Ainda que eu tivesse chegado fantasiado assim, mereceria respeito da mesma forma.

No coração de São Paulo, ciclista ainda é mal recebido

Que o atendimento no Conjunto Nacional vem piorando, todos sabemos. Mas não esperava ser chamado de “palhaço” e ameaçado de agressão.

A jaula para bicicletas no Conjunto Nacional. O estacionamento para automóveis funciona ininterruptamente, mas às 22h o cadeado do bicicletário vai dormir e você só pode retirar sua bicicleta no dia seguinte.

Na segunda-feira, 15 de outubro, fui ao Conjunto Nacional, um importante centro comercial na avenida mais emblemática da cidade, a Paulista, por onde passam cerca de mil ciclistas por dia. O condomínio também está a apenas duas quadras da Praça do Ciclista, onde os ciclistas se reúnem mensalmente, às centenas, para a Bicicletada, além de servir de ponto de encontro regular.

Numa região onde ciclistas de todos os estilos e classes sociais circulam com frequência cada vez maior, era de se esperar que fossem bem recebidos. Mas, infelizmente, isso nem sempre é verdade.

>> Preconceito contra ciclistas ainda é forte no Brasil <<

Não reclame, palhaço!

Ainda que eu estivesse fantasiado assim, mereceria respeito da mesma forma.

Depois de estacionar e trancar minha bicicleta, enquanto o encarregado do estacionamento trancava a jaula que chamam de bicicletário, notei a placa que falava sobre o horário de funcionamento. Eu só poderia retirar minha bicicleta dali até as 22h.

Se eu decidisse assistir a uma sessão de cinema que terminasse depois desse horário, teria que deixá-la por lá até o dia seguinte. Se fosse funcionário de uma das lojas, que fecham apenas às 22h, também não conseguiria chegar a tempo e teria problemas.

Um completo absurdo, considerando que o estacionamento de automóveis ao redor do bicicletário funciona 24 horas. Sim, eles retêm seu bem mesmo tendo a possibilidade de devolvê-lo, o que pode servir de base para acionar a polícia.

Pensando nisso, questionei o rapaz:

– O estacionamento de carros também fecha nesse horário?

– Não, só o bicicletário.

– Então tá errado isso aí, hein? – e fui saindo. Não ia ficar discutindo a política da empresa com ele, só queria manifestar meu desagrado.

Após alguns passos, ele me diz de lá de trás:

– Você vem parar bicicleta aqui e ainda quer reclamar?

Parei, virei e disse:

– Vocês são obrigados por lei a receber bicicletas aqui.

– Que lei o quê! – e mais alguma coisa incompreensível, dita em tom de resmungo e acompanhada da mesma cara feia.

– É lei, sim! Se você não conhece a lei, vai estudar, rapaz!

E comecei a andar novamente. Ele voltou a resmungar alguma coisa em tom baixo, para que eu não compreendesse, e terminou gritando: – Palhaço!

Parei, respirei fundo, voltei dois passos.

– Você tá me chamando de palhaço?

Nisso ele tinha acabado de trancar a jaula que chamam de bicicletário e caminhava rápido na minha direção.

– É, chamei sim! – e parou com o rosto a centímetros do meu, numa clara tentativa de me intimidar, uma ameaça clara de agressão.

Não me intimidei. Olhei nos olhos dele, diminuindo ainda mais a distância e mostrando que eu não o temia. Sem desviar o olhar, disparei: “se fosse lá na rua a gente resolveria de outro jeito”, deixando claro que ele não conseguiria me deixar com medo.

Percebendo que a intimidação física não adiantaria, ele parou de me encarar e começou a andar, dando as costas e dizendo:

– Isso aí você tem que reclamar lá na empresa.

– Então por que você tá me chamando de palhaço? Tô com a cara pintada? Tô com um nariz vermelho?

– Não, mas parece.

Resolvi parar de discutir, pois o sangue já tinha fervido e ele claramente não queria argumentar. Andei mais um pouco e perguntei em voz alta para o rapaz que trabalhava no caixa:

– Quem é o superior desse ignorante? – O rapaz, constrangido, apontou para o outro que discutia comigo.

– É, sou eu mesmo – gritou ele atrás de mim. Ele é o superior dele mesmo? É o dono da empresa? Não entendi.

Ignorei-o e voltei ao rapaz do caixa:

– Então me dá o telefone da empresa, por favor.

Ele apontou para um cartaz na parede. Olhei e não consegui ver número de telefone, tão irritado eu estava.

