali. Quem sabe aproximando o paulistano do rio, as coisas mudem um dia ne…
Ele fez alguns comentários aqui (em ingles): http://www.copenhagenize.com/2011/07/sao-paulo-bicycle-life.html
acho uma aberração (além da falta de acessos), a falta de iluminação. na epoca que inauguraram já tinha o projeto de ser feita iluminação a partir da energia solar http://2.bp.blogspot.com/_w-LsPLm6V-0/S37F9l8PKvI/AAAAAAAACI4/C6FYczUDQSQ/s1600-h/DSC09706.JPG
mas – como disse o willian – dps que mudaram os “cabeças” da CPTM, a coisa empacou de vez
Comentário bem votado! 4 0
Uma diferença dos rios urbanos da Europa é que eles não são “cercados” por vias rápidas como as marginais… talvez isso tenha sido realmente determinante para salvá-los, pois ficando mais proximos das pessoas, muitos devem ter reclamados. Mas do que passar rapidamente de carro, com uma certa distância e as vezes sem notá-lo.
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desculpem a pergunta imbecil, pois nunca fui nessa ciclovia…mas e o cheiro? é suportável??? não dá ao ciclista a impressão de precisar ir correndo para o banho, depois de passar por ela?uma máscara resolve?
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Ola @Re, como a @Aline Cavalcante disse, apenas naquele ponto da estação vila Olimpia, é forte, uma mascara é importante não apenas para essas ocasiões, e sim para andar na vias com muito fluxo de carros, assim vc não respira todo o CO2 produzidos por eles!
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Danilo, os motoristas precisam mais de máscara do que os ciclistas:
http://g1.globo.com/sao-paulo/respirar/noticia/2011/04/motoristas-inalam-mais-poluicao-dentro-do-carro-que-um-ciclista.html
Na verdade, precisaríamos dela até dentro de casa e do escritório:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110801/not_imp752546,0.php
Se for para usar como medida de protesto, tudo bem, mas incentivar seu uso só causa a impressão de que pedalar é uma atividade insalubre. E isso é algo que ela realmente não é. Insalubre é ser sedentário.
Abraço!
Comentário bem votado! 8 0
Perto das saídas poderiam ter um “mapa dos arredores” como há nas estações de Metro.
Outro ponto, alguém tem notícias de como anda aquele plano cicloviario do BUTANTA? Com ciclovias na Av. Eliseu de Almeida e arredores?
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Não anda… Já fiz várias reclamações na sub prefeitura inclusive sobre as situações deploráveis daquela avenida… Não tive resposta!
O ideal é que continuemos reclamando para conseguir alguma resposta.
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Tomara que isso saia mesmo, pq o negócio tá demorado…
Sobre a sinalização e integração, seria bem bacana se as ciclorrotas tmb chegassem as novas entradas da ciclovia, e que isso fosse sinalizado, tanto para quem está na rota, quanto para quem está na ciclovia.
Com essa ciclovia completa, com muitas saidas, iluminação, horário de funcionamento razoável e com a integração dela com as ciclorrotas, o negócio começaria a ficar interessante para quem mora e trabalha no centro, na zona sul e oeste da cidade!
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