Ciclistas filmam agressões no trânsito para se proteger de motoristas intolerantes
Saiba como as imagens gravadas podem ser usadas legalmente e quais as limitações para divulgação dos vídeos na internet
Há mais de três anos, o analista de sistemas Rafael Fanti usa a bicicleta diariamente para ir e voltar do trabalho em Porto Alegre (RS). Desde as primeiras pedaladas, ele não se sente totalmente seguro em dividir o espaço com carros, caminhões, motos e ônibus. Alguns meses depois de adotar a bicicleta como transporte, adotou também o uso de câmera para registrar o desrespeito sofrido quase que diariamente nas ruas da capital gaúcha.
“Eu sentia muito a questão do desrespeito sem poder fazer nada. É difícil reclamar sem ter prova. E eu também pensava no que poderia acontecer se eu sofresse um acidente. Foi aí que decidi investir em uma câmera”, conta Fanti. Com a câmera presa ao capacete, o ciclista divulga algumas das imagens em um canal no Youtube.
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Em Vitória (ES), o ciclista Rafael Darrouy também foi motivado pela insegurança a registrar os percursos de bicicleta. “Em 2011, uma motorista me derrubou e passou por cima da minha bike de propósito. Depois que eu caí, ela deu ré em cima da bicicleta e passou por cima de novo intencionalmente. Era uma das primeiras vezes que eu estava usando a bicicleta na rua. Uma pessoa que estava na calçada achou a situação absurda e começou a gravar”, conta (confira o vídeo aqui). “Eu me assustei e pensei na hora que eu precisava ter gravado tudo o que aconteceu, desde o xingamento anterior ao atropelamento. Eu tinha que provar que isso aconteceu mesmo, porque se você conta, ninguém acredita.”
Naquele mesmo ano, Darrouy comprou duas câmeras – uma para usar presa à cabeça, outra presa ao canote ou ao guidão, virada para trás. Com as duas, ele consegue mostrar tanto o ponto de vista dele quanto o cenário e as distâncias dos veículos que passam por perto. Os vídeos de desrespeito aos ciclistas começaram a fazer tanto sucesso nas redes sociais que Darrouy foi convidado a escrever um blog – O Ciclista Capixaba. Hoje, o espaço é utilizado para publicar flagrantes feitos também por outras pessoas.
O programador Arlindo Pereira Jr. também começou a usar uma câmera presa ao capacete depois de ter sofrido um incidente no Rio de Janeiro. “Um motorista me atropelou e deu perda total na minha bike. Felizmente, eu sofri apenas arranhões, mas fui para a delegacia registrar a ocorrência. Quando fui chamado na delegacia de novo, o motorista deu uma versão distorcida e alegou que eu tinha tentado pegar carona pela janela do carro. Com isso, resolvi comprar uma câmera e usar no dia a dia”, conta. Hoje, os flagrantes feitos por Arlindo também vão para a internet, no canal Motoristas Cariocas.
Prova gravada
Arlindo, Darrouy e Fanti são apenas alguns dos ciclistas que mudaram de atitude depois de sofrerem com a violência no trânsito. Em alguns dos casos flagrados por eles, os vídeos acabaram servindo como prova em processos judiciais contra motoristas e em medidas disciplinares contra condutores de transportes coletivos.
Em março deste ano, Fanti levou uma fechada no trânsito e acabou sofrendo um acidente. O flagrante feito com a câmera instalada no capacete está sendo usado no processo contra o motorista. “Depois do acidente, tive que ir até à delegacia fazer o Boletim de Ocorrência e passei pelo exame de corpo de delito. A câmera acaba sendo minha ferramenta de segurança, porque ninguém pode atentar contra meu corpo e contra a minha vida, e agora eu tenho como provar”, declara.