Nisso, o encarregado do estacionamento voltou a levantar a voz atrás de mim, bastante agressivo:

– O telefone é 3046-3566, pode ligar lá! Tá aqui meu nome, é Wellington! – gritava, exibindo um crachá que eu não conseguia ler. E desafiava: – Vai, liga lá!

Não falei mais nada. Apenas tirei uma foto da minha bicicleta enquanto saía, para comprovação caso ele tentasse retaliar de alguma forma. Da maneira como fui tratado, tinha a certeza que ela estaria danificada quando eu voltasse. Felizmente, nada havia acontecido e, na hora de retirar, quem me atendeu foi outro rapaz, por sinal muito educado.

Se eu tivesse chegado em um carro caro e reclamado de um chiclete no chão, DUVIDO que teria sido tratado dessa forma. É um claro caso de preconceito com o ciclista, como já comentamos aqui no Vá de Bike.

>> Site colaborativo permite avaliar como estabelecimentos recebem ciclistas <<

Respostas das empresas

O Vá de Bike entrou em contato tanto com a administração do condomínio quanto com a Estapar, empresa responsável pelo estacionamento. Relatamos o ocorrido e questionamos se clientes que chegam de carro recebem o mesmo tratamento ao fazer uma reclamação.

Foto: Fernando Stankuns, via Flickr

Conjunto Nacional

A administração do Conjunto Nacional limitou-se a passar o contato do proprietário do estacionamento, lavando suas mãos sobre o assunto. Respondemos afirmando que o condomínio tem responsabilidade solidária pelo estacionamento e pelo atendimento dispensado aos clientes do complexo, mas não obtivemos mais nenhuma resposta.

Claramente, a administração do condomínio não se importa como seus clientes são recebidos no estacionamento, sem se preocupar que uma recepção dessas pode afastá-los dali para sempre. Parece que clientes que chegam em uma bicicleta não valem tanto assim. Nosso dinheiro deve valer menos.

Estapar

A Estapar se preocupou em nos dar um retorno e até pediu para seguramos um pouco a publicação dessa matéria, pois estavam apurando o ocorrido. Por fim, nos enviaram a seguinte resposta, que publicamos na íntegra:

A Estapar lamenta o aborrecimento alegado. Informa que faz parte da política da empresa o aperfeiçoamento continuo dos processos de treinamento.  A empresa esclarece que considera o bicicletário um serviço essencial por atender uma significativa demanda dos usuários. Por isso, tem funcionários exclusivos destinados a esse atendimento. O funcionamento é até as 23h em decorrência da demanda que acontece principalmente até esse horário.

A Estapar informa que a sua atuação prioriza e orienta constantemente seus funcionários a atender os clientes com qualidade. O Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) é 0800 10 55 60, segunda a sexta-feira das 7h30 às 18h30.

Apesar de afirmar que o bicicletário funciona até as 23h, a placa diz que fecha às 22. E não é verdade que há funcionário exclusivo para esse atendimento: nas duas vezes tive que sair procurando alguém que me atendesse, porque os funcionários estavam envolvidos em outras atividades. E, se houvesse mesmo um funcionário exclusivo para isso, não haveria necessidade de grades e cadeado, certo?

A empresa poderia inovar em receber ciclistas com qualidade e bom atendimento em TODAS suas unidades. Mas perde a oportunidade simples, barata e com bom potencial de ganho de imagem de se destacar frente à concorrência.

Histórico

Em janeiro de 2008, a Estapar publicava notícia informando que passava a oferecer bicicletários em seis estacionamentos da rede, na região da Avenida Paulista, em conjunto com a seguradora Porto Seguro. Em 2011, chegou a receber uma avaliação positiva em matéria veiculada aqui no Vá de Bike (leia aqui).

Entretanto, algum tempo depois a Porto Seguro se retirou da parceria e a qualidade do atendimento começou a cair rapidamente. Em 2012, ocorreu um um furto de bicicleta, provavelmente por consequência da ausência de um funcionário dedicado a cuidar do local.

Nesse momento, decidiram arbitrariamente retirar o bicicletário, contrariando a Lei Municipal 14.266, que obriga o condomínio a tê-lo. Com o questionamento de ciclistas e de sites como o Vá de Bike e o Na Bike, o bicicletário foi recolocado no mesmo dia (leia aqui e aqui).

