Bicicletário na estação Vila Prudente do Monotrilho. Foto: Rachel Schein

Investimentos em bicicletários incentivam intermodalidade em São Paulo

Criação de estacionamento para bicicletas em terminais de ônibus e metrô permite flexibilidade e praticidade no uso de modais de transporte.

Modelo de bicicletário da SPTrans. Imagem: Divulgação
Modelo de bicicletário da SPTrans. Imagem: Divulgação
Bicicletário na estação Vila Prudente do Monotrilho. Foto: Rachel Schein
Bicicletário na estação Vila Prudente do Monotrilho. Foto: Rachel Schein

Recentemente, a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e a SPTrans anunciaram a instalação de bicicletários em 18 terminais de ônibus em São Paulo. O Vá de Bike aproveitou o momento e questionou o Metrô sobre o plano de expansão da companhia.

De acordo com a resposta, todas as novas estações da Linha 15-Prata, que ligará a Vila Prudente à Cidade Tiradentes (monotrilho), terão bicicletário. E as duas primeiras estações, Oratório e Vila Prudente, já possuem estacionamento para bicicletas.

Ainda segundo a nota, o Metrô também estuda locais para estacionamento de bicicleta nas demais estações em operação, porém não soube informar quando.

Estrutura atual (Metrô)

O metrô oferece bicicletários integrados às estações Sé, Liberdade e Paraíso (Linha 1 – Azul), Tamanduateí e Vila Madalena* (Linha 2 – Verde), Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança, Carrão, Brás e Santa Cecília (Linha 3 – Vermelha). Esses espaços funcionam todos os dias, das 6h às 22h.
[*O bicicletário externo da Vila Madalena foi desmontado e retirado há bastante tempo, mas há uma nova opção na área interna]

Além disso, os usuários do sistema metroviário também podem utilizar paraciclos (suportes) instalados em 17 estações (ou integrados a elas):

Linha 1 – Azul: Jabaquara (EMTU), Santa Cruz (shopping), Jardim São Paulo-Ayrton Senna, Parada Inglesa e Tucuruvi (shopping);
Linha 2 – Verde: Vila Prudente;
Linha 3 – Vermelha: Artur Alvim, Vila Matilde, Penha, Tatuapé (shopping), Belém, Pedro II (prédio antigo da Prefeitura), Anhangabaú e Palmeiras-Barra Funda;
Linha 4 – Amarela (operada pela ViaQuatro): Pinheiros e Butantã;
Linha 5 – Lilás: Capão Redondo, Campo Limpo e Vila das Belezas.

Você usa algum desses bicicletários? Qual sua avaliação? Conte aqui nos comentários da página.

Terminais de ônibus

Os 18 terminais de ônibus de São Paulo que receberão bicicletários até o fim de 2014 vão oferecer um total de 500 novas vagas ao custo de R$ 1,8 milhão. Os recursos utilizados para esta implantação são próprios do município e do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Fema). A SMT não divulgou o cronograma de obras.

Bicicletário superlotado faz com que ciclistas "guardem" suas bicicletas do lado de fora da estrutura segura. Foto: Daniel Guth
Bicicletário superlotado no metrô Butantã faz com que ciclistas “guardem” suas bicicletas do lado de fora da estrutura segura. Foto: Daniel Guth

Etapas

A primeira etapa do programa de implantação de bicicletários em terminais trata da instalação dessa estrutura nos terminais que ainda não a possuem. Segundo a SPTrans, a quantidade de vagas por terminal foi definida de acordo com o espaço disponível em cada um deles e não em relação a uma avaliação de necessidade.

No material divulgado pela SMT e SPTrans é possível perceber que alguns locais terão mais vagas que outros. No Terminal Parelheiros, por exemplo, onde são prometidas apenas oito vagas, não há espaço suficiente para a instalação de um equipamento maior.

Em uma segunda etapa, serão avaliadas as necessidades de melhorias e ampliação naqueles terminais já dotados de bicicletários e/ou paraciclos. São Paulo possui outros 18 terminais de ônibus com bicicletários ou paraciclos, em um total de 923 vagas para bicicletas atualmente.

Terminais ligados ao metrô, como em Santana, na zona norte, não serão contemplados, pois os prédios são de responsabilidade do Metrô. Segundo a SPTrans, está nos planos da SMT promover entendimentos com o Metrô, a CPTM e a EMTU para que também estudem a possibilidade de implantação de bicicletários nos locais sob suas responsabilidades.

Também foi prometido que os próximos terminais que estão sendo projetados já contarão com bicicletários. Um exemplo é o novo Terminal Santana que será o ponto inicial do corredor de ônibus Norte-Sul, que terá 25,4 km de extensão e ligará a zona norte ao Grajaú, na zona sul.