Segundo o defensor público do Estado de São Paulo Luiz Felipe Azevedo Fagundes, este é o procedimento indicado em casos de incidentes. Mesmo que a vítima tenha registrado o incidente em vídeo, é fundamental seguir com os procedimentos necessários. “O Boletim de Ocorrência é necessário quando o ciclista sofre lesão. É preciso saber que o B.O. é sempre um fato narrado por um ponto de vista apenas, por isso ele não serve sozinho como prova. Mas é preciso fazê-lo porque é na delegacia que é dado o encaminhamento para o Instituto Médico Legal, onde é feita a perícia médica que constata se a lesão é simples, grave ou gravíssima”, ressalta o defensor.
Em casos onde o incidente danifica a bicicleta ou envolve outros gastos, como atendimento ou tratamento médico, é possível usar as imagens como prova, junto com o Boletim de Ocorrência, o laudo da perícia médica e testemunho de outras pessoas que viram o incidente. “Há vídeos em que é possível identificar o veículo pela placa ou até o condutor. Também há imagens que podem ajudar a perícia a constatar se a distância mínima entre o carro e o ciclista foi respeitada”, ressalta Fagundes.
“A vítima pode abrir um processo para pedir o reparo de danos materiais quando a bicicleta é danificada. Pode também pedir o que chamamos de lucros cessantes, que é quando a pessoa deixa de receber o dinheiro do trabalho, caso a bicicleta seja o meio usado para trabalhar e, por causa do acidente, não pode mais ser usada”, exemplifica o defensor.
Cuidado com a divulgação das imagens
Mesmo sendo uma imagem feita pelo próprio ciclista, é preciso ter cautela na divulgação dos vídeos na internet. No calor do momento, é comum que as vítimas acabem, de alguma forma, ofendendo as pessoas que aparecem nas imagens. Neste caso, se a pessoa se sentir ofendida, ela pode tentar virar o jogo e processar o ciclista que divulgou as imagens na internet.
Foi o que aconteceu com Darrouy. “Estou tomando um processo criminal por conta de um vídeo que publiquei. A motorista de uma van escolar passa buzinando, eu sigo. Momentos depois ela chega a alguns palmos da minha bicicleta e mete a mão na buzina. Apesar de o rosto dela estar borrado no vídeo, ela abriu um processo por calúnia e danos morais”, conta o ciclista capixaba. Segundo ele, o juiz negou o pedido para que o vídeo fosse retirado do ar, mas pediu para o ciclista mudar o título com que foi publicado, porque estava agressivo. O processo ainda está sendo julgado.
Segundo o defensor Fagundes, é preciso cuidado. “Não existe nada na Constituição brasileira que proíba a captação dessas imagens. Mas não pode haver excesso, não pode haver abuso no uso da imagem, na exposição, no uso de legendas fortes, de narrativas ofensivas, mesmo que o outro tenha culpa. O excesso sempre é passível de reparação”, destaca.
Conscientização e mudanças
Nem sempre as denúncias contra motoristas que desrespeitam ciclistas acabam em discussão e em processos. Há casos em que essa iniciativa gera mudanças positivas, que beneficiam ambos os lados.
Em Porto Alegre, Fanti afirma que sempre formaliza a reclamação quando o vídeo envolve condutores de ônibus de transporte público. A reclamação é registrada junto à Empresa Pública de Transporte e Circulação, responsável por regular e fiscalizar o trânsito e o transporte público em Porto Alegre, que dá retorno ao ciclista de todos os registros. “Eu denuncio presencialmente, já levo a denúncia por escrito, com o link para o vídeo. Eles me dão na hora um protocolo por escrito e me respondem por e-mail em até três meses, dizendo o que resultou. Já teve motorista que foi suspenso sem remuneração, teve motorista repreendido. O importante é que a empresa chama o profissional para se explicar e esse histórico é anexado na ficha pessoal dele”, afirma. “É um trabalho de formiguinha, mas eu espero que essa ação sensibilize para que as pessoas tomem consciência e mudem o comportamento.”