Aparentemente, o bicicletário é um estorvo para a Estapar e irrelevante para o Conjunto Nacional, sendo visto como uma mera obrigatoriedade perante a lei, cumprida como dá. E os ciclistas que estacionam ali não são clientes, não são bem vindos. São um incômodo.

Uma pena, pois muitos lojistas no local atendem bem quem chega de bicicleta, chegando até a oferecer descontos. Nem todos sofrem dessa miopia.

45 comentários em “No coração de São Paulo, ciclista ainda é mal recebido

  1. Impressionante o descaso e a falta de educação de algumas pessoas com o ciclista, como se nós fossemos extra terrestres.
    Infelizmente gente ignorante e despreparada para atender os outros existem aos montes, eu se vou em um local seja de bicicleta,carro ou a pé e sou mal atendido não volto mais e faço o máximo de propaganda negativa para os outros sobre o atendimento.
    Bater boca com um CHUCRÃO destes não vale a pena, pois este tipo de gente atrasada não muda, então a melhor coisa é ignorar e ai sim reclamar com o responsável do estabelecimento. Agora existem locais que surpreendem no atendimento ao ciclista, acho que seria uma boa aqui no site colocarem se é que já tem um espaço tipo comercios amigo dos cilcistas.
    Vou aproveitar para divulgar dois, sou da Zona Leste de SP, aqui temos no bairro da Penha o Shopping Penha, quase tirei e vou tirar uma foto para enviar ao site, na rampa do estacionamento tanto na decida quanto na subida tem uma faixa vermelha pintada no chão com os desenhinhos das bikes, igual as ciclofaixas, dando boas vindas aos ciclistas e sendo exclusivo para os ciclistas, os carros tem de passar ao lado, no estacionamento o ciclista pode deixar sua Bike super protegida junto com as motos, e pode fazer compras, ir ao cinema que o horário de estacionamento é igual a todos, só não sei se paga vou me informar direitinho depois informo ao site junto com as fotos. Mas o Shopping Penha está de parabéns pela atitude e boa vontade de dar um tratamento igual e seguro ao ciclista,apesar de não ter ido lá ainda de bike, confesso que fui de carro, pois não sabia desta mini ciclofaixa até o estacionamento,estou divulgando pois tudo que é positivo merecenosso reconhecimento também recomendo visitarem. Outro local no bairro da Penha SP também, este sim fui de bike e fui muito bem recebido foi o Carrefour, da rua eu perguntei ao segurança se poderia entrar de bike e gentilmente na maior educação este sinalizou sim, e me mostrou onde eu deveria prender minha Bike, junto as motos também, ainda me desejou boas compras e disse que estava de olho nas bikes para eu ficar tranquilo, realmente ao voltar estva lá junto de outras do jeito que eu deixei e o segurança fazendo sua ronda ao me ver pegar a bike se aproximou, cumprimentou e saiu em seguida, lugares assim dá gosto de voltar, outro que fui bem recebdi aqui no mesmo bairro o EXTRA, o rapaz me acompanhou até onde guardam as motos e pude deixar minha bike lá tranquila pelo tempo que eu quis, voltei estava lá bonitinha me esperando.
    Acho que devemos divulgar sempre os lugares onde não devemos ir e deixar os ignorantes sentirem no bolso e prestigiar os lugares que fazem ou pelo menos tentam fazer o atendimento ao cilista ser DIGNO!
    PARABÉNS SHOPPING PENHA, PARABÉNS CARREFOUR, PARABÉNS EXTRA , continuem assim vcs só tem a ganhar mais clientes!
    Bom pedal a todos!

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    1. Bom eu, na Zona Sul, no Carrefour Jabaquara, não tive a mesma sorte.

      6/4 se eu me lembro bem fui fazer compras no Carrefour Jabaquara, próx. ao metrô Conceição, entrei sem saber se precisava pagar, perguntei a um dos funcionários onde poderia parar a bike e a resposta foi “Esse carro ta saindo, prende nessa grade ai.”. Até ai tudo bem … ele foi educado.

      Volto depois de 1hr lá dentro e cade a bike? Sumiu, com cadeados e tudo e, NINGUÉM VIU. Tentei de várias maneiras fazer com que o seguro paguasse o valor da bike (na faixa dos 3k) e depois de 2 meses e enrolação, me foi negado, pois a nota apresentada era posterior ao roubo da bicicleta (pq eu ainda não tinha acertado as peças e não tinha tirado a nota fiscal)…

      Conversando com 2 amigos advogados me disseram que se eu entrasse no pequenas causas e perdesse, o prejuizo poderia ser muito maior que o preju da bike, e como to sem grana pra arriscar e com uma filha pra criar acabei deixando de lado…

      Por causa da incopetência e insegurança do Carrefour Jabaquara, eu tive a bike que tinha me dado de aniversário levada.