Terminais que terão bicicletários

Amaral Gurgel – 16 Vagas
Aricanduva – 20 Vagas
Bandeira – 20 Vagas
Carrão – 28 Vagas
Casa Verde – 10 Vagas
Capelinha – 40 Vagas
Grajaú – 30 Vagas
João Dias – 30 Vagas
Jd. Ângela – 10 Vagas
Lapa – 40 Vagas
Pq. Dom Pedro II – 56 Vagas
Pinheiros – 36 Vagas
Princesa Isabel – 20 Vagas
São Miguel – 30 Vagas
Parelheiros – 8 Vagas
Pirituba – 30 Vagas
Tiradentes – 56 Vagas
Varginha – 20 Vagas

Vagas a implantar – 500

Total de vagas (existentes e a serem criadas) – 1358

Bicicletário do Largo da Batata, em São Paulo: guarda segura, água e ferramentas à disposição do ciclista. Foto: Willian Cruz
Bicicletário do Largo da Batata, em São Paulo: guarda segura, água e ferramentas à disposição do ciclista. Foto: Willian Cruz

Bicicletário Largo da Batata

Em agosto, foi inaugurado o bicicletário do Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, próximo à estação Faria Lima do metrô (Linha 4 – Amarela). O espaço funciona gratuitamente, 24 horas, e tem 100 vagas disponíveis.

Com os investimentos públicos realizados em infraestrutura cicloviária, cada vez mais a bicicleta será um importante meio de deslocamento em São Paulo, se não de porta a porta, pelo menos até a estação de metrô ou terminal de ônibus mais próximo.

Leia também: São Paulo vai investir em bicicletários com vestiário e chuveiro

20 comentários em “Investimentos em bicicletários incentivam intermodalidade em São Paulo

  1. Sempre utilizo bicicletario da linha 12 intaim paulista atendimento otimo por funcionarios e c segurança foi muito boa essa iniciativa pra nos usúarios ter mais um meio de se locomover de sua residência ate as estações serviço gratuito e de otima qualidade parabéns !

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  2. FURTO EM BICICLETÁRIO DA SPTRANS
    Sexta, dia 11/11/2016, minha bicicleta – uma Caloi MTB 21 marchas aro 26 vermelha – foi furtada do bicicletário do Terminal Sacomã. O descaso dos seguranças do terminal foi tanto que eu desisti de pedir ajuda. E ainda tive de ouvir coisas do tipo “A sua bicicleta era cara? As baratinhas ninguém leva”, sugerindo que os furtos por lá são frequentes – o que foi confirmado por outro segurança. Não há qualquer vigilância ou cadastro de usuários no bicicletário, apenas um aviso na porta de que a SPTrans não se responsabiliza por bicicletas deixadas no local. Será que isso os isenta da responsabilidade? E quanto à súmula 130 do STJ: “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento” – vale para bicicletas? Afinal, bicicleta é veículo, segundo o Código Brasileiro de Trânsito. Bom, fica o alerta. Na minha modesta opinião, eles deveriam oferecer segurança.

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  3. Encontrei essa notícia em diversos sites, mas não encontrei noticias que informar o número atual de bicicletários e paraciclos. Essas promessas foram cumpridas?

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  4. Chamam aquilo de bicicletário na Parada Inglesa ? Pelo amor, somente um paraciclo.. já conheço varios casos de roubarem a bike.. segurança zeroooo… não dá, tem que investir direito, um local seguro, com controle de acesso e pessoas e segurança.

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  5. O bicicletário do metro Tucuruvi só abre as 10hs para quem não é funcionário do shopping, ai fica difícil para quem utiliza a bicicleta para ir trabalhar.

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  6. Também acho esses paraciclos uma furada, muito fácil roubar uma bike ali. Pra deixar o dia inteiro tem que usar umas 2 u-locks e ainda corre o risco de desmontarem alguma peça mais fácil e levarem. Talvez seria mais seguro se colocassem aquelas câmeras vigiadas pela PM bem em frente ao paraciclo, isso deixaria os meliantes mais expostos, mas dependendo da velocidade da PM não resolveria.

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  7. Moro próximo ao metro Artur Alvim, e la foram instalados já faz algum paraciclos, porem ficam em um local aberto sem nenhuma separação, se por acaso alguém quiser roubar uma das bicicletas, não teria problemas pois não existe vigilância, agora no terminal A.E. Carvalho, o bicicletario é muito bom fica em local protegido tem um portão é bem vigiado, mas fica o tempo todo trancado, o cidadão que queira usar da de cara com um cadeado enorme uma pena.

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  8. Eu costuma ir todo dia de bicicleta até a Barra Funda e utilizada o bicicletario da Parada Vital. Qdo tiraram utilizei o paraciclo tres vezes. Na terceira vez roubaram minha bicicleta. Não tem seguraça nenhuma nesses paraciclos, eles só servem para quem vai fazer alguma coisa rapida pela região.

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    1. E complementando, o metro não tem interesse nenhum e insentivar o uso de bike. Se tivesse não teria tirado o bicicletario e teria assumido.

