De bicicleta, sinal verde é sinal verde
Av. Paulista, segunda-feira, 17h. Todos os sinais abertos, todos os carros parados. A ciclista flui. Seus filhos a esperam em casa e ela não vai se atrasar. Ela se torna imune ao congestionamento e ao stress. Chegará sorrindo. Texto sobre bicicleta, liberdade e uma mãe que pedala feliz pela cidade.
Av. Paulista, São Paulo. 17h de uma segunda-feira. Todos os sinais abertos, até onde a vista alcança. Todos os carros parados, até onde a vista alcança. A ciclista flui. Não está com o pé apoiado no chão, não está com a mão apoiada em nenhum lugar. Está em movimento.
Seus filhos a esperam em casa e ela não vai se atrasar. O congestionamento não a atinge, ela se torna imune em suas duas rodas. Imune ao engarrafamento, imune ao stress.
A ciclista é Luciana Spedine. Eu havia parado atrás de um carro para fotografar o trânsito parado e, enquanto preparava o celular, ela surgiu vindo de trás pelo corredor. Sorriu dizendo “oi, Willian!” e seguiu adiante, abrindo caminho com seu sorriso em meio às caras amarradas no trânsito. Então cliquei não só o congestionamento, mas também a fluidez. Não só as amarras, mas também a liberdade.
Depois que postei a foto no twitter, ela se identificou agradecendo o clique. Seu marido e filhos gostaram de vê-la na foto. Fluindo, livre, uma mãe que chegará em casa sorrindo. E não é o congestionamento nosso de cada dia que vai atrasar seu reencontro com os filhos e o marido.
Ciclista não tem adesivo da família na bicicleta – talvez porque não goste, talvez por simples falta de espaço para colar. Mas também leva a família sempre consigo, dentro do peito. Quando vir um ciclista no trânsito, lembre-se: seus filhos podem estar esperando em casa.
Proteja o ciclista. Proteja a vida.
Sabendo que mães também usam a bicicleta como meio de transporte neste município fico com muito receio por elas. Saio todo dia do Morumbi e pedalo até a Fatec Tiradentes e não faltam “quase tragédias” no caminho. Alguns monstroristas dão um medo na rua, mas torço muito pelas mamães e por sua segurança pois são um exemplo em dobro, triplo, quádruplo, pros filhos pro maridão pra família toda e para as pessoas na rua, pena que nem todos percebem o olhar de uma mãe.
2 0
Lu, fiquei realmente orgulhosa, principalmente por adimirar sua atitude e coragem.
o texto me emocionou e quer saber, a mãe lá de cima está como eu, euforica , emocionada e orgulhosa.
willian, texto lindo , parabéns.
bj
gi
2 0
Muito bom, muito bom, muito bom !!
2 0
Identifiquei-me com o relato, pois sou mãe de 2 filhos (14 e 11 anos) e tenho ido trabalhar de bicicleta desde julho, do Ipiranga até a Vila Mariana, e voltando pra casa na hora do almoço.
Espero mesmo que os motoristas me respeitem, pois meus filhos me esperam em casa para almoçarmos juntos.
Comentário bem votado! 5 0
Oh, best friend! Congratulations! Lu, amiga dos tempos das Letras e das baladas em que sempre tiramos o tempo da bebedeira para pseudofilosofar. Parabéns ao Willian, pelo texto. Parabéns aos ciclistas, pela atitude: por mostrar que um outro mundo é possível. E com orgulho dos amigos, é claro. Está na hora de eu consertar o pneu furado da bike e me reunir a vocês. Um grande abraço, JPC.
2 0
Perfeito William, como sempre! Valeu. Abçs
1 0
Olá William,
O que é belo e inspirador deve ser mostrado mesmo.
Enviei um email para o contato@vadebike.org pedindo uma entrevista. Por favor, me responda o quanto antes!
E parabéns pelo site!
Abs.
Daniela Urquidi
1 0
“Eu amo essa cidade, quero mais felicidade!”
Parabéns William e Luciana. Vocês me inspiram.
Comentário bem votado! 4 0
Delícia recuperar a minha humanidade.
3 0
parabéns ao autor, à mamãe, aos motoristas que respeitam as bikes e aos bons ventos da mudança que se instala.
Comentário bem votado! 8 0
Excelente texto Willian, a visão que esperamos de nós é essa mesmo, a de que existem pessoas que nos amam esperando que cheguemos bem. Respeite o ciclista, poderia ser alguém que você ama!
abços.
Comentário bem votado! 4 0
Até desceu uma lágrima agora…
3 1
William, fico lisonjeada por ser uma menção no seu blog. Seu trabalho e ativismo são inspiradores e certamente já estão dando frutos.
Sim, estava indo para casa naquela hora e antes ia entregar o terno (!) que meu marido alugou para irmos a um casamento dias atrás, algo que sequer sonhava em fazer um dia de bike (ele estava enrolado nas aranhas externas da mochila – não é o máximo?!).
Que nossos filhos vejam em nós um exemplo de respeito gratuito ao próximo e cidadania.
Um abraço e mais um ótimo dia!
Comentário bem votado! 27 0
AAAAA Lu, só vi agora!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Willian, parabéns pelo seu texto!
E por sinal, a Lu me inspirou e fiz um cartaz assim: “Elas me esperam em casa, preserve a Vida” e desenhei minhas duas meninas.(né Lu)
Estava lá na Rio+20 e fotografaram e adoraram o cartaz inspirado no cartaz da Lu
SENSACIONAL
Me emocionei né
Sou mãe e manteiga derretida 🙂
Bjs pra vcs!
Sil
2 0
Sinto a mesma sensação quando não pego a fila gigantesca de carros para fazer a travessia Santos – Guaruja.
1 0
Me emocionei ao ler, muito bom o registro e o texto.
Por conta do exercício, já temos uma melhora da saúde do corpo, mais ainda contra as doenças do século “XXI” como stress, depressão…
belo relato
Daniel Serafim
3 2