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      1. Que pena Felipe! Infelizmente vc não deu sorte mesmo! Por isto eu frisei bem que usei e uso de vez em quando os estacionamentos do Carrefour e o Extra aqui da Zona Leste do Bairro da Penha, pois em cada bairro tanto atendimento como cobrança etc devem ser bem difrentes, não deveria mas infelizmente pelo visto é.
        Pelo menos aqui nem um e nem outro Hipermercado cobram estacionamento, nem de carro e muito menos de bicicleta não importa o tempo de compra é gratuito, e aqui também as bicicletas não podem ser presas a qualquer grade tem de ser no mesmo local onde são colocadas as motos. No teu caso o que pode ter acontecido pelo que vc explicou foi além da orientação errada do funcionário ao mandar vc prender a bike em uma vaga que deveria ser de algum carro que havia saido, algum motorista talvez com raiva por não poder ter estacionado na vaga ou alguém mal intensionado mesmo foi lá e levou.
        Mas é uma pena, e é bom vc dar até o endereço do local, para se mais alguém for lá, já ir preparado, mas se Deus quiser logo logo vc vai estar com uma Bike muito melhor do que a que vc tinha!

        Abraços

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        1. https://maps.google.com.br/maps?q=carrefour+jabaquara&hl=pt-BR&ll=-23.639089,-46.641968&spn=0.004162,0.008256&sll=-22.546052,-48.635514&sspn=8.588062,16.907959&t=h&hq=carrefour+jabaquara&z=18

          Esse é o local.

          Valdemir, não acho que tenha sido alguém de fora não.

          Realmente acredito que alguém do próprio estacionamento roubou a bike.

          Digo isso porque, a bicicleta estava do lado de uma das entradas principais, a do parque de alimentação do complexo do Carrefour, e mesmo presa por 2 cadeados normais, sumiu, sem deixar cadeados, sem deixar rastros, sem ninguém ver… bizarro não?

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          1. Bizarro mesmo Felipe, ainda por cima presa por 2 cadeados, o cara foi meio Ninja mesmo hein!
            A minha eu prendo com um cadeado apenas aqueles que já vem com cabo de aço, que a gente compra em casas de Bike, Ferragens etc, é de chave e não de segredo, e nunca tive problema.
            Não sei qual era a sua bike, a minha é uma simples CALOI TERRA, que de original mesmo é só o quadro, troquei praticamente tudo com o tempo, coloquei rodas aero, pneu Kenda Flame, corrente, pé de vela pedal tudo Shimano, ou seja mesmo tendo um upgrade legal, talvez pelo fato de ser Caloi não chame tanto a atenção do pessoal, ou eu dei sorte até agora, não sei, mas de qualquer maneira é lamentável o que aconteceu com vc.
            Não importa qual seja a bike da gente, se é barata ou cara, dane-se é da gente, e temos um carinho por nossa companheira de passeios, eu sei que esta não será minha unica bike , um dia compro outra e assim vai, mas a gente sempre quer manter a magrela bonitinha, AI VEM UM @#%¨$#*(&¨%$#@¨&% DESTES, e rouba uma coisa que a gente comprou, equipou e pagou com o maior sacrificio, é de se revoltar mesmo!
            Mas como disse bola pra frente, logo logo vc vai estar com uma bike mais legal que a anterior e vai poder voltar a pedalar por ai!

            Boa sorte amigo! E bom pedal na nova Bike!

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  2. Não sei não, mas esses funcionários devem está afim é de ganhar gorjeta e comissões das pessoas que estacionam os seus carros, esse é meu pensamento.
    Só sei que após ficar sabendo do acontecido, eu vejo a Empresa ESTAPAR, como sendo uma péssima empresa, o que me motiva a não estacionar o meu carro ou do meu amigo a procurar outro estacionamento.

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  3. Fala Willian, absurda essa situação e imagino como você tenha ficado nervoso com um baguio desse.