Em Vitória, Darrouy gravou tantos flagrantes de desrespeito que acabou sensibilizando os órgãos fiscalizadores. “De tanto enviar vídeo, acabei conhecendo o presidente do sindicato das empresas de ônibus e fui convidado para treinar as pessoas que dão treinamento aos motoristas”, comemora. “Os vídeos geram muito impacto e chamam a atenção porque coloca a pessoa na pele do ciclista. O motorista toma consciência de que a situação é muito perigosa. Estou satisfeito com a repercussão que gerou, porque colocou a bicicleta em pauta e acaba pressionando o poder público por políticas que melhorem a situação.”
Para registrar a pedalada
Hoje em dia, não é difícil instalar uma câmera para registrar os percursos de bike. As mais indicadas são as chamadas câmeras de ação, mais resistentes e próprias para essas situações. Com equipamentos próprios de cada modelo, você pode:
- Instalar a câmera no capacete ou no guidão, virado para a frente, para mostrar o que você vê no seu percurso.
- Instalar a câmera no canote do selim ou no guidão, virado para trás, para gravar outro ângulo, captar sons de carros que passam próximo e mostrar as distâncias mantidas entre sua bike e os outros veículos.
Para saber mais sobre câmeras de ação e acessórios para capacete, veja este vídeo, onde foi realizado um teste com quatro modelos diferentes.
Creio que amanhã as partes deveriam ser mais atenciosas e pacientes. É importante o motorista ouvir o ciclista assim como também é importante o ciclista ouvir o motorista.
Bom, já saio daqui corrigindo um erro que cometia muito: não ando mais a direita dos carros, entre a calçada e o carro 😉
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A sociedade é vítima do que eu chamo de “carrolatria”. Carro ainda é visto como símbolo de independência, status, sucesso profissional e pessoal. Exatamente por isso, o motorista é visto como “sempre certo”, “intocável”. Se acham no “direito” de jogar o carro contra pedestres, ciclistas, motociclistas, mas acham um absurdo quando estas pessoas reagem. Já vi muitos casos de motoristas jogando o carro em cima dos outros, por se sentirem donos do espaço público.
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Isso é coisa de gente ignorante. Como a maioria, infelizmente.
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Além disso, se reparar bem, parece que quanto maior o veículo, pior é o motorista. As caminhonetes e SUVs são campeões em cagadas.
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Como motorista profissional, aproveito a grande divulgação que este site oferece e respeitosamente venho pedir algumas coisas aos ciclistas:
Dirijo cerca de 200 km por dia, e nos últimos 20 anos não me envolvi em nenhum acidente, incluindo ciclistas ou não; possuo carteira categoria D, e sou habilitado há 27 anos, portanto, creio que minhas palavras têm peso.
-Prestem atenção e respeitem a sinalização feita pelos motoristas, principalmente a “seta”; o incidente mais comum é o motorista sinalizar a conversão antecipadamente, e mesmo assim, o ciclista insistir em passar entre o veículo e a calçada, sendo muitas vezes esmagado. O ponto de pior visibilidade nos veículos, principalmente nos comerciais, que possuem janelas traseiras pintadas, é o canto traseiro direito. Sob certas condições, qualquer coisa neste local fica invisível.
-Não ande muito próximo da traseira do veículo, os freios de um automóvel ou caminhão são muito potentes, e mesmo que o ciclista consiga desviar a tempo, pode ser atropelado por um veículo vindo pela faixa ao lado.
-Não pratiquem “atos corporativistas”; uma atitude muito comum entre ciclistas que andam em grupos grandes é ignorar o semáforo vermelho e continuarem passando pelo cruzamento, enquanto um ou dois ficam bloqueando a via cujo semáforo está verde. Nessa situação, já vi ciclista ser atropelado por motocicleta, que andava entre os carros. Além disso, é uma total falta de respeito para com os outros. Se querem ser respeitados, comecem respeitando.
-Não sejam “abusados”. Embora seja uma minoria, muitos ciclistas insistem em andar de qualquer jeito nas vias, atrapalhando o trânsito, e quando são advertidos, fazem gestos obscenos ou chutam os carros. O fato de estar em um veículo não poluente e “ecologicamente correto” não lhes dá o direito de passar por cima dos direitos alheios.