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      1. Na verdade, quem não tem interesse mesmo é o Governo do Estado atual, do Alckmin. Na anterior, do Serra, o ex-secretário José Luis Portella é que liberou as bikes no metrô e CPTM, fez parcerias com a iniciativa privada para a administração dos bicicletários que o estado construiu, e por ai vai….depois que mudou para o Alckmin, desandou tudo….

        O atual Secretário de transportes, Jurandir Fernandes é um dos culpados por todo esse desdém….Não quer incentivar a bike por achar que vai superlotar mais o metrô….

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  9. Uso com frequência os bicicletários da Faria Lima (Largo da Batata), da estação Pinheiros (ambos na linha 4) e Paraíso, nas linhas 1/2. O da estação Paraíso, na verdade, é um paraciclo com pouquíssimas vagas em um canto de uma das saídas da estação (ao lado da Igreja Ortodoxa), e fica quase sempre vazio. Há um funcionário do Metrô para anotar os dados do ciclista e que toma conta das bikes. O da estação Pinheiros é bicicletário mesmo, com mais de cem vagas, e que funciona em ambiente separado e trancado. O inconveniente é ter de chamar algum funcionário do metrô para abrir e poder guardar / retirar a bike. O melhor, sem dúvida, é o da Faria Lima, pois funciona 24 horas e tem funcionários para guardar a bike. É operado por uma empresa privada com patrocínio do Itaú, e disponibiliza ferramentas, compressor de ar (que não estava funcionando até pouco tempo atrás) e bomba manual. Dá para fazer acertos simples na bike, como regular freios, câmbio, pressão dos pneus, etc… Usei uma vez o da estação Butantã, que é semelhante ao da estação Pinheiros, mas tem um funcionário o tempo inteiro para cadastrar e orientar a guarda / retirada das bikes. No entanto, talvez pela proximidade com a USP, está sempre muito cheio.

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    1. Moro no Butantã e me orgulho do bairro, pois abraçou a ciclovia tão bem que dá gosto de ver.
      Tem que chegar muito cedo pra não achar o Bicicletário do Metrô Butantã Lotado.
      É bom saber que estão continuando a ciclovia e estendendo a regiões como o Campo Limpo. No Terminal Campo Limpo tem um bicicletário grande e bem cuidado, só não é muito utilizado mas com essa nova atitude espero que mude essa figura.

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  10. Os paraciclos na estação Palmeiras Barra Funda não são seguras, já que estão à mostra para todos, qualquer um pode mexer na sua bicicleta se deixá-la ali.Vândalos não faltam por ali. Bicicletários seriam a solução nas estações de metrô.

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  11. Posso dizer do Bicicletário da Estação da CPTM Villa-Lobos, ela é quase vazia, creio que 1/4 de ocupação. A razão disto é justamente o problema de intermodalidade: não há ciclovias ( e antes quem diga: ciclofaixas ). O que vai fazer com que seja mais usada o bicicletário, é uma ciclovia na Av. Queiroz Filho, ou ao lado dela, e travessia segura da Ponte Jaguaré ( sendo tratada por “Adote Uma Ponte”, e a ciclovia na Av. Jaguaré. O inverso também é válido, a Estação Presidente Altino não tem bicicletário, o que faz com as novas ciclofaixas da Av. Presidente Altino e Av. Antônio de Souza Noschese fiquem um deserto, só funcionando como se fosse uma ciclofaixa de lazer permanente, o que é um absurdo. Estas duas ciclofaixas demandam um bicicletário na Estação Presidente Altino.

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    1. O terminal de ônibus das linhas municipais da Zona Oeste que param na Vila Yara, Osasco, terá bicicletário ? Seria muito interessante que a prefeitura de Osasco em conjunção com São Paulo, pudessem criar um bicicletário, já que ambos já cooperaram na recolocação de famílias na divisa de Osasco e São Paulo no Viaduto Único Gallafrio, onde próximo está a Estação Presidente Altino da CPTM, que aliás, uma das ciclofaixas da região praticamente liga a Estação de Ônibus Vila-Yara a Estação Presidente Altino. Seria uma boa surpresa para esta região.

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  12. Que eu saiba, os bicicletários da Sé, Vila Madalena e Paraíso funcionavam em convênio com a Porto Seguro e o Instituto Parada Vital, que já expirou há um tempo. E os paraciclos também não funcionam tão bem: no metrô Belém, por exemplo, fica muito isolado. O para-ciclo não serve bem à intermodalidade, vale lembrar, porque não garantem segurança para deixar a bike um dia inteiro estacionada. Nos comércios, ao contrário, os para-ciclos são muito úteis, porque você pode prender a bicicleta sem burocracia e por pouco tempo.

    Hoje praticamente não existe intermodalidade nas linhas mais antigas do Metrô. Ele vai ter que correr muito pra alcançar a demanda (e para seguir o exemplo de algumas estações da L4).

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