    Olha essa: Dia desses deixei minha bike no bicicletário do Metrô Armênia de manhã, sendo que dois dias antes tive que me virar pra parar a bike pois o mesmo encontrava-se fechado. Bom, quando saí do trampo e voltei pra pegar a bike de tarde, o bicicletário tava com a porta fechada! Com minha bike lá dentro mano! Sem aviso, bilhetinho, se porra nenhuma. Fui até um funcionário do metrô e ele super solidário me disse que se eu tivesse o telefone deles (da Parada VitaL) eu poderia ligar do telefone da estação, bom, precavido que sou já tinha o telefone e liguei, o funcionário que me atendeu disse que iria enviar um outro funcionário pra lá pra poder abrir o biciletário, que eu deveria aguardar 20 minutos. Meia hora depois me aparece um funcionário com mó cara de constrangido, suado: “Pô cara, desculpe mesmo a gente tá com um problema de pessoal e eles estão priorizando o bicicletários que tem mais fluxo, porque aí mostra mais os patrocinadores e tal, eu acabei de vir lá da Sé, deixei o de lá fechado com um bilhete”. Pergunto pra ele: Mas e aí? Esse bicicletário não vai abrir mais? Eu dependo dele, uso direto! Resposta: Cara, não sei dizer mesmo, eu acho que eles vão fechar é tudo”.

    Abração e força nos corres!
    😉

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    1. Quem deveria assumir os bicicletário era o GESP e CMSP, acho que na sé fica mais fácil pois se encontrar dentro do dominio dela, bastaria colocar um funcionario na linha dos bloqueios do lado de fora próximo a area

      Em outros (nao conheço esse de PPQ) que ficam bem fora teriam mais problema…. mas a exemplo da CPTM que cuida dos seus bicicletarios (nao sei bem como são os funcionarios mas sei que os bicicletarios são dela) o Metro devia fazer o mesmo

      Já o problema da parada vital foi ter perdido o seu maior patrocinador, será que não rolava o Bradesco ou mesmo o Itaú assumir?

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    1. Erick, vc tirou as palavras de meus dedos… Que tal uma manifestação aos moldes daquele no Shopping JK Iguatemi? Bicicletada é na próxima 6a…

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  4. [Comentário oculto devido a baixa votação. Clique para ler.]

    Esse comentário não tem feito muito sucesso. Thumb up 3 Thumb down 33

    1. Desculpe. Não é cortesia. Todo estabelecimento comercial deve prover um lugar para o estacionamento de bicicletas. Não estão nos fazendo favor nenhum.

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    2. A cortesia é não cobrar, mas daí em diante é lei
      Trecho da lei municipal 14.266 de 2007
      Art. 8º Os terminais e estações de transferência do SITP, os edifícios públicos, as indústrias, escolas, centros de compras, condomínios, parques e outros locais de grande afluxo de pessoas deverão possuir locais para estacionamento de bicicletas, bicicletários e paraciclos como parte da infra-estrutura de apoio a esse modal de transporte.

      § 1º O bicicletário é o local destinado para estacionamento de longa duração de bicicletas e poderá ser público ou privado.

      § 2º O paraciclo é o local destinado ao estacionamento de bicicletas de curta e média duração em espaço público, equipado com dispositivos para acomodá-las.

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    3. Belisa, você está mal informada. O grande problema em São Paulo-SP (leia-se Brasil) é que ninguém cumpre a lei e o poder público não pune. Isso torna o cidadão desconhecedor de seus direitos. É isso (também) que diferencia o nosso país das nações mais “evoluídas” do mundo. Lei por lei estamos bem servidos… Quanto ao respeito destas, somos 4o. mundo. Portanto, cabe a nós, como cidadãos, nos fazermos respeitados.

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      1. Bem, essa lei não preve sanções para quem não cumprir, mas me imagina por exemplo a nova avenida perimetral, ela terá ciclovia/ciclofaixa ou mesmo farão uma ciclorrota no entorno?
        Não vi nada disso, e a construção parece não ter, acho que inclusive cabe uma denúncia ao MP, mas o que se esperar se nem o próprio poder executivo não cumpre uma lei que ele mesmo sancionou?

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  5. William,
    Vc divulgou o BikeIt como referência, mas lá neste mesmo site, o Conjunto Nacional está indicado como APROVADO no questão tratamento aos ciclistas e suas bikes. Veja lá:
    “APROVADO!

    Possui paraciclo gratuito na garagem do prédio. Também permite que se transite por baixo do prédio empurrando a bike. Além de dar acesso ao complexo de LIVRARIA CULTURA, também possui restaurantes, papelarias e frequentes exposições interessantes, já me deixaram encostar a bike na mesa da lanchonete que tem na entrada, enquanto eu comia um salgado e tomava um café.”