-Se quiserem andar na calçada, desmontem ou então andem devagar. Semana passada uma funcionária da empresa foi atropelada por um ciclista em cima da calçada, quebrou o braço e ainda foi xingada. Se o ciclista prestou assistência? Nem pensar…
-Respeitem a travessia dos pedestres. Quem anda na Avenida Paulista sabe bem do que se trata.
-Acho extremamente válida quando colocam, motoristas de ônibus para andar de bicicleta com a finalidade de os mesmos perceberem os perigos e situações de risco vividas pelos ciclistas; por que não fazer o mesmo com os ciclistas? Coloque-os para dirigir, ou mesmo ficar ao lado, um veículo grande, e aí poderão ver as coisas também de outro ponto de vista.
Enfim, como em todo e qualquer situação em que há interação entre seres humanos, a regra principal é esta: ponha-se no lugar dos outros.
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Certeira a conclusão, “coloque-se no lugar do outro”.
Porém, algumas observações:
-o acionar da seta, por exemplo, não é salvo-conduto para fazer uma conversão.
-a pessoa que dirige também deve estar ciente que seu carro tem pontos cegos.
-ciclista na calçada, pedestre na ciclovia. A convivência é possível com respeito e cuidado. Já fui “atropelada” por pedestre distraído na ciclovia, ralei a mão para não machucar a pessoa e ainda ouvi desaforo…
-ainda bem que vc escreveu que ciclista abusado é minoria. Já motorista abusado não parece ser, mesmo a gente estando de carro. A motorista da van escolar é um exemplo do que vemos por aí, não só em relação a ciclistas, mas a pedestres tentando atravessar na faixa, a acelerar no sinal amarelo/vermelho…
Em tempo: “curti” seu comentário, embora não apareça aí pra vc. Fui a nona pessoa a clicar no “verdinho”.
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Rosana, você está certa, a seta indica apenas A INTENÇÃO de virar para determinado lado, claro que só podemos efetuar a manobra se houver condições, sei muito bem isso, pois dirijo caminhão, e qualquer “encostadinha” de um caminhão pode detonar qualquer carro…
O que falta mesmo pra maioria dos motoristas é educação, em minha opinião, educação para o trânsito deveria ser matéria obrigatória nas escolas.
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Mais duas observações, um pouco como a Rosana fez, um pouco como fez o Tarantino:
– Se o veículo à frente reduzir (dando seta para conversão ou estacionamento, ou não, se ele diminuir a velocidade por outro motivo), NÃO o ultrapasse pela direita, nunca. Os motoristas costumam olhar mais frequentemente para os retrovisores central e da esquerda.
Por extensão, é altamente recomendável usar o corredor entre as faixas de rolamento quando os veículos estão parados no trânsito, e não a borda direita, entre os veículos e a calçada, uma vez que os motoristas estão “condicionados” à passagem das motocicletas pelo corredor. Então, comporte-se como tal, como um veículo. Tal como uma motocicleta, tal como um automóvel…
– Deixe de frescura e “aprenda” a ficar atrás dos ônibus quando eles param nos pontos. Se é seu trajeto habitual, você conhece (se não, precisa urgentemente conhecer) todas as linhas de ônibus e paradas desse trajeto. Aprenda então qual o momento certo de ultrapassar e ficar à frente de um ônibus e o de ficar atrás e ser “protegido” por ele. Sim, protegido, porque normalmente motoristas não gostam de ficar atrás de ônibus, se for possível eles já saem da cola do coletivo e, sendo o caso, do ciclista imediatamente atrás.
Aliás, se você não estiver “atrasado” (ou por razão diversa), sinalize e dê passagem para o coletivo. Os motorista de ônibus ficam caidinhos por ciclistas que inesperadamente dão-se a esse grande gesto, é amor à primeira vista…rs.
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Quero parabenizá-lo pelo comentário sensato. Sou multimodal, ando de bike, a pé e dirijo também. Você já disse tudo o que iria dizer. Sucesso!
