Após abaixo-assinado, construção de ciclovia na Av. Teotônio Vilela é anunciada em São Paulo

Uma demanda histórica da sociedade finalmente vai sair do papel no extremo sul da cidade de São Paulo. A boa notícia veio durante uma reunião com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em 27 de agosto de 2015, quando o coletivo Bike Zona Sul entregou o abaixo assinado com mais de 4.300 assinaturas. Os técnicos da prefeitura disseram que as obras do primeiro trecho começam ainda neste ano e a verba virá do FEMA (Fundo do Meio Ambiente).

“A ciclovia será instalada no canteiro central, que será alargado em alguns trechos. Não haverá a remoção de faixas de rolamento e também não será retirada nenhuma árvore”, conforme comunicado publicado pelo grupo nas redes sociais. A CET informou que a execução das obras se dividirá em quatro partes:

1 – Av. Atlântica até a entrada do Grajaú (Belmira Marin)

2 – Entrada do Grajaú até a Rua dos Mendes

3 – Rua dos Mendes até o Terminal Varginha

4 – Terminal Varginha até o início da Sadamu Inoue

A promessa é concluir o trecho entre a rua dos Mendes e o Terminal Varginha até o final de 2015. “Esse pedaço é um dos mais importantes, pois é onde os carros passam com velocidade mais alta na avenida e o ciclista não tem opções em ruas paralelas por dentro do bairro”, explica Alex Gomes, do Bike ZS, que estava na reunião.

Ele contou que ficou muito feliz com a notícia, mas lembrou que a pressão deve continuar. “Os outros três trechos ainda não têm verba definida e não há garantia de que sairão do papel até o fim de 2016. Por isso, o abaixo assinado continua aberto”. Para assinar, acesse o documento online.

No encontro, a CET também anunciou a extensão da ciclovia da avenida Atlântica até o Largo do Rio Bonito, interligando a rede cicloviária atual à futura via para bikes da Teotônio Vilela, outra demanda dos ciclistas (essa ligação deve ser concluída até o fim de 2016, mas ainda não tem data nem verba definida).

“Os próprios técnicos da CET nos parabenizaram pela iniciativa, já que eles usam esse tipo de mobilização para justificar o trabalho junto à prefeitura. Recomendamos que outros coletivos façam o mesmo em pontos diferentes da cidade”, diz Alex. Segundo ele, isso gera o debate na sociedade e quem assina se torna um participante de um processo de cidadania que deve ser multiplicado.

Essa não é a primeira vez que a mobilização popular resulta na construção de ciclovias. Uma delas é a rua da Consolação, que já está com as obras em andamento nas faixas da direita, nos dois sentidos, entre a avenida Paulista e a praça Roosevelt. A sociedade mais uma vez mostra que tem força e voz ativa e pode ajudar a mudar o cenário caótico de trânsito e acidentes em Sampa.

Veja aqui a importância da ciclovia na Teotônio Vilela e os principais argumentos do Bike Zona Sul.

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