    Não falo isso para questionar o seu artigo, pois tenho certeza de que ele espelha bem a realidade. Mas acho que vale a pena “dar um toque” ao BikeIt, para que reveja seus conteúdos, ou a forma como as referências são deixadas lá.

    Abs,

    LuiZ
    Cicloturista nas horas boas!

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  6. A explicação que eu dou para isso é simples: o dono do estacionamento está preocupado em faturar com cada carro estacionado. O espaço destinado à bicicleta é um espaço “perdido” para eles. Se vc sair dali e gastar mil reais no conjunto nacional, o estacionamento continua sem ganhar nada.

    Logo, a briga tem que ser com o condomínio que dispõe aos clientes um estacionamento terceirizado que não está obviamente interessado em ver o número de bicicletas aumentar e o de carros diminuir.

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  7. Simplesmente TODAS as vezes que parei no Conjunto Nacional tive que “caçar” um funcionário. “Bate ali na porta de vidro”, sempre dizem. E nunca há ninguém. Só pq não pagamos merecemos ser mal tratados?
    Já no Estapar do Shopping Center 3 (logo em frente), quando questionei a ausência de paraciclos, o funcionário falou para ligar no SAC. Tentei, mas só escutei musiquinhas. Enviei um email via formulário do site da empresa e, para minha surpresa, me ligaram algumas semanas depois me dando um retorno do caso (informando que seria colocado um paraciclo no local).
    Minha conclusão é que essa empresa é bipolar. Atende bem quando quer.

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  8. …E o horário aos finais de semana é até 19h.
    O que pode significar nada de cinema, teatro nem compras a noite pra quem vai de bicicleta.

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  9. Para mim é sempre um stress muito grande ir a algum encontro comercial com a minha bike e não saber como serei recebido no prédio da empresa.
    Por sorte, cada vez tenho encontrado mais facilidades que problemas.
    Mas quando tenho que ir a um lugar perto da Paulista, por ex, acabo usando o Metro.

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  10. Se estivermos em cinco pessoas, entrarmos em cada um dos estabelecimentos do Conjunto Nacional (de preferência com roupa de passeio), procurarmos a pessoa com maior responsabilidade presente no local e conversarmos na boa sobre a situação (entregando uma folha de papel com o argumento por escrito) o resultado pode ser muito bom.

    Apesar de considerar bicicleta cidadania e não consumo, a relação ali é bem mercantil e acredito que os comerciantes tem que ser vistos como parceiros.

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  11. Willian, eu sou estressado pra caramba. Mesmo sem te conhecer pessoalmente, sempre te achei zen e seu posicionamento muito pertinente sobre vários temas. Na real, admiro muito sua postura. Deixa eu te contar de uma coisa que vi em San Francisco quando estive por lá no meio do ano:

    Na frente da loja Victoria’s Secrets, no centro comercial mais importante da cidade, uns 4 garotos e garotas com um megafone, placas, protestando e exigindo posicionamento da loja em relação à utilização de uma materia prima X nos produtos da marca. Cara, isso intimida MUITO as pessoas e elas simplesmente param de entrar no estabelecimento. Vi a mesma situação se repetindo umas 3 vezes, inclusive na porta de um hotel de luxo.

    Minha pergunta é, por que a gente aqui não faz o mesmo?

    Minha proposta: Vamos lá no próximo domingo, durante o horário de operação da ciclo-faixa de lazer onde todo mundo banca uma de amigo do ciclista e chamar a atenção dessa situação. Assim, no horário do almoço mesmo. Uma maneira é nós pressionarmos o condomínio. A outra é fazer com que os lojistas pressionem o condomínio. A voz deles vale bem mais (inversão de valores, eu sei). Acha que funciona? Podemos usar a Mão na Roda dessa quinta como QG e organizar o esquema.

    Quem tem um megafone?

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    1. Gostei da ideia!
      Estou aqui pensando, a Livraria Cultura é muito forte ali no CN afinal além da livraria tem o cinema, será que eles não estariam dispostos a colaborar efetivamente com isso?

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  12. O desprezo é evidente. Já tive problemas lá tb. Veja que logo na entrada uma placa pede que o ciclista desça da bicicleta antes de descer a rampa que dá acesso ao estacionamento. “Evite acidentes”, diz ela. Estou vindo da rua pedalando e no estacionamento devo andar a pé para evitar acidentes?

    Abraços,
    Marcel

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