Lívia Araújo, a correspondente de Porto Alegre
O time do Vá de Bike continua crescendo. Agora é Lívia Araújo quem vem reforçar a equipe, direto de Porto Alegre.
Meu nome é Lívia Araújo, sou jornalista, nasci em Santos-SP e estou radicada em Porto Alegre há oito anos. A bicicleta é meu meio de transporte principal desde 2008 e, com minha Peugeot dos anos 70 e dois alforjes de palha, faço até a feira do fim de semana.
Porto Alegre ainda não tem mais do que 12km de ciclovias e, como muitas cidades que recebem investimentos para a Copa do Mundo de 2014, tem recebido obras viárias caras e de eficiência duvidosa na melhoria da mobilidade urbana a longo prazo. No entanto, há pouco mais de dois anos, a capital gaúcha ganhou importância no cenário do cicloativismo nacional: foi aqui que, em 25 de fevereiro de 2011, o bancário Ricardo José Neis cometeu uma tentativa de homicídio coletiva, ao acelerar seu VW Golf contra os 150 ciclistas que pedalavam na Massa Crítica.
O fato chocou o Brasil e o mundo, revelou mais uma faceta da violência no trânsito, e deixou um trauma indelével nas pessoas, atropeladas ou não, que estavam participando daquela pedalada. No entanto, ao invés de desencorajar os ciclistas a usar esse meio de transporte, o atropelamento da Massa Crítica lançou mais ciclistas às ruas, mobilizou mais cidadãos a ajudarem a construir uma cidade mais humana, promoveu cobranças contundentes ao poder público e fomentou uma rede de intercâmbio que foi responsável pela realização, por dois anos consecutivos, do Fórum Mundial da Bicicleta.
é uma forma de retribuir”
Eu estava entre aqueles 150 ciclistas e, posteriormente, ajudei na realização do fórum e me envolvi na criação da Mobicidade, a Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta. Nunca imaginei que ter adotado a bicicleta como meu principal meio de transporte me traria tanta transformação. Afinal, meu único desejo era trocar o ônibus diariamente lotado e caro por um pouco de exercício, economia e rapidez. Mas, mesmo antes de pedalar para o trabalho pela primeira vez, sites como o Apocalipse Motorizado, do Thiago Benicchio, o Escola de Bicicleta, do Arturo Alcorta, e o Vá de Bike, do Willian Cruz, para onde escrevo agora, deram-me a medida do que estava pela frente. A informação buscada e encontrada na internet me mostrou um panorama importante em muitos aspectos: desde qual a bicicleta mais apropriada e seu preço, até a maneira mais segura para usá-la no meio de um trânsito hostil.
E o que tudo isso me trouxe foi libertador: pedalar melhorou minha saúde, me fez chegar mais rápido nos compromissos, me fez ver Porto Alegre de uma maneira mais próxima, e me fez conhecer um novo mundo, feito de pessoas que desejam um cotidiano melhor para nossas cidades. Escrever para o Vá de Bike sobre os fatos de Porto Alegre relacionados à bicicleta, os desafios enfrentados, as conquistas obtidas, me parece uma forma de retribuir o conhecimento que me deu mais confiança para pôr a bici na rua.
“com minha Peugeot dos anos 70 e dois alforjes de palha”
Opa, mais uma pro clube das Peugeot… a minha é uma MTB dos anos 90.
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Parabéns, Lívia!!
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Parabéns Lívia!
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Adoro ler as reportagens do Vá de Bike!!
Descobri o quando pessoas se superaram com o ciclismo…
Cada dia fico mais apaixonada!
Obrigada por estarem sempre colaborando ao disseminar informação!!!!
😀
http://odisseianomade.blogspot.com.br/
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Seja bem vinda livia!!!
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Parabens Livia! Ótima escolha Va de Bike!! 🙂
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Sê benvinda, Lívia. (É, o Vá de Bike tá crescendo. Hum, já pensou em crescer mais, Willian? Tipo… num Fórum?)
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Ela faz aniversário e nós ganhamos presente? Parabéns Lívia, Parabéns vadebike!
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Cadu, querido. <3 Obrigadíssima. Tu és um exemplo pra mim aqui em POA. Vida longa às pedaladas. 😉
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Bem vinda ! Há muito que discutir, informar e concluir ( com conteúdo e base ), e ter mais uma investigadora da cultura e vida ciclistica para ajudar é bem vinda !
E sendo da terra do “A ilha das flores” de Jorge Furtado, e de uma cidade que implanta a Massa Crítica, significa uma avanço nas discussões.
Mais ums vez bem vinda ! E que tenhamos um bom trabalho !
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Carlos, obrigada pela acolhida. 🙂 Espero contribuir aqui dos pampas para dar a medida da nossa diversidade ciclística. 😉
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Que bonita sua trajetória, Lívia! E sem querer abusar, posso já pedir para que publique uma foto dos alforges de palha? 🙂
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Rosana, obrigada! 🙂 Assim que eu aprender a colocar fotos na caixa de comentários, coloco pra você. Mas, adiantando, eu comprei essas sacolas na feira (trançadas de palha) e fixei no bagageiro com umas abraçadeiras de plástico, daquelas bem resistentes. Bem simples de fazer. 😉
Um beijão!
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Dá-lhe Lívia e Vá de Bike! Adorei o texto!! Beijos a todos!!
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Feliz aquisição para o time ‘vá de bike’! Pioneira no uso da bicicleta como meio de transporte aqui em POA (junto com um bocado de gente, mas ela foi a primeira que conheci fazendo isso, quando ainda não havia nem massa crítica) e uma das primeiras vozes que se levantou pela mobilidade urbana. Parabéns, Vá de Bike!
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