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Olá. Agradeço pela oportunidade de figurar na notícia. Gostaria de convidar aqueles que tem interesse numa câmera para bicicleta de baixo custo, a ler este comparativo em meu blog: http://nighto.net/rd32ii-vs-gopro/
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GoPro: $$$$
“GoPobre”:$$
Caminhão e táxi que tiraram as “finas” sendo ultrapassados pela bike segundos depois: não tem preço.
😉 Obrigada pelas informações.
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Este país é uma esculhambação mesmo! A pessoa comete um crime em local público e a vítima ainda corre o risco de ser processada por exibir a agressão! Dá vontade de desistir…
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Mas o normal é do brasileiro é desistir sem nem ao menos tentar…
Tem é que ter mais vontade de combater, de fazer cada vez mais!
Esse caso foi um exceção.
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Todos possuem direitos. Não é porque alguém te fechou no trânsito que você pode agredir essa pessoa em outros espaços e de outras maneiras.
A necessidade de conservar energia faz com que muitos ciclistas ajam de forma ultrassensível em relação ao compartilhamento do espaço com outras modalidades. E muitas vezes o que o ciclista vê como sendo uma disputa pessoal, uma situação agressiva, para as outras pessoas ao redor trata-se apenas de uma interação comum, temporária. E isso vale inclusive para o relacionamento com os pedestres: é comum ver o ciclista completamente nervoso, estressado, enquanto o pedestre que cometeu o imperdoável crime de roubar o “embalo” dele estava apenas atravessando a rua casualmente. Ninguém é obrigado a abrir mão do seu direito de utilizar as ruas só para poupar o ciclista de reduzir a velocidade.
Os outros usuários do sistema viário não devem ao ciclista nenhum tipo de compaixão ao seu esforço físico. Quem optou pela tração humana foi o ciclista. Se a situação exigiu redução da velocidade, por respeito aos outros, paciência. Se a maioria dos ciclistas compreendessem isso, 90% dos conflitos seriam evitados. Veja o exemplo do artigo: o cara seguiu um veículo que o fechou. Para que? E a internet está cheia de vídeos assim, onde um mero evento de disputa de espaço é transformado em perseguição e até mesmo porradaria.
Ou seja: sejam menos sensíveis e não se sintam ofendidos por tudo que acontece ao redor de vocês. Isso fará a convivência mais pacífica.
Polêmico. O que acha? 10 13
“Sejam menos sensíveis e não se sintam ofendidos por tudo que acontece ao redor de vocês”
O ciclista não é sensível ou se sente ofendido, ele só não quer se machucar ou morrer. Pra mim é simples entender porque o ciclista se altera com os motoristas, se alguém quase te mata, é mais que normal que você no mínimo se revolte. E quando isso acontece várias vezes ai é que a situação complica. Tem ciclista que vai atras do carro que o colocou em risco simplesmente porque o poder público é ineficaz na punição desses motoristas. Se a polícia, os órgãos públicos responsáveis tomassem providências para evitar essas situações, pode ter certeza o ciclista ia de boa no caminho dele e no máximo anotaria a placa para fazer uma denúncia.
No lugar de reclamar que os ciclistas são “sensíveis” e “ofendidos” , seria muito melhor tem boa vontade pra entender o motivo disso acontecer. E lutar para que isso mude.
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O senso comum diz que alguns segundos de alguém que está dentro de um veículo vale mais que a vida de alguém que está fora de um veículo.
Pelo menos, é o que eu vejo quando vou atravessar a rua.
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O senso comum diz várias coisas, na verdade. O espaço deve ser compartilhado. É importante que os carros respeitem as bicicletas, mas o processo também não pode ser ditatorial. Muitas vezes o veículo automotor sinaliza e inicia a manobra com grande antecedência mas mesmo assim o ciclista opta por ignorar que os outros também possuem direito de utilizar a rua e ao invés de se anteciparem ao movimento que ocorrerá muitos metros adiante, tentam disputar o espaço de forma agressiva e infantil.
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