As mães que pedalam
Post dedicado a todas as mães que pedalam ou que têm filho ciclista. A preocupação e orgulho que essas mulheres sentem, mesmo quando a bicicleta é parte coadjuvante em suas vidas. Conte-nos também a sua história!
Nesse Dia das Mães, venho aqui para presentear com coisas que não se vendem no shopping: o amor e a gratidão.
Nem todo mundo tem a oportunidade de passar o domingo ao lado da sua família, por isso Dia das Mães é todo dia, é quando se consegue ir visitá-la, é quando se fala ao telefone para matar a saudade. Não tem presente que substitua um abraço apertado de quem não se vê há meses (e até anos), e presentear alguém passa a ter uma conotação muito maior do que as limitadas datas comemorativas.
Por isso, dedico esse post à minha e à todas as mães ciclistas.
Dona Eva é uma pessoa maravilhosa, sempre esteve ao meu lado e apoiou todas as minhas decisões – até a mais dolorosa delas, a de morar longe. Mas Dona Eva não gostava muito da minha vontade de pedalar em São Paulo e, assim como muitas mães desse mundo, na sua intenção natural de proteger, pediu várias vezes para desistir dessa ideia maluca.
Depois de perceber que a “ideia maluca” fazia cada vez mais sentido na minha vida, ela mudou de postura e resolveu fazer algo surpreendente pra mim: pedalar também. É óbvio que me apavorei no começo. A história havia se invertido. Sentia um misto de alegria e preocupação e a partir dali comecei a perceber que eu também tinha o tal instinto de proteção.
Dona Eva foi pedalando pro trabalho no Dia Mundial Sem Carro de 2011 e 2012, começou a ir pra academia, visitar as minhas tias, ir a supermercado, participou da Bicicletada, de passeios noturnos em Aracaju e fazer alguns pequenos deslocamentos de bike. Quando estava na rua me ligava ou mandava mensagem só pra contar (toda orgulhosa) suas “peripécias ciclísticas”. Eu sentia aquele negócio esquisito entre o medo e satisfação.
Apesar de tudo isso, a bicicleta tem um papel coadjuvante na rotina dela. A maior parte do tempo ela dirige. Mas quando se tem um filho que pedala, a preocupação com os outros ciclistas na rua vira uma preocupação pessoal, por isso minha mãe passou a enxergar e respeitar muito mais quem ela cruzava pedalando no caminho. E essa visibilidade de estende a todos os integrantes da família e amigos ao redor.
Ela já chegou até a discutir com amigas sobre o uso da bicicleta na cidade e virou uma “mãe-ativista”. Hoje eu percebi o quanto nos aproximamos, apesar da distância fisica. Vejo o quanto a bicicleta abriu nossos olhares sobre a vida, sobre o mundo, sobre nós mesmas. Fica aqui meu agradecimento à todas as mães que – mesmo com receio e muitas vezes não apoiando a idéia – são parte essencial na vida de todos os ciclistas. Sem vocês sequer estaríamos aqui pra mudar o mundo.
Quero aproveitar o post para agradecer e parabenizar também as amigas que já são mães e, diferentemente de nossas próprias histórias, já estimulam o olhar para a bicicleta em seus filhos, facilitando e abrindo muito mais a porta para que eles experimentem os benefícios de pedalar o quanto antes.
Fica aqui nossa homeagem à: Rachel Schein, Silvia Ballan, Renata Falzoni (mãe e avó), Fernanda Guedes, Luciana Spedine e tantas outras
Usar a bicicleta faz de você o melhor motivo do mundo para que sua família enxergue melhor o ciclista e respeite as pessoas na rua!
E sua mãe, também pedala? Já pensou em presenteá-la com uma? Ou ela tem medo que você pedale nas ruas?
Conte a sua história!
Maravilhosa essa homenagem a nossa e a todas as mães, parabéns minha irmã por essa mensagem.
ESSA MÃE É MINHA TBBB, LINDAAAAAAAAAA, AMO TANTO
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e Parabéns a todas as mães!
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Olá, recentemente percebi que nas faixas da direita das Alamedas Santos e Jaú foram pintadas várias bikes no asfalto, como se fosse uma sinalização. Vcs sabem se a pintura é oficial (da prefeitura) ou trata-se de algum tipo de protesto? Talvez a prefeitura tenha escolhido o local para testar alguma ideia né.
Abs
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A prefeitura havia anunciado no início da operação do Bike Sampa, em 2012, que seriam sinalizadas ciclorrotas nas regiões onde o sistema fosse implantado. É a explicação mais provável.
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Aline, que surpresa boa esse post e essa homenagem nesse domingo! 🙂 Sabe que meu filho me pergunta todos os dias onde eu vou, que caminho eu vou fazer e que horas eu volto… Ele só tem 9 anos, mas imagino a sua preocupação com a sua mãe, e a dela com vc! Ainda mais pelo fato de estarem tão longe uma da outra! Feliz dia das mães para dona Eva, para todas as mães que pedalam e para as mães de filhos que pedalam! Espero que a nossas cidades estejam evoluindo para as nossas angústias e preocupações poderem diminuir…bj
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